Tony on
2 anos depois.....
As coisas nem sempre são do jeito que queremos, mas nem por isso devemos simplesmente sentar e aceitar isso, se algo não dá certo por um lado, tentamos outro caminho, outro método, nos reinventamos e começamos tudo de novo. Com Steve eu aprendi a aceitar quem eu sou, sem ter medo do que os outros iam pensar, claro que Nat estava certa sobre todo o preconceito que viria com o assumir da nossa relação, mas nem mesmo isso era capaz de apagar o sorriso que se espalhava pelo meu rosto toda vez que eu penso num certo loiro.
— No que tanto o meu Hibrido pensa?— Sinto seus braços ao meu redor antes de suas palavras chegarem aos meus ouvindo.
— Nada em particular..... — Digo dando de ombros. Mas logo em seguida eu sinto meu estomago se revirar e uma ânsia de vômito me atingir, eu me desvencilhei de seus braços e corri até a pia mais próxima, que era a do banheiro.
— Você ainda está passando mal? Isso já vai fazer uma semana, Tony! — Ele diz ao passar a mão pela minha costa, me confortando. — Está na hora de ir ao médico.
— Eu não quero ir ao médico. — Digo assim que paro de por o almoço todo para fora, ele tinha razão sobre já está passando da hora de ir fazer uns exames para ver o que eu tenho, mas eu simplesmente não quero ir.
— Mas você tem que ir! — Diz decidido, eu lavo meu rosto e ele pega uma toalha e enxuga meu rosto com delicadeza.
— Está bem, mas tenho quase certeza que isso é apenas uma virose, logo passa. — Digo vencido, ele sorri e assenti.
— Se for isso você tomará os remédios direitinho e estará melhor logo, logo. — Diz me abraçando e beijando o alto da minha cabeça. — Se arrume, saímos daqui a pouco.
— Eu só vou trocar de camisa e escovar os dentes. — Digo me virando e indo em direção ao closet, peguei uma camisa social de botões na cor preta e a vestir, pondo um blasé azul escuro por cima, vou até o banheiro e escovo rapidamente os dentes, então saiu para o quarto outra vez, o loiro estava sentado na beira da cama a minha espera. — Pronto.
— Então vamos.— Diz se levantando e estendendo a mão para eu pegar.
O caminho até a clínica foi silencioso, mas não era ruim, era um silêncio sem peso, estávamos apenas aproveitando o trajeto e deixando nossas mentes viajarem. Mas eu sabia que o alfa estava preocupado com seja lá o que eu tivesse, mesmo que fosse nada mais que uma simples virose, ele era assim, estava sempre se preocupando, seja comigo ou com os outros membros dos Vingadores ou com a população mundial. As vezes eu tentava fazê-lo relaxar, mas não durava muito, mas o que eu podia fazer, ele é o Capitão América afinal!
Chegamos e não demorou muito até sermos atendidos, tínhamos ido até a clínica do mesmo médico que descobriu que eu era um Híbrido, ele era o médico da família. Ao adentrar sua sala e vê-lo atrás da mesa, percebi o quão velho ele já estava, deveria já estar aposentado, mas parecia feliz com seu trabalho.
— Tony! O que traz você aqui?— Perguntou assim que se levantou e estendeu a mão para me cumprimentar.— Aproposito, estou feliz que você finalmente encontrou um alfa!
— É bom vê-lo também, Dr. Daniel!— Digo realmente alegre. — Infelizmente minha visita não é apenas cordial, vim por que acho que estou com algum tipo de virose e esse alfa não larga do meu pé.
— Ele tem toda razão, tem que se cuidar, mesmo que seja uma simples virose. — Diz o Dr. Com um sorriso cúmplice para o loiro ao meu lado.
— Fico feliz que o senhor concorde comigo. — Diz Steve ao estender a mão e apertar a do médico.
— Claro, sempre penso no melhor para os meus pacientes.— Devolve Daniel, mas logo ele indica os lugares a frente de sua mesa e nos sentamos. — Então, o que você tem sentido, tony?
— Bastante náusea, vômito pelo menos umas duas vezes por dia, também tenho ficado tonto as vezes, mas só aconteceu poucas vezes. — Digo tentando lembrar de tudo que eu estava sentindo.
— Entendo. — Diz anotando tudo, olho para Steve e ele dá de ombros sorrindo pequeno, sorriu de volta. — Vou pedir alguns exames, o de sempre, sangue, fezes e urina. Venha amanhã cedo para fazer a coleta de sangue e entrega de material.
— E quando ficam prontos? — Perguntou o Cap.
— No outro dia vocês já poderão vim buscar e eu já saberei o que Tony tem. — Disse ainda anotando algo em um papel, devia ser a guia dos exames. — Aqui. — Diz ao estender o papel para mim.
— Mas você já tem alguma ideia do que possa ser? — Steve pergunta parecendo preocupado.
— Tony pode está certo e ser apenas uma virose, porém tem muitas outras doenças que têm esses sintomas, então é melhor ter certeza. — Diz me observando com cuidado, ele parecia respirar lentamente, como se cheirasse o ar.
— O que está fazendo? — Pergunto achando estranha a sua atitude.
— Estou tentando me concentrar em seu cheiro, as vezes isso ajuda no diagnóstico, mas devido a sua condição o seu cheiro as vezes é meio bagunçado mesmo. — Diz parecendo fascinado, ele sempre foi fascinado pela minha classificação.
— É mesmo, tem dias que isso me deixa louco! — Diz o loiro ao meu lado. Eu riu e reviro os olhos.
— Bem, então nos vemos assim que os resultados dos exames estiverem prontos. — Digo já me levantando e estendendo a mão para o médico outra vez. — Até mais, Dr.!
— Até mais! — Diz ao apertar minha mão e logo em seguida a de Steve.
Saímos do consultório e seguimos para casa outra vez, mas no meio do caminho trocamos de ideia e seguimos para o complexo, o loiro queria verificar alguns papéis e ver como as coisas andavam por lá. O complexo dos Vingadores era uma maravilha tecnológica, tinha toda a tecnologia de ponta que pudesse ter, graças a mim e ao T´Challa.
— Ei! Vieram nos visitar? — Era Natasha que caminhava com pressa até nós, porém seus olhos estavam grudados em alguns papéis em suas mãos.
— Levei Tony ao médico e na volta decidir vim ver como estão as coisas por aqui. — Diz o loiro ao cruzar os braços e olhar com atenção os papéis que Romanoff segurava.— O que é isso Nat¿
— Correspondência. A maioria contas, mas algumas parecem interessantes.— Diz ao estender os papéis a Steve, ele os segura e começa a ler atentamente. A viúva volta seus olhos para mim e continua falando. — Médico? Está doente, Tony?
— Acho que não é nada grave, mas você sabe como o picolé é, vive preocupado com tudo. — Digo revirando os olhos.
— É importante cuidar da saúde, e você é meu hibrido, claro que me preocupo com você!— Diz sem me encarar, sua atenção ainda está voltada aos papéis. Nat ri e revira os olhos.
— Vocês dois são fofos juntos.— Diz suspirando, mas logo ela balança a cabeça levemente, espantando seja lá quais fossem seus pensamentos e continuou falando. — Foi bom vocês virem de qualquer forma, Thor e Loki chegaram hoje pela manhã e T´Challa disse que está na cidade e que irá vim dá uma passada aqui mais tarde, pensei em reunir todo mundo e tomar algo...
— Ótima ideia, faz tempo que não nos reunimos apenas para beber e conversar. — Diz o loiro, dessa vez levantando a cabeça e sorrindo. Então ele olha para mim ainda sorrindo._ O que você acha de dormir aqui hoje?
— Não vejo problema nenhum.— Digo dando de ombros e sorrindo. O complexo era como uma segunda casa para mim, e dormir ali sempre me trazia lembranças do cio que passei aqui, no qual Steve me ajudou e desde então estamos juntos, então devo dizer que é sempre um PRAZER dormir no complexo.
— Então está tudo certo. — Diz Nat sorrindo para nós.
— Já treinaram hoje?— Pergunta o loiro.
— Não, os asgardianos chegaram cedo e desde então passamos a maior parte da manhã conversando.— Responde a ruiva.
— Ótimo, assim poderei treinar com vocês.— Diz já se mexendo para ir em direção a sala principal do complexo.
............
A tarde foi realmente muito agradável, Thor e Loki tinham muito o que contar sobre as mudanças que ambos tem feito em Asgard e sobre como o povo estava levando essa história de seus dois governantes serem um casal, mesmo tendo sido criados como irmão. É claro que eles estavam sofrendo muita rejeição por boa parte do povo, tanto pelo preconceito quanto pelo passado sombrio de Loki, mas ao que parece também tinham muitos apoiadores e as coisas estavam começando a melhorar e eles estavam fazendo de tudo para não haver uma guerra civil.
Por volta das 17 horas fomos para a arena de treinamento, Steve estava eufórico em poder treinar com o time completo, e admito que foi muito bom mesmo, ter toda a família reunida. As 20 horas T´Challa chegou e jantamos todos juntos, Pepper também veio, ela agora estava saindo com o Rhodes, coisa que devo dizer que eu não esperava, mas olhando os dois ali conversando e rindo, me deixava feliz, a loira era minha melhor amiga, por anos aguentou junto comigo o peso do meu segredo e se não fosse por ela provavelmente eu não estaria com o Capicolé, então tudo que eu queria é que ela fosse muito feliz.
Depois do jantar fomos todos para sala principal outra vez, bebíamos, conversávamos e riamos de coisas triviais, eram tempos de paz e todos pareciam felizes e realizados, muitos de nós já estavam em um romance sólido, outros ainda estavam pisando em ovos e tentando algo. Alguns casais eram bem previsíveis, outros nem tanto, ou talvez fossem também para quem prestasse atenção nos detalhes e nos olhares. Um dos casais que mais me chamou a atenção foi Bucky e Sam, já que eles pareciam se odiar quando se conheceram, mas aqui estavam, juntos a quase um ano. Os outros casais eram esperados, como Natasha e Bruce, Visão e Wanda, que mesmo esse último sendo um casal peculiar, pareciam muito felizes um com o outro.
— Você está muito calado. — Sinto o hálito quente de Steve e me arrepio levemente.
— Só estou um pouco perdido em pensamentos. — Digo baixinho e dando de ombros, ele sorri e me aperta mais em seus braços, eu estava sentado em seu colo, mesmo tendo espaço suficiente para todos estarem deitados, eu gostava de esta nos braços do meu alfa e ele parecia feliz em me ter ali também.
— Percebi. — Diz suavemente e logo deposita um beijo na minha nuca, me aconchego melhor nele e volto a prestar atenção na história que Rhodes estava contando, parecia ser bem divertida, pois todos riam de tempos em tempos.
A noite avançou e já passava das uma da manhã quando eu e Steve fomos nos deitar, eu queria ficar mais, porém o loiro argumentou que eu teria que ir na clinica amanhã bem cedo e tinha que esta descansado, então perdi a batalha e nos despedimos dos nossos amigos e fomos para o meu quarto. Estávamos ambos cansados, então apenas tomamos um banho juntos, não vou dizer que não rolou nada porque é impossível tomar banho com esse homem e não ficar excitado, mas nada muito elaborado, logo estamos nus e abraçados embaixo das cobertas.
— Boa noite, meu hibrido… — Diz baixinho e suspirando.
— Boa noite, meu alfa.... — Respondo já com os olhos fechados, aquilo era meio cafona, mas eu amava ouvi-lo me chamar de seu, assim como eu amava o fato de ele ser apenas meu. Suspiro e me aconchego em seu peito, sentindo o suave subir e descer de sua respiração, sendo levando rapidamente ao mundo dos sonhos.
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Steve on
Esses últimos dois anos ao lado de Tony tem sido muito melhor do que todos os outros que tive durante minha vida toda, eu era feliz antes, mas sempre faltou algo, sempre me senti incompleto, hoje só de sentir seu cheiro eu já me sinto em paz, agora mesmo olhando seu rosto sereno e adormecido, sinto lá no fundo que encontrei o pedaço de mim que faltava, Tony podia ser muito diferente de mim em muitos aspectos, mas era como se um completasse ao outro, nos encaixamos tão bem junto que eu não conseguia mais imaginar minha vida sem esse híbrido teimoso e inteligente.
Vejo-o se remexer e sorriu, eu tinha que acordá-lo, já passava das 6:30 e tínhamos que ir a clínica, porém era tão bom ficar ali apenas o observando, vendo seu peito subir e descer lentamente, enquanto ele ressonava baixinho. Suspiro e levo minha mão ao seu ombro, o sacudindo devagar, ele resmungou e entreabriu os olhos.
— Acorde Tony, temos que levantar. — Digo rindo de seus resmungos baixinhos. Ele se agarrou mais a mim e fechou os olhos de novo. — Ora vamos!
— Eu estou com sono, só mais um pouquinho. — Diz sonolento, eu riu e balanço a cabeça.
— Não, você tem exames pra fazer, ande logo!— Digo tentando afastá-lo de mim, ele resmunga ainda mais e se senta relutante na cama.
— Está bem. — Diz com um pequeno biquinho nos lábios, eu riu e lhe dou um selinho.
— Deixe de birra e vá logo se arrumar. — Digo já me levantando e me espreguiçando, quando olho para a cama, Tony ainda estava sentado e me observava, na verdade ele observava o meu membro que está semi ereto, coisa que era normal ao acordar, eu ficaria com vergonha, mas depois de dois anos ao lado desse pervertido, eu já não me envergonhava tão facilmente.— Gostando da vista, Anthony?
— Com toda certeza!— Diz ao se levantar e vim me abraçar, seu corpo se colando ao meu.— Toma banho comigo?
— Você quer transar! — Digo rindo e o afastando minimamente. — Vá logo tomar seu banho, temos que sair!
— Seu chato. — Diz revirando os olhos e indo para o banheiro, ainda pude ouvir algo sobre eu ser um estraga prazeres.
A verdade é que eu estava realmente preocupado com Tony, ele andava tão avoado nos últimos tempo e tinham esses enjoos e tonturas, eu tinha medo de ser algo sério, tinha medo que algo me tirasse ele. Então sim, eu era superprotetor com ele e estava sempre atento para que nada de ruim lhe acontecesse.
O caminho do complexo até a clínica era um pouco longo e como eu fui dirigindo, Tony aproveitou para tirar um cochilo, ele parecia estar realmente com sono, na verdade nos últimos dias ele tem dormido bastante, o que é estranho para alguém que antes estava sempre com insônia, não que eu achasse isso ruim, era bom vê-lo finalmente dormindo bem, mas era preocupante.
— Tony.... Chegamos.— Digo ao tocar delicadamente em seu ombro, ele abre os olhos e se espreguiça.
— Então vamos logo com isso. — Diz ao sairmos do carro e irmos de mãos dadas até a recepção, entregamos a guia e tudo o que era preciso e nos sentamos para esperar a vez de Tony, coisa que não demorou muito e em menos de 30 minutos já estávamos na estrada outra vez, indo para casa dessa vez.
— Lar, doce lar!— Diz ao se jogar em nossa cama e fechar os olhos, eu riu e me sento ao seu lado.
— Vai dormir um pouco?— Pergunto já sabendo a resposta, ela apenas mexe a cabeça afirmando.
— Tudo bem, eu vou ficar na biblioteca, venho te chamar na hora do almoço.— Digo ao depositar um beijo em seus cabelos. Ele assenti outra vez e suspira sonolento. Me levanto e fecho todas as cortinas, deixando o ambiente mais agradável para o híbrido, saí e vou primeiro na cozinha, pois nós não tínhamos tomado café da manhã e eu estava morrendo de fome.
Franzo o cenho, outra coisa que vinha me preocupando era a falta de apetite do moreno, ele comia, mas era pouco e nos últimos dias ainda tinha vezes que vomitava o pouco que tinha comido, meu hibrido não estava bem e eu sabia, sentia que estava para acontecer algo que iria mudar nossas vidas, e eu tinha medo que fosse alguma doença grave.
Como calmamente e quando termino vou até a biblioteca, como tinha dito que iria, escolho um livro aleatório e passo a lê-lo, deixando que o tempo passasse, só parando de ler quando deu 11 horas e eu resolvi fazer o almoço, guardei o livro e fui para a cozinha, fiz algo simples e que eu sabia que Tony gostava, macarrão com queijo, tentei não exagerar no queijo, não queria que ele ficasse enjoado e vomitasse tudo , fiz um suco também e pus a mesa, já passava um pouco do meio dia quando subi para acordar minha bela adormecida.
Quando entrei no quarto o encontrei vazio, a primeiro momento eu estranhei, mas logo ouvi um gemidinho vindo do banheiro e corri para lá. Tony estava ajoelhado em frente ao vaso sanitário e estava tendo espasmos de vômito, mas quase nada saia, ele não comia desde ontem no jantar e nem tinha sido muito. Me ajoelhei ao seu lado e acariciei suas costas, ele choramingava baixinho, os espasmos diminuindo aos poucos, até que pararam e ele pode levantar a cabeça e se recostar em mim. Estava suado e ofegante, parecia fraco também.
— Está melhor, meu amor?— Pergunto ao acariciar seus cabelos e beijar sua testa, ele assenti e suspira.
— Odeio ficar doente!— Diz birrento. Eu ri e me levanto com ele no colo, levando-o até a cama.
— Ninguém gosta de ficar doente. — Digo o deitando e acariciando seu rosto, ele engoliu em seco e fez uma careta engraçada.— Quer um pouco de água pra tirar esse gosto?
— quero!— Diz ainda fazendo careta, eu me levanto e vou para a cozinha, em uma bandeja ponho uma jarra pequena com água, um copo limpo e outro com o suco de laranja que eu tinha feito, além de algumas torradas.
— aqui está.— Digo ao pôr a bandeja em cima da mesa de cabeceira, ponho um pouco de água no copo limpo e entrego para sua mão estendida. — Quando você se sentir melhor, coma as torradas e tome o suco, eu fiz macarrão com queijo pro almoço, mas acho que pode fazer você enjoar outra vez.
— Droga! Amo seu macarrão com queijo.— Diz parecendo realmente chateado, eu riu e me sento ao seu lado, vendo-o beber toda a água e me devolvendo o copo.
— Mas tarde quando estiver melhor você pode comer. — Digo apertando sua mão. Ele assenti.
— Mal posso esperar para saber o que realmente eu tenho!— Diz bufando e se recostando na cabeceira da cama.
— Eu também.— Digo baixinho, fico ali com ele até que ele finalmente tenha comido algumas torradas, tomado o suco e esteja ressonando baixinho outra vez.
Volto para a cozinha, onde finalmente almoço, fico um pouco na academia, mas fico inquieto longe do moreno, então logo volto para o quarto, tomo um banho e me deito apenas de calça de moletom ao seu lado, ele sente minha presença e se aconchega em mim, tento pegar no sono, mas meus pensamentos estão a mil, eu só pensava nos resultados dos exames que só sairiam amanhã. Aperto mais o híbrido em meus braços e fico ali o resto da tarde, apenas velando seu sono.
Já passava das 18 horas quando Tony se remexe nos meus braços e se espreguiça.
— Acordou dorminhoco?— Pergunto brincalhão, ele ri baixinho e resmunga algo incoerente.— Que tal um banho?
— Uhum.— Diz suspirando baixinho, ainda despertando.
Depois de banhado, Tony quis comer o macarrão com queijo, não deixei que comesse muito, tinha medo que ele passasse mal outra vez, o resto da nossa noite foi tranquila, apenas assistimos televisão juntos, até o moreno adormecer. O ajeitei na cama e me deitei ao seu lado, apenas para velar seu sono outra vez, eu sabia que não conseguiria dormir, estava ansioso pelos resultados dos exames, mesmo assim, me aconcheguei no híbrido e fechei os olhos, tentando relaxar.
Quando o sol nasceu e eu entreabri meus olhos, sentindo todo o peso de uma noite mal dormida, agradeci por já poder levantar para ir a clinica, me desvencilhei com cuidado do moreno adormecido e fui até o banheiro, fiz minha higiene matinal e seguir para a cozinha, ainda era cedo demais para acordá-lo. Fiz café e panquecas, servi a mesa e olhei o relógio na parede da cozinha, ainda era muito cedo para chamá-lo, mas pelo menos teríamos um bom tempo para tomar o café da manhã.
Subi as escadas para o segundo andar e ao entrar no quarto vi Tony deitado da mesma forma que eu tinha deixado quando me levantei, sorrir, isso significava que ele não tinha se levantado para vomitar ou algo assim. Me aproximei e toquei seu ombro com delicadeza.
— Acorde, temos que ir à clínica outra vez.—Chamo baixinho, ele resmunga, mas entreabre os olhos.
Já de pé e de higiene matinal feita, Tony se espreguiça e boceja, como ele ainda podia estar com sono?!
— Estou com fome.— Diz ao fim de seu bocejo.
— Ótimo, eu fiz café e panquecas!— Digo alegre, ele sorri para mim e juntos descemos para a cozinha.
Ele come bem e parece realmente faminto, só esperava que ele não enjoasse e vomitasse tudo isso. Já estávamos terminando o café quando Pepper ligou, eles passaram uns bons 20 minutos no telefone, algo relacionado a um grande negócio que as Indústrias Stark estavam tentando fechar, eu não entendia muito bem disso, então em geral não me metia nessas conversas, aproveitei e recolhi a louça e a lavei de uma vez, limpei a mesa e aguardei a louça lavada, quando terminei o moreno estava se despedindo da amiga.
— Pronto, desculpe por fazê-lo esperar. — Diz ao se levantar, dou de ombros e sorriu.
— Está tudo bem, negócios são negócios.— Digo o puxando para um beijinho rápido.— Já está pronto?
— Sim, vamos. — Diz já segurando minha mão e indo para a garagem.
Dessa vez eu nem notei o caminho, passei o tempo todo só me afundando em pensamentos, eu sei que pode ser exagero da minha parte, mas eu realmente sentia que não era uma simples virose. Ao chegarmos lá não tivemos que esperar muito, não tinha muitos pacientes a essa hora da manhã, entramos na sala do medico e ele nos recebeu com um sorriso vacilante, o que só me deixou mais apreensivo.
— Bom dia, rapazes. — Diz ao estender a mão e nos cumprimentar.
— Bom dia, Dr. Daniel. — Tony responde, eu apenas balanço a cabeça.
— Sentem-se. — Diz e em seguida se senta outra vez em sua cadeira, nos sentamos também e o médico suspira. — Já tenho o resultado dos exames do Tony.
— E o que eu tenho? É só uma virose mesmo?— Tony pergunta parecendo indiferente, mas eu o conhecia o suficiente para saber que ele também estava preocupado.
— Não, não é virose, é algo um tanto mais delicado. — Diz parecendo procurar pelas palavras certas.
— Delicado? Quer dizer que ele está com algo grave?— Dessa vez foi eu quem falou, eu já sentia um nó na garganta.
— Não exatamente. — Diz meio perdido, aquilo já estava me matando! Por que ele não dizia de uma vez?
— Daniel, só diga de uma vez!— Tony diz impaciente. O médico assenti e engole em seco.
— Tudo bem. Tony, você está grávido! — Diz em tom alto e claro, deixando eu e o híbrido ao meu lado petrificados.
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