Teria passado algumas horas depois do almoço, já era de tarde e estava bem fresco com um lindo sol lá fora, porém Dazai não gostava muito de sair de casa, vivia pálido devido a isso.
Aquela tarde estava tediosa, tinha acabado todas suas lições até treinado algumas magias pacíficas, sem muito rumo andava por sua casa que na verdade era uma grande mansão com dois andares, por ser muito grande era muito vazia, tinha apenas empregados e ele atualmente na casa, seu pai vivia fora.
Caminhando em direção da sala entra Ango lendo um livro histórico, provavelmente iria dar algumas aulas de história para Dazai depois.
- Ango alguma notícia de meu pai? - perguntava sem receios.
- Não, acho que voltará apenas a noite, além disso comentou que iria atrás de um presente e como eu te conheço muita coisa não te agrada, deve ser difícil achar algo bom para seus 15 anos amanhã. - Comentava Ango mexendo em seu óculos.
- Melhor um presente que uma festa, da última vez foi um desastre, eu fiquei em meu quarto quando os adultos faziam a festa nos quartos.
- Isso é indecente de sua parte em comentar algo assim. - Diz Ango corrigindo novamente Dazai.
- Claro, claro, quando completar meus 15 anos poderei falar isso livremente, já que poderei transar também. - Dizia com um riso malicioso, despertando surpresa de Ango.
- Já tem uma pretendente?
-Que!? Não, claro que não, não preciso de pretendente, consigo comandar isso tudo sozinho.
- Esse não é o fato, é bom manter herdeiros. - Ango não gostava de apressar Dazai nesses assuntos de namoro e casamento, porém moreno sempre debatia isso dizendo que não precisava.
- Sei lá dou um jeito, talvez eu apenas transe com uma qualquer e fico com bebê, não é assim que os nobres fazem? - Dazai estava jogando uma indireta muito forte, na época que viviam muitos homens casados iriam em bordéis para transar, geralmente o filho não era da esposa e sim de uma prostituta.
- Vejo que gosta de debater tópicos políticos e relações. - Ango fechava seu livro e colocava em cima da mesinha do centro.
- Talvez, enfim não tenho nada mesmo para fazer, apenas um tédio, um suicídio cairia bem hoje, está um dia ótimo.
- Sem isso jovem, vamos sair logo.
- Sair? Quem disse em sair? - Dazai mudava sua face brincalhona para uma séria.
- Eu e o Oda pensamos em fazer uma surpresa hoje, já que amanhã você estará ocupado e não vai poder ir com a gente. - Ango ajeitava novamente seu óculos quando Oda chega por trás de Dazai.
- Vem vamos, vai ser divertido, você não acabou de falar que estava com tédio? - Perguntava Oda olhando para Dazai.
- Certo, eu vou só porque não tenho nada para fazer. Dazai sempre cedia para Oda algo, pois considerava ele um grande amigo e confiava muito nele.
Os dois guardas e Dazai saem de casa para uma caminha rápida até uma estrada normal, onde teria uma carruagem, ao entrarem ela levou os três até o centro da cidade perto de um bar não muito conhecido, quase não tinha movimento. Os três entraram no tal bar que estava vazia, melhor ainda, sem pessoas querendo atenção de Dazai, ambos se sentaram nas cadeiras na frente do balcão.
- Um bar...Esse é meu presente?
- Não é um simples bar é o melhor bar da cidade, é bem silencioso e podemos conversar a vontade sem preocupações, além de venderem as melhores bebidas, eu e Ango estamos considerando que já tem 15 anos e já pode beber, mas como não queremos problemas, vamos pagar apenas uma bebida hoje e quando você tiver tempo depois dos 15 anos vamos vim mais vezes, que tal? - Oda olhava para seu amigo mais novo, que logo demostrava um sorriso.
- Adorei, pena que não vou poder vim tantas vezes devido a escola, eu apenas estou livre nos domingos, sábado geralmente tiro folga. - Dizia como se estivesse trabalhando e que era cansativo a escola, sendo que nem começou as aulas.
- Entendo, então combinamos no domingo, eu e Ango vamos te buscar em sua casa. - Dizia Oda pegando sua bebida que era um uísque igual dado a Dazai.
- Você é incrível Oda! - Dizia moreno todo manhoso bebendo um gole de uísque, sentindo um gosto bem amargo de início, porém conforme os goles acaba acostumando-se com o amargo e logo vem o gosto bom do uísque.
- Gostou - Agora era Ango perguntando, o homem não era muito de falar, ficava mais Dazai e Oda conversando e ele apenas escutando.
- Adorei o presente de vocês, não vou esquecer.
Enquanto ambos bebiam no bar, Mori estava em sua sala trabalhando quando recebeu uma ligação meio estranha, quando atende reconhece a voz, é Francis um nobre rico que tinha um leilão ilegal e várias empresas, mas porque ele ligaria justo agora para Mori?
- Soube que estava atrás de um presente único ao seu filho, ele faz 15 anos? Como crescem, bem hoje recebi uma peça única que pode te interessar muito, quer vim aqui discutir um pouco sobre o preço?
- Como as notícias voam meu querido Francis, me diga algo que realmente iria valer a pena de ir até você em seu humilde leilão? - Mori tinha um tom bem sarcasmo na voz.
- Pegaram uma besta única, dizem que tem habilidade com gravidade e a boatos que tem forma humana. - Aquelas palavras despertaram uma curiosidade enorme em Mori, Dazai precisava de uma criatura mágica nas aulas, por que não uma besta desse nível? Ele iria mostrar o poder de sua família com uma criatura como aquelas.
- Certo, irei, guarde meu lugar. - Mori desliga telefone e se levanta da cadeira, avisando que iria sair.
Após sair do escritório pega uma Carruagem em direção de um local mais isolado onde se localizava um edifício não muito elegante, já de entrada teria dois guardas cuidando, ao se aproximar Mori é parado.
- Seu nome por favor? - Pedia um dos guardas.
-Mori Ougai.
- Certo pode entrar, está na lista. - Os dois guardas saem da entrada dando espaço para Mori entrar.
Já dentro do local era totalmente diferente de fora, tinha pisos elegantes que brilhavam de tão limpos, além de um grande tapete vermelho que o guiava para dentro do local, cheio de decorações ricas e famosas, um local luxuoso. O primeiro andar ficava a recepção e sofás para se sentar e conversar, mas Mori evitava conversas paralelas, pois sabia que tudo que falava poderia ser jogado contra ele algum dia.
Não muito longe tinha um balcão aonde vendia bebidas, foi o primeiro local que foi para se sentar e beber um bom uísque, foi quando um nobre loiro todo arrumado chegava perto do balcão e se sentava ao lado de Mori, aquele era Francis o dono do leilão ilegal.
- Então você é o grande conde? Mori Ougai? - Francis logo pedia uma taça de vinho francês, um dos mais famosos.
- Acho que já sabemos isso não é mesmo Francis?
-Me desculpe pensei que apresentações seriam do seu tipo, enfim vamos aos negócios?
- Pensei que seu leilão fosse mais bonito por fora. - Mori jogava novamente suas falas como se fosse uma faca no pescoço de Francis.
- Queria que edifício fosse mais atraente, porém certas pessoas ficam de olho nos leilões ilegais sabe. - O loiro pega a taça de vinho e o bebe.
- Ohh, não deve ser fácil esconder um edifício tão grande e luxuoso dentro, estou certo? - Francis apenas ignorava a fala de Mori e volta ao assunto principal.
- Bem voltando ao assunto que o trouxe aqui, dois caçadores conseguiram capturar uma raridade e hoje estarei lançado em meu leilão, podemos fazer um contrato para que seja possível você obtê-lo - Dizia Francis todo convencido.
- Sim, Bestas são uma raridade e tanto, tão difícil de pegá-los, porém como conseguiu? Apenas dois caçadores? Deve ter informantes competentes. - Mori parecia mais uma serpente pronta para dar o bote.
- Oh, isso é um informação muito particular, mas já que vi pela sua cara que irá gastar tudo por ele, direi que é um macho jovem, não sabemos quantos anos a besta deve ter exatamente porém chuto uns 14 a 15 anos, ele é bem teimoso, aconselho que compre uma coleira para o controlar.
- Agora fiquei muito mais interessado, estou querendo comprá-la para meu filho, talvez isso anime ele, sabe como são jovens hoje em dia, tão deprimidos. - Mori faz um tom de deboche ao referir ao seu filho ingrato.
- Entendo, eu tenho uma amante que teve uma filha minha, porém não sou de admitir casos separados do meu casamento, além disso ela dá muito trabalho, sabe se você quiser mais tarde dar uma olhada nela.
- Quantos anos ela teria? - Perguntava Mori interessado.
-10 anos, adora vestidos, tem um jeito meiga e fofa, porém quando está com raiva é um terror de criança - Comenta Francis.
- Adoraria dar uma olhada, talvez se você fizer um favor a mim farei um a você, que tal?
- Um acordo...Os dois saem vencendo, mas porque se interessaria por uma garotinha irritante? - Francis erguia a sobrancelhas com dúvida.
- Assuntos privados sabe como é, então está dentro do acordo?
- Aceito! - Diz homem sorridente, pois acabou de ganhar na loteria, pois iria ganhar dinheiro de Mori além de se livrar de uma filha que não era do seu casamento.
Quando chegou momento do leilão Mori se ajeitou na cadeira na sala privada esperando que mostrassem várias criaturas belas, mais nada o atraiu, ele queria a Besta que todos falavam, após algumas horas uma jaula foi levada ao palco, dentro dela teria uma besta enorme com manchas ruivas no pelo branca que seriam meio longo, olhos azuis como céu e chifres de carneiro. Contudo Era aquilo que ele precisava, não era bem um cachorro, era melhor que um, quem imaginária que seria um grande lobo.
Então os lances começaram, Mori como sempre esperto esperou todos darem seus lances até a mulher começar contar, quando faltava apenas três segundos, Mori levantou e falou seu lance, todos do leilão ficaram maravilhados com o preço tão alto.
- Vendido ao Senhor Conde Mori Ougai.
Mori se ajeitou e sentou na cadeira se achando o poderoso por ter vencido novamente os lordes idiotas, a Besta era dele, não só isso mais ganhou uma garotinha para si, iria fazer ela se tornar a mais rica e bela, podendo assim arranjar um casamento com algum lorde rico e tornar o nome da família a mais rica de todas.
E o Dazai? Bem Mori já tinha descartado ele a muito tempo, porém precisava pelo menos de um mago em sua família, devido a isso iria apenas transferir toda a riqueza a pequena garota que seria o futuro da família.
Nesse mundo atual mulheres não tinha opiniões, elas não poderiam virar magas, eram apenas usadas para se casarem e ficarem ao lado de seus maridos.
Quando leilão acabou Mori foi direcionado por Francis para o armazém do leilão, onde estaria a Besta, ao ver aquela beleza de criatura na jaula daria uns gritinhos falsos de alegria, logo manda os homens levarem a criatura para dentro de um veículo mágico para fazer o transporte.
- Muito bela, que sorte que tive. - Diz Mori meio alegre.
- Testamos antes do leilão a forma humana da besta, nada que uma bela tortura não faça uma besta fazer o que você quer, ele tem em torno de 15 anos com estrutura baixa, poder de gravidade, além disso estamos dando de brinde uma coleira mágica com dois anéis conectados. - Francis aponta para coleira no pescoço de Chuuya e os anéis de sua mão.
- Esse brinde vai ser muito útil, foi bom negociar com você Francis. - Mori diz com um sorriso psicopata.
- Já iria esquecendo, você levará a garota daqui uns dias, deixarei um recado quando é para buscar.
- A coleira já está vinculada aos dois anéis para não ter problemas, podem até vincular mais anéis se precisar, porém a besta está sem roupa humana, não conseguimos colocar.
- Não tem problema isso vejo mais tarde a muito tempo ainda, se vemos por aí Francis. - Mori saiu do edifício com sua carruagem e com um veículo mágico que levava a besta atrás.
Chegando em casa mandou o motorista deixar a besta fechada na garagem presa por correntes mágicas que não poderiam facilmente serem quebradas, colocaram água e comida para a criatura. Mori se aproximou da besta sem muito receio.
- Tão belo, será ótimo para manter um status e colocar aquele pirralho na linha. - Diz Mori satisfeito.
Foi nesse momento que Chuuya levanta com raiva e vai para cima dele, mais foi surpreendido por um choque terrível pelo corpo o fazendo se contorcer no chão rosnando em protesto, Mori teria usado o anel para impedir o ataque.
- Besta idiota, você está usando uma coleira que é controlada por anéis mágicos, se tentar me matar vai levar choques terríveis pelo corpo inteiro, então nunca tentei besteiras perto de mim ou do meu filho. - Diz Mori dando um belo sorriso nos lábios convencido, fazendo a besta rosnar de raiva.
- Tenha um boa noite - O homem se retira do local deixando a criatura sozinha naquele escuro, voltando para sua casa confortável.
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