Pov. Mike
Eu: o que eu não faço pelo amor – onde estou agora? Simples... correndo invisível até dentro do Palácio para servir de isca para Pac poder entrar com as meninas. Chego no salão principal vendo todos os prisioneiros de Rezende, eles estavam com as mãos, patas, asas, e tudo que podiam ter presas por correntes. Rezende estava no meio do salão com o cetro de ouro nas mãos.
Rezende: vocês como seres mágicos não deviam ser mandados por um reles humano – dizia para todos do salão – por anos a família Linnyker governou esse país, mas agora está na hora de nos voltarmos contra aquele príncipe mimado que assumiu o trono – invejoso.
Moça: você não sabe o que fala rapaz – uma senhora anã se pronuncia – tenho mais de 200 anos e nunca vi uma vez a família real nos tratar como diferentes – espera.. Eu conheço ela, é a senhorinha que me consolou na morte dos meus pais.
Rezende: você não sabe o que diz velha – diz com ignorância – sua cabeça já não funciona mais, a família real é ignorante.
Moço: você não entende rapaz – um senhor centauro se pronuncia – sou refugiado de guerra, vim para esse país quando o rei Mikhael era apenas uma criança, eu e minha família viemos até aqui para ter proteção, no qual foi concedida pelos soberanos – sorrio largo vendo a cara de raiva do Rezende.
Rezende: então onde está seu rei agora?! – opa minha deixa – ele deve ter fugido como covarde que é – com minha velocidade corro até Rezende reaparecendo vendo a expressão de espanto dele – Mikhael!
Eu: sentiu saudades? – junto eletricidade na palma da mão e descarrego tudo nele vendo se contorcer no chão.
Rezende: P-peg-guem e-ele – vejo que todos os lobos vem pra cima de mim, saio correndo do local em uma velocidade moderada.
Lobo: eu vou te matar Linnyker! – corria atrás de mim tentando me acertar.
Eu: tenta me pegar peludo.
Pov. Pac
Vejo Mike sair correndo de dentro do Palácio com todos os lobos atrás dele, espero eles saírem pelo portão e vou correndo para dentro do Palácio. Chegando lá já prendo os capangas que sobraram da turma de Rezende em âmbar, mas vejo que aquele idiota não estava aqui, então sem perder tempo vou até o primeiro cara que vi e toco em sua corrente, me concentro e transformo ela em pó assim fazendo com todas que estão ao meu redor.
Eu: Por favor fiquem todos juntos – vejo as meninas entrando pela porta olhando todos os lados tentando achar suas mães, quando acham elas, as duas correm para perto delas as abraçando – deem todos as mãos, vou tira-los daqui – eles concordam e fazem o que eu digo, pego a mão do cara que estava ao meu lado e sinto minha outra mão ser pega, quando me viro para ver quem era – ah é você – reviro os olhos.
Guaxinim: em carne, osso e beleza – fala sorrindo convencido, não dou atenção para ele e me concentro tele-transportando todos da sala para o Porto. Por ser muita gente fico um pouco tonto perdendo o equilíbrio, só não caio no chão por causa do ser que me segurou – opa, mais cuidado na próxima gracinha – fala sorrindo, recobro a consciência e me solto dele.
Eu: devia ter mais respeito com quem está comprometido, se não quiser ir parar no meio de oceano – me afasto dele pronto para sair andando a procura de Mike, mas o ser me segura pela mão.
Guaxinim: calma, eu tenho respeito sim – fala sorrindo – só quero demonstrar minha gratidão – ele tenta levar minha mão para perto da boca na intenção de beija-la, mas puxo ela.
Eu: de nada – sorrio falso – Agora se me der licença, vou procurar meu noivo – me viro indo em direção a escada para sair do Porto, mas paro ao escutar um guarda me chamando.
Guarda: senhor, os navios da primeira leva ainda não voltaram – o olho com espanto.
Eu: aconteceu alguma coisa? – pergunto preocupado.
Guarda: não, é que os barcos estão lotados e por segurança eles devem ir devagar – suspiro olhando ao redor, e uma ideia vem a mente.
Eu: faça um pedido.
Guarda: o que? – pergunta desnorteado.
Eu: deseje por mais barcos – já me preparava para realizar o pedido.
Guarda: mas.. Eu já fiz meus dois pedidos – fala nervoso.
Eu: é para salvar vidas – ele suspira e olhando para baixo ele pede.
Guarda: eu.. desejo três barcos de transporte – ele me olha.
Eu: seu desejo é uma ordem – estalo os dedos e na frente do Porto surgem três grandes navios. Acabo ficando meio tonto, mas respiro fundo e tento me manter firme – tirem todos daqui, vou procurar o Mike – ele afirma e eu saio flutuando do lugar.
...
Estava sobrevoando o reino a procura de Mike, já fui a todos os lugares mas ainda não consegui localizar ele. Já estava a ponto de desistir quando escutei um som vindo de traz, voltei um pouco vendo Mike lutando com todos os lobos, me aproximo dele pegando em sua mão começando a flutuar com ele.
Mike: bem na hora amor – rio baixinho, mas logo sinto um pego e quase deixo Mike cair. Olhei para baixo vendo um dos lobos pegando o pé de Mike.
Lobo: dessa vez vocês não vão fugir – diz e morde a perna de Mike o fazendo gritar muito. Mike mexe sua perna para tirar o lobo de cima, até que ele consegue, mas o lobo levou um pedaço da perna junto. Levo Mike mais para o alto e crio uma plataforma para deixar ele sentado. Me abaixo ficando a altura da perna dele vendo o estrago.
Mike: Tá feio né – onde o lobo tinha mordido chegava até o osso, mas ele já estava se regenerando.
Eu: olha.. podia tá pior – fico a sua frente segurando seu rosto com as mãos – fica aqui se recuperando, eu vou ganhar tempo – eu iria descer para lutar contra os lobos, mas Mike me puxa pelo braço selando nossos lábios em um breve beijo – Porque fez isso? – falo ao nos afastarmos.
Mike: não pude resistir – fala sorrindo. Rio baixinho e saio da plataforma caindo no chão de frente para os lobos.
Lobo: Tá defendendo o namorado bonitinho – ele ri acompanhado dos outros.
Eu: ah é você – reviro os olhos – tá desatualizado amigo, Mike não é mais meu namorado – ele rosna baixo se preparando para atacar.
Lobo: claro.. porque ele vai ser meu próximo cadáver do dia – ele parte para cima como os outros lobos. Eu defendia seus ataques com facilidade, mas fui começando a ficar tonto, para não ser atingido faço a magia do vendaval e empurro todos para longe de mim. Acho que usei muita energia hoje.. também né, foram 6 pedidos, mais uma magia de teleporte e mais um pedido de três novos navios.. tô surpreso de estar em pé ainda.
Eu: vai ter que me matar primeiro – o lobo que parecia ser o líder se levanta me olhando com ódio querendo voar no meu pescoço.
Lobo: rapazes, já provaram o sangue azul? – ele sorri mostrando os caninos.. imaginem uma cara de lobo.. agora coloquem ela sorrindo igual a um psicopata.. essa era minha visão dele – o gosto é uma delícia – ele lambe os lábios salivando, vejo os outros fazerem o mesmo querendo me comer com os olhos. Sem ter tempo de reagir, todos pulam em cima de mim, cruzo os braços protegendo meu rosto dos ataques, mas podia sentir as garras e dentes deles me rasgando por inteiro. Mas de repente vejo os lobos sendo lançados para longe de mim.. com dificuldades me sento no chão vendo a cima de mim dona Sah com outras fadas.
Sah: relaxa Tarik.. nós cuidamos deles agora – vi atrás dela a dona Tec com outros elfos, assim como centauros, anões, trols da terra e sátiros – VAMOS TODOS JUNTOS LUTAR PELO REINO E PELOS NOSSOS REIS – Reis?.. todos os cidadãos gritaram um uníssono e se prepararam para lutar contra as forças de Rezende. Os lobos uivaram juntos e o chão começou a tremer, de lá saíram todos os trols de pedra e bateram com força no chão fazendo um terremoto ir em direção aos cidadãos. Mas os trols da terra entraram na frente impedindo que o terremoto continue. Diferente dos trols de pedra, os da terra são parecidos com os humanos, com carne e osso, além de poderem andar livremente na luz, mas não tem tanta força quanto os de pedra.
Consigo ver mais atrás dos lobos os centauros e duendes, mas não conseguia ver o idiota do Rezende. Via que ambos os trols começaram a lutar entre si, o impacto dos poderes de ambos era incrível. As fadas e elfos vão em direção aos lobos e atacando todos eles com todo poder que tinham. Sátiros e anões partiram para cima dos duendes que estavam armados com armas de fogo, para ajudar os anões criei armas para eles também, mesmo confusos não discutiram e partiram para cima. Ambos os centauros lutavam contra si causando tremores na terra. Mas algo ainda me incomoda, não achava Rezende em lugar algum.. Mas acabo sentindo uma sensação de calafrio atrás de mim e por reflexo me abaixo.
Eu: estava me perguntando onde você estava – dou uma rasteira no Rezende fazendo ele cair no chão.
Rezende: você é irritante sabia – fala irritado.
Eu: que bom.. acho o mesmo de você.
Pov. Mike
Que ótimo, começaram a lutar lá embaixo e eu tô preso aqui em cima, mas uma coisa estava errada, onde estavam meus soldados? .. olho para minha perna vendo ela totalmente curada, então pulo da plataforma caindo no chão de forma sutil e começo a correr em direção aos lugares onde os helicópteros deviam ter pousado. Chegando no local vejo o porque da demora.
Eu: isso já é genocídio – meus soldados.. estavam todos sentados no helicóptero, olhavam para baixo... sorrindo. Todos tinham sido transformados em ouro, assim como o helicóptero. Decido entrar no mesmo vendo todo o local, até que chego na cabine do piloto vendo o mesmo da mesma forma que os outros, mas ele tinha um papel em sua mão também de ouro, mas dava para ler o que tinha nele – a honra é toda minha – “servimos com honra pelo nosso rei”.. era o que dizia no papel.
...
Fui a todos os lugares.. em todos estavam do mesmo jeito. Rezende tinha matado todos meus soldados só para me atingir.
Com uma fúria me dominando corro com toda a velocidade que tinha, foi até o lugar da batalha vendo ele lutar contra Pac. Chego até ele o pegando pelo pescoço e o levando para um lugar afastado. Ainda correndo o abaixo no chão fazendo ele raspar as costas no asfalto, mas depois paro de correr e o levantando no ar ainda apertando seu pescoço.
Eu: mexa comigo mas não toque nos meus súditos – aperto mais o pescoço dele falando com uma voz fria e sem sentimentos algum. Sem mesmo deixar ele responder o jogo contra uma parede vendo ele rir.
Rezende: Você tá mais forte – se levanta massageando o pescoço – o que você fez? Tomou bomba? – vou me aproximando dele lentamente. Para tentar me atingir com o cetro de ouro, mas com minha velocidade consegui desviar facilmente. Com a mão fechada em um punho eu juntava muita eletricidade, quando cheguei perto o bastante dei um murro com toda força que tinha descarregado toda aquela energia bem no baixo estômago dele, mas os centauros são resistentes e matar Rezende vai demorar – então.. agora é pra valer? – falava com dificuldades com um sorriso cínico.
Eu: cala a boca – o pego pelos cabelos jogando ele mais uma vez no chão brutalmente. Toco no chão fazendo muitas raízes saírem da terra e secarem Rezende. Ele se surpreendeu e se levantou rapidamente usando uma faca para cortar as raízes, quanto mais ele cortava mais eu criava, até que chegou uma hora que não estava conseguindo controlar elas.
Rezende: você esquece que eu posso controlar a vegetação né – ele volta às raízes contra mim, mas como meus poderes de relâmpago acabei com todas rapidinho. Não deixei ele falar nada, apenas começo a correr em volta dele formando um tornado, e jogo relâmpagos nele de todas as direções formando um tipo de tornado de energia elétrica. Rezende era atingido de todos os lados, seu corpo já estava todo ferido e queimado – Mike! Para! – não dou ouvidos e continuo a correr – Não lembra da nossa amizade?! – paro a sua frente o olhando com ódio.
Eu: Você só pode estar tirando sarro da minha cara! – ele estava caído no chão respirando com dificuldades – Você atacou meu povo! Matou pessoas inocentes de tudo que aconteceu no nosso passado! Tirou a vida de todos os meus soldados! E AGORA VEM FALAR DE AMIZADE?! – digo exaltando a voz – Acha que sou idiota?!
Rezende: não – fala com uma voz fraca – mas – ele levanta a cabeça olhando psicopata para mim – é ingênuo – ele joga o cetro em minha direção, e por puro reflexo cruzo os braços na frente do meu rosto como forma de defesa.. mas não sinto nada. Quando abro meus olhos vejo um braço a minha frente, olho para o dono vendo Pac olhando com ódio para Rezende.
Eu: não Pac – digo desacreditado.
Rezende: que idiota – fala debochado. O braço de Pac começam a se transformar em ouro lentamente – foi bom ter te conhecido – ele vira de costas – só que não – e parte para longe de nós.
Eu: Pac – tento tocar em seu braço mas ele o leva para longe de mim – não isso não é real.. Não faz isso comigo – ele sorriu meigo me dando um selinho demorado.
Pac: eu te amo Mikhael – eu já chorava muito e abraço ele fortemente sentindo ele devolver da mesma forma – M-Mike.. viva por mim meu bem – vi que a transformação dele já tinha chegado perto do peito, eu não queria soltar ele, mas o mesmo me empurra para longe dele – viva por nós – fala sorrindo e se tornando ouro por completo.
Eu: P-Pac – me aproximo lentamente – Pac – toco em seu rosto delicadamente – por favor Pac – encosto nossas testas – volta para mim – chorando eu o abraço, mesmo sabendo que ele não iria retribuir.. mesmo sabendo que nunca mais iria sentir de seu toque.. Eu só queria estar ali com ele – eu te amo.. meu pequeno gênio indomável – chorava horrores em seu ombro.
Mas de repente vi uma luz forte começar a sair do corpo de Pac...
A luz era tão forte que me deixava sego.
Quando a luz abaixou um pouco pude ver a transformação dele retroceder. Estava em estado de choque, não acreditava no que estava vendo.
Quando a transformação desaparece por completo, vi ele puxar o ar fortemente como se estivesse com falta de ar. Ele olha para os lados e depois para si mesmo.
Pac: o que? – não me controlo e corro até ele o levanto e o abraço girando no ar e logo selo nossos lábios, mesmo confuso Pac retribui o beijo e nos separamos pela falta de ar – o que você fez? Porque não sou uma estátua de ouro?
Eu: não sei nem quero saber.. só estou feliz de tê-lo aqui – abraço ele mais uma vez e digo em seu ouvido – eu te amo Tarik.
Pac: também te amo Mikhael.
Continua...
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