Gon p’v on
Ele passou os braços em volta do meu pescoço a procura de apoio, eu suspirava ofegante, ele gemia baixinho e eu admito que adorei ouvir. Nos separamos por falta de ar, estávamos corados. Nenhum de nós parecia querer falar algo, apenas, ficamos nos olhando perdidos naquele momento.
Killua sorriu.
-Gon... – Segurou o meu rosto e me encarou corado com pequenas lágrimas nos olhos – Estou sonhando? – Arregalei os olhos, ouvir aquilo fez meu coração acelerar. O abracei.
-Não. – Sussurrei em seu ouvido e senti o mesmo se arrepiar, sorri. – Eu estou aqui com você. – Acariciei seus cabelos brancos. – Sempre vou estar...
-Go—Cof cof – Se interrompeu tossindo, desfiz o abraço preocupado. – Acho que peguei um resfriado hehe – Disse sorrindo com os olhos semicerrados.
-K-Killua. – O olhei, percebendo que o mesmo estava sem camisa e molhado. Corei. Escutei o mesmo soltar um “Hm?” ah que fofo, mas ignorei o carregando estilo princesa.
-G-Gon!! – corado – Me põe no chão, Gon! – Disse se debatendo nos meus braços, suspirei e encostei nossas testas, fazendo-o se calar.
-Fica quieto e me deixa cuidar de você sr. descuidado – Sussurrei e senti sua respiração ficando desregulada. Notei que o mesmo tinha ficado mais quente. – Você está com febre.
Comecei a andar. Senti ele se aconchegar no meu peito.
-Ah, Gon. – Disse envergonhado, o olhei. – Mi-Minha camisa estava na margem do lago.
-Depois eu volto e pego para você, mas antes me diz onde você está hospedado – Falei parando de andar, estávamos na cidade. Ele apontou para uma direção e eu comecei a andar para onde ele tinha apontado.
-É aqui. – Parei de andar, ao chegarmos em frente a uma casa branca com detalhes verdes. Era bem bonita ao meu ver. – P-Pode me pôr no chão agora, Gon. – Disse corado, ri baixinho. Mas fiz como ele pediu e o ajudei a entrar na casa.
E quando estávamos prestes a entrar em um quarto, sinto alguém nos observando e olho imediatamente para o local, vendo um garoto de cabelos verdes apoiado na porta do quarto ao lado nos encarando com um sorriso.
-Oi, Killua. Vejo que já o conhece. – Disse se aproximando e tocou na testa do Killua. Senti uma vontade imensa de soca-lo, mas não o fiz. Apenas apertei os punhos. Acho que Killua percebeu, pois me olhou – Hm, você está com febre, Killua. Sabia! Desculpe mais vamos ter que esperam a minha mãe chegar, eu não sei fazer nada na cozinha. – Retirou a mão da testa dele envergonhado. Afroixei os punhos, mas ainda estava com raiva.
-Não se preocupe com isso Midoriya, Gon é um ótimo cozinheiro. – Sorriu, confesso que fiquei mais relaxado ao escutar isso dele. Sorri passando o braço ao redor da cintura do mesmo, que me olhou corado. – G-Gon! – Estiquei outra mão ao esverdeado.
-Ohh – Ele sorriu surpreso com brilho nos olhos. Tá. Talvez ele não fosse tão ruim assim.
-Meu nome é Gon Freecss, Prazer. – Sorri e ele fez o mesmo apertando a minha mão.
-Midoriya Izuku. Eu não sabia que estavam namorando – Disse animado, coramos e me afastei de Killua envergonhado.(Dango- Deku 1 Gon 0 kakaka).
-N-não estamos – Killua disse com a mão atrás da cabeça, fiquei um pouco triste ao escutar aquilo, mas ele estava certo. Ainda não tínhamos esse tipo de relacionamento. Pretendo mudar isso.
-Acho melhor você ir descansar, vou fazer seu jantar e chamo você quando estiver pronto – Falei afagando os cabelos dele, que concordou envergonhado entrando no quarto e fechando a porta.
-Que bom que você cozinha, sinceramente a comida de um alfa não é nada boa – Se arrepiou provavelmente lembrando do gosto, Ri. – Só não conta pra minha mãe, ela realmente ama cozinhar. E até que fica comestível, muito melhor que eu rsrs.
-Faz quanto tempo que eu não como? – Pensei escutando meu estomago roncar. Midoriya e eu rimos.
-Vem! Vou te mostrar a cozinha, meu pai era um ótimo cozinheiro e mesmo sendo frágil, fez essa cozinha – Disse e fui atrás do mesmo.
-Ele era um ômega? – Perguntei
-Sim – Disse sorrindo. Ainda não entendo bem isso de Alfa beta e ômega, mas acho que aos poucos vou aprendendo.
Chegando lá ele me mostrou diversas verduras, carnes e outas coisas que eram muito parecidas com as do meu mundo. Comecei a fazer uma sopa e Midoriya me ajudava cortando alguns legumes enquanto eu cortava uma carne. O ouvir suspirar e o olhei.
-O que você tem? Ficou triste do nada – Brinquei enquanto ligava o fogo. Ele se aproximou com uma panela nas mãos.
-Eu me confessei a alguns dias, mas ele me rejeitou – Me entregou a panela sorrindo de olhos fechados, aquilo doeu. Não tinha coisa pior, eu não sei o que eu faria se o Killua me rejeitasse. Coloquei a panela no fogo e comecei a fazer o caldo.
-Sabe, eu não tenho muita experiência com isso, mas... acho que vocês só precisam de tempo, então não desista, continue tentando. Sei que enquanto você estiver determinado, tudo é possível – Sorri percebendo que o mesmo se animou. – Espero que dê tudo certo – Sussurrei animado.
Gon p’v off
Killua p’v on
Estava dormindo quando senti um leve toque nos meus cabelos. Sorri ao perceber de quem se tratava.
-Dês de quando você começou a ter essa mania? – Perguntei abrindo os olhos sorrindo. Percebi que ele estava ao meu lado com um sorriso bobo nos lábios. Aquilo era um sonho, que estava se realizando aos poucos.
-Eu sempre quis fazer isso, só achava que você poderia não gostar – Disse sereno enquanto afagava meus cabelos. Aquilo era muito bom. Eu queria que ele nunca parasse.
-Eu amo quando você faz isso – Corei, aahh eu disse que eu amo, acho que não tem problema.
Ele parou.
-V-Você parece melhor – Disse corado, foi então que percebi que tinha duas tigelas de sopa e dois sanduiches na mesinha ao lado da cama. – Precisa se alimentar. – Sorriu ajeitando a mesinha.
-Okay – Concordei e me ajeitei para comer e ele se juntou a mim. Terminei a sopa, que estava deliciosa e abri o sanduiche para ver do que era, tinha uma pasta marrom nele. Olhei para o Gon, que já estava terminado o seu.
-É chocolate haha – Sorriu – O desse mundo é um pouco mais pastoso e marrom, mas ainda sim tem o mesmo gosto do chocolate. – Sorri e comecei a comer o sanduiche, que estava muito saboroso – Ah, aqui está sujo – Passou o dedo em meus lábios levando-o até sua boca – corei muito.
-Outra mania – murmurei fazendo um biquinho, terminado o sanduiche e ele riu colocando a mão atrás da cabeça.
-Parece que sim – Riu com o meu comentário e se ajeitou na cama ficando um pouco sério. O olhei curioso – Sabe Killua, e-eu--- Ia dizer algo, mas se interrompeu corado.
-O que? – O incentivei a continuar. Ele suspirou.
-Não é nada. – Se levantou, mas o segurei pela borda da camisa e ele parou.
-Sinto que não posso mais adiar isso.
-Gon! – O olhei sério. Ele me fitou surpreso – Eu... sei que talvez você esteja fazendo tudo isso por amizade e que tenha me beijado apenas por calor do momento, mas eu... não posso mais negar o que eu sinto por você. Deve ser platônico, mas... – Apertei ainda mais sua camisa e fechei os olhos – E-Eu preciso te dizer, Gon... Q-Que – Respirei fundo e abri os olhos – Eu te amo!
Continua...
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