Mais um dia se passa em Hyrulle Town. As crianças brincam na praça. O mercado abre e faz a multidão passar comprando pães, brinquedos, máscaras, flechas, escudos e tudo mais. Malon passa com sua carroça de produtos de seu rancho. O casal apaixonado dança com a melodia que os artistas de rua tocam.
Meu nome é Link, sou ajudante de ferreiro, ajudo meu tio a criar e fornecer material ao exército do castelo. Assim como vendemos algumas espadas, facas e escudos para aspirantes a cavaleiros. Afinal, quem não quer viver no palácio e servir a família real? Eles governam Hyrulle desde o início dos tempos, são descendentes diretos dos deuses. E graças a eles, temos paz e prosperidade com as outras tribos do reino.
- Link! Pode atender nossos clientes?! - Grita meu tio, me tirando dos meus devaneios. Eu adoro o lugar onde eu trabalho porque consigo ver o castelo daqui.
- Estou indo tio! - Respondi e fui ao balcão. - Perdão pelo atraso. - Me desculpo com os clientes. São dois guardas do rei.
- Ah! Tudo bem garoto! - Exclama um, segurando uma lança, usando armadura azul. - Estamos aqui para pegar uma espada que o Rei encomendou recentemente.
- Claro! - Confirmo e vou para onde meu tio está moldando outra lâmina. - Tio, são os guardas reais, vieram buscar a encomenda do rei.
- Terceira prateleira a esquerda. - Indica meu tio, homem forte e barbudo, sujo de fuligem, mas muito simpático. Ele tinha cabelos castanhos e olhos da mesma cor.
Sigo até o baú que está posto na prateleira e abro-o. A espada é tão brilhante que fico maravilhado ao segurá-la, mesmo com um pano para mantê-la pura. Meu tio havia se superado para aquela lâmina. Seu cabo era de ouro e ela media pelo menos 1,50m. Corro de volta para o balcão e a entrego delicadamente para os guardas. Eles a seguram com cuidado também, embrulhada no pano e me entregam um saco de 300 rupees. Eu dou o saco de couro para meu tio, que sorri ao ver o dinheiro.
O resto do dia foi bem tranquilo, até eu descansar meus cabelos castanhos claros no travesseiro da cama. Ao fechar meus olhos, vejo só escuridão. De repente, me vejo em um piso de pedras cinzentas, com iluminação de tochas. Os barulhos das masmorras me assuntam de início. Uma voz começa a ecoar pelos corredores escuros.
Link! Por favor! Eu preciso de ajuda!
Como aquela voz me conhecia? Espera! Como eu conhecia aquela voz?! Era delicada, mas naquele momento parecia nervosa, com medo. Era a voz da princesa! Eu me lembro dela discursando no festival da primavera!
Corro pelo corredor escuro, mas parece que eu nunca chego a uma nova área. Não sei exatamente para onde devo ir. Norte? Sul? Se eu soubesse onde é o norte! Começo a suar, mas não de calor. Olho aos arredores e vejo cavaleiros da guarda real, caídos pelos chãos, poças de sangue escorrendo deles. Arregalo os olhos com aquilo. Lanças ultrapassavam corpos e flechas estavam cravadas em elmos. Começo a tremer e hesitar. Estava perdido, sem armas e suando.
- Droga Link! O que você está fazendo?! - Gritei comigo mesmo. Eu sempre carregava uma espada comigo. Um dos benefícios de ser ajudante de ferreiro, era que eu testava as espadas que meu tio fazia. Não era nenhum cavaleiro, mas poderia pelo menos me defender, ou então... defender Zelda.
Link. Você me encontrará. Mas primeiro... Você precisa acordar!
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