POV NARRADORA
Mal havia aprendido muito sobre magia e estava realmente poderosa, talvez mais poderosa que a própria Fada Madrinha. Ela já havia feito a espada de presente para a filha, e já tinha em mente o que iria dar ao seu pai.
Quanto a gravidez, ela já não estava mais tão enjoada, mas estava tendo desejos deverás estranhos. Ela decidiu não contar nada para a Mabel, mas contaria ao pai.
Ela estava pronta para voltar, voltar e colocar sua vingança contra sua sobrinha em prática! Não a mataria. Nunca pensou em magoar Aurora, sua irmã, ou sua sobrinha neta, Amanda. Matar Audrey seria errado. Apesar de tudo o que a mesma fez, ainda sim era a sobrinha de Mal, a única, já que Hadie não pensa em ter filhos tão cedo.
Mabel, Hades e Hadie se divertiram bastante nesses últimos tempos juntos! Mas infelizmente Hadie teve que voltar para a Grécia para resolver assuntos pessoais, mas ele prometeu que voltaria assim que tudo tivesse se resolvido.
POV MAL
Eu me despedi de Madalena, e parti para Auradon com um disfarce de camponesa.
Eu não fui diretamente para o Submundo. Fui para a casa da Fada Madrinha, minha tia avó, mãe da Jane, e a sogra de Carlos. Há uma "coisa" que me interessa na casa dela. Uma "coisa" a qual quero entregar para o meu pai.
Fui até uma árvore no quintal de trás da casa da fada. Me escondi atrás da planta e voltei a minha aparência normal. Eu vestia um lindo vestido preto com um cinto que parecia uma "corda" dourada na cintura, e uma capa com capuz (N/A como na capa). Coloquei o capuz e fui em direção a uma sacada do segundo andar. Me teletransportei para a sacada, abri a porta de vidro do local, e entrei. Logo vi o pequeno aquário sem água onde ficava minha mãe. Lá estava a que se dizia rainha das trevas dormindo tranquilamente, como se um dia ela não tivesse sido praticamente um demônio que arruinou a vida de Aurora, no caso, a minha irmã. Minha mãe não era má antes de ir para a ilha, mas ela ficou com tanta raiva de Aurora por não ter tido a verdade, que se transformou no monstro que me obrigou a vir a Auradon roubar a varinha mágica. Fui até o pequeno aquário, o qual havia uma lagarta "gigante", e chamei pela minha mãe:
Mal: Mãe, acorde. Se a Fada Madrinha me pega aqui, já posso declarar minha morte… – Cochichei fazendo a minha mãe abrir aqueles pequenos olhinhos.
Ela pendeu a cabeça para o lado e resmungou. Ela começou a brilhar, e logo seu resmungou virou uma fala.
Malévola: Mal?! Onde estava? –Sorri ao ver minha mãe falar.
Mal: Moors, eu estava em Moors! Como conseguiu falar?
Malévola: Eu não sei! Talvez eu esteja "aprendendo a amar"… – A lagarta me olhou confusa.
Mal: Eu vou te tirar daqui. – Disse por fim.
Malévola: Para onde irá me levar?
Mal: Não se preocupe, aquele lugar é exatamente como gosta: escuro, sombrio e frio!
Malévola: Tudo bem… Mas pra que vai me tirar daqui?
Mal: Para você conhecer sua neta e rever o seu grande amor! – Ao falar isso, minha mãe fez uma expressão de confusão.
Abri o aquário e peguei a lagarta. Fiz o mesmo caminho para retornar a floresta que havia atrás da casa, onde eu tinha deixado as minhas malas. Me teletransportei para o Submundo e fui em direção a sala do trono do meu pai, e quando entrei dei de cara com uma Mabel sentada no chão perto do trono desenhando, e um Hades sentado no trono olhando o caderno nas mãos da minha filha.
Mal: Ótimo, ela ainda está inteira! – Falei assustando os dois que deram um pulo.
Mabel: Mamãe! – Ela se levantou e veio correndo me abraçar (P/M se não fosse por eu ter deixado a minha mãe em cima de uma das malas, a Mabel com certeza teria a esmagado).
Hades: Que bom que já voltou! Nós ficamos preocupados, sabia? – Se aproximou de nós duas.
Mal: Foi mal, mas como desculpas, eu trouxe presentes que tenho certeza que vão gostar.
Mabel: O que trouxe pra mim? –Perguntou animada.
Fui até uma das malas (a que havia um suporte de espadas grudado nela) e tirei a espada.
Mal: Aqui, eu mesma fiz. – Entreguei a espada.
Mabel: Uau! É linda! Como fez?
Mal: Com magia. – Seus olhos brilharam de curiosidade, o que me fez sorrir – E para você, pai… – fui em direção a mala que tinha deixado a minha mãe – uma Malévola novinha em folha! – Voltei até eles trazendo a minha mãe em minhas mãos.
Malévola: Hades?! – Só agora ela havia percebido a presença da Mabel e do meu pai.
Hades: Malévola?! – Franziu o cenho.
Mal: O plano era que ela não falasse, já que prefiro ela calada e acredito que você também…
Hades: Você não tá errada! Sua mãe fala demais! Eu já perdi as contas de quantas vezes ela já falou "chegará o dia em que essa barreira irá cair e então eu terei minha vingança" e bla, bla, bla… – Ele afinou a voz para imitar a minha mãe, e logo depois bufou.
Malévola: Ei! – Deu evidência de que não tinha gostado nada da imitação.
Eu e Mabel apenas rimos da "Dr" dos dois.
Meu pai pegou a minha mãe da minha mão.
Hades: Mabel, por quê não leva a sua mãe para o seu quarto e conta como foi ficar aqui com seu avô favorito?
Mabel: Ok, mas… Você é meu único avô! – Ela franziu o cenho, assim como a minha mãe.
Mal: Ele só estava se gabando! Agora me ajude com as malas. – Fui até as malas e ela veio atrás de mim. Quando íamos sair da sala do trono, eu parei e disse – Nem pense em matar minha mãe. – No mesmo instante meu pai me olha assustado, pois provavelmente nem tinha pensado naquilo.
[…]
Assim que chegamos no quarto, eu troquei de roupa colocando uma mais confortável. Depois de algumas horas conversando com minha filha, alguém bateu na porta do quarto.
Mabel: Está aberta! – No mesmo instante a porta foi aberta por Agonia, um dos "mascotes" do meu pai.
Agonia: Olá madames, logo o jantar será servido.
Mabel: Obrigada por informar. – A criatura fechou a porta nos deixando novamente a sós.
Mal: Só espero que a mamãe não seja a janta. – Mabel me olhou assustada.
Mabel: Credo, mamãe! – Me reprendeu.
Mal: O que foi? O seu avô é o senhor dos mortos e por acaso… Odeia a sua avó!
Mabel: Mas não acho que ele seria capaz de matá-la… Aliás, eu aprendi bastante sobre o vovô nesses últimos meses, e ele me confessou que talvez ainda ame a vovó.
Mal: Ele disse isso?
Mabel: Sim! – Falou com um sorriso extremamente grande – Eu disse mamãe, todos podem ter seus finais felizes, e garanto que o vovô e a vovó vão ter um, assim como acredito que o tio Hadie também tenha, e você também.
Fiquei desconfortável com o assunto por isso mudei. Eu nunca vou ser feliz sem Benjamin, claro ter a Mabel ao meu lado me deixa imensamente feliz, mas ainda sim, sinto a falta dele, mas não desse Benjamin que me magoou, que mentiu para mim, que ama a minha sobrinha, Audrey, o qual eu me entreguei e gerei outro filho! Mas sim o Benjamin que eu conheci, o doce e romântico Benjamin, o que fazia todos os momentos ruins serem bons, o que fazia todas as noites chatas serem românticas e calorosas, o Benjamin que me amava, o que eu amava!
Mal: Vamos jantar?
Mabel: Vamos.
Ao chegar na sala de jantar, nos deparamos com o meu pai sentado na cadeira central conversando com a minha mãe que estava na forma normal, sentada ao lado dele.
Mal: Não sei se fico aliviada ou assustada… – Comentei fazendo os dois pularem das cadeiras.
Hades: O que deu em você para ficar me assustando assim? Já é a segunda vez no dia!
Mal: Eu sei, mas esse é um dom meu! – Me gabei jogando o cabelo para trás – Se a mamãe se lembra bem, eu sou especialista em aparecer do nada. – Lembrei sorrindo de forma travessa.
Malévola: Isso é verdade. Desde pequena ela fica aparecendo do nada, não sei como ainda não morri do coração.
Mal: Talvez seja porquê você não tenha coração. – Me sentei ao lado de meu pai, sendo seguida por Mabel.
Mabel: Claro que ela tem coração! Ela voltou ao normal…
Mal: Seu avô pode muito bem ter quebrado o feitiço.
Hades: É, mas não foi isso.
Mal: Então o que foi? – Perguntei sorrindo maliciosamente, fazendo minha mãe e meu pai arregalarem os olhos, e Mabel ficar perdida na conversa (P/M as vezes acho que ela é muito inocente).
Malévola: Seu pai e eu falamos o quanto gostamos um do outro, pedimos desculpas pelos acontecimentos passados, falamos sobre você e seu irmão, eu perdi perdão por querer me livrar de Hadie, e de repente eu voltei ao normal. E agora eu te pergunto, desde quando a senhorita ficou tão maliciosa?
Mal: Desde que eu arranjei meu primeiro namorado. – Respondi na lata.
Mabel: Qual é o nome do seu primeiro namorado?
Mal: Be… Bernardo! – Menti na cara dura, fazendo meus pais segurarem a risada.
Os dois sabiam muito bem que meu primeiro e único namorado se chamava Benjamin, e único pelo simples fato de eu ter me casado com ele, e por todos esse anos me considerar uma mulher casada, sendo unicamente de Benjamin.
Mabel: Legal… – Disse brincando com a comida – Mãe, meu pai é alguma espécie de vampiro? – Perguntou fazendo eu e meus pais arregalarem os olhos.
Mal: Não, vampiros não existem de verdade… Eu acho! Por quê?
Mabel: Por que quando eu e o vovô treinamos magia pela primeira vez e ele me irritou, meus olhos brilharam e sairam presas da minha boca.
Mal: Tudo bem, como você irritou ela? – Perguntei ao meu pai. Essa era a parte que mais tinha me surpreendido.
Hades: Eu tenho meus métodos…
Mal: Me ensina!
Malévola: Você quer irritar a sua própria filha?
Mal: Eu acho engraçado as raras vezes que ela se irrita…
Mabel: Mamãe! – Ela me repreendeu (P/M as vezes eu acho que a minha filha é mais madura que eu) – Mas esse não é o ponto, acontece com você e a vovó? – Olhei de relance para o meu pai.
Mal: Sim. – Menti, e minha mãe apenas confirmou com a cabeça.
Pelo jeito meu pai já contou tudo a ela.
[…]
Depois de jantarmos todos juntos, Mabel foi para o quarto tomar um banho e ler um livro. Falei para os meus pais que queria falar com eles, e logo estávamos em uma biblioteca.
Hades: O que tem para nos dizer?
Mal: Lembra quando você me perguntou o que aquele "reizinho" fez? – Perguntei relembrando o momento e fazendo aspas com as mãos.
Hades: Sim, você até me ameaçou, como eu poderia esquecer?
Mal: Então… Eu estou grávida dele!
Hades & Malévola: O QUE?
Mal: Isso mesmo, eu estou esperando um filho dele… – Suspirei olhando para minha mão que havia ido parar na minha barriga pequenina, mas já firme.
Hades: Ele abusou de você? – Perguntou irritado, provavelmente se lembrando do rei Stefan (que praticamente abusou da minha mãe).
Mal: Não! Ele não abusou de mim! Eu tive uma recaída… – Sorri sem graça extremamente envergonhada por falar daquilo com meus pais.
Malévola: Tudo bem, ele sabe disso?
Mal: Não. Eu descobri depois de um tempo lá em Moors.
Hades: Imagino que não tenha contado para a Mabel…
Malévola: Por que acha isso?
Hades: Porque se a ela soubesse provavelmente estaria pulando de alegria.
Mal: Ele não está errado…
Malévola: Tudo bem… O que pretende fazer agora em diante?
Mal: Vou me vingar da Audrey, e depois eu vejo o que faço. Talvez eu fique por aqui mesmo.
Malévola: Espera, Audrey não é a filha da "praga"… quer dizer, da Aurora? – Se autocorrigiu.
Mal: Exatamente! Ela fingiu que ficou grávida do Ben e eu acreditei. Ela me fez afastar a Mabel do pai, e eu não vou deixar isso sair impune. – Senti meus olhos queimarem de raiva, provavelmente estavam brilhando – O que foi? – Perguntei ao ver a expressão de ambos assustados.
Malévola: Parece que alguém virou uma mãe super protetora! – Cantarolou.
Mal: O que deu em vocês? Acho que estão enferrujados, estão se assustando muito fácil! Eu vou dormir. – Informei me virando para a porta.
Hades: Tudo bem, só tenta não colocar fogo na cama!
Mal: Ahahaha, muito engraçado, papai. – Ironizei.
Saí dali e fui até o quarto da minha filha, abri a porta, e vi ela pegando um livro pra ler.
Mabel: Mamãe, lê pra mim? – Ela estendeu o livro da "Bela e a Fera".
Mal: Mas você já ouvi essa história um milhão de vezes!
Mabel: Eu sei, mas eu amo ela. – Peguei o livro da mão dela, me deitei na cama assim como ela, comecei a ler, e nós duas dormimos alí, abraçadas.
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