Autor narrando:
Após a confusão no colégio, Issei foi suspenso por duas semanas. O diretor afirmou que por causa daquilo, Issei definitivamente deveria ser expulso, no entanto, Matsuda e Motohama, como também Aika, e até mesmo, o mais impressionante de tudo, Murayama e Katase, duas garotas que o odiavam, o defenderam, explicando os motivos. Embora isso não livrasse Issei de uma bronca, o diretor reconheceu os motivos de Issei, e decidiu apenas suspende-lo por duas semanas. Os garotos também não saíram ilesos, pois o diretor decidiu expulsa-los, e por muita sorte, nem Issei e nem sua mãe foram processados graças ao diretor.
No momento, Issei estava deitado na cama do seu quarto. Normalmente, ele estaria pulando de alegria por não precisar ir pra escola por duas semanas, no entanto, dada a situação, ele não estava nada feliz.
Miki:Issei, querido.-Issei ouviu sua mãe bater na porta do seu quarto e chamá-lo.-Podemos conversar?
Issei:Sim, pode entrar.
Issei simplesmente respondeu, Miki entrou no quarto e se sentou ao lado de seu filho.
Issei:Mãe, se é sobre o'que aconteceu na escola, eu sinto muito.-Issei falou num tom triste e melancólico se sentando na cama.
Miki:Não, não é por isso.-Miki pensou um pouco e deu um suspiro, finalmente decidindo contar ao seu filho um segredo que ela e o marido estavam se perguntando quando deveriam contar.-Issei, eu preciso te contar uma coisa.
Miki explicou a Issei que ele não era seu primeiro filho, algo que deixou Issei bastante confuso, pois ele era filho único. Miki o explicou que havia engravidado duas vezes antes de Issei nascer, no entanto, ambas as gravidezes acabaram em abortos espontâneos por Miki ter uma constituição que dificulta conceber e ter filhos. A primeira gravidez de Miki ocorreu dez anos antes do nascimento de Issei, e a segunda, aconteceu dois anos após a primeira gravidez. Após lidarem com a perda de seus filhos duas vezes, ela e Gorou quase desistiram da idéia de serem pais, no entanto, oito anos após sua segunda gravidez, Issei finalmente nasceu, e eles finalmente realizaram seu sonho de ter uma família.
Issei não tinha palavras para isso, ele nunca imaginou que seus pais batalharam tanto para ter uma família. Seus pais sempre foram bastante protetores com ele, se ele ficasse doente ou se ferisse, eles imediatamente ficavam em pânico. Uma vez, Issei ficou resfriado e mesmo sendo só um resfriado comum, foi o bastante para fazer seu pai cancelar uma viagem para ficar cuidando dele. Eles nunca foram sufocantes, só muito cuidadosos e protetores, Issei nunca entendeu o motivo para aquilo, até aquele momento.
Miki:Querido, escute, se enfurecer pelos outros, é um sinal de empatia, o'que mostra que você se preocupa com as outras pessoas. Uma característica maravilhosa em humanos.-Miki segura a mão de seu filho.-Eu e seu pai sabemos que você é um bom menino, e sabemos que será um bom homem quando crescer. Mas você não vai conseguir nada depois de se formar, se você se deixar ser controlado pela raiva sempre. Quero que se torne um homem gentil, forte e que se preocupa com os outros, só quero isso.
Issei apenas assentiu com a cabeça. Miki deu um beijo na testa do filho e desceu para a cozinha, após contar a verdade para o filho, ela sentiu como se um peso enorme tivesse sido tirado das suas costas. Após Issei descobrir tudo pela qual seus pais passaram, ele só ficou ainda mais determinado a conseguir um emprego para ajudar sua mãe com as contas da casa. Ele não era mais uma criança, já precisava aprender a ser independente.
Autor termina de narrar.
Issei narrando:
Eu decido sair de casa para procurar um emprego. Sem o papai, agora eu sou o homem da casa. Eu ainda posso ser só um adolescente, mas a mamãe agora é minha responsabilidade. Eu estou usando uma camisa vermelha sob uma jaqueta preta, calça jeans preta e tênis vermelho. No começo, eu ando pela cidade procurando algo que eu possa fazer, durante a caminhada, eu encontro um cartaz que dizia que uma pizzaria precisava de um entregador. Decidi tentar, já que apenas entregar pizzas não parece ser difícil. Mas não deu certo, pois o dono disse que precisava de alguém com experiência de trabalho, e que eu deveria saber andar de moto para poder entregar as pizzas.
A parte boa, é que ele me deu o endereço de outras pizzarias que estavam contratando, o'que me animou, mas infelizmente, em todas elas, era a mesma coisa;só gente com experiência. Tentei 10 pizzarias diferentes e não consegui emprego em nenhuma!
E também, não havia muitas coisas em que eu era bom, pois eu tinha notas abaixo da média academicamente e não era bom em nenhum esporte no geral. Nunca havia pensado no meu futuro antes, agora vejo que esse foi outro erro bem estúpido que eu cometi.
Já se passaram duas horas desde que eu saí de casa pra procurar um emprego, e agora, eu estou encima de um prédio olhando a cidade, tentando pensar em que tipo de emprego eu poderia conseguir, mas nada me vinha a cabeça, porque eu não sou bom em nada!
Issei:Ei, aquela é a...-Olho pra baixo e vejo a nova aluna ruiva super linda. Se me lembro bem, o nome dela era Rias Gremory, a irmã caçula daquele cara que foi nosso guia na excursão, o tal do Sirzechs. Vejo ela caminhando pela rua, passando por quatro homens com aproximadamente o dobro da idade dela que começam a segui-la. Nesse momento, eu vejo que isso vai dar ruim, mas para ter certeza de que nada vai acontecer, decido segui-la.
Rias parece perceber os homens seguindo ela, então ela acelera o passo, e em resposta, eles fazem o mesmo. Ela se desespera e começa a correr, mas um dos homens a agarra pela cintura e tampa a boca dela com a mão e a levam para um beco, possivelmente para estupra-la.
Issei termina de narrar.
Rias narrando;
Meu Deus, socorro! Socorro! SOCORRO!!! Grito em minha mente tentando me soltar, mas eles estão me prendendo no chão;dois deles segurando meus braços, um segurando minhas pernas e o outro em pé bem ao meu lado. O que está de pé, pega um lenço do bolso e coloca na minha boca, com o objetivo de me impedir de gritar.
Homem 1:Ei, vamos logo começar com isso antes de alguém apareça, e nós também queremos!
Homem 4:Certo, tá bom.-Ele rasga minha blusa, tirando meu sutiã junto, deixando meus peitos a mostra.-Olha só, que peitões. Pelas roupas, deve ser rica, com certeza vão pagar uma nota por você. E se você for virgem, ainda melhor!-Ele fala tirando minhas calças. Eu começo a chorar, já aceitando que serei estuprada, mais ainda implorando a Deus para que isso seja só um pesadelo ou que alguém venha me salvar.
Issei:EI!
Eu e os homens que estavam tentando me estuprar, nos viramos e vimos um garoto de cabelos e olhos castanhos, os encarando com um olhar de nojo.
Issei:Vamos fazer um acordo, soltem ela, e vocês não vão acordar no hospital.
Em resposta, eles apenas riem, e o homem que estava prestes a me estuprar, se levanta e vai em direção a ele.
Homem 4:Quer bancar o herói, moleque?! Isso aqui não é um quadrinho de super-heróis, seu retardado!-Ele grita se preparando para dar um soco no garoto, no entanto, ele apenas o golpeia com o dorso esquerdo fechado, fazendo o homem cair no chão inconsciente.
Homem 3:O'quê?! Que mer-Mas antes que o homem que segurava minhas pernas pudesse dizer algo, o garoto o dá uma voadora bem no meio da cara, fazendo-o voar pro outro lado do beco.
Sem perder mais tempo, os homens que seguravam meus braços me soltam e sacam canivetes para tentar matar aquele garoto, me assustando por estar prestes a ver um assassinato. Os dois avançam na direção dele, mas ele apenas pula por cima deles. Quando os dois se viram, o garoto dá um soco bem forte na barriga do homem na direita, fazendo-o vomitar e desmaiar. Quando o último tentou esfaqueá-lo, o garoto segurou a mão, o pegou pela gola e o arremessou contra a parede, fazendo-o cair numa lata de lixo.
Após vencer os quatro, ele veio na minha direção, no começo, estava um pouco assustada, mas ele apenas tirou sua jaqueta e me cobriu com ela.
Issei:Não ande por aí sozinha. Nova York é uma ótima cidade pra se morar, mas não é uma das cidades mais seguras do mundo.
Ele disse antes de se retirar para ir embora.
Rias:Espere!-Ele para e se vira para mim.- Qual o seu nome?
Issei:Issei Hyoudou.
Rias:Muito obrigada!
Mas ele não diz nada e apenas vai embora, enquanto eu o observo ir embora, algo dentro de mim começa a bater bem forte.
Rias termina de narrar.
Issei narrando:
Após salvar Rias daqueles caras, eu estou encima de um prédio pensando no que aconteceu. Eu, pela primeira vez, usei meus poderes para ajudar outra pessoa ao invés de mim mesmo. Eu salvei uma pessoa. Nesse momento, me lembro do que meu pai me disse naquele dia.
Flashback on.
Gorou:Issei, o'que eu quero dizer, é que você está se tornando um adulto. O adulto que escolherá ser pelo resto da sua vida. Mas só porque as pessoas podem fazer uma coisa, não lhe dá automaticamente o direito de fazer. As pessoas precisam usar seus talentos de forma responsável. Entende?
Flashback off.
Agora eu entendo, pai. Eu não entendia nada antes, mas agora entendo tudo. Aqueles que tem poder, também tem responsabilidades, com as pessoas e com esse mundo. E por algum motivo, eu fui agraciado com um poder incrível. Mas eu fui egoísta e irresponsável, e você pagou por isso, pai. Você, eu e a mamãe. Não importa o'que aconteça ou quanto tempo passe, nunca vou me perdoar por isso. Nunca vou me esquecer que eu poderia ter impedido, mas simplesmente escolhi não fazer nada. Nada nunca me esteve tão claro antes em toda minha vida. Foi como se, por todo esse tempo, eu sempre tivesse usado uma venda e tampões de ouvido, e do nada, eles fossem arrancados de mim. Agora eu vejo como o mundo realmente é, e qual é a minha função nele. Nunca mais vou fazer isso de novo, pai, eu juro. Nunca mais vou dar as costas pra ninguém que precise de ajuda, mesmo que eu não seja compreendido, mesmo que não seja agradecido, mesmo que eu cometa erros, nunca vou desistir! Nunca mais vou ignorar as minhas responsabilidades!
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