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História O Furacão de Fogo e O Lobo Lendário - A Carta - História escrita por loveisakarma - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Furacão de Fogo e O Lobo Lendário - A Carta


Escrita por: loveisakarma

Notas do Autor


Oiiii! Como sempre, eu tô igual aquela música do Ferrugem "E você chegou... Atrasadinha" heheheh.
Vamos lá, abelhinhas

Capítulo 23 - A Carta


No outro dia, Kidou se sentia menos pesado. Não houveram pesadelos e ele conseguiu descansar, graças a seus melhores amigos. Eles o ajudaram, aconselharam sobre como podia lidar com aquilo e como poderiam sempre contar com eles.

Ele acordou com Endo fazendo carinho em seus cabelos. Os olhos vermelhos piscaram lentamente para se acostumar com a claridade do quarto.

–Está melhor? Temos café da manhã pronto lá no refeitório. –Ofereceu. Ainda estava preocupado com o estado do amigo depois de ter compartilhado a terrível experiência e estaria disposto a distraí-lo o dia todo se necessário.

–Um pouco, falar com vocês me ajudou a tirar isso da cabeça. Obrigado. –Se levantou e abraçou Satoru.

Endo avisou que esperaria Kidou lá fora e ele assentiu. Seguiu o mesmo caminho de sempre e encontrou Tsunami saindo do quarto de Tatchimukai. Ambos olharam extremamente corados para o capitão que deu uma piscadinha e disse:

–Meu Deus, será que todo mundo desse lugar é viado?

E saiu andando, deixando os dois muito mais envergonhados que já estavam. Ao chegar ao refeitório, deu uma breve olhada pela bancada: Ovos mexidos, bacon, pão e diversos tipos de comidas e bebidas. O cheiro que mais se destacava era de algo com queijo e o do café forte. Ao avistar Goenji, Shirou e Kogure sentados em uma mesa, foi até eles.

–Mano, eu vi um negócio ali que não sei nem o que é, mas não sendo pedra eu como. O cheiro tá maravilhoso. –Sentou-se na mesa.

–Bom dia, Endo. –Goenji cumprimentou. –Se for aquela carne ao lado do pão e dos ovos, não coma. Alguém encheu de pimenta e minha língua tá dormente atá agora.

Ele olhou para Kogure, que apenas riu e desviou o olhar.

–Eu não sei porquê me olha assim, nunca fiz isso antes. –Piscou em uma falsa inocência.

–Claro que não. –Disse Shirou irônico, enquanto colocava açúcar na xícara com café. –Você só apimentou a nossa sopa uma vez.

–E o arroz do nosso almoço. –Continuou Endo.

–E o sanduíche de Kabeyama. –Agora era Goenji.

–Espera, essa eu não sabia! –Satoru olhou pra Kogure. –Pelo jeito sua mãe postiça também não, né? Senão você já teria levado uma bronca.

Continuaram conversando até Kidou chegar e se juntar a eles. Tudo parecia tão bem, mas sentiam saudades de casa. Da escola, da rotina, da própria cama... Era complicado ficar pulando de um lugar para o outro, ficando dias e até semanas longe dos familiares.

Ele cumprimentou as pessoas da mesa, mas permaneceu calado. Yuto estava observando como cada dia mais eles evoluíam como pessoas. Antes, Goenji era mais fechado, agora, estava mais alegre e aberto. Ele não tinha mais receio de demonstrar amor pelos amigos. Era um garoto extremamente educado, mas agora estava sendo afetuoso.

Shirou também acabou se soltando mais. Ele se sentia mais seguro de si, aprendeu a lidar melhor com seus sentimentos e a confiar em si mesmo.

Apenas Endo parecia ter perdido um pouco do brilho depois de terminar com Kazemaru. Isso o deixou muito abalado, mas mesmo assim, ele continuava tentando animar todos sem perder sua pose de capitão do time. O tipo de pessoa que mesmo estando todo quebrado, ajuda os outros a se reconstruírem.

Kidou se sentia muito feliz por tê-los. Parece que depois de tanta luta e tanta dor, ele conseguiu se manter em pé. Tudo isso por seus amigos, incluindo Genda e Sakuma que ajudaram muito ele depois da saída de Fudou do Instituto Imperial.

Antes que pudesse seguir seus pensamentos pelo menino que amava, a voz de Tsunami chamou sua atenção. Ele estava na ponta da mesa, em pé, e com Yuuki ao seu lado.

–Galera, eu tava pensando aqui junto com meu maninho Tatchimukai. –Ele rodeou o pescoço dele com o braço e puxou. –Nós deveríamos jogar uma partida. Vocês contra meu time, o quê acham?

Era óbvio que Endo aceitaria na hora. Estavam precisando de uma partida diferente, com pessoas diferentes e em um lugar diferente.

Foi imediatamente conversar com a treinadora e, para a felicidade de todos, ela permitiu.
--

Com certeza está sendo uma partida genial. Eles enfrentam a outra equipe que tinha uma tática muito incrível de jogo, baseada no ritmo do passo dos jogadores.

O mais interessante, foi o fato de Tsunami ter desenvolvido uma técnica de ataque e Endo uma técnica de defesa que estava treinando há um tempo.

–Goenji! –Tatchimukai fez um passe para o amigo. Agora que eles haviam descoberto o segredo do adversário, ninguém os pararia.

Ele foi em frente, fez a sua hissatsu memorável e é claro que a bola entrou.

Todos comemoram. Num lapso de doideira, Fubuki pula e dá um abraço bem apertado no amante.

–Conseguimos! –Disse, enquanto Shuya girava com ele.

Ao tirar o rosto do ombro do outro, os olhos se conectaram. A vontade de repetir o beijo do luau e o beijo de hoje de manhã aqueceu os corações.
 

Goenji acordou com a luz vinda da janela do quarto. Abriu os olhos, levantou-se e observou o quarto: a cama do pequeno já estava arrumada e ele ouvia barulhos no banheiro. “Deve estar escovando os dentes”

Espreguiçou. Havia dormido tarde devido a conversa com o meninos na caravana, então ainda estava um pouco sonolento. Foi até o banheiro e a porta foi aberta por Shirou.

–Que susto. –Ele deu um leve passo para trás.

–Bom dia pra você também. –Eles não paravam de sorrir lembrando da noite anterior. Estavam envergonhados.

–Goenji, eu preciso...

–Buki, me deixa passar...

Eles disseram ao mesmo tempo e depois fitaram o chão, corados. Shirou deu espaço para o amigo passar.

–Obrigado. –Fechou a porta e foi utilizar o banheiro.

O menor ficou esperando do lado de fora, ainda um pouco corado. Estava pensando naquele momento incrível e não conseguia parar de sorrir olhando o teto.

Se sentia tão bobo, mas era tão bom. Estava apaixonado e se sentia nas nuvens.

Goenji saindo do banheiro o tirou de seus pensamentos. A troca de olhares deixou o loiro estático.

Fubuki decidiu se aproximar lentamente. Levantou, como um gatinho foi rebolando até Shuya e colocou os braços em torno da cintura dele.

–Você, huh... Eu quero um... –Ele começou a gaguejar e ficar com as bochechas vermelhas. Shuya entendeu o recado.

Fecharam os olhos e as bocas foram aproximando. As mãos do maior foram parar nas bochechas do outro quando o beijo foi selado.

Era uma explosão de sentimentos. Um deleite sentir a boca do outro se movimentando lentamente.

Estavam se viciando no beijo um do outro. Era tão quente e bom, poderiam ficar um dia todo naquilo.

Entretanto, a necessidade por ar se fez presente. Se separaram, lambendo os lábios e respirando fundo.

–Isso definitivamente é bem melhor que um "bom dia". –Brincou Shuya. O menor riu e o abraçou.

Estavam tão confortáveis com a situação que era como se flutuassem nos sentimentos um do outro.

Não podiam repetir o afeto pois estavam em público. Nem mesmo um selinho de comemoração. Um pouco decepcionados, apenas se afastaram e voltaram a jogar.

Aos 45 do segundo tempo, uma bola preta e azul flutuante chamou a atenção de todos.

–Não acredito. –Comentou Ichinose. –Quando achamos que eles finalmente nos deixaram em paz, eles voltam.

Então, a bola cai com um forte impacto. Uma equipe Alien aparece num estalar de dedos.

Acontece a mesma situação de sempre: O capitão apresenta sua equipe, Pó de Diamante, e se apresenta, Gazel.

E é claro, o desafio para uma partida vem. Eles tomam suas posições no banco com a treinadora.

–Discutindo com Kidou, tomamos as decisões... –Então, ela passou as posições de cada um.

Enquanto Goenji e Fubuki estavam sentados um ao lado do outro, tocaram as mãos. Foi sem querer, mas elas acabaram ficando naquela posição, fazendo-os corar.

Ao voltar para o campo, todos entram em seus lugares. Como um deboche, partida começa com o time adversário, mas eles passam a bola para a Raimon de propósito.

Jogo vai e jogo vem. O primeiro tempo está acirrado e, finalmente, Pó de Diamante consegue fazer um gol.

Mesmo com todo o esforço, ainda é difícil enfrentá-los. Como sempre, a equipe é muito ágil e forte, deixando a Raimon para trás.

Mais um gol na partida. As coisas estão ficando complicadas. Os jogadores ficam mais violentos e ágeis.

Quando todos menos esperam, um garoto alto com um moletom cinza entra em campo. Ele está pronto para voltar, sua família finalmente está segura.

Ele chama a atenção de todos quando tira o capuz. O coração de Goenji bate mais forte ao vê-lo. As palavras saem com um suspiro.

–Someoka.

Todos olham incrédulos. Era Ryuugo Someoka, seu antigo amigo de equipe que saiu por motivos misteriosos do time.

A treinadora se levanta triunfante. Ela sabe que aquele homem levantará a moral do time. Assim, ocorre uma substituição de jogador.

Shuya não se segura e abraça o amigo.

–Você? Abraçando? –O de cabelos ralos diz. –Pelo jeito temos muito a conversar por aqui.

Eles voltam às posições. Dois atacantes implacáveis, ninguém vai segurá-los e muito menos detê-los.

--

–E o jogo termina 2x2! –O narrador grita com empolgação. Ambos os times estavam cansados e, ter conseguido empatar, foi um triunfo para a Raimon.

A volta para a pousada foi de muita conversa. Eles pegaram a caravana relâmpago para dar uma volta pela cidade e conversarem entre si. Enquanto olhavam curiosos pela ilha, Someoka explicava.

–Alguns coordenadores do Instituto Alien me ameaçaram. Eu estava andando pela cidade quando eles me sequestraram e me jogaram dentro de um carro. Foi péssimo. Me fizeram inalar algo para desmaiar e eu só lembro de ter acordado numa sala escura com vidro fumê.

–Que horrível. –Fubuki comentou, horrorizado.

–Eles começaram a me mostrar fotos. Da minha casa, minha família, minha mãe no trabalho, meu irmão na escolinha... E ameaçaram fazer algo com eles caso eu não saísse do time. Eu era uma ameaça, algo assim. E depois me desmaiaram com um soco e eu acordei no meio do bosque principal 22:30.

–Fiquei apavorado. Pensei em fugir, oferecer dinheiro, qualquer coisa. Não conseguiria conversar com minha família, iriam se desesperar. Então, eu saí. E peço desculpas por não ter dado explicações.

Frases de consolo foram ditas para o garoto. Endo fez um discurso sobre tudo o quê aconteceu, os momentos que ficaram sem ele e quase perderam as esperanças. Como conseguiram se reerguer, entre outros.

–Então, agora temos outros colegas. –Someoka se mostrava um verdadeiro cavalheiro. Era muito maduro e gentil, calmo ao falar. Olhava diretamente para Fubuki.

Algo naquele pequeno garoto o deixava curioso. E em Goenji também. Estava diferente, mais aberto, mais carinhoso e receptivo. Someoka não era bobo e estava desconfiado.

O time prosseguiu conversando e observando os lugares até chegarem ao hotel. Desembarcaram e cada um foi para seu dormitório. Someoka acabou por ficar com Tatchimukai.

Goenji e Fubuki falavam sobre o retorno do colega de equipe.

–Achei ele tão gentil e receptivo. –Comentou o menor, abrindo a porta do quarto. –Diferente de você que foi super hostil comigo.

Ria, enquanto isso Goenji apenas revirou os olhos.

–E quem diria que agora estaríamos apaixonados, hein? –Ele entrou e puxou Shirou para um beijo repleto de sentimentos. Desde a primeira vez que tocaram os lábios um do outro, não queriam desgrudar mais.

A dança das línguas e da boca ficava cada vez melhor. Eles se conheciam melhor, se moviam com mais conhecimento.

Os beijos são assim. Não existe um beijo perfeito, uma boca perfeita, uma pessoa perfeita. Você e seu parceiro devem estar dispostos a aprender qual a maneira melhor de se conectar. E Goenji e Fubuki estavam assim.

As mãos do menor estavam na cintura do outro. Já o maior acariciava as bochechas de Shirou sentindo os leves formatos e imperfeições da puberdade. Pequenos cravinhos e pelos salteavam pela pele. Era tão real. Tão normal. Tão bom.

–Buki... –O nome foi dito como um ofego. O menor arrepiou. –Quero te pedir uma coisa.

–Pode pedir. –Sua mão direita foi até a de Goenji, que ainda repousava sobre sua bochecha.

–Nós vamos voltar para Inazuma. Hoje a noite. –Ele engoliu seco. –E eu gostaria de saber se você quer ficar na minha casa.

Ele cuspiu as palavras, envergonhado. O de cabelos cinzas arregalou os olhos.

–Goenji, você tem certeza? E seu pai?

–Ele não vai desconfiar se não dermos motivos pra isso. –Tentou esconder sua insegurança, mas ainda era difícil. –Olha, também estou preocupado, mas eu quero estar com você. Perdemos tanto tempo e você até beijou Ichinose e-

A boca do outro na sua interrompeu a fala.

–Eu quero.

Ficaram abraçados, as testas juntas e os corações compartilhando o mesmo sentimento.

Reciprocidade.

–Seus olhos são irresistíveis. –Shuya disse e o pequeno riu.

–Quer comer eles? Eca, Goenji, que nojo.

Sorriram, completamente bobos um pelo outro. Seria difícil abandonarem um ao outro com tanto respeito, carinho e ternura.

E seria mais difícil ainda esconder esses sentimentos do pai de Goenji.

--

–Não acredito que estamos em casa! –Ichinose gritou. Deitou no gramado da escola e sentiu o cheiro da terra recém molhada.

–Você vai se sujar aí, seu tonto. –Shirou zoou o melhor amigo, como sempre.

Era madrugada, havia chovido bastante ao pegarem o transporte de volta para Inazuma. Foi cansativo, todos precisavam descansar e recuperar o sono perdido.

–Bom, acredito que a Caravana possa deixar vocês em casa. Primeiro, precisam deixar os uniformes e outros utensílios por aqui para serem devidamente lavados. Já separaram onde vão dormir? Espero que sim. –A treinadora dava ordens e mantinha o controle da situação, mas até ela estava esgotada da situação.

Foram levados as suas casas, a mais afastada era a de Goenji e Kidou, com a diferença de 4 quarteirões. Era um bairro rico da cidade.

–Até mais, Kidou. –Goenji se despediu com um abraço e Shirou acenou, bocejando. Desceram do ônibus.

–Poxa, tô morrendo de sono. –O menor esfregou os olhos e piscou na tentativa de despertar.

–E eu estou nervoso, mas vamos lá. –Sem pensar pegou na mão do outro. Quase chorou quando percebeu que não poderia fazer aquilo.

Apenas se entreolharam e entraram.

--

Kidou entra no quarto, tudo está como sempre deixou. Organizado, limpo e sem odores. Não suporta o cheiro de produtos de limpeza.

Sentou na cama, cansado. Olhou em cima da escrivaninha e havia uma carta lá, provavelmente escrita à mão. Se aproximou com cautela, pois era estranho uma carta para ele.

Ao ler o remetente, suas mãos foram até seu rosto. Os olhos se encheram de lágrimas e ele tremeu.
"Akio Fudou,
do Instituto Imperial"


Notas Finais


Capítulo pequeno e rápido, apenas para adicionar uns detalhes. Espero que tenham gostado!


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