Goenji e Fubuki andavam apressadamente pelos corredores do hospital.
–Porra, parece que a distância aumentou, que saco! –Shuya murmura.
Está ansioso. Seu coração bate tão forte que sente que vai explodir em seu peito.
Ele chega na frente da sala e trava. Respira fundo e traga a saliva presa na garganta.
Sente o carinho de Shirou em seu ombro e sorri.
Abre a porta. Observa a sala e seu olhar se volta para a cama.
Ela está lá. O cabelo solto, os olhos inchados e um sorriso como se tivesse acabado de acordar.
E acabou.
Depois de anos, lá está ela. Com os mesmos olhos brilhantes de sempre e a boca com um sorrisão enorme.
Ele saiu correndo em sua direção, dando um abraço bem apertado na sua irmãzinha. Estava diferente, magra, porém mais desenvolvida.
–MIOLO MOLE! –Ela gritou e abraçou seu irmão bem forte.
–Pirralha… –O maior disse chorando. –Que saudades.
–Você sabe como eu gosto de dormir. –Ela riu, mas as lágrimas molhavam suas bochechas. Ficaram aproveitando o abraço um do outro.
O maior fez carinho no cabelo de Yuuka e a encarou.
–Eu achei que você não fosse resistir, que você-
Goenji estava tão feliz que poderia explodir em corações e confetes. Tinha sua irmã, sua linda irmãzinha e companheira perto de si.
Ele ficava inseguro com a situação dela, mas no fundo sempre soube que ela era forte o suficiente para aguentar.
Yuuka nunca desistia fácil.
–Tudo tá diferente. –Ela olhava para o quarto curiosa. –Eu tô meio estranha, mas acho que tô legal.
Sorriu abertamente e reparou o pequeno ser de cabelos cinzas no canto do quarto.
–Quem é ele? –Perguntou para Goenji.
–Ele, ah… Ele é meu... –Mexeu as mãos nervosamente. –Amigo. O nome dele é Shirou Fubuki e ele tem poderes igual a Elsa.
–Sério? Como assim!? –Olhou desconfiada para o irmão. –Tá me zoando né?
Shirou abaixou a cabeça e negou, rindo também.
–Acho que temos muito pra conversar, gatinha. –Bagunçou os cabelos dela como era costumado a fazer. –Shirou, você poderia...?
–Pode deixar, chefe!
E assim se retirou da sala. Estava feliz por Goenji e não conseguia esconder o sorriso. Ver seu amor com os olhos brilhando era impagável.
Ele gostaria de ter essa sensação de ver seu irmão novamente.
Aguardou nas cadeiras do lado de fora do corredor, como da última vez.
Enquanto isso, os irmãos conversavam.
–Então, como está? –Ele se sentou numa cadeira ao lado da cama.
–Diferente. Eu não sinto como se estivesse com 13 anos, mas eu tenho. –Ela fez um beicinho.
Era verdade. Seus trejeitos eram muito infantis, como se tivesse parado no tempo.
Mas seu corpo dizia o contrário, ela estava entrando na puberdade e isso mudou seu físico.
–Eu conversei com papai, mas você sabe que ele não gosta muito de falar com a gente. –Fez uma careta. –Ele me contou muitas coisas sobre os dias de hoje, mas eu ainda me sinto meio perdida.
O coração de Goenji apertava no peito. Sua irmã perdeu 3 anos de vida pela irresponsabilidade de outras pessoas.
–É uma coisa bem doida. –Respirou fundo. –Mas e você? Como cê tá?
–Bem…
Goenji relatou sobre suas últimas aventuras enfrentando o Instituto Alien. Foi bem detalhista, falando sobre os lugares que visitou, as pessoas que conheceu, entre outras observações. Dizia empolgado, fazendo piadas e deixando sua irmã com o coração quentinho de vê-lo feliz.
–Espera… Então, não eram aliens? Que safados! O Instituto dos Alienígenas deveriam prender eles por infringir o Protocolo.
–Que Protocolo? –Riu Goenji.
–Ué, o Protocolo dos Universos. Você não pode se passar por alguém de outro planeta senão você é preso.
–Hm e quem criou isso, hein? –Shuya sorria, alegre de ver que sua irmã continuava a mesma mocinha bem-humorada.
–A Liga dos Planetas. Ela é feita de várias pessoas de vários mundos diferentes. –Ela aflorava a imaginação.
Riram igual bobos.
–Você é uma pirralha muito criativa.
–Puxei pro miolo mole do meu irmão. –Revirou os olhos. –Mas continua falando aí.
Goenji prosseguiu contando sobre os últimos fatos e focando mais em Shirou.
Ficaram falando sobre diversos acontecimentos sempre rindo. Os minutos passavam e eles nem se importavam com isso.
Continuavam com a mesma conexão de sempre e isso era bom. Poderiam estar separados por anos ou por quilômetros, nada mudaria entre eles.
–Você mudou. –Hora ela demonstrava certa maturidade e hora certa infantilidade. Yuuka era assim, muito esperta, mas muito inexperiente. –Está mais alto e diferente.
Os olhos marejaram.
–Quando você vai embora? –Ele perguntou animado. –Temos tanto para conversar, deveríamos fazer uma festa do pijama! E fazer comidas gostosas, se você puder comer claro.
–Você sabe que vou gostar. –Ela fez uma pausa. – E, Goenji, eu vou embora dois dias antes do seu aniversário.
–Mas… Isso é daqui duas semanas. –Shuya se sentiu um pouco frustrado. Queria levar ela para casa o mais rápido possível.
–Sim, mas isso não impede de você vir me visitar todos os dias.
Do lado de fora, ouvia a conversa toda. Quando algo chamou sua atenção: O aniversário de Goenji estava se aproximando.
Ele precisava fazer algo.
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–E aí? Está com fome? Como foi? –O pequeno Shirou estava curioso.
–Eu não queria ter deixado ela lá. –Fez um biquinho. –Ela disse que ainda posso visitar ela, mas que só vai sair daqui duas semanas. Felizmente ela está bem, mas é estranho. Parece que ela parou no tempo.
–Foram três anos né? –Shirou perguntou delicado.
–Sim. Quase isso na verdade. –Colocou a mão no queixo pensativo. –É, quase isso. Nós ainda nos damos bem, mas eu tenho receio. Ela precisa estudar e ter acompanhamento médico devido à umas complicações na saúde.
–Você sabe que ela vai conseguir. Tem o melhor irmão do mundo que vai apoiar ela quando necessário. –Deu uma piscadinha fofa.
–Eu preciso urgentemente de um banho. –Disse Fubuki. –Não vejo a hora de chegar na sua casa logo.
–Eu também, argh. O jogo hoje foi tão maluco, nem acredito que ganhamos.
–E temos uma hissatsu! –O menor deu um pulinho, suspirando e sorrindo.
–SIM, temos! –Goenji devolveu na mesma empolgação. Sem perceber, levou o braço ao redor do menor.
Não estavam se importando. Pela primeira vez demonstraram ser um casal abertamente e estavam com um frio na barriga de fazerem isso.
Pessoas iam olhar e se incomodar, mas eles não ligavam. Não estavam fazendo nada de errado.
–Como você acha que deveríamos nomear ela? –Fubuki pegou na mão de Goenji que repousava sobre seu ombro. –Fogo e gelo.
–Nah, pra o nome de uma hissatsu não fica legal. –Pensou. –Vendaval de Fogo?
–Você usou o nome das duas que já temos? Que preguiçoso! –Riu.
–Furacão de Fogo e Lobo de Gelo, que tal?
O de cabelos cinzas riu novamente.
–Desculpa! Eu não tenho tanta criatividade, tá? –O maior justificou.
–Os Elementos. –Shirou deu uma pitada de drama e olhou para Shuya.
Riram igual idiotas. Ao longe, os meninos conseguiam ver a casa de Goenji.
–Parece nome de desenho. –Shuya fez uma careta franzindo as sobrancelhas.
–Furacão Vendaval.
–Furacão Eterno de Gelo.
–Vendaval de Fogo.
–Fogo Eterno. –Disse Goenji.
–Espera. –Fubuki jogou a cabeça para trás e riu. Quase tropeçou. –Mais fácil chamar de Inferno então.
Os dois riam como idiotas. Pararam na frente da casa e Goenji tirou a chave do bolso para abrir a porta.
–Quem chegar primeiro toma banho primeiro. –Shirou disse e saiu em disparada para a escada.
–Ei! Não valeu. –Fechou a porta e saiu correndo atrás do menor.
Acabaram por chegar juntos, já que no meio do caminho Goenji pegou Fubuki no colo.
–Era pra eu ter chegado primeiro, hunf. Você roubou. –Cruzou os braços, mas depois depositou um beijinho na bochecha do amado.
–Isso significa que teremos de ir juntos… –Sugeriu o menor no ouvido de Shuya, enquanto era colocado no chão. –Se quiser, claro.
Goenji estava de olhos arregalados e com as bochechas queimando.
–Eu… Você… Podemos? –Ele soltou palavras sem nexo.
–Se não quiser tudo bem. Eu respeito isso. –Shirou parou pra pensar na proposta um tanto promíscua.
Goenji apenas tirou a própria blusa. Fubuki interpretou aquilo como um sim e puxou-o pela mão, indo até o banheiro do quarto.
Fecharam a porta. O silêncio corria pelo cômodo como um fantasma assombrando os garotos.
–Ei, vem cá. –Shuya chamou o menor e o pegou delicadamente pela cintura. Depositou um beijo em sua testa, um em cada bochecha, no nariz, na boca, no pescoço e deixou a cabeça lá.
–Eu te amo. –Disse, sentindo o carinho do menor em seu cabelo. –Eu amo você e eu amo seu corpo.
–Eu também amo você. –Depositou um beijinho no cabelo loiro. –Vem, vamos para o banho.
Tirou o short e a cueca, evitando olhar para Goenji que fazia o mesmo.
Não era sobre sexo ou tesão, era sobre amor. Um momento tão íntimo que significava muito para os dois.
Entraram no box. Ainda estavam muito acanhados para dizerem alguma coisa.
Shuya ligou o chuveiro e sentiu a água morninha cair sobre seu corpo.
–Vem. –Chamou Fubuki para mais perto.
Estavam abraçados, apenas sentindo o contato.
Voluntariamente, o maior trocou de posição. Agora Shirou estava embaixo da água lavando os cabelos e o outro passava o shampoo.
Esfregava o couro cabeludo suavemente com os olhos fechados de costas para Shirou. Sentiu pequenas mãos junto das suas e assustou.
–Meu Deus! Que susto. –Olhou para trás e Shirou estava rindo. –Nunca mais faça isso, sou paranóico.
–Sempre tive medo de aparecer alguma coisa no meu banheiro quando eu tomava banho. Atsuya ficava me botando medo falando que a loira do banheiro ia me pegar.
Shuya riu.
–Uma vez eu estava tranquilamente tomando banho, aí eu senti uma cosquinha na perna. –Virou-se para Shirou. –Deixa eu enxaguar agora, gatinho.
O menor trocou de lugar com Goenji, pegando o shampoo.
–Enfim, eu comecei a sentir uma cosquinha no pé e veio subindo até minha perna. Achei que fosse um cabelo ou sei lá, não dei muita atenção. Quando vi, uma lacraia gigantona quase no meu joelho.
–Que horrível, ew. Arrepiei só de pensar.
–Pois é. Eu não dei um grito, eu dei O grito. Depois disso fiquei traumatizado. –Riu.
Shirou reparava no corpo do outro. Os braços, o peitoral, a água escorrendo por todo o corpo. Não resistiu em dar uma olhada.
Amava cada pedaço daquele corpo, pois ele pertencia à pessoa que amava.
Poderia ser grande, baixo, gordo, magro, musculoso, o quê seja. Amava aquele corpo, pois amava a pessoa que estava por dentro dele.
Estava tão entretido que ao menos percebeu o shampoo escorrendo pela sua testa.
–Ai, merda. –Ele esfregou os olhos quando sentiu a ardência.
–Que foi?
–Estava olhando seu corpo majestoso e entrou sabão no meu olho.
–Oh. Nossa. –Ficou envergonhado.
–Isso foi o karma certeza.
O maior riu.
–Vem cá lavar. –Deu espaço para o menor ir pra baixo do chuveiro.
Fez carinho nos cabelos cinzas, puxando as mechas com sabão para lavar.
Percebeu a diferença de altura entre eles. Era clichê, mas bom.
Sentia que poderia pegar Shirou no colo e protegê-lo do mundo inteiro.
–Obrigado. –Fubuki se virou e sorriu.
Enquanto Goenji ensaboava o corpo com a bucha, Buki passava condicionador nos cabelos.
–Poxa, meu cabelo tá tão grande. Não tinha percebido. –Comentou.
–O meu está crescendo também, preciso refazer o corte.
–Você ficaria um pitel de cabelão. –O menor fez um movimento com as mãos como se estivesse abanando.
–Para, garoto. –Empurrou o outro sem força. –Se bem que não seria má ideia. Sempre quis pintar ele, mas acho que ficaria muito seco.
–Você é rico, pode pagar hidratação toda semana. –A fala fez o loiro revirar os olhos. –É verdade e sabe disso.
–Sei, sei. –Admitiu. –Mas eu não sei. Meu pai provavelmente me chamaria de viadinho e um monte de coisas assim.
–Você já é mesmo. –Riu. –Qual vai ser a diferença?
–Então! Imagina se ele soubesse que eu sou mesmo sem pintar o cabelo. Com certeza ia culpar a falta de uma mãe ou umas coisas nada a ver.
Eles riram. Eles trocaram as posições e agora Shirou se ensaboava e Goenji passava o condicionador.
–Ei… –Shuya chamou. –Obrigado.
–Huh? Pelo quê?
–Por estar me… aceitando. Sei lá. Eu não sei como agradecer isso. –Fechou os olhos para lavar o cabelo. –Estamos tomando banho juntos e não é algo vergonhoso ou tarado. É só um banho.
–Embora eu já tenha ficado duro duas vezes. –Brincou.
–ORAS, eu fazendo textão aqui e você todo safado. –Riu. –É por isso que te amo.
–Você sabe que também amo você e tento fazer o máximo pra te fazer bem.
Ficaram sorrindo igual bobos. Sentiam como se nada pudesse atingir eles naquele momento.
Terminaram o banho finalmente. Se enxugaram e foram para o quarto trocar de roupa.
–O que vamos fazer hoje? –Perguntou Shirou abraçando Goenji por trás. –Estou um pouco cansado.
–Podemos assistir um filme. O que acha? –Goenji sentiu os braços do outro envolvendo sua cintura.
–Hm, qual? –O pequeno esfregava a cabeça das costas de Shuya.
–Não sei, depois a gente decide.
Se virou de frente para Fubuki e esfregou seus narizes.
Eram 18:00, o sol se punha e o céu era pintado pelas cores pastéis belíssimas que tornavam o ambiente mais agradável. O vento gelado começava a se instalar pela cidade e algumas luzes começavam a acender.
Tudo estava tranquilo, não haviam mais ameaças. Era apenas um dia normal.
Os meninos estavam na sala, dando uma olhada nos filmes e séries que passavam na televisão. Goenji estava sentado com o controle e Shirou deitado em seu colo.
–Espera, volta um canal. –O menor sentou. –Tá passando Sharkboy e Lavagirl!
Ele se jogou para trás, rindo.
–Nem fudendo. –Shuya negou com a cabeça. –Quer assistir?
–Uhum. Vem cá, minha estrela de cinema. –Puxou o amado para um abraço e depositou um beijo em seus lábios.
Arrumaram uma posição confortável no sofá: Goenji deitado e Shirou entre suas pernas.
Estavam confortáveis e, até então, livres para fazer o quê quiserem, pois Katsuya estava trabalhando.
Eram aproximadamente 19:00, quando pediram uma pizza para acompanhar o filme.
Eles sentaram no chão para comer. Riam e se divertiam com as cenas engraçadas como se fossem duas crianças.
Após a refeição e o filme, escovaram os dentes e voltaram para a sala.
Fubuki agarrou Goenji e o jogou no sofá, sentando em seu colo.
–Shirou, o quê-
O menor apenas começou a beijar o pescoço de Shuya, interrompendo sua fala. Levou a mão até o quadril do maior e o segurou.
–Goenji… –Disse baixinho, ouvindo o suspiro que deixou os lábios do outro. –Eu amo você.
Beijava devagar o pescoço, depositando cada beijinho em um lugar diferente.
Olharam nos olhos um do outro. Algo estava diferente em Fubuki.
Estava com vontade de Goenji. Era como uma pessoa com sede quando recebe um copo de água.
Encostaram as testas e esfregaram os lábios. Selaram o beijo com amor e carinho.
Os lábios se movimentavam devagar, apenas sentindo o leve toque um do outro.
O menor finalizou o beijo e pigarreou para dizer.
–Eu… –Deitou a cabeça no ombro do outro. –Eu fiquei doido vendo seu corpo hoje.
Admitiu baixinho.
–Você é muito gostoso, Goenji. E lindo. O seu corpo é a coisa mais linda que eu já vi, fico maluco perto de você.
O loiro estava estático. Cada palavra de Fubuki era o suficiente para todo o sangue do corpo ir para uma região específica.
Engoliu a saliva e puxou delicadamente o rosto do menor para encará-lo.
–Desculpa, eu não sei o que responder. –Goenji estava com os olhos arregalados. –Você… Você tem tanto efeito sobre mim, mesmo não fazendo nada.
Suspirou.
–Eu sou apaixonado por você e todas as suas pequenas coisas. –Fez carinho com o dedão na bochecha do outro. –Você é muito lindo, Buki. Seu sorriso me encanta, seu jeitinho me deixa bobo e…
Desviou o olhar e mordeu os lábios.
–E…? –O menor questionou, com os olhos brilhando.
–Você tá me deixando duro ficando assim. –A fala saiu baixa, mas o suficiente para Shirou ouvir.
Um sorriso malicioso instalou-se nos lábios do pequeno.
–Ah, então quer dizer que se eu chegar um pouquinho mais pra frente…
Sentou em cima do membro de Goenji, que endurecia mais ainda com o toque.
–Shirou… –Ofegou, sentindo os beijos do menor em seu pescoço.
Trilhou um caminho até a boca do maior, onde um beijo intenso se instalou. Os lábios se movimentavam com prazer e desejo, sempre querendo mais.
As mãos de Goenji apertavam o quadril do outro, que rebolava sutilmente. Seus membros se tocavam e, mesmo com as roupas, era algo bom de sentir.
Goenji deitou Fubuki no sofá e começou a puxar a blusa dele devagar, mas foi parado.
–Você pode apagar a luz? –Pediu baixinho.
–Está com vergonha?
–Um pouco. Na verdade, só quero sentir você melhor… –O menor admitiu.
Shuya se levantou e foi até o interruptor, apagando a luz.
A casa estava escura, com exceção da luz que vinha do poste da rua. Era uma luz alaranjada, que deixava o clima mais quente.
Quando não se tem a visão, os outros sentidos são aguçados. Assim, poderiam aproveitar melhor o tato um do outro.
–Vem cá, me abraça. –Shirou pediu estendendo os braços.
Goenji se aproximou, abraçando e beijando o menor no rosto todo.
A blusa de um foi tirada e depois a do outro. Estavam próximos, os corpos estavam esquentando e os beijos eram intensificados pela atmosfera excitante.
Os lábios de Shuya desciam pelo pescoço do outro. Ele beijava devagar, pressionando a boca de maneira que fazia um estalo quando soltava.
Mordeu devagar e chupou, fazendo Shirou fechar os olhos e abrir a boca, soltando o ar dos pulmões num ofego.
As mãos do maior acariciavam os braços de Fubuki, sentindo os músculos levemente definidos.
O futebol ajudava a manter essa aparência atlética e a manter a saúde também.
–Você tem um cheiro bom. –Comentou, enquanto passava o nariz no pescoço do garoto que amava.
Ele deixava vários beijinhos, descendo até o peitoral do menor. Lá, ele passou as mãos, indo agora até a barriga que tanto admirava.
–Eu sei da marquinha que você tem aqui. E eu amo ela assim como amo você. –Goenji passou a mão na cicatriz, não era tão grande, mas ainda fazia-se evidente.
Era uma lembrança que Shirou levava do seu acidente. Não gostava dela, mas com o tempo aprenderia a aceitar.
Se sentia amado. Sabia que com ou sem cicatriz, Goenji o amava e isso era bom.
É bom se sentir em casa.
A mão de Shuya desceu até o pênis do garoto, enquanto sua boca beijava próximo à barra do short.
Buki arregalou os olhos. Seu pau pulsava na cueca.
–Goenji! Você-
–Shiiii, apenas sinta. –Parou de repente. –Ou melhor, você quer né? Se não estiver bem eu posso parar.
–Tudo bem, eu só quero que se sinta confortável também. –Fez carinho no cabelo loiro.
–Claro que sinto, meu gatinho. Eu... Quero testar.
Um sorriso de Shirou confirmou que ele poderia seguir em frente.
Shuya respirou fundo e retirou o short e a cueca do outro de uma vez só.
Nunca havia feito aquilo. Nunca havia ao menos se imaginado fazendo, mas tudo tem uma primeira vez.
Retirou as roupas de Buki, deixando-o completamente nu e colocou ao lado no sofá.
Subiu os beijos pelas pernas de Shirou juntamente com as mãos, sentindo os pêlos da perna dele fazendo uma cosquinha engraçada.
Chegou até no membro duro, pegando-o na mão e o estimulando. Shirou começou a ofegar com os movimentos da mão de Goenji.
O maior sentiu estranhamente a boca salivar ao ver a glande molhada de Fubuki.
Levou os lábios até aquele local e beijou. Sentiu a mão do outro fazendo carinho em seu cabelo.
Passou a língua onde estava molhado e depois colocou a glande em sua boca. Sua mão ainda continuava a descer e subir por toda a extensão, mas devagar.
–Goenji, os dentes. –Shirou avisou. Sua voz saía quase que num suspiro.
Tentou ao máximo colocar o membro na boca sem passar os dentes.
Fubuki sentia a boca molhada e quente do garoto engolir seu membro e ofegava. Sentia o prazer correr por seu corpo e seu pau pulsava com aquele toque tão íntimo.
A língua de Goenji passou por sua glande novamente, fazendo sua costas se arquearem no sofá.
Shuya pegava o jeito, descendo e subindo a cabeça pelo pênis de Fubuki, sentindo-o ir até o fundo de sua boca. Aquilo fazia com que sua boca salivasse e seu nariz entupisse.
Não era nada como pornô, mas era bom. Gostava de assistir às reações de Shirou perante aquela iluminação sexy.
Os olhos fechados, as mãos hora segurando o sofá e hora agarrando seu cabelo. A boca arfava e soltava gemidos baixos e suas costas se arqueavam quando tocava um ponto específico.
O loiro sentia o próprio pênis endurecer e molhar sua cueca. Shirou o deixava doido.
–Goenji, puta merda, não para. –Nesse momento, o maior já estava estimulando o menor com a boca e com a mão.
Isso fazia Fubuki sentir um prazer como nunca sentiu antes. Estava a ponto de gozar de tão bom.
Seu corpo suava e esquentava cada vez mais.
–Goenji, v-vou gozar.
Shuya tirou a boca aproveitando pra respirar, mas sua mão continuava masturbando mais e mais o pau de Shirou.
–Goze pra mim, pequeno. –Disse de maneira carinhosa, embora o clima do lugar fosse sexual.
O menor fechou os olhos e sentiu. A última onda de prazer que pegava seu corpo como um tsunami.
Então, gozou na mão de Goenji. Sua porra escorria, molhando a mão do maior.
–Meu Deus… –Suspirou, colocando a mão no rosto. –Isso foi muito bom.
O loiro deixou um beijo na coxa de Fubuki.
–Vou limpar minha mão e trago papel pra você. –Levantou e deu uma piscadinha para Fubuki, que assentiu ainda extasiado pelo prazer.
Foi e voltou rapidamente, auxiliando o menor com a limpeza.
–Goenji… –Shirou chamou. –Posso tentar também?
O maior arregalou os olhos.
–Oh… Você pode, mas não se sinta na obrigação de fazer nada se não quiser.
–Mas eu quero. Deita aqui.
Puxou Shuya para o sofá e o colocou delicadamente fazendo carinho no cabelo loiro bagunçado.
–Eu quero te beijar. –Subiu em cima dele. –Eu amo seu beijo pra caramba, é tão gostoso.
E assim beijou o menino que tanto amava. Apertava seus ombros, sugava seus lábios e rebolava em seu pau.
Com Shirou as coisas eram um pouco diferentes: Ele tinha uma presença forte, seu desejo era mais evidente e ele se comportava de maneira sensual.
Gostava do contato sexual e físico. Goenji começou a reparar isso desde a última vez que se tocaram.
O pênis de Shuya dava sinais de vida novamente. Shirou levou a mão do outro até a sua bunda.
Goenji fez um carinho, tentando não ser desrespeitoso ou chato. Era até fofo seu comportamento.
–Você pode apertar ela se quiser. –Sussurrou no ouvido do loiro.
Com receio, apertou a bunda de Fubuki com a mão direita. Depois a esquerda seguiu o mesmo caminho, fazendo ele se soltar mais.
Seu pau estava duro novamente. Não era tão difícil de ficar assim devido á posição e aos beijos.
Para facilitar o trabalho, Goenji estava sem blusa. Shirou foi chupando seu pescoço de leve.
Agarrava a pele com a boca e passava a língua. Seu quadril rebolava para frente para trás e suas mãos agora seguravam os pulsos de Goenji.
Quente. Essa era a palavra certa. Fubuki estava pegando fogo e queimando o ambiente inteiro.
O loiro estava perdendo a sanidade. Sua respiração estava descompassada e a cada vez que sentia a língua do outro, gemia de prazer.
Chegando no peitoral de Shuya, deixou diversos beijinhos e leves mordidas para não marcar.
–Você é gostoso demais, meu amor. –Sussurrou. –O quê seu pai diria de ver o filhinho dele todo entregue a mim?
Deu um chupão na barriga de Goenji. Esse com certeza ficaria marca.
Fubuki não enrolava. Queria chegar direto ao ponto.
Estava curioso para saber da sensação que é ter um pau em sua boca.
Retirou o short de Goenji. Esse tipo de atitude estava deixando o maior doido.
Começou a dar beijinhos no pênis duro do outro por cima da cueca, apenas para provocar.
–Buki, por favor. –Suplicou.
O sorriso do menor demonstrava malícia. Tirou o membro de Goenji pra fora da cueca, segurou pela base e passou a língua.
Era diferente. Já leu sobre o ato, mas fazer era uma experiência bem pessoal.
Colocou na boca e foi engolindo, assim como Goenji fez.
Agora o maior tinha noção como era. Sentia seu pau quente e ficando molhado cada vez mais.
Era bom, sua mente ficava nublada e seu corpo soltava espasmos com tamanho prazer.
Fubuki movia sua cabeça, sua boca ia abrigando o máximo possível do membro do garoto que amava. Sua mão direita segurava o pênis para dar mais estabilidade.
A luxúria transbordava pelos olhos de Shirou e ele não fazia questão nenhuma de esconder isso. Encravada Goenji de forma erótica, sempre observando as reações.
Era tudo tão bom e novo. Estava se deleitando com a experiência, mesmo que fosse a primeira vez de Buki também.
–Estou quase… –Shuya avisou. Estava sensível depois de ter ficado duro duas vezes, sem contar a vontade com que o outro chupava seu pau.
–Goze pra mim, grandão. –Imitou a fala de Goenji.
Sua mão agora masturbava o pau molhado do loiro, esperando que o orgasmo viesse e se deleitando com a imagem de Shuya revirando os olhos de prazer e agarrando o sofá.
–Shirou, eu vou-
A frase foi interrompida por um gemido seguido de um orgasmo intenso.
Respirou fundo pensando no que haviam feito.
–Acho que precisamos de um banho… –O menor brincou.
Chegou por cima de Goenji e depositou um beijo em sua testa.
–Vem, vamos.
Assim, eles pegaram as roupas e foram para o quarto tomar banho. Se sentiam felizes e extasiados, como se andassem em nuvens.
Conversavam durante o processo, sempre ensaboando e enxaguando um ao outro. Se abraçaram e trocaram um selinho.
Tão felizes e tão apaixonados que nada podia atingir os garotos.
Estavam em casa. Nenhuma chuva, nenhuma temperatura alta, nada poderia atingir aquele relacionamento.
Fariam de tudo, dentro dos limites claro, para se manterem assim. Eram amigos, amantes, namorados, quando necessário até pais um do outro.
Deitaram para dormir. Como sempre em camas separadas, mas mantendo as mãos juntas.
E, antes de dormir, Shirou pensou como queria dar um presente para Goenji.
Afinal, o aniversário dele estava chegando.
E uma data especial precisa de uma comemoração especial.
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