História O Homem Torto (Dabi) - Capítulo Dezessete - Ele fez isso ?

Na manhã seguinte:

A anciã da floresta Forks havia voltado para sua casa após uma missão no "outro lado" ao  tentar reencontrar sua nora e trazê-la para a Terra novamente.


Isabel já estava do outro lado há muito tempo,e jamais poderia pisar na terra após 100 anos de sua morte.


Mas a velha conseguiu descobrir através de uma chama em sua palma da mão de cor verde florescente a mesma chama que Isabel possuía,que a mesma teria uma substituta que seria apropriada para ser a sua casca.



Uma casca que poderia transmitir os sentimentos mais puros que uma mãe poderia sentir.



Essa pessoa seria a salvação para converter o seu neto maldito,pois o mesmo precisaria ser salvo de suas proprias ações.



Mais tarde naquele mesmo dia,Sn acordava com dores no corpo,e sua cabeça latejava tanto que quando ergueu o seu corpo para sair da cama,havia caído de cara no chão frio e ficou por longos minutos no mesmo.



Sua mente estava atordoada diante da situação que havia acontecido horas atrás.


Era notório também o que ela estava sentindo em relação a Dabi,o nome do homem torto,pois os flashs da madrugada a perseguiam a todo instante,principalmente na cena do banheiro.



Aquilo foi uma conexão,havia sentimentos ali.



Não só por parte dela,mas dele também.



Isso só comprovava que Sn realmente poderia o amar,se é que já não estava o amando.



Mas porque o amar seria a sua salvação? Ela sabia e se lembrava da maldição que ele foi exposto,mas seria o amor a quebrá-lo? E o que aconteceria caso ela não o correspondesse?



Sn recebeu uma ligação urgente vindo de seu chefe Aizawa,dizendo-lhe para ir até o restaurante pois ele havia convocado uma reunião com todos os funcionários,justamente em um domingo em que Sn apenas gostaria de cuidar de suas coisas e descansar.


No caminho era perceptível que ela estava preocupada,tanto que esbarrava nas pessoas das calçadas as pedindo desculpas pela sua falta de atenção,mas não era realmente só a preocupação sobre a reunião que a afligia,era aquela sensação de novamente estar sendo observada.



Olhando para trás para procurar algum rosto que estivesse a observando,acabou que se esbarrou em alguém que a segurou firmemente o que a fez olhar rapidamente para a pessoa o olhando incrédula e assustada.




- Senhorita Sn! É um prazer revê-la! - o homem de voz grossa e aspera falou enquanto sorria malicioso.




- Você! Pena que não posso dizer o mesmo! Me dê licença Sr.Shigaraki! - Sn dizia e se soltava bruscamente do homem saindo depressa dali.




- Nos vemos no colégio Senhorita! - gritou Tomura enquanto acenava animadamente para a garota que  o ignorou completamente.



Uma coisa era certa,Sn estava passando mal,após o toque frio daquele homem algo dentro de si gelava e sua testa suava frio,estava pálida e suas pernas estavam bambas,as pessoas que passavam por si viam e a perguntavam se estava tudo bem,ela apenas respondia que sim e continuava seu trajeto mesmo sentindo que poderia cair a qualquer momento.



Ela parou e respirou profundamente procurando se indiretar pois faltava apenas duas lojas para que pudesse chegar ao restaurante já que era bem perto de sua casa.


Mas assim que chegou em seu destino e ao abrir a porta e adentrar ao restaurante pode sentir o cheiro de recém queimado.


Algo grave aconteceu de fato,todos os funcionários já estavam ali em pé frente a frente com Aizawa.



- Finalmente chegou senhorita! Agora podemos começar a reunião! - Aizawa ditou seriamente.



A longo da reunião,Sn ainda passava mal,mas ouvia atentamente tudo o que seu chefe dizia,mas o que a surpreendeu de fato foi o acidente que havia acontecido no escritório principal que ficava nos corredores finais do restaurante.


Aizawa os mostrava as imagens gravadas.



Um incêndio tomou de conta do escritório durante a noite,por sorte a porta de ferro estava trancada o que impediu do fogo se espalhar por todo o local,as câmeras de segurança dos corredores mostraram algo inusitado.


O fogo que tomava de conta do escritório queimava apenas pontos importantes como documentos de contratos,boletos,fichas de funcionários tudo tudo era queimado por chamas azuis.



Sn estava cada vez mais pálida,ela não queria acreditar que o que tinha em mente teria feito aquilo,teria sido ele o responsável?


Seu chefe ainda os mostrou o caixa onde continha todo o dinheiro que era ganho,dentro estava tudo completamente em cinzas,mas por fora estava tudo normal.


Mais ninguém saberia dizer quem fora o real responsável por tal ato,em vista que as câmeras não mostraram absolutamente ninguém que tivesse invadido o local,era como se fosse algo sobrenatural que atuou ali.


E realmente era.


Infelizmente Aizawa tivera que decidir algo importante e triste para todos ali presentes.




O restaurante teria que fechar,por motivos óbvios.


Como ficaria o pagamento dos funcionários? E os documentos importantes que também continha o contrato do aluguel do local? Como o restaurante funcionária sem um tostão? Mesmo que fizessem a reforma do escritório ainda faltaria muitas coisas,e em resumo tudo estava comprometido.


Iriam acabar em falência e nome sujo,a melhor escolha seria fechar o quanto antes.



Era perceptível que Aizawa não queria mais comentar e nem ao menos falar sobre como aquilo aconteceu,as chamas destruíram coisas importantes,parecia que alguém apenas queria prejudicar o chefe.



Mas também prejudicar os funcionários.



Sn sabia que ele poderia claramente ter feito aquilo,as chamas azuis eram sua marca,a marca de Dabi o homem torto.



Mesmo que ainda estivesse de dia,Sn andava pelas ruas distraidamente tentando controlar sua raiva,estava literalmente desempregada,com o psicológico fodido,um professor estranho que a fazia se sentir mal,tantas preocupações pertubavam sua mente,ainda tinha Dabi com aquela sua maluquice de salvação e o maldito incidente que a deixou sem emprego,e também tinha Toya a qual a mesma estava quase que se esquecendo de sua face.


Ele era alguém bom e a fazia se sentir bem,ela sentia a necessidade de o ver.



Ela queria o ver novamente,mas não tinha nem mesmo pego o número de seu telefone.



Burra!



Com os pensamentos um tanto quanto longe,Sn se sentava em um banco qualquer de uma praça qualquer,enquanto isso do outro lado da cidade Toya trabalhava em um bar bastante conhecido pelo bairro em que morava e em cima do estabelecimento era o canto que ele morava junto ao seu colega Hawks,ambos conversavam sobre o "sonambulismo" de Toya e sobre a garota que dominava os seus pensamentos.




- Como você iria a conquistar com esse teu "sonambulismo" cara ? Fala sério! A mina ia ficar assustada e correria pra longe de ti! - Hawks gargalhava da cara do colega.



- Cara na boa,para! Não tem explicação pra isso,os médicos sempre disseram pra fazer o tratamento e eu fiz,porém nunca deu certo! E sobre ela...- Toya dizia indignado passando a ficar melancólico. - Eu queria que ela se lembrasse de mim primeiro,que ela pudesse se recordar desse amor que estávamos construindo quando- Toya fora cortado pelo amigo.



- Quando vocês eram apenas crianças! Fala com ela sobre isso,se ela ainda se recorda daquele tempo,e você disse sobre o tal colar,ela ainda pode tê-lo! - Hawks comentava sobre um ponto importante.



- Sobre o colar acredito que ela ainda o tenha...minha bisa dizia que aquele quem o tivesse se uniria novamente aquele quem o dera,esse é o nosso caso,nós nos reencontramos porém não nos unimos ainda... - Toya falava com uma certa tristeza e desesperança. - Mas parece que há algo ou alguém que me impede de agir... - Toya acrescentou.



- Ok essa parada de colar eu acredito! Mas o que quer dizer com isso ? De algo ou alguém que o impede? E algum pretendente dela ? - Hawks estava perdido.



- Não! Quer dizer Sim! Mas é confuso demais,é como se...é como se houvesse outro dentro de mim que não quer que eu tenha atitude,o sentimento que eu venho carregando é como a de uma competição! É como se eu estivesse competindo comigo mesmo! - Toya dizia confuso e incerto.



- Cara você está ficando paranoico isso sim! Seu problema é que você não é ousado o suficiente pra chegar nela e mandar logo o papo! Na boa fala com ela,se for pra vocês se "unirem" vocês irão se unir! - Hawks batia de leve no ombro do colega o incentivando.



Toya ficou pensativo diante disso tudo,mas ele a enfretaria e a questionaria sobre tudo,mas havia outro porém,ele não estava ficando paranoico coisa alguma,pois em uma manhã Toya havia parado em frente ao espelho do seu banheiro sem se lembrar quando foi que ele havia parado lá,quando percebeu ele estava olhando para si próprio e uma áurea sombria o pairava e um sorriso perverso era visto no reflexo,Toya a princípio ficou assustado e pensou estar sonhando,mas ele não conseguia simplesmente esquecer da imagem de si mesmo distorcida,ele havia visto ou seu outro eu,e aquilo o atormetanva até os dias atuais.