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História O Herói do Mundo Bruxo - AllHarry, Harryharem - Arco 4: Cálice de Fogo - Capítulo 55 - História escrita por andreforassisdebochado - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Herói do Mundo Bruxo - AllHarry, Harryharem - Arco 4: Cálice de Fogo - Capítulo 55



Notas do Autor


Capítulo Completo

E agora o quinquagésimo quinto capítulo de "O Herói do Mundo Bruxo", espero que gostem.

Capítulo 55 - Arco 4: Cálice de Fogo - Capítulo 55


Fanfic / Fanfiction O Herói do Mundo Bruxo - AllHarry, Harryharem - Arco 4: Cálice de Fogo - Capítulo 55

Esperei até que o dormitório ficasse em completo silêncio. Era sempre estranho observar as respirações lentas dos meus colegas enquanto o sono os tomava, mas eu estava atento, esperando o momento certo para agir. Quando todos finalmente dormiram, deslizei para fora da cama, movendo-me com cuidado para não acordar ninguém.

Abri meu malão e peguei o Mapa do Maroto e a Capa da Invisibilidade. Ao descer para o Salão Comunal, olhei ao redor, certificando-me de que estava sozinho. Um nervosismo crescente se instalava em mim, mas eu sabia que precisava seguir em frente. Antes de sair pelo retrato da Mulher Gorda, vesti a capa, cobrindo todo o meu corpo e ativei o Mapa do Maroto.

— Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.

O mapa se desenrolou diante de mim, revelando os corredores de Hogwarts e seus ocupantes. Filch e Madame Norra estavam fazendo suas rondas e eu podia ver os Aurores posicionados estrategicamente pelos corredores. Com cuidado, tracei minha rota para evitar ser visto, esgueirando-me pelas passagens e corredores menos frequentados até alcançar a passagem secreta que levava a Hogsmeade.

Assim que me vi dentro da passagem, senti um alívio temporário. O trajeto era longo e escuro, mas familiar. Não demorou muito para que eu chegasse à Dedosdemel. A loja estava fechada, como esperado e a rua de Hogsmeade estava deserta. Puxando a varinha, murmurei baixinho:

Alohomora.

A fechadura clicou suavemente e a porta se abriu. Saí silenciosamente e fechei a porta atrás de mim, certificando-me de que não deixaria rastros. Rapidamente, caminhei até a hospedaria onde Sirius e Lupin estavam hospedados. Olhando ao redor, procurei por algo que pudesse usar para chamar a atenção deles sem levantar suspeitas.

Peguei uma pedra pequena do chão e a joguei contra uma das janelas. Ouvi um movimento e logo Sirius apareceu, a sombra dele se destacando contra a luz fraca que vinha do quarto. Tirei a cabeça de dentro da capa, revelando meu rosto.

— Sirius, acorde o Lupin, preciso falar com vocês... é urgente.

Ele franziu o cenho, mas assentiu.

— Está bem, se cubra com a capa, já vamos abrir para você.

Ele desapareceu da janela e eu me ocultei novamente sob a Capa da Invisibilidade. Alguns minutos depois, a porta da frente se abriu. Era Lupin, espiando para fora.

— Harry, rápido, entre.

Sem hesitar, entrei na hospedaria e segui Lupin até o quarto de Sirius. O cheiro de chá recém-preparado preenchia o ar e a luz suave no quarto trazia um pouco de conforto. Assim que entrei, tirei a Capa da Invisibilidade e a dobrei, deixando-a sobre uma cadeira.

Sirius olhou diretamente para mim, claramente preocupado ao ver a expressão no meu rosto.

— Você disse que é urgente, Harry, o que aconteceu?

Lupin colocou três xícaras de chá sobre a mesa e sentou-se ao meu lado, enquanto Sirius aguardava minha explicação. Tomei um gole de chá, sentindo o calor se espalhar pelo corpo antes de contar tudo.

— Bartô Crouch foi assassinado, encontrei o corpo do Sr. Crouch esta noite. — Comecei, sentindo a tensão nas palavras. — Eu, Hermione, Gina e Ron estávamos visitando Hagrid e fui levar Canino, o cão de Hagrid, para fazer as necessidades e minha cicatriz começou a doer, depois que ele terminou, algo me puxou naquela direção e encontrei o corpo, chamei Hagrid e enquanto estávamos na orla da Floresta Proibida, vi o Professor Moody entre as árvores e ele estava... sorrindo, como se estivesse satisfeito com o que aconteceu e vi aquele sorriso novamente no caminho de volta para o castelo.

Lupin e Sirius ouviram em silêncio, atentos a cada palavra. Quando terminei, Lupin foi o primeiro a falar.

— Tem certeza de que viu o Moody sorrindo? — perguntou, sua voz calma, mas cheia de preocupação.

— Sim, tenho certeza. — Respondi sem hesitar.

Sirius franziu o cenho, ponderando.

— Mas por que Moody mataria Crouch?

— Não sei — confessei, frustrado —, Sirius, você é um ex-Auror, certo? Você conhece o Moody bem?

Ele suspirou, assentindo.

— Sim, trabalhamos juntos algumas vezes, por que pergunta?

Eu me inclinei um pouco para frente, esperando que ele pudesse me dar uma resposta.

— Consegue pensar em algum motivo para ele ter algo contra o Sr. Crouch?

Sirius ficou pensativo por alguns segundos, analisando a situação. Por fim, ele suspirou pesadamente.

— Infelizmente, não consigo pensar em nada, Harry, sinto muito.

O desânimo tomou conta de mim e eu suspirei. Estava esperando que Sirius pudesse me dar uma pista, algo para confirmar minhas suspeitas. Lupin se inclinou um pouco para frente, observando-me com cuidado.

— Harry, o que Dumbledore decidiu fazer?

— Ele pediu ao Fudge para colocar Aurores patrulhando a escola e quer me ver no escritório dele amanhã, depois das aulas.

Lupin olhou para Sirius, que fez um aceno leve. Então ele voltou-se para mim.

— Harry, você precisa contar suas suspeitas para Dumbledore, ele é a única pessoa que pode realmente fazer algo a respeito.

Pensei sobre isso. Estava relutante em falar, mas sabia que eles estavam certos. Não podia deixar essas suspeitas de lado.

— Está bem, Lupin, farei isso.

Conversamos mais um pouco sobre a situação, mas depois de algum tempo, percebi que já era tarde. Precisava voltar antes que alguém desse falta de mim. Levantei-me e me preparei para sair.

— Tome cuidado, Harry — disse Sirius, com uma seriedade que não via sempre — e fique de olho no Moody.

— Eu ficarei. — Prometi, depois de me despedir dos dois, vesti novamente a Capa da Invisibilidade e saí silenciosamente da hospedaria, voltando pelo caminho por onde vim.

A jornada de volta para Hogwarts foi silenciosa e eu me esforcei para não fazer barulho ou chamar a atenção. Quando finalmente cheguei ao dormitório masculino, senti um peso enorme sobre os ombros. Deitei-me na cama, puxando as cobertas.

Enquanto meus olhos se fechavam lentamente, minha mente não parava de correr. Será que Dumbledore poderia fazer algo a respeito das minhas suspeitas? Eu só esperava que, quando contasse tudo para ele, estivesse errado sobre Moody.

Acordei na manhã seguinte sentindo o cansaço de uma noite mal dormida, mas determinado. Eu sabia o que precisava fazer e, apesar das dúvidas que me atormentavam, contar tudo a Dumbledore era a única coisa certa a se fazer. Vesti-me rapidamente, pegando o uniforme e arrumando a gravata da Grifinória antes de sair do dormitório masculino.

Assim que desci para o Salão Comunal, encontrei Hermione, Gina e Ron me esperando, conversando próximos à lareira. Sorri ao vê-los e caminhei até eles. Cumprimentei Hermione e Gina com um beijo em cada uma e em seguida estendi a mão para Ron, que me deu um aperto firme.

Hermione foi a primeira a perguntar, com aquele olhar preocupado e ao mesmo tempo atento, sempre buscando entender tudo o que acontecia.

— Como foi ontem com Sirius e Lupin?

— Eles me aconselharam a contar sobre minha suspeita de Moody para o Professor Dumbledore — expliquei, ainda sentindo a apreensão com o que estava prestes a fazer —, é isso que farei.

Gina apertou minha mão com carinho, os olhos dela cheios de solidariedade e apoio.

— Estamos com você sempre, Harry. — Disse ela e tanto Hermione quanto Ron concordaram com um aceno, a sensação de apoio dos três me trouxe um alívio momentâneo e sorri em agradecimento.

Juntos, saímos da Torre da Grifinória e fomos em direção ao Salão Principal. No caminho, cruzamos com Daphne, que vinha do Salão Comunal da Sonserina, nas masmorras. Ela parecia calma, mas ao ver meu rosto, ergueu uma sobrancelha, curiosa.

Contei rapidamente sobre a conversa com Sirius e Lupin e expliquei a decisão de conversar com Dumbledore. Ela ouviu com atenção e assentiu com um leve sorriso, demonstrando apoio, então seguimos juntos para o café da manhã.

Assim que entramos no Salão Principal, o ambiente nos envolveu com uma agitação incomum. Todos os alunos estavam sussurrando, trocando olhares e especulando. A notícia da morte de Bartô Crouch já havia se espalhado e não se falava de outra coisa. Sentei-me com meus amigos à mesa da Grifinória, tentando ignorar os olhares curiosos ao nosso redor.

Apesar de tudo, fiquei aliviado ao perceber que ninguém parecia saber que fui eu quem encontrou o corpo. Dumbledore havia mantido essa informação em segredo, o que me poupava de mais perguntas e desconfianças. Era um pequeno consolo em meio a tantas preocupações.

Após o café da manhã, fomos direto para as aulas. Tentei me concentrar, mas a ansiedade me corroía. Sabia que, ao final do dia, teria uma conversa séria com Dumbledore e esperava que essa reunião resultasse em algo concreto sobre a estranha atitude de Moody.

As horas se arrastaram e cada segundo parecia uma eternidade. Por fim, quando as aulas terminaram, me despedi temporariamente de Hermione, Gina e Ron. As duas me deram um abraço apertado, enquanto Ron me deu um tapa amigável no ombro.

— Boa sorte, Harry. — Disse ele, com um olhar encorajador.

Acenei para os três e me dirigi ao escritório de Dumbledore, com a esperança de que essa conversa trouxesse respostas e um plano claro sobre o que fazer.

Subi as escadas em espiral que levavam ao escritório de Dumbledore, sentindo a tensão crescer a cada passo. Quando cheguei ao topo, estava prestes a abrir a porta, mas algo me fez parar. De dentro do escritório, ouvi uma conversa abafada. Uma frase sobre a morte do Sr. Crouch me chamou atenção, fazendo meu sangue gelar. A voz de Moody ecoou pelo ambiente e ele disse, repentinamente, como se soubesse que eu estava ali:

— Sinto-lhes informar, mas essa reunião já não é mais particular.

A porta do escritório se abriu lentamente e engoli em seco, tentando evitar o olhar de Moody para não alertá-lo de minhas suspeitas. O Ministro da Magia, Cornélio Fudge, que estava na sala, abriu um sorriso ao me ver e veio em minha direção.

— Ah, Harry, há quanto tempo! Estou orgulhoso do seu progresso no Torneio Tribruxo. — Disse ele com um tom de voz quase paternal.

— Obrigado, Ministro. — Respondi, sem jeito.

Olhei para Dumbledore, ansioso para sair dali antes que Moody notasse qualquer coisa estranha.

— Posso voltar outra hora, Professor Dumbledore... — sugeri.

Mas Dumbledore, com seu habitual sorriso tranquilo, apenas acenou com a mão, como se aquilo fosse desnecessário.

— Bobagem, Harry, minha conversa com Cornélio e Alastor já acabou, entre. — Disse ele, mantendo aquele olhar penetrante. — Precisarei me ausentar por alguns minutos para acompanhar o Ministro, então, se puder esperar pelo meu retorno aqui na minha sala, eu agradeceria.

— Está bem, professor.

Fudge se despediu de mim com um aceno e foi até a porta, seguido por Dumbledore e, por último, Moody. Quando ele passou por mim, senti o peso do seu olhar fixo, me examinando de cima a baixo e um arrepio percorreu minha espinha. Só depois que a porta se fechou, suspirei aliviado por finalmente estar sozinho, longe da presença intimidadora de Moody.

Meus olhos vagaram pela sala, pousando sobre a figura magnífica de Fawkes, a fênix de Dumbledore. Lembranças da Câmara Secreta voltaram à minha mente e caminhei até ela. Fawkes inclinou a cabeça em minha direção e, com um aceno quase imperceptível, permitiu que eu acariciasse suas penas macias e brilhantes. Sorri, grato pela presença calma e amigável da ave. Depois de alguns minutos, afastei-me, ainda sentindo a sensação cálida que a fênix sempre deixava.

Explorando o escritório, meus olhos pousaram em algo incomum. Um brilho prateado escapava de um armário entreaberto, chamando minha atenção como um farol. Movido pela curiosidade, caminhei até o armário e abri a porta um pouco mais, revelando uma bacia de pedra cheia de um líquido estranho e cintilante, que se movia de maneira hipnotizante.

O que é isso?, perguntei a mim mesmo, enquanto me inclinava para ver melhor, a superfície do líquido parecia chamar por mim e, antes que eu pudesse me controlar, senti uma força irresistível me puxando para dentro. Tentei me segurar, estendendo a mão para a borda da bacia, mas não adiantou; fui sugado pelo líquido e senti tudo ao meu redor girar.

Quando abri os olhos, percebi que estava caindo. Abaixo de mim, uma sala surgia, cheia de pessoas em círculo, com expressões sérias e concentradas. Ainda em queda livre, só consegui pensar, atônito:

Mas o que está acontecendo?

Eu me vi despencando em direção a uma sala vasta e mal iluminada. Ao meu redor, apenas penumbra e archotes presos às paredes, como os que iluminavam Hogwarts à noite. Mas não havia janelas; a sala parecia subterrânea. Olhando para baixo, vi filas e mais filas de bruxos e bruxas, sentados ao redor das paredes em bancos escalonados que lembravam uma arena, todos observando o centro da sala. Bem ali, sob um foco de luz tênue, uma cadeira vazia chamava a atenção e um arrepio percorreu minha espinha ao perceber que havia correntes envolvendo seus braços, como se quem se sentasse ali ficasse automaticamente aprisionado.

Onde seria esse lugar? Certamente não era Hogwarts. Eu nunca vira uma sala assim no castelo. Além disso, a maioria das pessoas ali era composta por adultos e eu sabia que não havia tantos professores assim em Hogwarts. Todos pareciam aguardar algo. Embora eu só pudesse ver a ponta de seus chapéus cônicos, todos estavam focados na mesma direção, em um silêncio tenso, como se estivessem esperando por algum tipo de julgamento.

De repente, me vi sentado em um banco no fundo da sala, em um dos níveis mais altos. Respirei fundo, ainda tentando entender como aquilo era possível. Olhei para o alto, esperando ver a janela circular pela qual havia espiado e onde eu caíra, mas não havia nada lá além de pedra sólida e escura. Meu coração batia rápido enquanto eu observava os bruxos e bruxas à minha volta; pelo menos uns duzentos estavam presentes. Nenhum deles parecia ter reparado que um garoto de quatorze anos acabara de cair do teto.

Eu me virei para o bruxo mais próximo, querendo entender onde estava. Soltei um grito surpreso que ecoou pela sala silenciosa quando percebi quem estava ali, ao meu lado.

— Professor! — sussurrei, com a voz estrangulada. — Sinto muito, não tive intenção... estava apenas olhando dentro da bacia no seu armário, eu... onde estamos?

Dumbledore, no entanto, não fez nenhum movimento, não respondeu. Ele me ignorou completamente, assim como os outros bruxos nos bancos ao redor. Dumbledore estava com os olhos fixos no canto mais afastado da sala, onde havia uma porta. Olhei para ele, confuso, depois para os outros bruxos atentos e silenciosos e então tornei a encarar Dumbledore. Aos poucos, uma compreensão inquietante foi surgindo.

Eu já estivera antes em um lugar onde ninguém podia me ver ou ouvir. Uma vez, ao abrir um diário enfeitiçado, fui sugado para dentro da memória de alguém... e, a não ser que estivesse muito enganado, algo muito semelhante estava acontecendo agora.

Ergui a mão, hesitando e então a movi energicamente diante do rosto de Dumbledore. Ele não piscou, não me olhou, não se mexeu nem um pouco e isso confirmou o que eu suspeitava. Dumbledore jamais me ignoraria dessa maneira. Eu estava dentro de uma lembrança e aquele ao meu lado não era o Dumbledore atual.

No entanto, não poderia ter sido há muito tempo. O Dumbledore ali presente já tinha os cabelos prateados, igualzinho ao Dumbledore dos dias de hoje. Mas que lugar era esse? E o que todos aqueles bruxos estavam aguardando? Olhei ao redor com mais atenção. Como suspeitara ao observar do alto, o lugar era quase certamente subterrâneo, mais uma masmorra do que uma sala comum. A atmosfera ali era desolada e hostil; as paredes eram nuas, sem quadros, sem qualquer decoração. Apenas as fileiras de bancos, dispostas em níveis que permitiam uma visão clara da cadeira com correntes no centro.

Antes que eu pudesse chegar a alguma conclusão, o som de passos ecoou pelo ambiente. A porta no canto da masmorra se abriu e três figuras entraram. Um homem, ladeado por dois dementadores. Os bruxos na sala se encolheram ligeiramente ao vê-los, enquanto os dementadores empurravam o homem para a cadeira com correntes e saíam da sala, fechando a porta atrás deles.

A cadeira então se agitou e as correntes se moveram, prendendo os braços do homem com um reflexo dourado. Olhei para ele e percebi, com um certo choque, que era Igor Karkaroff. Ele estava muito diferente do diretor da Durmstrang que conheci; seus cabelos e barba eram negros e desgrenhados e as roupas estavam gastas e esfarrapadas. Ele tremia, claramente apavorado, enquanto se ajeitava na cadeira, tentando manter alguma dignidade, apesar da evidente tensão.

— Igor Karkaroff. — Anunciou uma voz firme à minha esquerda.

Virei a cabeça e reconheci o Sr. Crouch, que se levantava no meio do banco ao lado. Seus cabelos estavam escuros, seu rosto menos enrugado e ele parecia muito mais saudável e obviamente vivo do que eu jamais o vira.

— Você foi trazido de Azkaban para prestar depoimento ao Ministério da Magia — prosseguiu Crouch, a voz dura e inabalável —, você nos deu a entender que tem importantes informações para nos dar.

Karkaroff endireitou-se o máximo que pôde, embora estivesse firmemente preso à cadeira e encarou a multidão ao redor.

— Tenho, sim senhor – Karkaroff começou a dizer e mesmo com o evidente tremor em sua voz, havia uma untuosidade nela que eu reconheci imediatamente –, quero ser útil ao Ministério, quero ajudar, sei que o Ministério está tentando prender os últimos seguidores do Lorde das Trevas e estou ansioso para cooperar de todas as maneiras que puder...

Os murmúrios tomaram a sala e eu percebi bruxos e bruxas lançando olhares curiosos para Karkaroff, enquanto outros claramente o encaravam com desconfiança. De repente, do outro lado de Dumbledore, uma voz rosnada e familiar se fez ouvir.

– Gentalha. – A voz murmurou.

Eu me inclinei à frente para ver quem tinha falado e reconheci Alastor "Olho-Tonto" Moody sentado ali, mas sem o seu olho mágico. Ele tinha dois olhos comuns, ambos fixos em Karkaroff com um desagrado tão intenso que seus olhos estavam apertados, repletos de desprezo.

O mais estranho é que esse Moody não me fazia sentir a mesma tensão que o Moody atual, o que era estranho... pois sempre que ele se aproximava, desde a morte de Sr. Crouch, meu sentido de alerta disparava. Mas com este Moody, havia uma confiança inexplicável, como se ele fosse alguém em quem eu poderia acreditar.

– Crouch vai soltá-lo – murmurou Moody em tom baixo a Dumbledore –, fez um trato com ele, levei seis meses para caçá-lo e Crouch vai soltá-lo se ele tiver um número suficiente de novos nomes, devíamos ouvir as informações dele e atirá-lo de volta aos braços dos dementadores.

Dumbledore respondeu com um som de descontentamento pelo nariz.

– Ah, eu ia me esquecendo... você não gosta de dementadores, não é mesmo, Alvo? – Moody lançou um sorriso sardônico.

– Não. – Disse Dumbledore calmamente. – Receio que não, há muito tempo venho achando que o Ministério faz mal em se aliar a essas criaturas.

– Mas para uma gentalha dessas... – Moody murmurou, visivelmente descontente.

O Sr. Crouch interrompeu a conversa, retomando o foco no depoimento.

– Você diz que tem nomes para nos informar, Karkaroff, por favor, queremos ouvi-los.

– O senhor deve compreender – Karkaroff começou a falar ansiosamente – que Lorde Voldemort sempre operou no maior sigilo... ele preferia que nós, quero dizer, seus seguidores e me arrependo agora, profundamente, de ter-me incluído entre eles...

– Ande logo com isso. – Moody interrompeu, sem esconder seu desprezo.

Karkaroff prosseguiu, parecendo cada vez mais ansioso.

– ... nunca soubemos os nomes de todos os seus seguidores, somente ele sabia exatamente quem éramos...

– O que era uma atitude sensata, não é? – murmurou Moody com sarcasmo. – Impedia que alguém como você, Karkaroff, entregasse todos.

– Contudo, você diz que tem alguns nomes para nos informar? – o Sr. Crouch pressionou.

Karkaroff respirou fundo antes de falar. 

– Antônio Dolohov, vi-o torturar inúmeros trouxas e... não seguidores do Lorde das Trevas.

– E ajudou-o a fazer isso. – Moody murmurou mais uma vez.

– Já prendemos Dolohov – respondeu Crouch, impassível –, foi capturado pouco depois de você.

Karkaroff arregalou os olhos.

– Verdade? Fico... fico satisfeito em saber!

Mas, na verdade, ele parecia devastado. A expressão em seu rosto deixava claro que o nome não tinha valor algum para o Ministério.

– Mais algum? – Crouch perguntou secamente.

– É claro que sim... havia Rosier. – Karkaroff acrescentou com pressa. – Evan Rosier.

– Rosier está morto, foi capturado pouco depois de você também. – Crouch respondeu friamente. – Preferiu lutar a aceitar a prisão e foi morto ao resistir.

Moody se inclinou ligeiramente, apontando para o pedaço que faltava no nariz.

– Mas levou um pedaço de mim com ele.

A cena era ao mesmo tempo terrível e intrigante. Karkaroff tentava desesperadamente trazer à tona nomes, enquanto Moody e Crouch o desmentiam a cada passo. A situação estava fugindo ao controle de Karkaroff e o pânico começava a dominar sua voz.

– Era... era o que Rosier merecia! – ele disse, a voz trêmula, seus olhos vasculhavam a sala, fixando-se na porta onde eu sabia que os dementadores esperavam por ele.

– Mais algum? – Crouch insistiu.

– Sim! Havia o Travers, ele ajudou a assassinar os McKinnons! Mulciber era especialista na Maldição Imperius, forçou inúmeras pessoas a fazerem coisas horrendas! Rookwood, que era espião e passava para Lorde Voldemort informações úteis de dentro do Ministério!

Esse nome pareceu causar alvoroço. Vários murmúrios ecoaram ao meu redor enquanto os presentes cochichavam.

– Rookwood? – o Sr. Crouch se dirigiu à bruxa à sua frente, que anotava em um pergaminho. – Augusto Rookwood, do Departamento de Mistérios?

– Esse mesmo – respondeu Karkaroff rapidamente –, creio que ele usava uma rede de bruxos bem colocados, tanto dentro quanto fora do Ministério, para colher informações...

– Mas Travers e Mulciber nós já prendemos, muito bem, Karkaroff, se são só esses, você será reconduzido a Azkaban enquanto decidimos... – Crouch disse, a voz implacável.

– Ainda não! – Karkaroff gritou desesperado, ele estava coberto de suor, a pele pálida quase reluzente à luz dos archotes. – Espere, tenho mais!

– Os nomes são? – Crouch indagou, cansado.

Karkaroff respirou fundo, uma última cartada.

– Snape! – ele exclamou. – Severo Snape!

O Sr. Crouch endureceu o rosto.

– Snape já foi inocentado por este conselho – ele disse, a voz fria –, Dumbledore testemunhou em favor dele.

– Não! – gritou Karkaroff, inclinando-se à frente com tal força que as correntes se esticaram. – Garanto ao senhor! Severo Snape é um Comensal da Morte!

Dumbledore se levantou e, com calma, disse:

– Eu já prestei depoimento sobre esse caso, Severo Snape foi de fato um Comensal da Morte, mas voltou para o nosso lado antes da queda de Lorde Voldemort e virou nosso espião, se expondo a grande perigo, hoje ele é tão Comensal da Morte quanto eu.

Olhei para Moody, que observava tudo com ceticismo.

– Muito bem, Karkaroff. – Crouch respondeu friamente. – Você ajudou, vou rever o seu caso, entrementes voltará para Azkaban...

A voz de Crouch começou a desaparecer, suas palavras se desfazendo no ar como fumaça. Olhei ao redor; a masmorra se esvanecia, as paredes sumindo em sombras, como se tudo fosse feito de fumaça.

De repente, tudo virou um redemoinho de escuridão, até que eu só conseguia ver... meu próprio corpo.

Assim que a névoa da última lembrança sumiu, percebi que ainda estava na masmorra. Olhei em volta. Dumbledore e eu continuávamos sentados ao lado do Sr. Crouch, mas a atmosfera havia mudado completamente. O silêncio era absoluto, quase opressor, apenas interrompido pelos soluços trêmulos de uma bruxa miúda ao lado de Crouch. Ela apertava um lenço contra a boca, as mãos trêmulas.

Ergui os olhos para o Sr. Crouch, que parecia mais descarnado e grisalho que nunca, um nervo pulsando intensamente em sua têmpora. Então ele disse, em um tom que ecoou pela masmorra:

— Pode trazê-los.

A porta no canto se abriu novamente e desta vez, seis dementadores entraram, ladeando um grupo de quatro pessoas. Senti um calafrio correr por mim. O ambiente tornou-se ainda mais gélido enquanto os dementadores guiavam cada um dos prisioneiros até quatro cadeiras com correntes no centro da masmorra.

Observei cada um deles. Um era um homem corpulento, que fixava Crouch com um olhar parado. Ao seu lado, estava outro homem, magro e nervoso, os olhos percorrendo ligeiros a assembleia. A terceira era uma mulher de cabelos espessos e brilhantes e olhos semicerrados, que se sentou na cadeira como se fosse um trono. O último era um rapaz adolescente, pálido e petrificado. Ele tremia incontrolavelmente, com os cabelos cor de palha desarrumados e a pele sardenta, tão branca quanto papel. Notei que a bruxa ao lado de Crouch, que já estava chorando, começou a se balançar para frente e para trás, abafando o choro com o lenço.

O Sr. Crouch se levantou lentamente, os olhos cheios de ódio absoluto enquanto encarava os prisioneiros. Ele começou a falar em voz alta e clara:

— Vocês foram trazidos aqui perante o Conselho das Leis da Magia para serem julgados por um crime tão hediondo...

Antes que ele pudesse continuar, o rapaz loiro gritou, a voz tremendo de desespero.

— Pai... por favor...

Crouch nem pareceu ouvi-lo e apenas alteou a voz, abafando as palavras do filho.

— ...de que raramente se ouviu falar neste tribunal. — Ele continuou, mais alto. — Ouvimos as provas contra vocês e foram acusados de capturar o Auror, Frank Longbottom e de submetê-lo à Maldição Cruciatus, acreditando que ele soubesse do paradeiro atual do seu amo exilado, Lorde Voldemort...

Senti um arrepio percorrer minha espinha ao ouvir o nome Frank Longbottom, ele só podia ser o pai de Neville.

— Pai, eu não fiz isso! — gritou o rapaz desesperado, as correntes de ferro em sua cadeira chacoalhando. — Eu não fiz isso, pai, não me mande de volta aos dementadores...

A voz de Crouch cortou o apelo do filho sem piedade:

— Vocês são ainda acusados — berrou o Sr. Crouch — de usar a Maldição Cruciatus contra a mulher de Frank Longbottom, quando ele se recusou a dar informações, vocês planejavam reconduzir Lorde Voldemort ao poder e retomar a vida de violência que presumivelmente levavam quando ele detinha o poder, agora, peço aos jurados...

— Mãe! — gritou o rapaz, o rosto desesperado, a bruxa miúda ao lado de Crouch começou a soluçar, se balançando para frente e para trás ainda mais desesperadamente. — Mãe, faz ele parar, mãe, eu não fiz isso, não fui eu!

Sr. Crouch prosseguiu, a voz fria e cruel:

— Agora peço aos jurados — gritou ele, com os olhos cheios de desprezo para o filho — que levantem as mãos se acreditarem, como eu, que esses crimes merecem uma sentença de prisão perpétua em Azkaban.

As bruxas e bruxos no lado direito da masmorra ergueram as mãos em unanimidade, suas faces contorcidas em uma espécie de triunfo selvagem. Em meio aos aplausos e murmúrios de aprovação que explodiram pelo tribunal, o rapaz começou a gritar novamente:

— Não! Mãe, não! Eu não fiz isso, eu não sabia! Não me mande para lá, não deixe o pai me mandar!

Os dementadores deslizaram pela sala, envolvendo os prisioneiros com sua presença fria e sufocante. Os três companheiros do rapaz se ergueram em silêncio, aceitando o destino que os aguardava. A mulher de olhos semicerrados lançou um olhar desafiador para Crouch e gritou, a voz carregada de uma convicção assustadora:

— O Lorde das Trevas voltará a se erguer, Crouch! Joguem-nos em Azkaban, nós esperaremos! Ele se reerguerá e virá nos buscar e nos recompensará mais que aos seus outros seguidores! Somente nós permanecemos fiéis! Somente nós tentamos encontrá-lo!

Enquanto a mulher era arrastada da sala com uma majestade quase insana, o rapaz continuava se debatendo contra os dementadores, como se soubesse que estava perdido, mas se recusasse a aceitar o destino que o aguardava.

Ele berrava para Crouch, os olhos desesperados e cheios de lágrimas:

— Sou seu filho! — gritava, enquanto os dementadores o arrastavam. — Sou seu filho!

Mas a resposta de Crouch veio fria e sem um pingo de misericórdia.

— Você não é meu filho! — berrou o Sr. Crouch, seus olhos saltando das órbitas. — Eu não tenho filho!

As palavras foram duras e definitivas. A bruxa miúda ao lado dele pareceu perder o ar, desabando inconsciente na cadeira. Mas Crouch nem mesmo notou. Apenas ordenou aos dementadores com uma voz feroz:

— Levem-os embora! Levem-os embora, que eles apodreçam lá!

O filho continuou a gritar, suas palavras cada vez mais fracas à medida que os dementadores o arrastavam para fora:

— Pai, eu não estava envolvido! Não! Não! Pai, por favor!

Foi nesse momento que ouvi uma voz baixa e calma ao meu ouvido:

— Acho, Harry, que já é hora de voltar ao meu escritório.

Virei-me, assustado e vi que havia um Dumbledore sentado à minha direita, observando a saída do filho de Crouch, enquanto outro Dumbledore estava à minha esquerda, olhando diretamente para mim.

— Venha. — Disse o Dumbledore à minha esquerda, segurando meu cotovelo.

Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, senti-me sendo erguido no ar. A masmorra desapareceu ao meu redor e por um instante, tudo ficou escuro, como se estivesse girando lentamente. Em seguida, caí de pé novamente, na claridade ofuscante do escritório do diretor.

– Professor! – exclamei, assustado, ao olhar para Dumbledore de pé ao meu lado. – Eu... eu não queria... a porta estava aberta e eu acabei olhando sem querer...

– Eu compreendo, Harry. – Disse Dumbledore, sua voz sem qualquer sinal de irritação, ele pegou a bacia e a levou até a escrivaninha, onde a colocou cuidadosamente, indicando uma cadeira para que eu me sentasse à sua frente, obedeci, ainda sem tirar os olhos da bacia e vi que a substância em seu interior voltava a rodopiar lentamente, como antes.

– Que é isso? – perguntei, sentindo minha voz sair trêmula.

Dumbledore sorriu levemente, um brilho de compreensão em seus olhos.

– Isso é uma Penseira – disse ele —, imagino que você talvez já tenha sentido isso, mas há momentos em que a mente parece sobrecarregada, como se houvesse pensamentos demais flutuando ao mesmo tempo.

Assenti devagar, tentando parecer que entendia. Na realidade, nunca tinha passado por uma sensação parecida, mas era difícil imaginar que alguém como Dumbledore pudesse sentir o mesmo. Ele prosseguiu:

– Nessas horas, uso a Penseira, ela me permite escoar o excesso de pensamentos e examiná-los de uma forma mais organizada, assim, consigo identificar padrões, ligações... – ele apontou para a substância que girava na bacia. – Isso aí são os meus pensamentos.

Olhei para ele, espantado, antes de lançar um olhar à bacia. Aquela substância prateada era, literalmente, os pensamentos do diretor. Ele notou minha expressão de surpresa e pareceu se divertir com isso, inclinando-se e puxando a varinha. Tocou-a de leve na têmpora e, para meu assombro, retirou um fio prateado e brilhante, que parecia feito da mesma substância que girava na bacia.

Dumbledore acrescentou a lembrança à Penseira e eu assisti com os olhos arregalados enquanto a superfície se transformava. Meu rosto apareceu flutuando por um breve instante, antes de dar lugar ao rosto de Snape. A voz dele ecoou pelo ar, um sussurro misterioso e enigmático:

– Está voltando... a marca de Karkaroff também... mais clara e forte que nunca...

Dumbledore suspirou.

– É uma ligação que eu teria feito sem ajuda. – Murmurou ele, ainda olhando para a bacia, então, virou-se para mim, seus olhos brilhando por trás dos oclinhos de meia-lua. – Estava usando a Penseira quando o Sr. Fudge chegou para a reunião, provavelmente não fechei o armário direito e ela acabou atraindo sua atenção, Harry, não tem problema.

– Me desculpe. – Murmurei, me sentindo um pouco envergonhado.

Dumbledore balançou a cabeça, um pequeno sorriso em seus lábios.

– A curiosidade não é um pecado – disse ele – mas é algo com o qual devemos ter cautela.

Pensei no que ele dissera, observando-o guardar seus pensamentos de volta na Penseira. A luz prateada iluminava seu rosto e, pela primeira vez, percebi como ele parecia velho. Sabia, é claro, que Dumbledore estava envelhecendo, mas nunca o vira de fato como um velho.

– Bem, Harry – disse ele, sua voz agora mais baixa –, havia algo importante para discutirmos antes que você entrasse em meus pensamentos.

– Verdade, professor.

Engoli em seco e comecei a contar sobre o Sr. Crouch, o corpo na floresta, tudo que eu vira naquela noite. Omiti, no entanto, minhas suspeitas sobre o Professor Moody. Alguma coisa me dizia que, sem provas, seria injusto acusá-lo. Dumbledore me ouviu com atenção, os olhos fixos em mim o tempo todo, até que, finalmente, terminei meu relato. Ele acenou levemente e me deu algumas palavras de conforto, dizendo que eu fizera o certo ao contar tudo.

Com a conversa concluída, Dumbledore me liberou com um último sorriso. Saí de seu escritório e o som da porta se fechando atrás de mim foi quase reconfortante. A caminho da Torre da Grifinória, as lembranças do julgamento na Penseira começaram a voltar à minha mente. Imagens do jovem Crouch, desesperado e com o rosto retorcido de desespero, pareciam girar em minha cabeça.

Foi então que a verdade me atingiu como um feitiço. O jovem que eu vira naquela lembrança era o mesmo homem misterioso que surgira em meu sonho durante a morte do jardineiro trouxa... e que eu também havia visto na Copa Mundial de Quadribol, conjurando a Marca Negra.

Meu coração começou a bater mais rápido. Seria possível que o filho do Sr. Crouch estivesse envolvido em tudo? A minha entrada misteriosa no Torneio Tribruxo... o roubo dos ingredientes das poções no estoque do Snape... e até mesmo a morte de seu próprio pai. Ele poderia estar por trás de tudo isso.

Mas como? Como ele conseguia agir sem ser descoberto?

Essas perguntas martelavam minha mente enquanto eu seguia para o Salão Principal, onde o jantar estava começando. O barulho dos alunos conversando e o cheiro da comida me rodearam, mas, diferente das outras noites, eu não conseguia sentir fome. Sentei-me ao lado de Ron, Hermione e Gina, mas meus pensamentos estavam longe dali, presos em uma teia de segredos, lembranças e suspeitas.

Algo me dizia que o mistério só estava começando.


Notas Finais


O que acharam?

Harry vai se encontrar com Dumbledore e acaba entrando em contato com a Penseira, ele vê nas lembranças de Dumbledore informações importantes que ele desconhecia, como por exemplo o fato dos pais de Neville terem sido vítimas de Voldemort na última guerra bruxa, além da existência de um filho Comensal da Morte do Sr. Crouch, mas será que o filho de Bartô Crouch está realmente envolvido nas coisas que têm acontecido na vida de Harry nesse ano?

Até a próxima


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