Pov. Mike
Já era de tarde do dia seguinte, Pac estava no lado Eterno tendo uma reunião com não sei quem, eu não tinha nada para fazer hoje, então só estava andando pelo Palácio observando as coisas... mais específico, o Lucas... ele estava um pouco estranho de mais, ele não parava de falar de Adriano para cima e para baixo. Eu estava muito desconfiado disso, só algumas horas com o garoto deixou ele assim? Bem... Agora ele estava na sacada olhando para a entrada do Palácio, pois o Adriano iria vir aqui hoje... Eu não gosto nada desse menino, tem alguma coisa muito errada nessa história, mas não sei o que era. Eu acabo sendo tirado dos meus pensamentos com alguém me abraçando por traz, eu olho para a pessoa vendo meu baixinho lindo.
Pac: tá fazendo o que? – ele começa a flutuar ficando mais alto que eu e me abraça pelo pescoço – o que o Lucas tá fazendo lá?
Eu: adivinha – reviro os olhos.
Pac: Adriano – fala resmungando.
Eu: bingo – Pac bufa e vejo ele revirando os olhos.
Pac: você também não acha que ele tá muito estranho?
Eu: Eu acho, mas o que podia ser? O menino tá obcecado, eu juro que se ouvir Adriano mais uma vez eu me jogo no mar – Pac ri dando um beijo em minha testa.
Pac: calma amor, vamos descobrir o que tá de errado com o Lucas – Pac começou a olhar fixamente para Lucas e vi seus olhos brilhando fraco – não é feitiço ou algo do tipo, ele tá sã de consciência.
Eu: não é possível – eu olho para Lucas e vejo que ele ficou eufórico, ele começou a correr para fora da sacada, então comecei a vibrar ficando invisível junto de Pac. Lucas logo passou em nossa frente descendo para baixo apressado – acho que “o noivo” dele chegou – falo debochado. Eu e Pac fomos para a sacada e ficamos olhando de longe o Lucas correndo para os braços do Adriano – Ele tá muito estranho Pac – Pac fica pensativo.
Pac: ele parece enfeitiçado – Lucas começou a beijar o Adriano, minha raiva estava grande.. Eu teria ido lá se Pac não tivesse me segurado – calma, temos que agir com calma.
Eu: o que pretende fazer? Ficar olhando nosso filho se agarrando com aquele moleque mimado? – digo estressado.
Pac: não podemos chegar no Adriano e expulsar ele daqui – falou sério – lembra o que você falou ontem? Nosso reino é um dos centros do mundo.. Não podemos agir sem pensar – suspiro desviando o olhar.
Eu: se você tá falando isso é porque a coisa é seria – ele me dá um tapinha no braço – o que vai fazer? – volto a olhar para ele – Mesmo que descobrisse o que Lucas tem não podemos mais impedir o casamento.
Pac: temos dez dias para pensar em como cancelar esse casamento, vamos focar em descobrir o que tá de errado com o Lucas – eu afirmo suspirando pesado.
Eu: por onde começamos? – ele suspira e olha para os dois que ainda estavam abraçados conversando na frente do Palácio.
Pac: Mike eu vou fazer um teste, mas eu precisava da sua ajuda – ele me olha sério – eu vou tentar fazer uma poção para revelar feitiços e qualquer tipo de magias, mas ela não pode ser misturada com bebida alguma, a pessoa tem que ter a iniciativa de tomar ela.
Eu: onde eu entro nisso – ele suspira.
Pac: preciso de sangue do Lucas – fico confuso – e quem é melhor em pegar esse sangue do que alguém que pode sair e entrar de um lugar sem ser visto – cruzo os braços fazendo biquinho.
Eu: O que eu ganho?
Pac: ah... minha gratidão? – diz sorrindo... eu começo a sorrir de lado um tanto... malicioso. Pac suspira bufando – ah Mike – fala manhoso.
Eu: é o que eu quero em troca – dou de ombros – se me der isso eu faço tudo que pedir.
Pac: da última vez que fizemos você me enganou – ele cruza os braços – fiquei dolorido o dia todo.
Eu: dessa vez eu cumpro o acordo – ele bufa.
Pac: tá bem – sorrio largo dando um selinho demorado nele – mas você tem que fazer tudo o que eu pedir.
Eu: tudo que quiser meu rei – ele sorri meigo me abraçando – mas antes, um assunto importante – ele afirma sério – o ataque de ontem foi coincidência?
Pac: não, foi planejado, mas não sei quem ou o que causou o ataque – da de ombros.
Eu: Ainda tá sentindo aquela sensação? – ele afirma – acha melhor colocar mais guardas de vigia durante a noite?
Pac: não sei quem é... mas está se escondendo até de mim Mike, o que algumas pessoas podem fazer? – diz indiferente.
Eu: podem ver algo que você não viu – dou de ombros e ele suspira – não custa nada Pac.
Pac: tá bom... agora vai buscar o sangue – eu afirmo dando um selinho rápido nele e saio da sacada entrando no Palácio.
...
Eu vou vomitar e explodir a cabeça de um elfo! Esse garoto não parou de agarrar o Lucas em momento algum! Agora eles estão na cúpula do jardim se beijando... Lucas estava sentado no colo dele enquanto o elfo idiota estava deitado na cadeira de descanso passando a mão em todo corpo de Lucas. Eu já estava no meu limite de raiva, mas precisava ficar calmo.
Eu estava invisível observando os dois, já estava com a seringa pronta para pegar o sangue de Lucas, mas quando cheguei aqui e vi a cena não consegui ficar calmo. Já perdi a conta de quantas vezes já contei até 10 para não matar esse elfo aqui e agora! Respiro fundo e vou até Lucas retirando seu sangue, eu tive que me segurar muito para não tirar Lucas de lá. Assim que peguei o sangue me afastei dos dois, mas ainda fiquei olhando para ver o que ia acontecer.
Lucas: aí aí – ele finalmente se separa do elfo idiota, e olha para o braço que tinha retirado o sangue.
Adriano: que foi? – ele se senta na cadeira começa a passar as mãos dele nas coxas de Lucas... respira Mikhael...
Lucas: sei lá – ele olha para o braço e vê uma gotinha de sangue que tinha se formado por causa da agulha – que isso? – ele toca na gotinha de sangue e começa a olhar em volta.
Adriano: ah esquece isso – ele abraça a cintura de Lucas mordendo o pescoço dele – vamos voltar ao que estávamos fazendo, estava mais interessante – Lucas ri soprado e volta a fazer...
Ah! Que se dane! Você vai ver seu garoto aproveitador! ... Eu saio de lá o mais rápido que posso e volto para onde Pac estava, que era o laboratório do Douxy. Chegando lá eu vejo os dois conversando entre si, ao entrar Pac já vem até mim.
Pac: porque demorou? – bufo entregando a seringa para ele.
Eu: espero que isso tenha válido a pena – Pac ri soprado e entrega a seringa para Douxy.
Douxy: se a teoria estiver certa, é só ele tomar a poção e o tipo de feitiço ou encanto que ele estiver sobre efeito será revelado – ele começa a misturar o sangue de Lucas com a poção que ele tinha feito – mas agora vem a questão – ele pega o frasquinho da poção e olha para nós – como ele vai tomar isso? – eu e Pac nos olhamos pensativos.
Pac: pensamos nisso depois – ele pega o potinho com Douxy – agora eu e Mike temos que resolver outro assunto – Douxy afirma e nós dois saímos da sala – vamos ver o negócio dos guardas – eu afirmo.
(Mais tarde naquele dia)
Pov. Lucas
Já estava prestes a escurecer e eu estava na entrada do Palácio me despedindo do Adriano, ele tinha que voltar para o reino dele, mas amanhã ele já estaria aqui de volta. Depois que ele entrou no carro aquele sentimento de vazio voltou a me tomar, eu queria ele do meu lado o tempo todo, isso não era justo.. quero ficar junto do meu noivo.
??: sabia que se ficar olhando ele não volta? – olho para trás vendo papai me olhando de braços cruzados.
Eu: você morava junto do seu noivo, não sabe o que é isso – volto a olhar para o portão do Palácio.
Pac: nossa Lucas, desde quando você ficou tão meloso e apegado a alguém? – ele vem ao meu lado me olhando confuso.
Eu: ah papai não sei explicar... acho que foi... amor a primeira vista – sorrio bobo olhando para o portão novamente.
Pac: Hum – olho para ele vendo que estava me olhando fixamente com os olhos estreitos.
Eu: que foi? – digo um pouco incomodado.
Pac: nada não – ele murmura e se vira voltando para o Palácio – entra logo, tá esfriando – ele diz de costas para mim.
Eu: tá – fico meio confuso entro no Palácio, mas quando entrei vi que papai já tinha sumido. Descido ignorar isso é vou para meu quarto.
Pov. Pac
Venho o mais rápido que podia para meu quarto e abro a porta apressado logo a fechando. Mike tinha acabado de sair do banho e estava se trocando no closet.
Mike: meu Deus pra que isso? – ele voltes para o closet terminando de se trocar.
Eu: eu sei o que Lucas tem – digo de uma vez fazendo Mike voltar para o quarto mesmo só de cueca.
Mike: como? – falou desacreditado.
Eu: eu estava vendo ele se despedir do Adriano lá fora... O Lucas tá muito meloso, nem com o Ronaldo ele era assim – reviro os olhos.
Mike: isso eu também percebi – diz de desdém dando de ombros.
Eu: tá mas eu falei isso para o Lucas, aí ele falou que não sabia explicar pois tinha sido amor a primeira vista.
Mike: O que isso tem a ver?
Eu: Mike pensa... Lucas odiava o Adriano, ele não estava querendo esse casamento por nada no mundo – Mike afirma – eu acho, não é certeza.. mas acho que Lucas foi enfeitiçado pela poção do amor – Mike arregalou os olhos espantado.
Mike: isso existe?
Eu: sim, mas é muito perigosa de se usar. A poção do amor funciona quando quem a tomou olha para a primeira coisa que aparecer em sua frente, não importando se é pessoa, animal ou o próprio reflexo pelo espelho – Mike estava desacreditado com que estava ouvindo.
Mike: mas... como você descobriu isso?
Eu: os olhos de quem está sobe efeito da poção ficam com um leve tom de rosa, tem uma técnica para disfarçar isso que é beijando a pessoa enfeitiçada.
Mike: como sabe que é então?
Eu: só estou dizendo que pode ser a poção do amor, só vou ter certeza que é quando Lucas tomar a poção de revelação.
Mike: como vai fazer isso?
Eu: Mike – suspiro – não consigo pensar em mais nada, sem ser... hipnotizando ele – Mike arregalou os olhos.
Mike: o que?!
Eu: não sei mais o que fazer – abaixo o olhar – é nossa única saída Mike – ouço Mike suspirar pesado.
Mike: ele não vai estar consciente.
Eu: ele já não está consciente – ele suspira novamente – vai Mike, não temos outra opção.
Mike: tá bem – sorrio meigo dando um beijo em sua bochecha – mas eu não concordo com isso – eu afirmo abraçando ele.
(De madrugada)
Eu me levantei com cuidado para não acordar Mike, olhei no relógio e estava marcando 3 da manhã. Com muito cuidado saio do quarto indo para o de Lucas. Usando meus poderes me transformei em fumaça passando por baixo da porta, pois ela estava trancada.
Ao entrar no quarto vejo Lucas deitado, o mesmo dormia tranquilo. Volto a minha forma física e faço o pote da poção se tele-portar para mim. Me aproximo de Lucas e toco em sua cabeça suavemente e uso uma magia para controlar as ações dele, mesmo com ele dormindo, seria quase um sonâmbulo. Faço ele se sentar na cama e pegar o pontinho da poção, ele abre o pote e bebe rosto o líquido.
Depois de um tempo faço ele levantar a cabeça para mim e faço ele abrir os olhos... e estavam rosas como suspeitava. Lucas está sob efeito de poção do amor. Eu precisava descobrir um jeito de livrar esse controle que a poção tinha sobre ele, assim ficaria mais fácil de cancelar o casamento.
Eu saio do quarto de Lucas indo direto para a biblioteca, não tinha tempo a perder, quanto mais tempo a poção ficar em Lucas, mais difícil será tirar ela, chegando em um ponto que ficaria irreversível. Agora eu entendi porque Adriano queria que Lucas ficasse no Reino dele, precisava ter certeza que não iríamos descobrir o que ele fez. Mas esse menino se envolveu com a família errada... eu mato e morro por meu marido e filho, ninguém mexe com eles e sai impune!
(7 horas da manhã)
Pov. Mike
Eu desperto assustado ao escutar meu despertador tocando, me estico desligando o mesmo e me viro na cama para abraçar o Pac... mas não tinha ninguém. Eu olho para os lados tentando ver se ele estava aqui, mas não tinha nem sinal dele. No fim eu decido me levantar e ir fazer minhas higienes matinais, logo depois eu me troco colocando minha “roupa de rei” e sai do quarto. Quando estava indo a caminho do cozinha eu passei em frente à biblioteca vendo a porta dela aberta, de relance olhei lá dentro e vi que Pac estava lá. Eu volto e vou entrando na biblioteca.
Pac estava sentado na poltrona que ele sempre ficava quando estava lendo alguns livros de magia que ele amava, ele ainda estava vestido com a roupa que ele dormia, que era um moletom e um short folgado. Eu chego até ele e toco em seus ombros com ambas as mãos.
Pac: bom dia moh – ele falou nem olhando para mim, estava mais focado no livro.
Eu: bom dia – dou um beijo em sua cabeça – a quanto tempo está aqui?
Pac: desde as 3 da manhã – arregalo os olhos espantado e vou para sua frente me agachando, ele não parecia estar com cara de cansado, estava mais para determinado – vai tomar café Mike, depois eu vou – nego com a cabeça e puxo o livro da mão dele – Mike – ele reclama.
Eu: primeiro explicações – ele suspira fechando os olhos.
Pac: de madrugada eu fui no quarto de Lucas – ele abre os olhos me olhando sério – fiz ele tomar a poção, e era poção do amor.
Eu: porque está tão fissurado se sabe o que é agora? – pergunto confuso.
Pac: se Lucas ficar com a poção no corpo dele por muito tempo se torna permanente – fico espantado olhando para Pac boquiaberto – por isso não tenho tempo a perder, já achei alguma menção da poção em um livro, mas falou que a cura só pode aparecer pelo forte sentimento verdadeiro – ele suspira pesado.
Eu: então você achou a cura? – ele afirma – o que é ela? Uma poção?
Pac: sim, mas falou que ela sozinha não traz a pessoa de volta ... tem que ter o sentimento verdadeiro – da de ombros.
Eu: o que é esse sentimento verdadeiro? – ele suspira pesado se apoiando nos joelhos e coloca as mãos no rosto.
Pac: não sei – sua voz sai abafada pelas suas mãos.
Eu: da uma pausa.. vem tomar café pelo menos, depois você volta para cá – seguro em suas mãos tirando de seu rosto – não se desgaste tanto, vamos trazer o Lucas de volta – ele afirma e nós dois saímos da biblioteca. Levei Pac para o quarto e ele tomou um banho e colocou uma roupa melhor, calça jeans e moletom normal. Quando nós estávamos saindo do quarto vi que Lucas tinha acordado.
Pac: Lucas – ele olha para nós dois e percebo seus olhos rosas, não acredito nisso.. aquele garoto teve a coragem de fazer isso com o Lucas? Não vou perdoar isso, mesmo que nos leve a uma desavença com Elder.
Lucas: que foi? – ele ainda estava com uma carinha de sono, acho que acordou agora.
Pac: hoje eu ia sair para ir ver um velho amigo meu, e queria que você fosse comigo – ele pede sorrindo... porque ele falou isso?
Lucas: mas eu combinei com o Adriano de vir aqui hoje – Adriano isso.. Adriano aquilo.. VOU FAZER CHURRASCO DE ELFO!!!
Pac: você não quer sair com seu pai? – ele faz a carinha assassina dele.. carinha de dó com um biquinho e a mão no peito... é de matar qualquer um.
Lucas: n-não eu – ele falou nervoso.
Pac: não tudo bem – ele corta o Lucas – você prefere ficar mais com o seu noivo que seu pai – ele olha para baixo – depois falam que filho é ingrato e a gente não acredita – ele vai andando para fora do Palácio e Lucas corre atrás dele o abraçando.
Lucas: não papai, eu vou com você – Lucas abraça Pac escondendo o rosto em seu pescoço, Pac olha para mim com um sorriso convencido no rosto – só deixa eu tomar café e nós vamos tá? – ele afirma e Lucas vai para a cozinha.
Eu: onde vai? – pergunto ao chegar perto de Pac.
Pac: vou levar ele para o cara que inventou a poção do amor – arregalo os olhos espantado.
Eu: como é? – ele sorri de lado – quem é?
Pac: Aszel – fico boquiaberto – pois é, eu também fiquei surpreso.
Eu: O rei do submundo criou a poção do amor? – ele afirma – eu não quero nem imaginar porque ele fez isso.
Pac: pensei em levar Lucas até ele para ver se ele pode reverter isso – da de ombros – mas se eu não conseguir, vamos ter que deixar Lucas longe do Adriano a todo custo.
Eu: Nem precisa me pedir isso – cruzo os braços ouvindo ele rir.
Pac: ah meu ciumento lindo – ele me dá um beijo na bochecha.
Eu: pelo menos você não viu os dois se pegando – murmuro.
Pac: nossa.. Que visão linda – fala sarcástico me fazendo rir.
(Um tempo depois)
Pov. Pac
Lucas: Onde vamos? É um lugar legal? – eu e Lucas já tínhamos saído do Palácio, estávamos no carro e o motorista estava indo para a passagem do reino do submundo, que ficava em uma passagem embaixo da ponte para lugar algum. Explicando para vocês, era uma ponte que nunca foi terminada e embaixo dela tinha a passagem para o reino do submundo.
Eu: é um lugar.. interessante – ele me olha confuso – você vai ver – os olhos dele ainda estavam rosas, mas estava ficando mais fraquinho, só de ficar esse tempo longe do Adriano já está ajudando com o avanço do efeito da poção.
Motorista: altezas chegamos – ouço o motorista falar e vejo que já estávamos chegando na ponte.
Eu: pode descer para a entrada – ele afirma e faz o que eu mando.
Lucas: eu achei que íamos para um lugar mais... povoado – rio soprado e o motorista para em frente à passagem.
Eu: aqui é a porta Lu, espere aqui – ele fica confuso e eu saio do carro indo até a parede e bato como se fosse uma porta, logo a mesma se abre como uma porta e vejo um demônio de guarda.
Guarda D: Que é? – falou rude, mas assim que me viu ficou surpreso – Rei Tarik? O que faz aqui? – sorrio de lado.
Eu: Vim falar com Aszel, é importante.
Guarda D: Claro majestade, pode entrar – eu afirmo e dou um sinal para o motorista entrar na passagem – Quer que eu avise ao mestre?
Eu: não precisa, ele vai inventar uma desculpa se for avisado – o demônio ri soprado – e por favor não fiquem atormentando meu motorista – o olho sério, da última vez que vim aqui eles quase mataram meu motorista.
Guarda D: ah.. sem problema – ele coloca a mão na nuca me olhando sem graça. Eu vou até onde o carro estava parado e vou até a janela do motorista.
Eu: não saia daqui, não pretendo demorar – ele afirma – fique na parte de trás da limusine pois pode demorar um pouco.
Motorista: os demônios não vão...
Eu: se eles fizerem alguma coisa com você.. eles vão se ver comigo – ele ri soprado saindo do carro e fechando a porta. Eu vou até a porta de traz e chamo por Lucas deixando o motorista entrar lá dentro – bora filho?
Lucas: só eu que acho esse lugar sinistro? – rio soprado – e porque vamos a pé agora?
Eu: porque o caminho para a cidade é impossível para os carros passarem, mas relaxa papai te protege – abraço ele de lado fomos andando para o castelo.
Pov. Mike
Pac e Lucas foram para o reino do submundo, mas eu tive que ficar em casa, tinha algumas coisas para fazer. Não seria tão chão ficar aqui... mas.... uma praga decidiu aparecer.
Adriano: iaí sogrão! – ele chega na sala do trono já fazendo escândalo, eu tento manter meu melhor sorriso falso nos rosto – tá sozinho? Quer companhia?
Eu: Não eu tô bem – volto a focar no relatório que estava lendo.
Adriano: você viu o meu amorzinho por aí? – respira Mikhael.
Eu: ele saiu com o Tarik – vejo ele se sentando no degrau de onde fica os tronos.
Adriano: onde eles foram? – não te interessa.
Eu: não sei, Pac não falou onde iam – tento não dar bola para ele.
Adriano: ah que droga – ele bufa – posso esperar eles voltarem?
Eu: Não consegue ficar um dia sem se verem? – olho para Adriano, e vi ele engolir seco.
Adriano: é que.. precisamos nos conhecer – da de ombros.
Eu: Não parecia que estavam se conhecendo ontem – ele me olha confuso – acha mesmo que não vi vocês se pegando lá na cúpula? – ele fica espantando – não tente ludibriar o especialista – ele afirma meio nervoso.
Adriano: olha.. Eu te garanto que não quero fazer mal a ele – mentiroso da porra!
Eu: sabe.. Eu nunca vi o Lucas tão estranho em toda minha vida – fico olhando fixamente para ele – ele nunca foi de ficar apegado a uma pessoa quanto com você – porque será né Mikhael! – se machucar meu filho de alguma maneira, pode ter certeza que vou fazer você sofrer o triplo.
Adriano: eu nunca faria mal a ele.
Eu: só acredito vendo.
Pov. Pac
Lucas: Papai – ele falou baixinho. Eu e Lucas estamos chegando no castelo, mas tínhamos que passar no meio do povo para chegar lá.
Eu: oi? – olho para ele que estava um pouco incomodado.
Lucas: O povo tá me olhando estranho... parece que querem me rasgar em dois – ele abraça meu braço com força.
Eu: relaxa filho, ninguém vai te tocar.. Não comigo aqui – chego na escadaria para ir até ao castelo, nós fomos subindo até chegar na porta onde tinham dois guardas, eles me reconhecem e abrem a porta para mim e Lucas. A primeira sala já era a sala do trono, e nela tinha o Aszel sentado em seu trono lendo um livro, mas ele logo me olha surpreso.
Aszel: Tarik Pacagnan? Que surpresa adorável – ele se levanta do trono e vem até mim, Lucas se esconde atrás de mim, ele nunca tinha visto o Aszel.
Eu: Aszel, eu preciso da sua ajuda.
Aszel: o que um Jim poderoso poderia querer de mim? – ele sorri e olha para Lucas que estava atrás de mim – esse aí deve ser seu filho né? – Lucas olha para ele e o mesmo fica surpreso – você tá muito enrascado Tarik – ele ri.
Eu: me ajuda Aszel, depois você me zoa – digo enquanto ele ria.
Lucas: porque papai? – suspiro olhando pelo canto do olho para Lucas.
Aszel: ah meu pequeno príncipe, você está apaixonado por acaso? – Lucas afirma – quantos dias vocês estão juntos oficialmente?
Lucas: d-dois.. eu acho – ele falou baixinho e Aszel olha para mim.
Aszel: ainda da tempo – suspiro aliviado – me sigam meus queridos – ele se vira indo em direção a esquerda do trono.
Lucas: papai o que ele quis dizer? – perguntou para mim baixinho.
Eu: você foi enfeitiçado meu filho – abraço ele de lado – ele só vai te ajudar.
Lucas: mas eu tô bem.. não tô enfeitiçado.
Eu: quem cai sob o feitiço nunca percebe, mas eu vejo e só quero te ajudar Lu.
Aszel: entrem – olho para ele vendo que estava em frente à uma porta, o mesmo a abre e eu entro junto de Lucas. A sala era um tipo de laboratório, tinha um lugar para fazer poções e vários potes com ingredientes para as mesmas.
Lucas: gente eu não tô enfeitiçado.. eu tô consciente de tudo que faço – ele estava tentando se soltar de mim.
Aszel: pequeno príncipe.. qual é a cor de seus olhos? – ele sorri de lado.
Lucas: verdes, mas porque essa pergunta? – Aszel pega um espelho de mão e faz Lucas olhar no mesmo, e Lucas ficou espantado.
Eu: achei que isso não funcionasse.
Aszel: esse espelho é especial, ele revela a verdadeira imagem para a pessoa enfeitiçada – Lucas estava se encarando no espelho e parecia um tanto decepcionado.
Lucas: eu.. tô enfeitiçado? – falou entristecido – então tudo que eu senti até agora... não era real? – ele olha para mim.
Eu: Não – ele me abraça escondendo o rosto em meu pescoço – Aszel eu achei a cura, mas não entendi como usar ela – ele ri baixinho.
Aszel: a cura que você viu nos livros de magia não é a real – o olho confuso.
Eu: então se eu não viesse aqui...
Aszel: não ia fazer efeito algum – suspiro pesado – mas fique tranquilo, tenho uma divida com você afinal – ele vai caminhando até uma estante cheia de frascos de poções, e pega um potinho – pequeno príncipe – Lucas olha para ele – beba todo o líquido desse frasco – ele entrega para o Lucas.
Eu: O que é isso?
Aszel: a cura – fico confuso.
Eu: achei que a cura estava errada.
Aszel: a cura que está nos livros de magia somente atrasa o efeito da poção, mas essa vai interromper por completo o avanço da poção do amor – Lucas pega o frasquinho e fica encarando ele.
Eu: então ele vai estar curado? – ele nega.
Aszel: acredito que você tenha visto uma parte que fala que só irá trazer a pessoa ao normal com o sentimento verdadeiro?
Eu: sim, foi essa parte que eu não entendi.
Aszel: está no literal, a pessoa só volta ao normal quando sente o sentimento verdadeiro de amor.. com a minha poção isso pode levar tempo para descobrir, mas com a poção do livro você tem apenas 7 dias para achar – eu afirmo.
Lucas: mas como eu sei que é um sentimento verdadeiro? Parece que o que estou sentindo é real.. mas... é só o efeito da poção – falou cabisbaixo.
Eu: é ele que tem que sentir o sentimento verdadeiro? – Aszel afirma – mas a outra pessoa também tem que sentir né?
Aszel: não é uma regra, mas se por exemplo.. quem quer que seja o sentimento verdadeiro de Lucas, ficaria mais fácil para que ele sentisse se a pessoa se declarar a ele – da de ombros.
Eu: ou seja, você facilitou minha vida – sorrio de lado.
Pov. Mike
Moleque chato esse Adriano. Ele quis ficar o dia todo aqui para esperar Lucas chegar, mas ele não saia do meu lado! Ele fica me perturbando a cada segundo, fica perguntando como era ser um Jim, se ele podia desejar ao Pac para ser um, perguntou se eu podia morrer.. Eu vou arrebentar a cara desse garoto!
Eu: Adriano, você não tem nada melhor para fazer não?
Adriano: não, eu tô no tédio lá em casa, vim aqui para ficar com o Lucas, mas ele não falou que ia sair – ele estava me seguindo para onde eu ia, no momento estava indo lá fora para receber alguns diplomatas que estavam visitando o reino.
Eu: ele saiu meio apressado, não deve ter dado tempo para te avisar – vou descendo as escadas com a peste me seguindo.
Adriano: Quando você e o senhor Tarik estavam namorando ficavam fazendo tudo juntos? Afinal vocês moravam juntos – cada pergunta que me aparece meu...
Eu: eu e Tarik fazíamos coisas separadas, eu ficava mais com as reuniões e ele com as atividades para fora do Palácio – eu chego na frente do Palácio já vendo o carro chegando.
Adriano: namorou alguém antes dele? – porque quer saber?
Eu: Não, assumi o trono muito novo, praticamente não tive minha adolescência – os diplomatas saíram carro e eu desço as escadas... com o chato atrás.
Adriano: O senhor foi muito sortudo – sorrio falso tanto para os diplomatas quanto para Adriano. Eram dois diplomatas, o gigante Aldair, da terra dos gigantes Elbaf, ele estava com o efeito de uma poção para ficar no tamanho de um humano normal, e a sereia Tatiana, do reino submerso de Atlantis, ela estava usando um colar para poder andar em terra firme.
Eu: sejam bem vindos – me curvo cumprimentando eles.
Tatiana: ficamos felizes de ter aceito o convite alteza – ela se curva assim como Aldair.
Aldair: esse é seu filho?
Eu: Não ele – que droga.. Eu tenho que falar isso – ele é noivo do meu filho – perdi três anos de vida só com essa fala.
Adriano: Adriano Martinez – ele se curva para os diplomatas – filho do rei Elder dos elfos.
Aldair: o filho de Elder vai se casar com o príncipe Lucas?
Eu: É uma longa história – suspiro – vamos para a sala de visitas? – dou passagem para eles, mas quando estava entrando senti um arrepio junto de uma forte sensação para desviar para o lado, de repente um disparo e ouvido e rapidamente ativo minha velocidade e olho para trás vendo a bala quase chegando em minha cabeça, eu seguro a bala e vou correndo rapidamente de onde veio o tiro, mas não encontrei nada, nem um rastro ou indício que teria algum atirador. Para não falar que foi em vão eu encontrei uma arma posta em cima da árvore e ela estava com o disparo programado para ser ativado a longa distância. Não sei quem é esse cara, mas ele é bem esperto e sabe lidar com meus poderes. Depois disso eu voltei para o Palácio e acalme todos dizendo que foi apenas um caçador. Não quero que ninguém saiba o que está acontecendo por enquanto.
Pov. Pac
Já estávamos voltando para casa, e Lucas estava em silêncio cabisbaixo. Ele já tinha tomado a poção que Aszel nos deu, mas agora ele não sabia quais sentimentos são reais e quais são somente ilusão.
Eu: Lu.
Lucas: hum?
Eu: Não fica assim filho – toco em sua coxa delicadamente.
Lucas: como vou viver agora papai? – sua voz saiu baixinha – saber que tudo que eu senti e ainda sinto não é real – ele me olha com os olhos cheios de lágrimas – a única vez que eu tinha certeza de algo não passava de ilusão.
Eu: Não se cobre tanto Lu – trago ele para perto de mim o abraçando com carinho – nada disso é culpa sua.
Lucas: sinto que em partes é – ele estava chorando podia sentir meu moletom ficar molhado – eu sinto que amo o Adriano, mas é só a poção falando... tudo que quero agora era de estar com ele, mas não é um sentimento meu.
Eu: você sabe com quem quer estar agora? Esqueça esse sentimento que tem com o Adriano e pense em outra pessoa específica – enquanto falava isso eu fazia carinho nos cabelos de Lucas.
Lucas: tudo que eu consigo pensar é no Adriano... Eu não sei quem seria esse sentimento verdadeiro.. Eu acho que era o Ronaldo – rio soprado.
Eu: Não era filho – ele me olha confuso – você pode não perceber, mas tem alguém que se importa com você.
Lucas: se eu não sei quem é, como posso sentir algo por essa pessoa?
Eu: você não, mas seu coração sabe quem é – sorrio meigo – você só precisa despertar esse interesse.
(Um tempo depois)
Já estava de noite e nós acabamos de chegar no Palácio, percebi que Adriano estava aqui, nós fomos entrando e senti que Adriano estava na sala do trono junto a Mike.
Eu: Lu – ele me olha – Adriano está aqui – ele arregala os olhos – aja como se nada estivesse acontecendo, mas peço que não fique muito tempo junto dele tá bem?
Lucas: Tá bem – ao chegar em frente à sala do trono eu abro a porta vendo Mike sentado no trono com uma cara de tédio e Adriano falando na orelha dele. Mas logo os dois olham para nós.
Adriano: amor – ele se levanta e vem em nossa direção, Lucas se separa de mim e vai abraçar ele. Eu deixo os dois lá e vou até Mike.
Mike: conseguiu? – faço um sinal de mais ou menos – ele... – ele aponta para Lucas.
Eu: quase.. precisamos do Samuel – murmuro e Mike me olha confuso.
Mike: porque?
Eu: o sentimento verdadeiro de Lucas, é o Samuel.. só assim o efeito da poção será quebrada – ele suspira olhando para os meninos.
Mike: precisamos deixar eles sozinhos então? – eu afirmo.
Eu: Samuel precisa se declarar para o Lucas, assim ele terá o sentimento verdadeiro e a poção vai perder o efeito.
Pov. Adriano
Droga os olhos de Lucas estão rosas, fiquei muito tempo sem ver ele, preciso sair com ele daqui antes que Tarik e Mikhael vejam.
Eu: amor vamos ficar um pouco juntos? Você ficou fora o dia todo – me separo dele olhando em seus olhos.
Lucas: tá bem – ele sorri fraquinho – mas hoje eu tô cansado, só vamos ficar lá no jardim – ele segura em minha mão me puxando para fora do Palácio, eu olho pelo canto do olho vendo Tarik falando com Mikhael, queria estar no lugar do Mikhael agora.
Eu: onde você foi hoje?
Lucas: fomos visitar um amigo do meu pai, fazia tempo que eles não se viam – ele vai me levando para um banco do jardim e nos sentamos no mesmo.
Eu: Mas porque você teve que ir junto? Eu fiquei sozinho hoje – seguro em sua cintura o trazendo para perto de mim, eu precisava beijar ele para esconder seus olhos rosas, porque se não eles iriam ver – Queria você aqui comigo – começo a beijar sua bochecha e desço para seu pescoço.
Lucas: Adriano não tô no clima hoje, amanhã você ganha – ele sorri meigo.
Eu: nem um beijinho? – faço biquinho vendo ele rir – não seja mal, só um beijo curto – ele me dá um selinho – não, eu quero um beijo.
Lucas: ué – ele ri – você queria um beijo curto – da de ombros.
Eu: mas não um selinho – eu puxo ele prestes a beija-lo... mas.
??: Lucas – ele se separa e vejo o amor da minha vida vindo até nós.
Lucas: oi papai – droga, não vê os olhos do Lucas... Não repara, não repara.
Pac: o Samuel vai vir aqui amanhã – ele para ao nosso lado, pra minha sorte estava escuro aqui, então ele não estava reparando.
Lucas: porque?
Pac: porque eu e seu pai vamos sair amanhã é você iria ficar sozinho, então chamei o Samuel para ficar com você.
Eu: mas e eu? – faço biquinho.
Pac: até parece que vou deixar vocês sozinhos com o Palácio todo para vocês – ele cruza os braços olhando sério para mim e Lucas.
Lucas: papai! – ele arregala os olhos ficando com o rosto vermelho.
Pac: eu não nasci ontem Lucas, além disso já passei a faze dos hormônios a flor da pele – ele sorri de lado dando uma piscadinha... meu coração deu uma falhada aqui.
Lucas: você não confia em mim? – ele faz biquinho olhando pidão para Tarik.
Pac: em você sim... mas em outros – ele olha para mim e eu faço drama.
Eu: eu sou confiável.
Pac: Mike me contou que vocês estavam se pegando lá na cúpula – eu e Lucas arregalamos os olhos – então minha confiança se foi pelo ralo – ele se vira e vai andando para dentro do Palácio – Adriano seu pai ligou falando nisso – arregalo os olhos e olho a hora no celular.
Eu: sete horas? – bato a mão na testa – ele vai me matar – Lucas coloca a mão em meu ombro.
Lucas: tudo bem pode ir – olho para ele – não acho que amanhã você vá vir – da de ombros e me dá um beijo na bochecha – mas pelo menos nos vimos hoje – ele sorri.
Eu: só saio daqui com um beijo – digo sorrindo para ele.
Lucas: ah isso eu não dou.. porque eu lembro de ter te falado que a cúpula não era lugar – ele sorri de lado – você tá de castigo – ele se levanta e eu o acompanho.
Eu: que maldade – ele ri e vai andando para dentro do Palácio – Lu.. por favor.
Lucas: não.. castigo – merda.. agora os olhos dele vão ficar rosas, só preciso de um beijo para deixar ele normal. Nós fomos andando até a frente do Palácio, eu fiquei o caminho todo perturbando o Lucas para me dar um beijo, mas ele não quis. Tarik conhece muitos tipos de magia, ele vai reparar nos olhos de Lucas mais cedo ou mais tarde.
Eu: só um – digo manhoso fazendo biquinho.
Lucas: aí tá bom – finalmente!
??: Lucas – alguém chama pelo Lucas! Eu não acredito! Agora que ele concordou!
Lucas: oi pai? – olho para a entrada do Palácio e vejo Mikhael nos olhando.
Mike: vem jantar logo – ele estava lá parado esperando.
Lucas: tá bem – ele olho para mim – tchau moh – ele me abraça – até sexta – e ele corre subindo as escadarias. Eu não consegui beijar ele, estou preocupado agora, se eles descobrirem meu plano vai ser tudo em vão. Só espero que ninguém veja os olhos dele.
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