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História O Hóspede 2 (Reescrevendo) - O Amor no Século XXI - História escrita por BieberCaramelo - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Hóspede 2 (Reescrevendo) - O Amor no Século XXI


Escrita por: BieberCaramelo

Notas do Autor


Música tema do capítulo: Alex & Sierra - Little Do You Know. O link estará nas notas finais <3

Voltei depois de um tempão, mas eu estava em semana de provas e tals e ainda com vários trabalhos, aí complica. :/ Espero que gostem do capítulo. Muitos acontecimentos e surpresas! :)

Boa leitura e enjoy it ;)

Capítulo 21 - O Amor no Século XXI


Fanfic / Fanfiction O Hóspede 2 (Reescrevendo) - O Amor no Século XXI

Era como se eu estivesse andando no deserto há dias sem nenhum resquício de água ao meu redor e sem a esperança de encontrar uma gota em algum momento. Minha garganta ficou seca como talvez nunca tenha ficado na minha vida; minhas pernas tremeram e meu coração gelou de tal forma em meu peito que eu pensei até na possibilidade de ele ter parado de bombear o sangue. As palavras de Henry ecoavam em meu cérebro assim como a sua voz num tom baixo e levemente apressado. Tive a ligeira impressão de meu ouvido ter ficado entupido no momento em que não ouvia mais nada ao meu redor além da voz de Henry ecoando em meu interior.

Um sentimento de desespero me apossou e eu fiquei trêmula sem saber o que fazer ou dizer. Ergui-me abruptamente, cambaleando um pouco por conta da tontura que repentinamente eu sentira. Henry falou algo, mas eu não consegui entender. Sua voz parecia distante. Tudo ao meu redor ainda girava e um turbilhão de sentimentos me fazia estremecer. Era confusão, surpresa, medo, receio e inquietude. Minha respiração estava mais acelerada e em questão de segundos, eu me sentia ofegante como se tivesse corrida uma maratona sem ao menos sair do lugar. Minhas mãos estavam geladas e minhas pernas pareciam não suportar o meu peso. Meus ombros pareciam estar mais sobrecarregados do que o normal e foi como se algo extremamente pesado tivesse sido lançado contra mim sem que eu ao menos pudesse lidar com isso.

E eu realmente não podia. Não podia lidar com algo como a confissão que acabara de ser feita para mim.

Senti mãos me segurando, evitando com que eu caísse por conta da tontura, porém, eu me apressei e as empurrei ao mesmo tempo em que gritava:

- TIRE AS MÃOS DE MIM! NÃO TOQUE EM MIM!

Minha respiração ficava ainda mais acelerada e eu sentia meus pulmões queimarem na tentativa de regresso à respiração regulada.

- Lizzie, eu estava só te segurando para que não caísse... Você não me parece estar reagindo muito bem ao que eu falei... Eu... – o interrompi.

- Não me chame de Lizzie e nem chegue mais perto de mim! Eu preciso de espaço... Eu preciso... respirar. – falei ao começar a andar ao redor da árvore numa tentativa falha de me acalmar e controlar minhas reações.

Henry faz toda aquela merda comigo e depois tem a coragem de dizer que está apaixonado por mim? O quê?

- Como... – o olhei pela primeira vez depois de sua confissão – Como você tem coragem de me falar isso depois de tudo que aconteceu? Depois de ter me humilhado de todas as formas possíveis? – respirei fundo – Como você consegue deitar a cabeça no travesseiro e dormir sabendo que quase acabou com a vida de uma pessoa?

Henry me encarou e o que eu vi nos seus olhos azuis era arrependimento. Era um implícito pedido de desculpas.

- Quantas vezes mais eu vou ter de te dizer que sinto muito por tudo? Que eu sinto muito por ter sido um completo babaca com você? Que eu realmente me arrependo e te peço desculpas? – ele perguntou tentando se aproximar, mas dei um passo para trás me afastando.

- Acha que é simples assim, não é? – balancei a cabeça – Acha que é só vir até mim e dizer que sente muito e mais um monte de bobagem? Acha que vou te perdoar assim? Não foi uma coisa pequena, não foi algo que poderia ser deixado de lado e esquecido como se nunca tivesse acontecido. Você tentou me estuprar, Henry! Você tentou fazer isso! Você me segurou à força, você me prendeu a você e estava prestes a tirar a minha virgindade através de um estupro! Acha que isso é algo fácil de perdoar? Se você estivesse em meu lugar, perdoaria tão facilmente? Abraçaria o cara e sairia com ele de mãos dadas como se fosse a coisa mais normal do mundo?! Porque não é, Henry. Não é normal uma mulher sofrer abuso sexual, não é normal uma mulher ser violentada física ou moralmente, não é normal uma mulher escutar algumas palavras dos homens por conta das roupas que ela usa, porque foi isso que você considerou quando começou a conversar comigo depois de quatro anos! Você só veio até mim por conta das minhas novas roupas, do meu novo jeito, da minha nova maneira de andar. Você não veio até mim porque gostava de mim ou porque me achava uma pessoa bacana. Você veio até mim buscando mais um prêmio para colocar na sua prateleira. Você veio à procura de algo para inflar o seu ego machista. Veio atrás de mais uma mulher para satisfazer as suas vontades e depois ser descartada como um objeto sem valor, sem utilidade. – eu respirava ofegante enquanto falava ainda tentando me recompor da surpresa. – Pois eu tenho uma má notícia para te dar: eu não mudei a minha aparência para te agradar. No início, eu até pensava que você fosse o real motivo para a minha mudança e acabei confundindo as coisas. Mas, agora, parando para analisar tudo o que aconteceu, eu não mudei por sua causa como você mesmo insinuou naquela noite e até jogou na minha cara. Eu mudei por mim. Mudei porque estava cansada de me sentir inferior, cansada de me sentir sem valor algum e cansada de me sentir... sozinha. Então, nunca mais pense que você foi o motivo da minha evolução porque nunca foi.  

Henry Carter me encarava espantado. Sua expressão era indecifrável ao mesmo tempo em que me parecia bem clara. Penso que minhas palavras ainda ecoavam em sua mente enquanto eu colocava a alça de minha bolsa de volta em meu ombro. Eu o encarava com tal seriedade que se eu me olhasse no espelho agora, não me reconheceria. Talvez eu tenha falado tudo que estava entalado em minha garganta e que precisava ser dito. Talvez.

Ele levou sua mão até a nuca e a coçou enquanto me olhava sem jeito.

- Acho que aceitar as suas palavras sem revidar é a melhor forma de dizer que você está certa. Não vou me defender e nem mesmo usar argumentos para tentar justificar os meus erros porque sei que seriam inválidos e totalmente descabidos. Você tem total razão em me tratar dessa forma, em jogar tudo isso na minha cara e ainda me rejeitar, mas eu não poderia mais evitar te dizer o que eu sinto. Sei que pode parecer mentira, algo fictício criado por minha mente, mas acredite... Não é. Desde o dia em que eu quase... – ele engoliu em seco, parecendo procurar as palavras certas para usá-las. – te machuquei, eu venho me questionando. Venho questionando a vida a qual tenho levado e os meus atos. Não pense que eu sinto orgulho por quase ter feito uma merda na sua vida. Não pense que depois daquilo eu me senti bem e deitei minha cabeça no travesseiro sem sentir nenhum arrependimento ou culpa sobre mim, porque estará errada. Eu passei por muitas situações na minha vida desde quando era moleque e, não sei, mas, de alguma forma, elas me afetaram. Essas situações me causaram muita raiva, muita revolta, muito sentimento ruim, e infelizmente, eu deixei com que esses sentimentos afetassem as pessoas ao meu redor. Deixei com que te afetassem através das minhas ações. Não vou te pedir desculpas por mais uma vez porque já falei tudo que tinha para falar e seria considerado um discurso decorado. Só peço para que lá no fundo do seu coração, você tente me perdoar. Sei que não vai ser fácil, aliás, nunca pensei que seria. Mas, por favor, tente. Uma vez me disseram que a falta de perdão não destrói a pessoa que precisa ser perdoada, mas destrói a si mesmo. – desviei o olhar, evitando encarar seu rosto e seus olhos azuis que brilhavam de maneira intensa. Porém, ele esticou sua mão e tocou meu queixo, virando meu rosto. Voltei a encará-lo e ele me olhava no fundo dos olhos. – Por favor, tente, e seja a responsável pela retirada do peso da culpa que sinto sobre mim. Não tem um dia que eu não pense em você e em como fui um babaca por agir de forma tão imbecil e perder a oportunidade de ficar com a garota mais linda que já vi, tanto por dentro quanto por fora. Porque você, Elizabeth Wright, é a pessoa mais bela que já conheci e é merecedora de todo amor do mundo. Um amor puro, sincero e sem mentiras. Um amor que venha direto do coração. Eu estou aqui me declarando por pura necessidade de fazê-lo, não esperando que você abra os braços e me receba com todo o carinho e amor do mundo, até porque penso que eu não seja merecedor disso.

- Henry... – comecei, mas ele balançou a cabeça, interrompendo-me.

- Só não duvide do que te digo agora. Não duvide dos meus sentimentos porque eu nem havia me dado conta deles antes. Não havia percebido que já estava apaixonado por você desde as nossas primeiras conversas, dos nossos encontros. Não havia percebido que os estava rejeitando no momento em que tentei te forçar a algo que não queria por conta dos meus fantasmas do passado. Eu... – ele suspirou, desviando o olhar por um instante enquanto tirava a mão de meu queixo. – Eu só me dei conta quando eu já não tinha mais você lá para atender aos meus telefonemas. Quando eu já não tinha mais você para chamar para sair. Quando não tinha mais você para compartilhar sua vida e seu dia comigo. Quando não tinha mais você para visitar num apartamento que é dividido com um cara, mas que eu só ia para apreciar a sua beleza e sentir o calor da sua companhia. Eu só me dei conta quando te perdi. Mas é o que dizem: as pessoas só dão valor quando perdem. Muito sábio quem disse isso pela primeira vez, realmente o admiro.

Suspirei e apertei a alça da bolsa com uma força mínima. Suas palavras mexiam com o meu interior. Pareciam sacudir algo que eu não conseguia compreender. Pareciam, ligeiramente, lembrar-me de seus toques, beijos e cheiro. Eu não queria me lembrar daquilo, mas minha mente estava me traindo. Ou seria o meu coração?  

O coração sempre tão imensuravelmente traidor.

Eu já me sentia mais calma. Minha respiração estava normalizada e meu corpo já não estava tão frágil assim como minhas pernas e mãos já não tremiam. Mas se tratando da mente, eu estava perdida. A confusão parecia não gostar de me deixar. Minha eterna companheira.

O sinal do fim do intervalo soou e isso me assustou, puxando-me abruptamente dos meus pensamentos.

- Acho melhor nós irmos. Não podemos perder aula. – ele avisou e eu apenas assenti rapidamente sem realmente prestar a atenção.

Henry me acompanhou até a porta da sala da minha próxima aula sem nem encostar-se a mim. Suas mãos permaneciam guardadas nos bolsos da calça enquanto a minha permanecia segurando a alça da bolsa. Chegando à sala, Henry se aproximou rapidamente e depositou um beijo na minha testa, sussurrando contra minha pele:

- Pense sobre o assunto, por favor. Eu preciso que me perdoe.

Ele se afastou e começou a andar pelo corredor. Encarei-o rapidamente e suspirei antes de adentrar a sala.

(...)

Mais um dia na faculdade se passou. Mais um dia no estágio se passou. E, finalmente, eu havia chegado em casa. Eu estava exausta, precisava descansar de qualquer maneira. Meu dia no estágio foi mais puxado do que na faculdade. Pacientes e mais pacientes, um atrás do outro; atividades e técnicas para fazê-los se abrir comigo para que eu pudesse ajudá-los a resolver seus problemas; mais e mais tentativas de fazê-los se sentir bem consigo mesmos e enxergar o mundo de outra maneira. Eu não estou reclamando, claro que não. Eu amo o que faço e o que terei de fazer por praticamente o resto da minha vida, mas é um tanto quanto exaustivo quando se tem os seus próprios problemas a se enfrentar. Minha cabeça estava a mil e Henry toda hora aparecia na minha mente para me lembrar da conversa que tivemos mais cedo. Justin também aparecia com seu olhar arrependido em minha direção e minha cabeça ainda criava a cena de Justin com Janette; os dois juntos enquanto eu estava preocupada por ele não ter me ligado ou dado notícias.

Parece que eu não tinha um minuto de paz.

Abri a porta do apartamento e observei que tudo estava escuro com exceção da luz do corredor que estava acesa. Joguei minha bolsa sobre o sofá assim como as chaves e fui tirando meus sapatos até o meu quarto. Fui ao banheiro e tomei um banho longo e relaxante antes de sair e vestir meus pijamas e calçar minhas pantufas de bichinhos. Penteei meus cabelos molhados e coloquei meus óculos antes de sair do banheiro, indo rumo à sala. Quando cheguei à mesma, notei que já não estava mais sozinha. Justin chegara do trabalho e estava sentado no banco de frente para a bancada da cozinha, ainda usando sua camisa social branca que estava com as mangas enroladas até os cotovelos. Sua gravata estava afrouxada e seu paletó estava jogado no sofá próximo a minha bolsa.

A temperatura do ambiente pareceu mudar. Ficou mais quente e o ar ficou mais denso, pelo menos para mim. Pigarreei ao observá-lo e ver que sua cabeça estava baixa enquanto ele passava as mãos no cabelo, despenteando-o. Meu pigarro proposital chamou a sua atenção e Bieber ergueu a cabeça, olhando-me pela primeira vez naquele dia. Eu havia saído bem cedo para a faculdade com a intenção de não encontrá-lo e também almocei num restaurante para não ter que voltar para casa e encontrá-lo em casa no horário de almoço, mas pelo que percebo... Ele fez o mesmo. Talvez ele tenha feito horas extras no trabalho só para não voltar para casa. Talvez não. É óbvio. Seu traje não mentiria.

Little do you know how I'm breaking

Você mal sabe como estou quebrada

While you fall asleep

Enquanto você cai no sono

Little do you know

Você mal sabe

I'm still haunted by the memories

Que eu ainda sou assombrada pelas memórias

 

Little do you know

Você mal sabe

I'm trying to pick myself up

Que estou tentando me reerguer

Piece by piece

Pedaço por pedaço

Little do you know I need a little more time

Você mal sabe que eu preciso de um pouco mais de tempo

Justin me encarava e seu olhar não mentia. Ele ainda sentia. Sentia profundamente pelo erro que havia cometido. Um erro que significava muito para ambos mesmo nós não estando oficialmente juntos. Um erro que fazia toda a diferença na nossa relação. Um erro que, de certa forma, criara uma barreira entre nós. Seu olhar era triste e demonstrava dor. Era quase como uma dor física. Eu sabia bem como ele se sentia porque eu sentia o mesmo. Eu sentia a dor quase dilacerar o meu coração e fazê-lo em pedacinhos. Eu sentia a dor fazendo arder o meu peito. Eu sentia meu coração apertado também como se nada no mundo pudesse mudar o seu estado exceto a companhia dele. Uma companhia que era, agora, impossível de ser sentida por conta de um erro.

Underneath it all, I'm held captive

Lá no fundo, eu me mantenho cativa

By the hallowed sight

Da visão santificada

I've been holding back by the feeling

Estou me segurando pelo sentimento

You might change your mind

De que você possa mudar de ideia

 

I'm ready to forgive you

Eu estou pronta para te perdoar

But forgetting is a harder fight

Mas esquecer é uma luta mais árdua

Little do you know I need a little more time

Você mal sabe que eu preciso de um pouco mais de tempo

Nossos olhos se encontraram, mas nenhum dos dois ousou pronunciar uma palavra sequer. Nossos olhares conversavam por si só. Nada precisaria ser dito. Nada precisaria ser ouvido. Nada precisaria ser questionado. Todos os questionamentos já haviam sido feitos e já obtiveram respostas. Então, apenas suspirei depois de encará-lo por longos segundos, e direcionei-me à geladeira para pegar a caixa de suco. Enchi um copo com o líquido e o bebi em goles lentos de costas para Justin. Costas contra costas. As duas mentes travando batalhas com o coração. Os dois seres humanos lutando contra as vontades e os sentimentos; lutando contra o desejo de estar ao lado um do outro, de sentir a companhia e o calor do outro, de sentir os lábios do outro.

Pelo menos era assim que eu me sentia.


             I'll wait, I'll wait

Eu esperarei, esperarei

I'll love you like you never felt

Eu te amarei como se você nunca tivesse sentido

The pain, I'll wait

A dor, eu esperarei

I promise you don't have to be afraid

Eu prometo que você não tem que sentir medo

I'll wait, love is here and here to stay

Eu esperarei, o amor está aqui para ficar

So lay your head on me

Então deite a sua cabeça em mim

Levei o copo à boca e bebi mais alguns goles lentamente apenas para sentir mais da presença de Justin no mesmo ambiente que eu. Apenas para sentir a sua companhia ainda que distante. Apenas para não me sentir sozinha e rechear o meu coração de saudade dos seus braços ao redor do meu corpo. Eu só queria estar perto dele ainda que ambos não falassem nada. Eu me afogava, gradativamente, no medo de não tê-lo mais por perto; de não ter mais a sua companhia; de não ouvir mais a sua voz e nem suas declarações de amor. Eu ficava apavorada só de pensar na possibilidade de perder Justin sem nunca tê-lo tido completamente.

- Como foi o seu dia? – sua voz soou quase como um sussurro, carregada de receio de ser pronunciada.

Sua pergunta me pegou de surpresa e eu coloquei o copo quase vazio sobre o mármore da pia. Sua voz rouca, a voz que eu tanto admirava e me apegava, me fez tremer levemente. A sua pergunta me fez sorrir minimamente de canto. Ele estava curioso a respeito do meu dia.

- É... Foi bom. Eu fui à faculdade e depois ao estágio como sempre. Pacientes e muitos pacientes para auxiliar. Fora um tanto exaustivo, mas nada com o qual eu não saiba lidar. – respondi um pouco rápido por conta da pequena euforia provocada em meu coração, deixando-o acelerado. – E o seu dia? Como foi? – perguntei.

Little do you know, I know you're hurt

Você mal sabe, eu sei que você está machucada

While I sound asleep

Enquanto eu finjo dormir

Little do you know all my mistakes

Você mal sabe que todos os meus erros

Are slowly drowning me

Estão me afogando lentamente

 

Little do you know, I'm trying to make it better

Você mal sabe que eu estou tentando melhorar as coisas

Piece by piece

Pedaço por pedaço

Little do you know I, I’ll love you 'til the sun dies

Você mal sabe que eu te amarei até que o sol morra

- Foi bem exaustivo também. Fiz horas extras para agradar o meu pai e bem... – ele nem precisou continuar. Apenas o seu longo suspiro me fez entender. Pergunto-me quando a situação entre eles irá se acertar. É muita pressão sobre os ombros de Justin.

- Entendo. – concordei sem deixar de soltar um suspiro em seguida.

I'll wait, just wait

Eu esperarei, apenas espere

I'll love you like you never felt

Eu te amarei como se você nunca tivesse sentido

The pain, just wait

A dor, apenas espere

I'll love you like I've never been afraid

Eu te amarei como se nunca tivesse sentido medo

Just wait, our love is here

Apenas espere, nosso amor está aqui

And here to stay

E está aqui para ficar

So lay your head on me

Então deite a sua cabeça em mim

Mais um tempo com o silêncio nos fazendo companhia. Nenhum de nós tinha mais alguma coisa a acrescentar. Ao menos, eu pensava assim.

- Eu sinto sua falta. – ele declarou num tom baixo. Um tom baixo e palavras capazes de fazerem meu coração se agitar impiedosamente no peito.

I'll wait, I'll wait, I'll wait, I'll wait

Eu esperarei, eu esperarei, eu esperarei

I'll love you like you never felt the pain

Eu te amarei como se você nunca tivesse sentido a dor

I'll wait, I promise you don't have to be afraid

Eu esperarei, eu prometo que você não tem que sentir medo

I'll wait, our love is here and here to stay

Eu esperarei, o nosso amor está aqui para ficar

So lay your head on me

Então deite a sua cabeça em mim

Lay your head on me

Deite a sua cabeça em mim

So lay your head on me

Então deite a sua cabeça em mim

Antes que eu pudesse me pronunciar a respeito de suas palavras, a campainha tocou. Eu soltei um suspiro e andei até a porta, abrindo-a de supetão. Eu esperava ver qualquer pessoa, até mesmo a senhora Wilson vindo reclamar de algo, mas não esperava ver aquele ser humano que estava parado a minha frente. Ela me encarou com seus olhos verdes e passou a mão rapidamente pelo cabelo preto. Sua outra mão segurava algo e quando abaixei meu olhar, notei que se tratava da alça de uma mala. Voltei a olhar seu rosto, eu franzi o cenho em confusão e ira. Uma ira a qual eu nunca havia sentido antes. Uma ira capaz de remexer todo o meu interior e esquentar o meu sangue. Uma ira que me fez cerrar os punhos de imediato.

- O que você está fazendo aqui?  

Janette me encarou parecendo não se surpreender com a minha reação. Também, não era para menos que eu reagisse assim.

- Eu vim falar com Justin. Estou indo embora e preciso me des... – a interrompi.

- Você precisa ir embora da minha casa! Agora! – quase gritei – Quem você pensa que é para voltar aqui depois de tudo que fez? Depois de toda a situação que provocou?

Ela me olhou com indiferença e revirou os olhos. – Veja bem, menina, eu não vim aqui para lidar com você, muito menos para discutir com você. Eu desejo apenas falar com o Justin.

Vagabunda!

- Sinto lhe informar, mas o seu desejo não será atendido. Queira, por favor, se retirar da frente da minha casa! – apontei para o lado de fora com a fúria me corroendo. Eu sentia minhas bochechas ficarem vermelhas assim como meu corpo devia estar no mesmo estado. Meu sangue fervia. – E não ouse colocar ao menos um dos seus pés aqui dentro!

Para me provocar ainda mais, a mulher largou a mala e se aproximou entrando em minha casa. O sorriso debochado e desafiador estava estampado em seu rosto. Rosto este, que eu queria esbofetear até arrancar aquele sorriso idiota.

- O que houve? – Justin perguntou ao se aproximar e parar ao meu lado. – Janette? O que está fazendo aqui? – ele franziu a testa em confusão.

Ela sorriu abertamente para ele. Seus olhos se iluminaram. – Justin, eu vim me despedir de você. Dentro de algumas horas eu estarei pegando o avião de volta para o Canadá e... – a interrompi novamente sem conseguir ouvi-la por mais um minuto.

- SAIA DA MINHA CASA JÁ! – gritei em fúria sem conseguir me conter.

Janette me encarou assustada e parou seu discurso fajuto. Seus olhos estavam levemente arregalados, mas em poucos segundos ela mudou a expressão, passando a adotar uma postura superior e desafiadora novamente.

- Oh, o que temos aqui? A adorável Elizabeth gritando? Oras, isso não é atitude de uma moça. Já não te disseram que isso é falta de educação, querida? Não se deve levantar a voz com as pessoas. – seu cinismo me irritou e eu já não estava mais ciente dos meus atos quando a agarrei pelo braço com força e comecei a empurrá-la para fora do meu apartamento. – Ei, ei, ei! Quem você pensa que é para me enxotar assim? – ela se exaltou, desvencilhando-se de mim e meu aperto. Olhou-me com seriedade e com certa raiva no olhar. Empinou seu nariz demonstrando sua soberba. – Você não é nada, garota! Eu fico onde eu bem quiser! Se eu quiser ficar aqui e falar com Justin, eu vou fazê-lo e não será você a me impedir, sua mosquinha morta!

Eu nem percebi o que fiz a seguir. A raiva tomou minha cabeça e meus atos e no segundo seguinte não consegui mais me controlar. Minha mão se ergueu e foi contra a bochecha direita de Janette. O som do tapa ecoou pelo apartamento e a minha força e fúria foram tamanhas que seu rosto se virou. Ela ainda estava com o rosto virado e a respiração ficava ofegante quando eu lhe disse:

- Não me chame de mosca morta! Prefiro ser ‘’mosca morta’’ a ser uma vadia como você que precisa ficar atrás de homem que não te quer mais! Você deveria se amar mais, Janette!

Sua mão acariciou a bochecha que tomava uma cor avermelhada e sua respiração acelerou. Foi questão de segundos para ela avançar em mim.

- Vagabunda! – gritou em fúria.

Consegui segurar seus braços e a empurrei, dando-lhe outro tapa certeiro. Porém, em seguida, senti suas mãos agarrarem meus cabelos, fazendo-me gemer de dor. Gritei com raiva e segurei seus cabelos e os puxei, fazendo Janette gritar mais um xingamento.

- Elizabeth! – ouvi Justin me gritar, mas não lhe dei ouvidos.

Ele gritou o nome de Janette também, mas quando percebeu que não seria ouvido e muito menos teria atenção, ele entrou em nosso meio, separando-me de Janette ao puxar-me pela cintura. Debatendo-me em ira, eu tentei me soltar, mas seus braços envolveram minha cintura com força, e minhas tentativas acabaram por ser em vão. Fui colocada de um lado enquanto Janette fora posta em outro. Justin em nosso meio. Nossos cabelos bagunçados e respirações ofegantes. Olhares de raiva sendo trocados. O ambiente carregado.

Antes que Justin me segurasse de novo, eu parti na direção de Janette e a agarrei novamente pelo braço. Seus tons e gritos de protesto eram altos e com certeza os vizinhos estavam escutando. Sem me importar, fui até a porta e empurrei Janette para o lado de fora. Ela cambaleou, mas conseguiu se manter de pé. Pelo menos foi o que eu vi antes de fechar a porta e olhar para Justin, dizendo:

- Se você quiser conversar com essa mulher, essa conversa vai acontecer do lado de fora da minha casa. Não quero essa mulher pisando aqui de novo. – sentenciei antes de me afastar dando-lhe um olhar firme.

Justin me encarou sério sem dizer nada, apenas saiu do apartamento e fechou a porta atrás de si. Lágrimas de raiva escaparam de meus olhos e eu andei de um lado a outro pela sala com as mãos na cintura e tentando me acalmar.

As tentativas foram falhas.

'Cause little do you know I

Porque você mal sabe que eu

I’ll love you 'til the sun dies

Eu te amarei até que o sol morra


Notas Finais


Link da música >> https://www.youtube.com/watch?v=L-lp2bejhm4&nohtml5

OBS: MENINAS, O HÓSPEDE GANHOU UM STYLE. ENTÃO, SE VOCÊ QUISER USÁ-LO ASSIM COMO EU, É SÓ CLICAR AQUI: https://socialspirit.com.br/personalizar/style/candice-accola-o-hospede-fanfic-5359125 ; O STYLE ESTÁ MUITO LIIIINDO. <333

OBS: MENINAS, O HÓSPEDE GANHOU UM SEGUNDO TRAILER QUE FOI FEITO PELA LINDA DA @deadler. ESSE TRAILER NOVO É DA SEGUNDA PARTE DA FIC E EU ACONSELHO VOCÊS A VEREM JÁ QUE LÁ TEM UM PEQUENO SPOILER... (O quê? Quem disse isso? Não fui eu! :p). AQUI ESTÁ O LINK: https://www.youtube.com/watch?v=F_DOS6VNONw. ELE ESTÁ LIIIIINDO DE MORRER. ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA <33333.
Obs 2: Só dá para vê-lo pelo PC por conta dos direitos autorais da música usada nele. Só dá para abrir o trailer no celular se for pelo navegador e na versão PC.

>> Pessoas, um aviso para vocês: quem escreve fics e quer uma capa e até mesmo quem quer um style super bacana para usar no perfil, eu recomendo esse blog: http://undercoverdesigns-ud.blogspot.com.br/ ; O style de O Hóspede foi feito lá e ficou lindo, eu simplesmente amei *-* As capas de lá também são magníficas. Então, se você procura um blog de confiança, aqui fica minha recomendação. Lá, vocês podem fazer pedidos de design simples, styles, banners, críticas, assinaturas, sinopse, trailer e até marcadores de páginas! Não perca tempo e corre lá para fazer o seu pedido, certo? ;)

>> Galera, uma novidade! A fanfic ''O Hóspede'' agora está em parceria com a fic ''A Filha do Reverendo'' da @SoulStripper. Acredito que muitas das minhas leitoras conhecem essa fic maravilhosa e a leem, mas caso você não conheça, que tal dar uma chance? Eu tenho certeza de que você vai amar! É uma história muito linda e que transmite uma maravilhosa mensagem de que o amor pode acontecer quando menos se espera, e ainda entre pessoas completamente diferentes. A história, atualmente, possui 1.192 favoritos e tem o total de 29.567 exibições. Está na sua primeira temporada e logo abaixo eu vou deixar a sinopse da mesma e o link para vocês darem uma olhada. Eu garanto que não irão se arrepender! <3

'' Deixe que sua voz flua, ela me leva à loucura e se torna uma abstinência caso eu não possa ouvi-la. Você tenta se aproximar e eu apenas tento me afastar, porque você não é o meu tipo, mas mesmo assim sinto-me atraído pela sua ingenuidade. Pobre anjo, não se engane comigo, eu não sou o que você pensa que sou, não carrego um coração tão puro quanto pensa que carrego. Baby, posso levá-la ao delírio, basta largar está bíblia em seus braços e deixar de dizer os intuitos de Deus sobre nossas vidas, eu realmente não me importo, só quero você. Se você me permitir, posso atear fogo em sua vida, não será árduo, será prazeroso. Tudo em você é uma linha de risco para mim.
Ela? Ela é Maya Bennett Caster, a filha do reverendo, dona do mais lindo sorriso que já vi em toda a minha vida. E eu? Eu sou Justin Bieber, o capitão do time de basquete, Warriors de Montgomery, mas também visto como um vagabundo qualquer por todos. ''

Link: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-a-filha-do-reverendo-3085214

>> Aproveitando, queria avisar que O Hóspede está em parceria com mais uma fanfic! É a fanfic Secret Admirer e é escrita pela linda da @deadler que fez o trailer de O Hóspede <3333 nhac! :3 Abaixo está a sinopse:

'' Cada vez que seu celular apitava, seu coração disparava. Na primeira mensagem, Audrey achou que era alguém fazendo alguma brincadeira idiota. Na segunda, começou a acreditar. Quando chegou na décima, estava quase que completamente apaixonada. Ela não sabia como era seu rosto, nem seu nome. Tinha apenas duas certezas: Ele estudava na mesma faculdade que ela e era seu admirador secreto. ''

Link: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-secret-admirer-5310662

Deem uma chance para fic dela, beleza? Eu sei que vocês vão amar! <333

Meu twitter: https://twitter.com/BieberCaramelo

Um beijo, um queijo e até o próximo capítulo! :*


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