Renji on:
Já é dia? Parece que não passou uma hora... disse ainda sentindo muito sono, forçando meus olhos abrirem, então lembrei-me do motivo que me trouxe até aqui!
Flash back on:
- Renji? - Tsuki-chan me chamou.
- Estou aqui! - acenei pra que ela me visse.
- O que está procurando?
- Algo para comer... - mexia em alguns armários.
- Haha... - ela sorriu?
- O que foi? - me ergui e a encarei.
- Está parecendo a Reira.
- Será que ela está bem?
- Claro, deixei a mansão bem abastecida, conhecendo o apetite que ela tem...
- Mansão? - não estava acreditando que minha filhinha estaria lá com o Toshiro.
- Dei as chaves a ela, Renji, vai ser um serviço demorado, nossa filha merece um pouco mais de conforto!
- Nossa filha está sozinha com o Toshiro naquela mansão! - exclamei, ainda tentando processar a informação.
- Não confia no seu tenente? - parecia que Tsuki estava querendo me provocar...
- Confio, mas sozinhos na mansão, não! - saí furioso de casa, falei de imediato com o comandante e fui a Karakura.
Flash back off.
Abri os olhos de vez e saí do quarto, preocupado, não sabia qual dos quartos Reira estaria, mas andando um pouco mais olhei pela janela e vi Toshiro entrando na mansão, estaria ele voltando de uma caminhada matinal? Tsc... bem a cara dele mesmo, haha, sorri mentalmente com isso.
Me encontrei com ele na sala e perguntei:
- Onde Reira está dormindo?
- Não sei, taichou!
Uff, que alívio, se estivesse falando a verdade, é claro...
- Por que a pergunta, taichou? - ele perguntou, me tirando dos meus pensamentos.
- Ah, é que preciso falar com ela. - improvisei.
- Ela deverá acordar tarde, quer que eu prepare algo para comer? - era bem a cara dela mesmo acordar tarde, sempre se atrasa no esquadrão...
- Sim, por favor! - não podia negar que a comida que Toshiro preparava era muito boa, e eu estava faminto.
Sentei-me na cadeira escorando-me na mesa, aguardando Toshiro terminar de preparar o café da manhã.
Renji off.
Toshiro on.:
Preparei o café da manhã pro taichou lembrando-me da noite anterior.
Flash back on:
Levantei-me após alguns minutos que não consegui adormecer, fui até a cozinha tomar um pouco de água, e lá estava Reira, fazendo o mesmo, com aquele baby doll, lembrei-me logo do taichou, tsc... por que ele teria vindo pra cá? essa dúvida não saia da minha cabeça.
- Também não consegue dormir? - ela me perguntou.
- Isso... - respondi, me aproximando e pegando um copo.
- Sobre nossa conversa...
- Pode ficar pra depois... - a interrompi, receoso que as coisas se complicassem pra mim, já que o taichou agora estava conosco na mansão.
- Ah, está bem... - ela me pareceu um pouco triste.
- Obrigado por insistir que eu ficasse! - agradeci, eu realmente não queria ficar longe dela.
- Bem, quem iria cozinhar pra nós? Haha... - ela brincou.
- Posso concluir que esse foi o argumento primordial para que ele me deixasse ficar?
- Sim, eu e meu pai na cozinha somos péssimos, haha... realmente um desastre!
- Então eu serei usado (¬¬) - me incomodou um pouco o fato, mesmo tendo funcionado, minha expressão a fez ficar mais sorridente, e se aproximou de mim, corei, ela encostou a cabeça no meu ombro e falou perto do meu ouvido:
- Não quero que se vá! - e depositou um beijo no meu rosto, saindo em seguida.
Aquela atitude tinha me deixado confuso, aquelas palavras pareciam ter sido expressas de forma verdadeira, eu começava a desconfiar que Reira não pretendia apenas brincar comigo, como pensava anteriormente, bem, e agora sabia o ponto fraco dos dois, haha.
Flash back off.
- Está pronto, taichou. - terminei de fritar uns ovos, ainda tinha pão, queijo, frutas, pedaços da torta e do bolo.
Nos servimos, e Reira apareceu.
Era inacreditável a atração que eles tinham por comida... ><
Toshiro off.
Reira on:
Senti o cheiro de ovos fritos e de imediato acordei, lembrando que meu pai hoje estaria conosco, não podia nem conversar com o Toshiro sobre meus sentimentos por ele.
Caminhei para a cozinha ainda de baby doll e pés descalços, cabelos um pouco emaranhados, mas estava faminta, ué, não posso negar, sou filha do Renji Abarai afinal de contas.
Chegando lá vi uma cena com o qual poderia me acostumar, os dois homens da minha vida estavam conversando amigavelmente rodeando uma mesa cheia de comida.
Parei de imediato, na porta.
- Bom dia, Reira! - meu tenente cumprimentou primeiro, já que estava de frente.
Meu pai virou-se me cumprimentando, quando percebeu meus trajes e levantou furioso:
- Reira Yamamoto, esses não são trajes que se apresentem, pegue! - ele me entregou o roupão que vestia, ficando apenas de camiseta e um calção curto (haha)
- Estou com fome, pai. - reclamei, mas me enrolei no roupão.
- Melhor assim, agora pode sentar! - me acompanhou até a mesa e sentei entre os dois.
Reira off.
- O que farão depois do café da manhã? - perguntou Renji.
- Podemos vigiar as câmeras, há probabilidades que apareçam de dia também. - Toshiro respondeu.
- Bom trabalho de vocês!
- E também colocamos sensores, a qualquer momento que aparecerem o telefone irá tocar. - Reira complementa e mostra o celular, na tela havia vários pontos que indicavam os locais.
- Ótimo, Reira, vá se trocar e venha até as câmeras, você ficará comigo, e Toshiro, pode fazer uma ronda, mas não volte tarde, fará o almoço também! - odenou Abarai.
- Hai. - concordou o tenente com cara de tédio.
Obedeceram, mas ambos não estavam nem um pouco felizes com a separação que o capitão fizera, já começavam a desconfiar o motivo pelo qual ele viera.
******************************************
- Olá, a oficial Matsumoto já se encontra? - pergunta Tsukiumi aos oficiais na entrada do 10° esquadrão.
- Ah, sim, está na sala do tenente, taichou!
- Obrigada! - a capitã os reverenciou e entrou em seguida.
(Toc toc)
- Entre.
- Olá, Matsumoto-san! - cumprimenta Tsuki ainda na porta.
- Olá, capitã Tsuki-chan! - devolve o cumprimento levantando-se da cadeira de Toshiro e indo ao seu encontro. - o que houve?
- Desculpe incomoda-la cedo, Rangiku, eu quero avisar-lhe que Renji não virá...
- O taichou está doente? - pergunta preocupada.
- Ah, não, é que eu falei demais ontem, e ele foi pro mundo real. - a capitã coçava a cabeça sem jeito.
- Não me diga que...
- Sim, ele foi vigiar Reira e o tenente Hitsugaya de perto! (¬¬)
- Não acredito, logo agora que o tenente poderia expressar seus sentimentos...
- O que quer dizer com isso? - questiona Tsukiumi com sorriso e olhares maliciosos.
- O tenente-chan é loucamente apaixonado pela Reira-chan! - revela as informações recolhidas e encaixadas.
- Bem que desconfiei... - falou a capitã animada e pensativa.
- O que vai fazer? - pergunta a oficial.
- Não deixarei que Renji os atrapalhe! - exclama Tsuki, saindo.
- Espere, não me deixe ansiosa... - pede Matsumoto a seguindo.
A capitã pára e diz:
- Obrigada pelas informações, Rangiku, irei para o mundo real, por favor, mantenha a ordem no esquadrão!
- Sim, taichou! - bate continência a oficial, suspira e volta para a sala, deitando-se no confortável sofá laranja.
Tsukiumi assente e parte, pediria ao comandante com a desculpa de ajudá-los a encerrar mais rápido o serviço.
- Não posso deixar que mais um capitão saia do seu posto, Tsuki-chan. - conclui Kyoraku.
- Comandante, o senhor não deveria ter deixado o Renji ir...
- Minha opinião pouco importa para o capitão, sempre foi assim, ele iria de qualquer forma...
- Pois eu também irei, Kyoraku, há muito mais nesse serviço que devo interferir! - afirma a capitã.
- A que se refere?
- Por exemplo, mais distorções do que imaginamos, Reira precisará de minha ajuda para sela-los.
- Bem pensado, enviarei junto com você a sobrinha de Ukitake, ela também será útil.
- Obrigada, Kyoraku-san, a ordene que me encontre na mansão Yamamoto, partiremos do meu dangai.
- Fique tranquila, e prepare-se.
- Hai!
Uma hora depois, Michiko Juushirou é anunciada a Yamamoto, que a aguardava frente ao dangai.
- É uma honra conhecê-la, Yamamoto-san! - a garota a reverencia.
- Pode me chamar de Tsuki-san, e obrigada por vir, Michiko-chan! - ela sorriu ao responder.
- Hai. - concordou Michiko.
- Está pronta?
- Sim, pode contar comigo, estudei selamento na turma especial junto com Reira-san.
- Que ótimo, isso facilitará as coisas. - após falar, Tsukiumi abre o dangai. - Venha!
Michiko a segue, logo chegariam em Karakura.
******************************************
Renji vestia seu gikai, uma bermuda jeans, regata e tênis brancos, na cabeça uma faixa preta e cabelos presos como de costume. Sentava despojadamente numa cadeira giratória com os pés apoiados num móvel ao lado das câmeras, segurava um grande recipiente de plástico azul, contendo pipocas.
- Não está aqui pra se divertir, pai! - reclama a garota incomodada, levantando-se da sua cadeira ao perceber o estado que Renji se encontrava, parecia mais estar num momento de lazer do que trabalhando.
- Quem falou que estou me divertindo? - pergunta com um sorriso sarcástico.
- Isso daqui não é um filme... - disse apontando para as câmeras.
O capitão jogou mais uma pipoca na boca antes de deixá-las de lado e puxar a filha pela mão, fazendo-a cair sentada em suas pernas.
- Nani? - assustou-se a garota.
- Está muito estressada, filhinha, me dê um abraço. - o sorriso de pai babão apareceu.
- Que droga, pai, porque tem que ser tão careta? - sorrindo e abraçando-no.
- Haha... - ele sorri e depois de uma pausa, encosta o queixo no topo da cabeça da filha e continua - me promete que vai ser minha garotinha pra sempre...
- Xiii pai, que conversa é essa, hein? - Reira arregala os olhos e se afasta, levantando-se.
- Promete ou não? - insiste o Abarai arqueando a sobrancelha.
- Claro, ne? Eu te amo, seu bobão! - ela faz cara de tédio, mas sorri de canto, o que deixa o pai muito satisfeito.
- Ah, antes que se sente, prepara um pratinho com bolo e me traz junto com um copo de suco! - pede com um sorriso descarado no rosto.
- Assim não vai almoçar! - reclama cruzando os braços.
- Pode apostar que vou, Tsuki-chan! - ele chamou a filha pelo nome da esposa, que sempre reclamava da refeições do capitão antes do almoço.
- Tá, valendo o que?
- Qualquer coisa, vai perder mesmo! - falou indiferente.
- Está bem, combinado! - concordou Reira, que ao se virar sorriu.
Abriu a geladeira, e pensou:
"Se levar mais do que me pediu pode desconfiar, então levarei uma fatia grande de bolo e o suco, hummm..., de goiaba, e adicionarei o leite, assim ele não conseguirá almoçar e eu conseguirei um passe livre! Haha".
- Cheguei! - falou Toshiro ao entrar, havia passado no mercado e comprado algumas especiarias.
Brechou o capitão na porta entreaberta e percebeu que estava com fones de ouvido.
"Parece que ele não me escutou, tudo bem, começarei logo a cozinhar".
Caminhando até a cozinha viu Reira preparando uma vitamina.
- Se tomar essa vitamina não vai almoçar. - comentou.
A Yamamoto sorriu mentalmente, foi a mesma frase que falou para o pai, mas não tinha soado tão careta.
- Quer apostar? - perguntou a garota com um sorriso brincalhão.
Toshiro soltou as sacolas na mesa e perguntou correspondendo a brincadeira:
- O que quer?
- Pode ser qualquer coisa, vai perder mesmo! - exclamou Reira, a mesma resposta de seu pai.
- Tá, valendo! - concordou sério.
- Combinado. - a Yamamoto pegou o prato com bolo, a vitamina e saiu, sorrindo após dar as costas ao tenente.
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