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História O Futuro de Hyrulle - O subterrâneo de Kakariko - História escrita por OtavioGBC - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Futuro de Hyrulle - O subterrâneo de Kakariko


Escrita por: OtavioGBC

Notas do Autor


Falaa pessoal! Muito obrigado por estarem favoritando a história! Isso me motiva muito!
Esse episódio é um dos meus favoritos por enquanto, então espero que gostem!
Ah! E se eu estiver errando algum nome, podem me avisar, que as vezes eu não percebo meus erros!
Boa leitura!

Capítulo 5 - O subterrâneo de Kakariko


A Vila Kakariko era tão pacífica que deixou Link desconfiado. Ele estava acostumado com a agitação do Mercado de Hyrulle, onde pessoas passeavam na rua constantemente, barganhando e comprando diferentes bens. Crianças brincando, a confusão trazia vida ao lugar que ele chamava de lar.

Mas Kakariko? Ele sentia que a coisa mais emocionante que acontecia era uma moça tentando reunir seus cuccos. Zelda e Link passaram pelas ruas praticamente desertas de Kakakiro, procurando por algum tipo de atividade. Já tinham suprimentos para continuar sua jornada ao Santuário, mas Zelda era curiosa e queria conhecer a cidade antes de ir.

- Sabia que Kakariko é a última cidade onde ainda podemos encontrar os Shiekah? Eles eram os guardas oficiais da família real.

- E por que não são mais? – perguntou Link, não sabendo do que Zelda estava falando, mas gostava de ouvir ela explicar as coisas que ela passou tanto tempo lendo.

- Muitos morreram na antiga guerra. E os poucos que sobraram, ou não aprenderam as técnicas antigas deles, ou culpam a família real pela morte de seu povo. – Contou Zelda, com uma voz mais sombria.

- Sinto muito. – Disse Link, tentando consolar a princesa.

- Não foi culpa sua. E eu não os culpo por nos culparem. Mas acho que eles deveriam culpar mais os verdadeiros responsáveis pela guerra. – Zelda apertou o passo, querendo desviar-se daquele assunto.

Os dois passaram por pequenas casas, onde pessoas varriam as folhas, um flautista tocava uma leve (sonolenta) melodia. Chegaram até um poço, e logo atrás dele, um moinho. Viram também uma placa, que dizia que o cemitério ficava mais adiante. Zelda voltou a ficar com um semblante sombrio.

- Princesa? – Perguntou Link se aproximando dela.

- Vamos até lá. Eu devo mostrar respeito aos Sheikah que morreram pela minha família. – Disse ela, adiantando-se para a colina que levava até o cemitério. Link a seguiu.

O cemitério era o que se esperava. Uma grade separava as tumbas e túmulos do caminho, e ao passarem, viram um homem corcunda e pálido, com uma pá no ombro descansando embaixo de uma árvore seca. Seu rosto era um pouco deformado e tinha um dente para fora do lábio.

Link logo levou a mão a haste de sua espada, mas Zelda acalmou o rapaz, colocando uma mão no ombro dele. Andaram pelos túmulos e viram vários nomes. Nenhum parecia familiar a nenhum dos dois. Até chegarem uma construção mais elaborada. Tinha o brasão da família real e uma mulher alta e forte, com cabelos brancos amarrados em um rabo de cavalo fino. Ela estava de joelhos, e Link achou que ela não tinha notado a presença deles.

Mas ele estava muito enganado. Quando ele deu um passo próximo dela, sentiu uma lâmina apertar em sua garganta e músculos bem definidos colados contra suas costas. Seus braços foram imobilizados com apenas uma mão e ele viu os olhos vermelhos da mulher, que há um segundo atrás, estava na frente dele.

- Quem é você?! O que está fazendo com a Princesa?! - Perguntou a mulher, sussurrando, mas furiosa.

Zelda não pareceu perceber. Parecia que ainda olhava para a alguém ajoelhada. Talvez... Uma miragem! Link relaxou os músculos, para tentar mostrar que não era inimigo.

- Meu nome é Link... Eu sou um ajudante de ferreiro. Estou acompanhando a princesa até o Santuário das Deusas. – Sussurrou o Hyllian.

- Está muito bem armado para apenas um ajudante de ferreiro! O que ela faz fora do castelo?! E por que está levando-a para o santuário?

- Com licença?! – Zelda foi encostar a mão na miragem da mulher ajoelhada, mas sua mão passou diretamente pela imagem. – O que?!

Quando ela olhou para traz, viu a cena de Link sendo ameaçado com uma faca na garganta e a mulher alta atrás dele, imobilizando seu guardião. Zelda tremeu com a imagem, mas logo a mulher o soltou e fez uma reverência ajoelhando para a princesa.

- Princesa Zelda! – Disse a mulher de cabeça baixa. – Eu sou a chefe desse vilarejo. Me chamo Impa.

- Você... É uma Sheikah. – Disse Zelda, ainda com os lábios tremendo.

- Eu estava apenas te protegendo desse camponês. Ele não deveria ter tirado do castelo! – Exclamou Impa.

- Não! Se Link não tivesse me tirado do castelo, Vaati estaria me torturando para encontrar a Triforce! E os Sheikah não servem mais a família real. Vocês foram liberado de seus deveres depois da guerra.

- Um verdadeiro Sheikah não desrespeita o desejo das deusas. A família real são os representantes das deusas em Hyrulle. E... – Impa se ergueu. Link enfim percebeu sua roupa, roxo escuro com um olho sinistro pintado em vermelho. Não era uma túnica, era tão colado ao corpo dela, que poderia ser uma segunda pele. E ela tinha um cinto e botas de couro. – Quem é Vaati?

- Um feiticeiro forasteiro. Ele enfeitiçou os guardas e tem mantido meu pai como refém. Ele quer usar a Triforce para conquistar o poder das deusas. – Disse Zelda, mais imponente. Uma das pernas de Impa pareceu falhar.

- Eu... Falhei... – Murmurou Impa. – Perdão, minha soberana, eu falhei novamente! – Impa caiu aos pés da princesa, suplicando.

- Opa! Opa! – Link fica entre Zelda e Impa e desembainha a espada. – Como assim, novamente?

- Quieto, plebeu! – Impa pega sua adaga novamente, e fica de pé tão rápido que poderia ter matado Link com um simples movimento.

- Você demonstrará mais respeito a Link! Ele me salvou! Agora, explique-se! – Ordenou Zelda, realmente parecendo uma princesa.

- Eu... Eu era da Guarda Real até o fim da guerra. Você era uma bebê... um assassino Gerudo invadiu o castelo e ameaçou-te. A Rainha se sacrificou para te salvar, e eu só fui rápida o suficiente para retornar aos seus aposentos após a morte da rainha... eu matei o assassino, mas tinha falhado. – Explicou Impa, colocando-se de joelho e fechando os olhos.

- Mamãe... – Zelda levou uma mão a boca e Link quem colocou a mão no ombro dela. A princesa logo escondeu o rosto no ombro dele para chorar.

- Princesa, eu e meu povo fomos liberados de nosso dever de guarda das princesas, após o acordo com os outros povos. Os Gorons eram muito covardes para enfrentar os Gerudos, os Zora muito orgulhosos, e ao dar-lhes o próprio reino, apenas formaram uma trégua temporária.

- Chega! Os Gerudo não são nossos inimigos dessa vez! – Exclamou Zelda, fazendo sua voz ecoar pelo cemitério. – Esse é túmulo da família real, não é?! Quero prestar meus respeitos a minha mãe e aos Sheikah caídos em batalha para nos proteger.

- Claro... alteza. – Ela fez uma reverência e virou-se. – DEMPÈ! – Gritou Impa e o velho coveiro ergue-se com um pulo. Ele correu, pelo menos tentou, até a mulher Sheikah.

- Ah... Sim, bom dia, senhorita Impa. – Bufou Dempè ao chegar até onde ela estava.

- Abra o túmulo real, a princesa veio fazer uma visita. – Disse Impa, apontando para Zelda e Link.

- A princesa?! – O coveiro se ajoelhou diante de Link. – Vossa Alteza.

- Haha! – Zelda riu alto e Link corou tão forte que sentiu suas bochechas queimarem. – É um prazer, senhor Dempè.

- Eu vou abrir o túmulo. – Resmungou o corcunda com olhos tortos. Zelda o acompanhou e Link estava prestes a fazer o mesmo, quando Impa o puxou pelo braço.

- Escute aqui! Se você deixar qualquer coisa acontecer com a princesa, eu juro que... – Impa começou a ameaçar Link, mas ele a interrompeu.

- Se alguma coisa acontecer com a princesa, é porque eu já estarei morto. E eu não vou morrer até saber que ela está segura. – Respondeu Link, firmemente.

- Ótimo. – Ela levou a mão ao cinto e entregou um saco de couro, com dez bolinhas pretas de chumbo. – Tome isso, pode precisar no subterrâneo.

- Bombas? Eu não vou explodir o túmulo real! – Link encarou Impa com uma expressão de indignação e confuso.

- O túmulo esconde tesouros que só se revelarão a um membro da família real, mas é possível que passagens estejam bloqueadas. Use-as para isso e nada mais. – Disse Impa, empurrando Link para acompanhar Zelda.

* * *

Entrar no túmulo da família real foi uma das coisas mais incertas que Link já fizera. E ele tinha sorrateiramente infiltrado no castelo, matado um guarda e resgatado a princesa no dia anterior. As bombas estavam amarradas em seu cinto, logo ao lado do bumerangue. Ele teve que mudar a posição da bainha para o ombro, enquanto carregava o escudo no braço.

Zelda entrelaçou os dedos das mãos e começou a cantarolar uma música. Era tão leve e suave que Link ficou mais relaxado por estar ali. Quando ela terminou sua canção, que Link agora chamaria de Canção da Zelda, ela tinha pequenas lágrimas nos olhos.

Link mais uma vez confortou a menina com uma mão no ombro, mas logo os dois foram surpreendidos por uma luz vindo da parede em frente deles. Uma porta de tijolos caiu e mostrou para eles um caminho. Eles trocaram olhares e começaram a seguir o novo caminho para o subterrâneo.

Aqueles corredores de pedra lembraram link das masmorras do castelo de Hyrulle, mas eram mais escuras, e Link tinha deixado a lanterna para traz. Apenas seguiram em frente, o único caminho possível.

Ao chegar no final das escadas, uma grande câmera, iluminada por diversas tochas se abriu diante deles. Havia um caixão de pedra e dois tablados de pedra, com inscrições nele. Zelda foi se aproximando devagar, e Link a acompanhou, já com a espada desembainhada.

- Esse é... O primeiro rei de Hyrulle. – Sussurrou Zelda ao ver o caixão, e a inscrição.  – Me ajude a abri-lo!

- O que?! Quer abrir a tumba do primeiro rei?! – Link arregalou os olhos com a ideia da moça.

- Anda logo! – Ela começou a empurrar a tampa de pedra e Link rolou os olhos, começando a ajudá-la.

Ao abrirem viram uma caveira cinzenta, enrolada em mantos dourados. Link pensou que Zelda se assustaria com a imagem, mas ela não parecia afetada. Aquela garota se mostrava mais forte que muitos homens que Link conhecia. Junto do rei falecido, um lindo escudo azul e vermelho com a pirâmide e o brasão real cravados. Era de aço e algum metal que Link não reconhecia.

- Pegue-o. – Disse Zelda. Link a encarou com os olhos semicerrados. – Não é como se meu tataravô fosse usá-lo agora.

- Você está levando a morte de maneira muito banal. – Disse Link, suavemente. – Está tudo bem?

- Ah... – Zelda suspirou. – Se eu aprendi uma coisa, lendo sobre as origens de Hyrulle e sobre história, é que os mortos fazem ela. Mas são poucos que constroem um legado. Esse escudo foi usado pelo primeiro rei e herói desse reino. – Zelda pegou o escudo do túmulo e tirou o pó. – Merece ser usado pelo novo herói.

- Herói? Princesa, fico lisonjeado, mas eu sou só um plebeu. Estou te ajudando pois é o que qualquer outro Hylian faria.

- Não Link. Nem todo Hylian demonstraria a coragem que você demonstrou para arriscar sua vida. Pegue o Escudo Hylian e com ele carregue a honra de nossa raça.

Link desistiu de argumentar e aceitou, colocando seu outro escudo no chão, que não era mal, mas não se comparava com a leveza e beleza do Escudo Hylian. Link sentiu-se mais seguro com ele em seu braço. E logo teve que testá-lo. Pois os dois começaram a ouvir barulhos estranhos vindo das paredes.

Assim que Link ergueu o escudo e se colocou na frene de Zelda, crânios de caveiras entraram voando com asas de morcego, e uma aura verde fosforescente ao seu redor. Eram pelo menos cinco e Link não os alcançaria da altura que voava com sua espada.

Quando o primeiro avançou, Link bloqueou com o escudo e acertou-lhe com a espada. Mas outro se aproximava. Link rolou e com o escudo amassou o crâneo voador macabro contra a parede. Ele largou a espada brevemente e arremessou o bumerangue. A arma curvada bateu contra os outros três que estavam mais longe e eles pareceram ficar atordoados. Link pegou o objeto voador novamente e avançou:

- HYAH! – Com um giro de sua espada, ele fatiou os três crânios de uma vez.

- Link! A passagem! – Quando ele percebeu, a passagem que eles haviam chegado a câmara havia se fechado. Ele cerrou os dentes. Aproximou-se com a espada e percebeu que nem uma bomba estouraria aquela pedra.

- Ah... O que está fazendo?! – Perguntou Zelda, vendo ele cutucar as paredes da tumba com a ponta da sua espada.

- Procurando uma saída. – Disse Link ao ouvir um barulho diferente. Mais leve. Aquela parte da parede era oca. – Se afaste.

Zelda se colocou atrás do túmulo de pedra e ficou distraída tentando ler as inscrições nas pedras. Link colocou uma das bombas na parede e também se afastou, com o escudo erguido. A explosão foi pequena, mas o barulho foi alto. Uma nova passagem se abriu e Link sorriu que Zelda não tinha se assustado.

Ele chegou próximo dela e a chamou para saírem dali, mas a garota parecia muito interessada nas inscrições na pedra. Link ergueu uma sobrancelha:

- Princesa, precisamos ir. – Disse ele. Zelda assentiu.

- Só espero que possamos retornar aqui. – Respondeu ela.

Eles foram pela nova passagem, e Link teve que abriu mais dois novos corredores com suas bombas. Ele achou um pequeno baú, que escondia rupees e outro que tinha um... CORAÇÃO?!

- É um container de vida! – Disse Zelda maravilhada. – É um item mágico que dizem aumentar a vida de um guerreiro.

- Ah... – Link encarou o coração flutuante e tentou pegá-lo, mas assim que encostou nele, sentiu um calor passar pelo seu corpo. Era incrível, se sentia como se não precisasse dormir. – Wow! Tem razão!

- Ótimo... Agora vamos sair daqui antes que mais caveiras apareçam. – Zombou Zelda da cara de bobo que Link fazia. Ele assentiu.

Link explodiu uma última parede de pedra e juntos eles saíram no topo da colina, bem do lado do moinho. Perceberam que era mais seguro descer daquela altura por dentro. Link abriu a porta lateral do moinho e eles viram as engrenagens de madeira rodando, já que o vento fazia o moinho girar.

Uma música contagiante começou a tocar e Link percebeu que tinha um tocador de acordeon na base do moinho. Zelda começou a mover a cabeça com a melodia e Link não pode deixar de sorrir. Ao descerem as escadas, o músico ficou surpreso com a presença deles, mas não parou de tocar seu instrumento.

-  Boa tarde! – Disse ele. – O que fazem no moinho? Esse lugar só moe grãos...

- Só estamos visitando. – Disse Zelda. – Que música é essa? Nunca tinha ouvido!

- Ah! – Ele bufou, nervoso. – Acredita que eu também não sei o nome?! Um casal, muito parecido com vocês, só que mais velhos, passaram aqui há alguns anos e me deixaram com essa música na cabeça!

- Haha! Sinto muito, mas eu tenho que dizer, ela é extremamente contagiante.

- Demais! Não consigo parar de tocá-la! – Resmungou ele, continuando a melodia. Link e Zelda se despediram rindo. 


Notas Finais


Por enquanto é isso! Espero que estejam gostando! No próximo vamos ter mais ação e mais momentos Zelink!
Comentem o que estão achando aí!
Valeeeeu!


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