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História O lobo e a andorinha - O protetor - História escrita por robertinha73 - Spirit Fanfics e Histórias
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História O lobo e a andorinha - O protetor


Escrita por: robertinha73

Notas do Autor


Finalmente nossos personagens interagem!

Capítulo 4 - O protetor


Fanfic / Fanfiction O lobo e a andorinha - O protetor

Com a fogueira pronta Geralt colocou água para ferver, fez uma mistura e ervas em um copo . Cortou uma camisa sua em tiras e pegou um unguento fedorento da sua mochila. 

Ciri estava deitada em um cobertor com a cabeça descansando na sela de seu cavalo. Muito pálida e com uma febre altíssima. Athimos também estava muito mal, Geralt sabia que não podia salvá-lo, mais ia deixá-lo o mais confortável possível.

Pegou uma ferramenta de sua bolsa , um alicate pesado, para tirar as algemas das correntes de Ciri. Ficou parado olhando para aquele corpo pequeno e magrelo, os cabelos tinham sido cortados quase até o couro cabeludo, lábios rachados e ressecados, um longo corte no rosto que deixaria uma cicatriz , olheiras negras e profundas. Mais o que mais o preocupava eram as feridas das correntes, nos pezinhos imundos já tinha o começo de uma inflamação, nos pulsos estavam em carne viva. Era bom que ela estava inconsciente, assim não sentiria dor enquanto ele arrebentava os grilhões.

Athimos gemeu no lugar que estava, Geralt pegou o copo com o chá das ervas e deu a ele.

   -- Tome elfo, vai aliviar suas dores, e o máximo que posso fazer por você!

   -- Obrigado meu amigo, sei que nada pode ser feito por mim, só desejo que não demore muito minha morte.

   -- Isso eu não sei dizer, mais você foi atingido por vários espinhos venenosos.

 

   -- Eu sei, por isso eu te peço, acabe com meu sofrimento, me ajude a morrer, pois não tenho forças para fazer eu mesmo.

Geralt ficou olhando para o elfo em agonia, seria o mais certo a fazer, ele só iria sentir mais dor e morrer em um sofrimento profundo.

   --Quando a poção fizer efeito elfo, eu prometo!

   -- E o que essa poção vai fazer?

   -- Você ficará com seu corpo amortecido e seus sentidos dormentes, a dor vai sumir, mais e temporário.

   -- Tempo suficiente para você fazer o que é preciso meu amigo!

Geralt se levantou e retornou para Ciri,pegou uma colher pequena e foi dando a mesma poção ao poucos para ela, queria que dormisse o máximo possível para se recuperar.

Quando ela estava realmente anestesiada, pegou o alicate e começou a forçar as argolas de ferro, cada movimento abria mais os cortes, ele sentia na própria pele a dor dos ferimentos . Terminando de tirá-los limpou cuidadosamente a pele ferida, passou o unguento e enfaixou. Com um outro pano umedecido limpou o ferimento do rosto e as rachaduras dos lábios.

   -- Você a conhece Geralt?

   --Ela e meu destino!

   -- Como assim? E só uma criança!

   -- A desseseis anos eu exigi como pagamento a Lei da Surpresa, eu só não sabia que seria uma criança, uma princesa. Não imaginei que a encontraria aqui!

   -- Aqueles que estão destinados sempre se encontram, não importa onde ou como , o destino sempre os junta! Ela seria princesa de qual reino?

   -- Cintra.

   --Mais Cintra caiu, a leoa está morta!

   -- Sim , eu não a protegi na invasão, por isso ela está assim agora, era meu dever cuidar dela e do seu bem estar.

   -- Mais como você saberia que tudo isso ia acontecer?

   -- Eu estava lá Athimos, preso no calabouço, a rainha Calanthe me prendeu quando eu fui buscá-la, eu não sabia que era uma garota, para mim era uma menino que seria treinado como bruxo como eu fui. Quando soube que seria a princesa tentei protege-lá mais Calanthe me aprisionou na masmorra, consegui fugir mais já era tarde, a cidade tinha sido invadida e Cirilla tinha sumido, desde então a procuro, só não tinha me convencido que não era mais uma criança, mais uma jovem mulher. Athimos como vou contar a ela que tudo o que ela passou até agora foi culpa minha?

Geralt não ouviu a resposta do elfo, ele estava com a boca levemente aberta e os olhos fechados, a poção tinha feito seu efeito, Athimos dos elfos estava morto

 

 

Sentia calor, muito calor, sede que sua garganta parecia um deserto , e todo seu corpo doía, mais seus pés e mãos era pior, parecia que estavam em brasa. Abriu os olhos lentamente, a claridade era muito forte, sentiu cheiro de lenha queimando, suor de cavalo, e seu próprio cheiro que era como se ela estivesse dentro de uma latrina.

Tentou se levantar mais o máximo que consegui foi uma dor intensa na cabeça. Olhando meio desfocado viu um homem imenso escovando um cavalo, ele falava baixo com o animal, longos cabelos prateados estavam presos , estava vestido de preto, não conseguia ver seu rosto. Mais aos poucos foi melhorando sua visão é um calafrio intenso a dominou, sabia quem ele era, o bruxo que ela procurava, aquele que a ajudaria a ter Cintra novamente.

Geralt olhou lentamente por cima de seu ombro e viu a garota acorada o observado, finalmente depois de dois dias ela tinha acordado. Se virou devagar para não assusta-la e começou se aproximar com cautela.

Ciri tentou novamente se sentar mais uma forte tontura a dominou, respirou fundo várias vezes e uma náusea horrível a dominou, se virou de lado e vomitou um líquido amargo que fez sua cabeça latejar mais e seu estômago se contrair. Sentiu a mão de Geralt em suas costas a ajudando a se sentar, ele pegou uma caneca de água fresca e aproximou de seus lábios partidos, com a sede absurda que estava tentou tomar grandes goles mais ele a impediu.

   -- Calma garota, pequenos goles, ou vai vomitar novamente, seu corpo está fraco, precisa ir com calma.

Dizendo isso colou a mão enorme em seu rosto e em sua testa. Olhando-a diretamente nos olhos, como uma serpente a hipnotizado.

   -- Sua febre está baixando, vou trocar seus curativos e aí você tenta comer um pouco.

Ciri apenas concordou em dizer nada, ficou seguindo todos os movimentos dele, apenas esperando ele falar quem era, mais ele era mais silencioso que ela. Quando se aproximou novamente, tocou seus fermentos com uma delicadeza que não combinava com um homem tão grande.

   -- Me desculpe se a fizer sentir dor, mais não quero que infeccionem, seu tornozelo já está bem complicado.

Com cuidado tirou as faixas e limpou os cortes avermelhados, Ciri não se moveu em nenhum momento, apenas uma longa lágrima escorreu pelo seu rosto quando a dor tomou conta. Geralt a olhou e admirou o esforço que ela estava fazendo. Ciri contínuo muito compenetrada na sua dor, quando ele foi para os pulsos ela começou a fungar e finalmente soltou seu choro e angústia, e sem pensar se jogou nos braços de Geralt, não conseguiu mais se controlar e chorou copiosamente, com soluços mais altos liberou toda sua dor, todo o seu desespero.

Geralt surpreso apenas a amparou, mais quando deu por si a estava abraçando com força , trazendo a para o mais perto que podia sem machuca-la, a dor dela era sua agora . Começou a falar baixinho com sua voz de barítono, entonando um feitiço de tranquilidade, não sabia se era para ela ou ele mesmo.

Ficaram assim por um longo tempo, até ela se acalmar e chorar tudo o que tinha reprimido. Se afastando de Geralt, limpou o rosto com a mão.

   -- Me desculpe, eu não consegui mais segurar. 

   -- Cirilla, você sabe quem eu sou?

   -- Sim Geralt de Rívia, sei quem é você!

   -- Então sabe que está segura, não permitirei que nada lhe aconteça daqui pra frente, tem minha proteção para sempre!

Com um sorriso tímido Ciri passou a mão nos cabelos e começou a chorar novamente.

   -- Eles vão crescer de novo, não se preocupe.-- Geralt tentava consola-la.

   -- Eu sei, minha avó gostava tanto dele... Porque tudo isso aconteceu Geralt?

   -- Porque Cintra e um ponto estratégico e você e muito preciosa pela sua posição e poder, Nilfgaard nunca vai desistir de ter vocês duas.

   -- E o que eu vou fazer? Não tenho mais ninguém , nenhum lugar para ir.

  -- Você tem a mim, e seu lugar será ao meu lado até você ascender novamente no trono de Cintra. Você sabe que estamos ligados pelo destino?

Ciri ainda com a mão nos cabelos arrepiados, o olhou com surpresa, sabia que tinha que procurá-lo como Calanthe tinha ordenado, que ele seria como um guarda costas, a protegendo, não sabia de nada de destino.

   -- Não sei do que você está falando.

Geralt a olhou e imaginou mesmo que Calanthe nunca tinha lhe contado nada sobre a lei da surpresa. A rainha de Cintra tinha a escondido por tanto tempo e a protegido de tudo que era um fato ela não saber de sua existência.

   -- O que você sabe sobre a lei da surpresa Cirilla?

   -- Que e uma dívida cobrada sem que se saiba qual será o preço. Mais isso era dos costumes antigos.

   -- Sim , costumes antigos, mais um dos mais sérios. A exatos dezessete anos eu ajudei seus pais em uma situação muito complicada com sua avó, como recompensa pedi a lei da surpresa sem saber que sua mãe já estava grávida. Você Cirilla me foi prometida ainda no ventre de sua mãe!

   -- Prometida? Como assim, tenho que me casar com você?

Geralt não entendeu o raciocínio da garota.

   --   Não! Você , ou melhor o menino que eu esperava que nascesse, seria treinado como um bruxo assim como eu!

   -- Um mutante?

Com um suspiro longo Geralt concordou com a cabeça, era incrível como todos só o viam assim.

Notando que tinha sido grossa , Ciri se desculpou novamente.

   -- Eu não tive a intenção de ofende-lo senhor, me perdoe, devo minha vida e bem estar a você .

Com um meio sorriso Geralt a afastou de seus braços e se levantou.

   -- Não se preocupe princesa, e exatamente isso que sou, um mutante,uma aberração criada por feiticeiros. Vou pegar um caldo para você, descanse, tem que recuperar suas forças. E não se preocupe, vou protege-la.

Dando as costa ele foi até a fogueira em que um caldeirão fervia. Ciri ficou o observado mexer no fogo.

Ela tinha o ofendido, ele que a tinha salvo do mago negro que ia sacrifica-la, que tinha cuidado de seus fermentos. Tinha começado muito mal com ele, deitando de lado em seu cobertor começou a chorar novamente e acabou adormecendo sem tomar sua sopa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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