Algumas horas antes….
Assim que o sinal do final das aulas toca Peter corre na frente para o mesmo beco de sempre para trocar de roupa e vestir seu uniforme de homem-aranha. Andaria com a mochila na costa, escutou calado e de olhos arregalados antes da viagem de sua tia, a mesma brigando consigo que já havia comprado 5 mochilas em 1 mês porque haviam roubado.
Dessa vez vai ser diferente, um de seus futuros projetos é fazer um bottom com localizador ou um bottom GPS? Não pensou num nome maneiro falar em GPS é muito simples, poderia ser algo parecido com os nomes dos robôs e armaduras de Tony, mas ele é outro com capacidade zero de nomes. Tal bottom vai ser um localizador em sua mochila para quando esquecer onde colocou ou terem roubado poder ir atrás dela.
Não havia começado por motivos de aprendizado, Tony o monopolizou em motores de carros. Não sabia que havia tanta diferença de um motor para outro e nem na fascinação do homem, mas quem era ele para reclamar? Está achando tudo incrível.
Peter ou o Homem-aranha já está em cima de um prédio de 7 andares olhando para as ruas e as árvores… já que na semana passada teve que salvar um gatinho de uma criança chamado ‘fofuxo’, Fofuxo continha garras bastantes afiadas.
Homem Aranha decidiu sair do seu canto e pular entre os prédios como não teria um passeio noturno já que marcou outros planos com o novo amigo, Miles Morales e Ned. O trio está bastante ansioso para visitar Wakanda.
Peter sentiu a nuca tremer levemente e o tremor desce por toda sua coluna. Seu senso aranha está estranhando de algo, pulou até encontrar o motivo de sua atenção. Parou entre uns prédios velhos bastantes acabados, já numa área mais isolada de seu bairro.
O garoto grudou na parede entre umas roupas que estavam estendidas entre um prédio e outro, teria que tomar cuidado com a iluminação da tarde qual podia revelar sua localização. Um homem encapuzado fumando 3 cigarros ao mesmo tempo está encostado na parede de cabeça baixa sendo impossível de ver seu rosto, sua roupa não é nada discreta uma calça jeans clara suja e um moletom com capuz vermelho vivo, o que chamou atenção foi as luvas marrons ou… estão encardidas? Bom… o homem é suspeito.
-Karen... - Peter sussurrou e se escondeu mais ainda - faça uma análise do cara.
-Sim, Peter - a sua IA responde rápido e pode ver pelo seu capacete a imagem sendo ampliada e um scaner ser passado no homem - pude detectar sangue na roupa, o moletom foi baleado.
-Ele pode ter roubado esse moletom de alguém - a voz de Peter deve ter saído mais fina que o desejado, maldita puberdade, e talvez alto porque o homem se mexer a sua direção, mas sem revelar seu rosto - droga…
-Acho que seu esconderijo foi localizado - a Karen argumentou.
-Acha? - Peter perguntou num sussurro sem tirar os olhos do encapuzado.
-80% de chance dele saber de você - Karen se corrigiu fazendo o adolescente choramingar.
-Prefiro acreditar nos outros 20% - Peter fala com a voz fina.
O homem voltou a sua posição anterior: encostado na parede apreciando seus cigarros com o scanner pode-se da um zoom no tabaco e junto ver que é artesanal e mal feito fazendo que suas suspeitas sejam de drogas mais pesadas.
Se o encapuzado sabe ou não da existência do mascarado na parede, não ligou. A audição apurada do garoto avisou que está chegando mais pessoas, passos pesados e risadas irônicas, não demorou para o sentido aranha de perigo gritar no garoto.
-6 pessoas se aproximam, aconselho a se afastar - a IA do garoto fala.
-Só diz isso por que foi programada - Peter argumenta chateado, por mais que seja sua IA a mesma está programada por um sistema chamado “babá eletrônica”.
O encapuzado não deu muita atenção para os estranhos principalmente quando o cercaram. Peter ficou a espreita curioso do que aconteceria…
Um barulho alta característico de pneu cantando pelo asfalto fez que os sentidos aranha ficarem alarmados, o garoto pediu para que Karen rastreasse o motivo da pressa do carro.
O homem encapuzado tragou com mais força seus cigarros a fim de acabar-lo e quando chegou próximo de seus dedos jogou no chão esfregando os pés em cima para pagar o resto do fogo.
-Peter, a um carro fora do controle na rua 39 indo direto para a via do ônibus expresso - a voz da IA fala com certa velocidade e mostra o mapa na viseira do garoto.
Homem aranha não teve tempo de pensar na opção de ficar para escutar a conversa daquele estranho encapuzado, um carro fora do controle pode fazer mais estrago do aqueles homens. O herói prefere acreditar nesse ponto.
…
…
O Homem-aranha joga sua teia entre os muros dos prédios cada vez diminuindo de altura fazendo que tivesse pouco mais de dificuldade de pegar impulso para longas distâncias, o garoto parou em um equilíbrio perfeito sobre um poste analisando o local.
Como pediu para sua IA para cortarem o caminho para chegar pela frente do carro, tem um plano em mente.
-Peter, um ônibus escolar vai entrar na frente do carro em 10 segundos - A Karen anuncia.
-Que??? Por que?? - Peter reclama pulando para outro poste e taca sua teia no outro pegando um impulso maior - me da as coordenadas!
-O ônibus está na em 200 metros à direita - Karen responde.
Peter usa cada vez mais a força de seu braço consiguindo impulso maiores, chegando primeiro na rua vendo o sinal verde e todos os automóveis numa velocidade considerável.
-Karen! Sinal está verde! PAREM! - Peter grita se metendo na frente do tráfego, um carro desvia de si indo em direção da calçada.
Peter lança sua teia e com certa força consegue parar o carro antes que bata em alguém. O garoto teve a sensação que tudo na sua volta ficou em câmera lenta, seus instintos estavam gritando. O ônibus amarelo vinha em sua direção e o motorista viu tarde demais.
-Essa vai doer - Peter sussurrou colocando as mãos na altura do rosto e fechou os olhos, apenas sentindo o impacto em suas mãos.
O corpo inteiro tremeu, manteve os braços firmes e usou seus pés para grudar no chão, já havia carregado um caminhão e um prédio parar um ônibus escolar é fácil. Manteve esse pensamento até que escutou as vozes das crianças, mas não tem tempo para conversar com elas, tem um carro desgovernado para parar.
-Tenho um plano! Teia ricochete, Karen! - Peter fala apontando para um carro estacionado - de certo, de certo!!
Peter apertou 4 vezes seu lançador direito vendo o carro desgovernado passar por si e atrás 2 carros da polícia. Suas teias bateram no carro estacionado e voltou para as rodas do carro desgovernado, fazendo as rodas pararem de girar e terminar de perder o controle parando em encontro de um caminhão que estava descarregando material.
O homem aranha correu para o carro tirando o motorista tremendo e com a boca espumando.
-Para trás homem aranha - um policial gritou segurando o homem tremendo - droga.
-O que aconteceu? - Peter acabou perguntando com a voz levemente modificada.
-Ele é um dos capangas do de um tal de Fisk - o policial respondeu - finalmente encontramos um de seus caras…
Peter olhou para o caminhão vendo que os dois funcionários estavam bem, esse é o melhor momento de sair dali. Aquele policial não falou nada sobre sua interferência, diferente de outros e supondo que apenas um policial se aproximou tais podem colocar culpa em si que o homem morreu. Melhor sair dali.
…
…
Peter está com o celular na mão no meio do Brooklyn, já sem seu uniforme de homem-aranha, seguindo a localização da casa de Miles.
Passou uns 5 minutos andando, os outros foram pulando como homem aranha, mas esse detalhe não precisa mencionar. Na frente de um pequeno prédio de 3 andares, lembra um pouco da casa do Chris de todo mundo odeia o Chris.
Apertou o interfone.
-Ola! Quem é? - a voz infantil de garota soou pelo telefone.
-Oi! Sou Peter Parker, vim estudar com Miles e o Ned - Peter responde nervoso.
-Ah sim, Mily! É para você - a voz infantil gritou.
E começou a tarde para o trio, Peter conheceu a irmã mais nova de Miles que ficou espiando os rapazes pela fresta da porta. O quarto de Miles está uma bagunça, agradeça ao Ned.
Ned e Miles já sabiam sobre o homem-aranha ter parado um ônibus escolar e um carro com um ladrão, Ned fez um ótimo trabalho de encontrar o histórico do homem morto: é o mensageiro do chefe da máfia de NY, então era de extrema importância pegá-lo vivo.
Peter se sentiu culpado que o homem tenha morrido, mas assim que encontrou com ele o mesmo estava espumando. Como saberia que o homem se mataria assim que capturado? Ele poderia ter causado um dano sério com as crianças que estavam no ônibus.
-Peter, está tudo bem? - Ned perguntou percebendo que o amigo está calado.
-Só… pensando que tipo de informação esse cara poderia ter contado se não tivesse morto - Peter responde encostando a costa na cama.
0 trio estão sentados no chão em volta de cadernos, notebook e brinquedos de lego.
-Pelo que meu pai fala é que esses caras são dificies de ser capturados, eles têm mais medo do chefe deles do que da polícia - Miles responde apertando o play no video do homem aranha puxando o cara do carro e jogando no chão. Miles percebe que o homem-aranha é bem mais baixo que o policial.
O trio continuou pesquisando sobre o ocorrido antes de começar a estudar.
-Temos que bolar um mega trabalho para ir para Wakanda - Peter inicia o assunto pegando o artigo que o prof deu para o grupo.
O que gostou do artigo é sobre o efeito da radiação gama nas células do corpo de Bruce Banner.
-Peter, você conhece o Dr. Banner ne? - Ned pergunta com tanta naturalidade que pode escutar o pescoço de Miles estalar quando virou para olhar para si.
-O que? - Miles pergunta.
-Bem… sim… - Peter responde gaguejando - ele é melhor amigo do Sr. Stark.
-Ótimo, será que ele ajuda a gente a bolar alguma coisa? - Ned pergunta não percebendo o rosto irritado de Peter - podemos ir ao laboratório dele? Deve ser demais! O que será que tem lá?
Não é segredo que Bruce Banner é o Hulk e que está sobre total segurança de Tony Stark. Qualquer coisa que o cientista faz de errado ou seu lado verde surge é de total responsabilidade de Tony. O próprio homem odeia essa situação, lhe faz sentir uma criança e agradece que o melhor amigo não brinca com esse fator.
-Você conhece mesmo o Homem de Ferro? - Miles pergunta novamente - desculpa perguntar isso, mas é pouco surreal. Estou tão longe desses caras que quando os vejo na TV eu quase me esqueço que estamos na mesma cidade!
-Isso foi meio confuso, mas eu entendo completamente - Ned confirma animado e já os olhos brilhando - quando o homem aranha salvou a equipe de Decatlo no elevador, fiquei tão perto do cara! Que cara!!!
-Eu vi a reportagem! É estranho eu falar que fiquei com inveja da quase morte de vocês? - Miles pergunta com a feição culpada.
-Podemos guardar segredo - Peter responde dando uma piscadela para o garoto, passou rápido que essa atitude foi estilo Stark que fez rir do tutor - mas o Ned não guarda. Como acha que todos da escola sabem do meu estágio?
-Hey!! - Ned exclama.
-Sabe que é verdade - Peter fala sério antes de começar a rir.
A conversa desgovernou por mais uns minutos, mas rápido voltou quando começaram a ler o artigo. O tal artigo é bem detalhado, Peter o dividiu em fases para facilitar para os amigos entenderem melhor. Começando com a fisiologia básica, depois com a radiação, as alterações extremas da radiação sem explicação para poder dar início na parte que realmente importa.
Ned ficou pensando em como transformar esse trabalho em algo físico, como vai misturar algo químico e físico? E essa mistura tem que ficar incrível. Talvez se misturar robótica facilite as coisas para a dupla, Peter e Ned, que tem facilidade nesse parte da tecnologia.
-Tem como fazer um robô disso? - Ned pergunta curioso esperando fielmente que a resposta dos amigos sejam um”sim”.
-Acho que não - Miles respondeu pensativo, o moreno percebeu já que tem que pensar grande e algo impossível, os pensamentos vão bem mais além do que da sua antiga escola.
-O trabalho que recebemos é quase impossível transformar ele num robô, seria interessante mostrar como a célula funciona e depois como ele fica com a radiação - Peter começa a divagar - fazer um vídeo não vai fazer nós ganharmos.
-Um holograma seria firme - Miles responde baixo, mas o suficiente para os dois escutarem - como naqueles filmes futurísticos. Mas a escola não vai nos fornecer esse material.
-A escola não, mas quem manda dinheiro para escola… - Ned abriu um sorriso tão grande que Peter ficou receoso - um dos maiores génios da humanidade, bilionários e que…
-Não vou pedir para o Sr. Stark - Peter fala negando com a cabeça - fora que temos que fazer completamente do zero… com as nossas mãos.
-Então vamos criar nosso holograma, você é inteligente - Ned fala formando um linha com os lábios.
-E você? - Peter pergunta franzindo a testa.
-Você sabe que meu negócio é com computadores - Ned fala esticando os braços de modo presunçosa.
-Inacreditável - Peter dramaticamente passa a mão no rosto.
A porta do quarto é timidamente aberta com uma menina de 8 anos com cachinhos que colocou apenas a metade do rosto no ambiente.
-Mamãe ta chamando pra lanchar - a garota ficou esperando os garotos levantaram e seu irmão pegar na sua mão guiando o caminho.
-Meninos, espero que gostem - a mulher com pele bronzeada, não tanto quanto de Miles, está servindo suco num copo de plástico das princesas.
-Sanduíche da mamãe é o melhor que tem - a pequena criança falou cheia de orgulho.
Os garotos sentaram em volta da mesa redonda e se serviram com o suco de laranja com sanduíche de frango.
-Senhora Morales, está delicioso - Peter fala com a boca cheia com a mão na boca.
Rio Morales, a mãe, ficou olhando os garotos de longe e orgulhosa do filho ter feito amizade rápido.
Não demorou nem 10 minutos a porta foi aberta e um homem negro enkrme uniforme da polícia. Peter facilmente comparou o homem alto com o Capitão América de tamanho.
-Hey… crianças - o homem entrou distraído na casa encarando cada um dos garotos e dando um selo na cabeça da filha.
A mulher foi até o homem dando um abraço e sussurrando no ouvido alheio:
-Miles fez amizade nova, não o envergonhe - a mulher da um sorriso positivo. Peter usou seus sentidos apurados.
-Esse é meu pai Jerfesson Daves - Miles apresenta o pai que dá um aceno para os garotos.
-Me chamo Ned Leeds - Ned se apresenta esticando a mão para retribuir o cumprimento - ele é Peter Parker.
-O que as crianças estão aprontando? - Jerfesson senta ao lado da filha que oferece seu sanduíche para o pai que recusou pegando o seu próprio.
-Nossa pai, mãe! Senta para escutar - Miles começa a falar animado - temos que fazer um trabalho para a feira de ciências e os 3 melhores trabalhos vão ganhar um prêmio. Adivinhem.
-Um passeio no planetário? - o pai chuta a primeira coisa que vem na mente.
-Não, uma viagem para Wakanda - Miles responde com suspense - Wakanda!
Os pais se olharam preocupados e animados. Preocupados pelo fato da possibilidade de ir para longe e animados por tal oportunidade.
-Você vai ter a oportunidade de conhecer a princesa de Wakanda - a única mulher fala provocativa olhando para o filho que corou violentamente - ela é linda.
-Princesa Shuri é encantadora - o pai colabora para o filho ficar envergonhado.
Peter rir achando engraçado a situação, o que sabe de Wakanda é mais pelas notícias e pode sempre que ver a princesa acompanhada pelo Rei nas notícias que faz concordar com o casal. Tony não menciona sobre eles, já escutou o Coronel Rhodes e Pepper Potts conversando sobre política e Wakanda.
-Peter conhece o pantera negra - Ned abriu a boca, Peter chegou a se engasgar com a frase do gordinho.
-Que legal! - Miles fala arregalando os olhos extremamente animado.
-Onde o conheceu? - o pai de Miles perguntou seriamente como o homem é policial a sua tonalidade saiu muito profissional para o gosto das crianças.
Peter beliscou a coxa de Ned que sussurrou um desculpa com uma careta.
-Eu não o conheci… conheci… talvez tenha trocado umas 2 palavras com ele, mas ele deve nem lembrar de mim - Peter falou com uma velocidade assustadora - acho que nem troquei uma palavra com ele!
-O conheceu onde? - o policial repetiu a pergunta.
-Foi… é… eu fui convidado para um retiro na Alemanha do Srº Stark para os estagiários, foi lá que fui aceito no programa… e fiquei no mesmo ambiente que o Rei T’Challa - Peter respondeu olhando para todos no recinto.
-Ficou no mesmo ambiente que todos os vingadores - Ned fala de modo pausado e baixo tirando mais xingamentos internos do garoto aranha.
-Sim eu fiquei e de novo não conversei com ninguém - Peter respondeu rápido e negando para os mais velhos - foi só no aeroporto e fiquei perto do Coronel Rhodes… e dali fomos para um tipo de hotel ou acampamento e não sair de lá durante o final de semana todo.
Se parasse para juntar as informações poderia lembrar de certos detalhes combinavam com o evento titulado pela mídia como ‘Guerra Civil’, mas seria coincidência e imprudência demais para o Homem de Ferro reunir um bando de jovens inteligentes onde teria a briga entre os dois grandes heróis com suas equipes. Foi o que o policial pensou.
-Eu não curto a ideia desses caras superpoderosos existirem - o policial falou recebendo uma repreensão da mulher - é verdade. Esses caras têm suas identidades reveladas e agora com o tratado de Sokovia, a ONU tem o controle de tudo.
O acordo de Sokovia não é sobre o total controle dos Vingadores, mas é o que foi mais divulgado, os políticos se sentiam mais confortáveis divulgando que tem o poder de mandar e desmandar e a população se sentiu mais segura.
A SHIELD, ou Nick Fury para ser mais específico, tem sua intromissão no tratado de Sokovia que é a parte do acordo onde os Vingadores têm o livre arbítrio sobre missões, desde que antes seja avisado para a organização para evitar debates desnecessários futuros.
-Mas eles nos protegem, isso é bom - Rio disse limpando a filha que havia se sujado com farelos do pão.
-E suas identidades são públicas e ações controladas, diferentes de vigilantes como Homem aranha e tem um cara… acho que chamaram ele de homem-formiga - o policial falou deixando claro sua descrença no jovem herói - que fascinação essa por animais. Apenas acho que seria um bom começo saber o nome desse… herói.
A tonalidade das palavras do policial já dizem muita coisa por mais que ele não chegasse a falar mal.
Peter ficou sem jeito por conhecer alguém que não acredita no seu trabalho de herói, o tanto amado amigo da vizinhança não é tão amado assim. Mas tudo bem, alguns policiais dizem que os vigilantes aparecem apenas para atrapalhar.
-Pai não é muito fã do homem-aranha - Miles sussurra para os amigos - ele diz que o cara atrapalha o trabalho da polícia.
-Eu acho o Homem-aranha demais, ele já salvou o elevador com a nossa equipe de decatlo - Ned falou como todo fanboy protegendo seu ídolo - teve uma vez que ele brigou com o vilão shocker no estacionamento da escola. O homem aranha é muito legal, é muito normal encontrar ele pulando entre os prédios.
-Vamos mudar de assunto - Rio fala dando uma piscadela para o filho mais velho que concordou silencioso - essa escola que vocês estão, é muito difícil de entrar né?
Os dois garotos concordaram, Miles apenas ficou trocando sua visão para cada um.
-Fizemos uma prova de avaliação para ser aceito - Peter responde esfregando seus dedos - mas ainda tem gente que entra lá pela influência monetária.
-Eu pesquisei sobre o colégio… claro! Basicamente, quem entra nesse lugar já tem sua vida garantida - Rio começou a falar animada - crianças megas inteligentes, pequenos gênios, a muitas notícias de vocês. Tem indústrias e laboratórios que têm vagas para estágios para ensino médio e basicamente são todos preenchidos por alunos da Midtown.
-Mãe, adivinha para quem o Peter estagia… para o homem de ferro - Miles fala animado, Peter apenas da um sorriso sem graça e abaixa a cabeça.
Isso com certeza chamou atenção do policial, porque se a fama do Homem-aranha ainda é discutida a do Tony Stark que é um playboy, egocêntrico e que sua fortuna veio de venda de armas… não precisa de muitos motivos para odiar o homem de ferro.
-Sério? Nossa e o que você faz lá? - a mulher pergunta curiosa e esplêndida.
-Eu o ajudo no laboratório, em todas as coisas que ele está construindo ele me fala cada detalhe ou desmontando - Peter responde com os olhos brilhando, foi perceptível para os adultos. Esse é o olhar de admiração - agora que ele está desmontando motores de carros, acho que isso foi por que assistimos Transformes.
-Você assistiu um filme com o homem de ferro? - Miles pergunta impressionado.
-E com o Coronel Rhodes - Ned responde enchendo o peito de orgulho como se fosse com ele.
-Eles são bem legais, o Srº Rhodes sempre tenta arrastar o Srº Stark do laboratório - Peter comenta.
-E você conhece os outros vingadores? - o Jerfferson pergunta apoiando o corpo na mesa.
-Eu conheço o Drº Banner - Peter respondeu dando um sorriso tímido como todos sabem do probleminha verde do cientista e não falou do evento do café da manhã, seria estranho falar que está dormindo na casa do chefe e que o Capitão América fez seu desjejum.
-O que seu pai e sua mãe acham sobre essa aproximidade com… eles? - O policial perguntou já que a única pessoa que tem certa admiração é com o Coronel Rhodes por ser irmão de pele e ter uma importância enorme tanto no exército como na política e não precisar de uma armadura, mesmo tendo uma.
-É só eu e minha Tia, ela não gostou muito do Srº Stark no início, mas ela aceita... - Peter respondeu recebendo um “sinto muito” da mãe do seu amigo.
A conversa não se estendeu, já havia escurecido e cada vez fica mais perigoso no retorno de suas casas. Os pais ficaram receosos com a ida do filho para um colégio novo, mas ficaram felizes pelo fato da amizade fácil que teve com aquela dupla.
Peter e Ned saíram da casa do amigo recusando carona e repetindo que não precisam ligar para lhe buscarem. O mais magro puxou o amigo com certa força se afastando da vista das pessoas que lhe encaravam sabendo que os dois não moram ali, o sentido aranha do menor garoto está dando sinal.
Os dois entraram num beco e ficaram atrás de uma lixeira enorme de lixo.
-Cara, o pai do Miles não gosta de você! Viu a cara dele? Imagina se ele descobri… o que está fazendo? - Ned começa a falar e para ao ver Peter tirando suas roupas.
-Temos que sair daqui - Peter responde já começando a vestir seu unimorfe.
-Ai Meu Deus! Sentido Peter - Ned exclama recebendo um olhar sério - acha que querem nos roubar?
-Não somos daqui e somos adolescentes, um alvo fácil - Peter coloca sua máscara e aperta na aranha em seu peito ajustando seu corpo, coloca suas roupas de volta na mochila e pendurando em seu corpo - se agarra em mim.
-Vou pular com o homem aranha! Obrigado por me proporcionar essa aventura maravilhosa - Ned agradece não vendo os olhos do melhor amigo revirar - mas Peter, eu andei comendo umas batatinhas fritas a mais… posso ter engordado 1 kg.
Peter riu passando o braço esquerdo na cintura do amigo e atirando uma teia com o braço direito para cima. Logo segurando a teia que grudou no todo do pequeno prédio e se puxando para cima com a força de seu braço.
Ned deu um grito de susto.
-Se você pesar igual um ônibus, ai teríamos problemas - Peter fala divertido.
…
…
Assim que deixou seu melhor amigo em sua casa começou a saltar para voltar a Torre. O garoto não havia percebido que já estava tarde ou nem teria passado uma hora na casa do gordinho montando Lego e comendo a bendita batata frita que seu vizinho começou a vender que por sinal é deliciosa.
O homem aranha parou no topo de um prédio comercial de uns 30 andares e ficou olhando a cidade que tanto ama cheia de luzes acalmando seus nervos… é uma vista muito linda até o vento colaborou para deixar um momento mais especial fazendo que seu corpo se mexa ligeiramente.
Ao longe pode ver uma nuvem avermelhada se formando rapidamente e o vento vinha dela e agora pode perceber que o vento é gelado. Isso é sinal de chuva.
Isso seria um problema já que não ajustou sua teia a tornando resistente a água.
O garoto pulou antes de lançar sua teia e quando lançou rodopiou o corpo em si mesmo bem próximo do chão. O jovem gosta de sentir adrenalina, não vai contar essa parte para sua tia ou para Srº Stark tão cedo com certeza ambos brigaram muito consigo.
-Peter, os ventos estão com força de 50 km/hr e aumentando rapidamente - a voz de Karen em seus ouvidos alertando - fazer manobras perigosas pode ser perigoso.
-Jura? Isso é redundante - o jovem garoto está contornando um prédio, o mesmo evitou o contato do vento no corpo do garoto - tenho que chegar antes da chuva.
Inconscientemente, Peter fez mais força que o necessário esperando encarar a direção oposta do vento acabando por ser o inverso. O vento deu um impulso a mais para o garoto que perdeu a direção e indo direto a uma casa de uns 4 andares caindo no topo da escada de incêndio.
O garoto bateu sua perna na barra de ferro que acabou entortando e sua cabeça foi ao encontro na janela enorme quebrando o vidro. Achou estranho a princípio que não tem porta e sim uma janela vermelha velha sem trinco e impossível de ver através, apenas bisbilhotando através do buraco que sua testa deixou.
Dentro da casa pode ver tudo em detalhes de amarelos e amadeirados dando um toque de grandeza antiga, pode dizer que tudo é de ouro. Em cada parte da sala tem algo emoldurado dentro de caixas de vidros como nos museus, na parede tem duas armaduras antigas e uns quadros que nunca viu na vida que pode jurar que estão se mexendo.
Peter puxa a perna sentindo doer, mas é suportável e a cabeça está latejando, tudo é suportável quando se tem uma casa com coisas antigas pedindo para ser exploradas.
O sentido aranha do garoto não o alerta de nada, mesmo quando um vulto está o seguindo desde o momento que bateu na janela.
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