– Isso é serio? – falei botando o uniforme e saindo da cabine. – Esse uniforme não é muito apropriado, parece que eu estou usando uma fantasia- falei fazendo a vendedora rir. (IMAGEM CAP)
– S/n – me reprendeu – Você é muito dramática, como eu pude ter uma filha tão dramática assim? - bufou
– E como pude sair de alguém tão chata? - rebati fazendo cara de deboche.
– Ok meninas – a vendedora falou entrando no meio de nós duas – você esta linda. E eu amei seu cabelo.
– Ah obrigada. - agradeci- Acabei de pintar – (CABELO NOTAS FINAIS)
– vamos levar esse uniforme, pode ser S/n? – minha mãe me perguntou me olhando de cima a baixo.
– fazer oque né?- retruquei baixinho.
Voltei para cabine e me troquei colocando minha roupa original (ROUPA NOTAS FINAIS). Pagamos o uniforme e saímos da loja.
– Vamos lanchar filha? – disse se sentando em uma mesa na praça de alimentação
- Claro. Me dá dinheiro que eu vou ali comprar um iogurte congelado – Ela me deu o dinheiro e chamou o garçom para fazer os pedidos.
Fui até a loja e comprei um pote médio de iogurte natural, paguei e quando estava chegando perto da mesa , trombei com um garoto e metade do meu sorvete foi para a blusa dele .
– Seu idiota - falei indignada olhando meu sorvete todo indo embora.
- OLHA OQUE VOCÊ FEZ GAROTA! – gritou me fazendo dar um passo para trás enquanto ele apontava para a blusa dele – É CEGA POR ACASO?! - o garoto que estava em minha frente, continuou gritando comigo. O que me fez gritar com ele também.
– VOCÊ FALA COMO SE EU TIVESSE TROMBADO EM VOCÊ! - bati os pés no chão, as pessoas envolta já estavam começando a nos olhar.
– Além de cega é mal educada!- disse indignado por eu ter gritado com ele- Vaca... - Sussurrou achando que eu não ia escutar. Ele me chamou de vaca? E eu sou a mal educada? Oi?
– SEU IDIOTA!- gritei já perdendo toda minha paciência- VACA É A SUA MÃE! - joguei o pote do iogurte na cara dele. Nessa altura a praça de alimentação inteira já estava vendo nossa show.
– S/N – minha mãe falou se levantando da mesa e se aproximando de mim.
- Tae - disse um menino que estava do seu lado - calma mano - segurou o seu ombro.
Estávamos nos encarando como se fossemos nos atacar a qualquer momento.
– Vem filha- encostou em meu ombro- eu compro outro iogurte para você – disse me puxando e tirando dali antes que eu avançasse na cara dele.
– Idiota – falei passando do lado dele.
– Vaca - me devolveu me encarando.
Voltei para a mesa de cara emburrada, minha mãe estava morrendo de rir. Contei a ela oque havia ocorrido e comemos a pizza para voltar para casa.
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– LULI! – gritei quando entrei em casa, correndo e a abraçando.
Luli é a secretária pessoal da minha mãe, Luciene ajuda minha mãe com seus compromissos, ela é a melhor amiga da minha mãe, ela mora com a gente desde que eu estava na barriga da dona Eva.
– Como você está? - me perguntou com um grande sorriso e se separando do abraço.
– Uma merda - bufei - Acredita que a senhora Eva vai me levar para um internato? – falei subindo as escadas correndo.
– Odeio quando essa garota me chama de senhora .- falou me fazendo para na escada e mostra-la a língua.
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Acordei com o despertador tocando. É hoje que o inferno começa. Posso até parecer durona, mas eu tenho meus problemas e minhas inseguranças.
Levantei-me praticamente me arrastando ate o banheiro e tomei um banho. Botei uma roupa qualquer e sentei na beirada da cama.
– Filha? Não vai tomar café? - falou entrando no meu quarto com a Luli– S/n? Está tudo bem? - me perguntou preocupada se sentando ao meu lado.
– Na... Não- disse com dificuldade de responder.
– Oque foi? - perguntou assustada e se agachando na minha frente.
– Fa...falta..de ar - tentei respirar fundo mas não consegui, o que me deixou mais desesperada.
- Cadê sua bombinha? – Luli me perguntou enquanto olhava em volta.
- Não... Sei - menti. Senti meus olhos enchendo de água.
– Achei – minha mãe disse saindo do closet e correndo em minha direção – No fundo da gaveta de calcinha - cerrou os olhos me olhando.
Peguei a bombinha da mão dela e a usei.
– Melhorou? – minha mãe passou a mão em meus cabelos.
- Sim - respirei fundo. Um alívio sentir o ar em meus pulmões.
– Toma – Luli me entregou a bombinha - Leva.
– Não- a olhei brava.
– Sim!- as duas responderam em uníssono.
Dês de pequena eu tenho asma, nunca foi nada de mais. Ela ‘’ataca ‘’ quando eu estou nervosa, ataques de pânico ou ansiedade. Mas isso não acontecia há anos.
Bom depois de uma briga entre levar ou não eu botei aquilo na mala e fomos ao colégio.
– Já estamos chegando senhorita – falou o Fernando, o motorista, me olhando pelo espelho do carro.
– Que ótimo – disse revirando os olhos o fazendo rir.
– Chegamos – minha mãe falou batendo palma.
Saímos do carro, e nossa, a escola era enorme. Peguei minha mala e uma mochila e entramos indo para a recepção.
– Filha essa é a chave do seu quarto, daqui a pouco vou lá - me entregou uma chave com um número.
– aonde você vai? - a olhei
– assinar alguns papeis na tesouraria - disse e saiu de perto de mim,
Ótimo! Estou sozinha. .
Perguntei á um instrumentador onde era meu quarto e mesmo me indicou as coordenadas .
Abri a porta e o dormitório era até grande , tinha uma sala e uma varanda .
- Oi! Você deve ser a novata que vai morar aqui - disse uma menina que surgiu do nada e me dando um susto.
– Ai que susto - disse dando um pulinho rindo e colocando a mão no peito.
- desculpa - riu - Eu sou a Jennie muito prazer – estendeu sua mão e eu a apertei
– Sou S/n - sorri
– Não é daqui né? –perguntou e soltamos as mãos.
– Não, sou do Brasil.
– Tá explicado... - parou por um tempo e me analisou - Olha ali é meu quarto – falou mudando de assunto e apontando para um corredor a direita que tinha duas portas – E na frente é o banheiro. E ali tem dois quartos – apontou para um corredor a esquerda que tinha também duas portas. – A única coisa ruim daqui é que só tem um banheiro.
– Ah sem problemas- dei de ombros- e a outra menina?- a olhei
– Ah, essa é a outra coisa ruim - coçou a nuca - Não é uma menina... E sim...
Ela não terminou de falar, pois alguém abriu a porta a interrompendo.
– E ai Jennie! Adivinha quem vai ficar com você esse ano? – falou um menino fazendo a gente se virar.
– VOCÊ?!- falamos juntos
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