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História O menino loiro do parquinho - Drarry - O menino loiro... de novo? - História escrita por GemaEscura - Spirit Fanfics e Histórias
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História O menino loiro do parquinho - Drarry - O menino loiro... de novo?


Escrita por: GemaEscura e cxrie-

Notas do Autor


Oi, oi, leitores amados, tudo bom?
Antes de ler esse capítulo, vejam o nome do primeiro capítulo dessa fanfic...
Leram?
Agora leiam o nome desse...
Hum...
Acho que não vou falar mais nada se não eu darei spoilers.
Enfim, bebam água, usem máscara, não matem a autora, e boa leitura ^^

Capítulo 57 - O menino loiro... de novo?


Fanfic / Fanfiction O menino loiro do parquinho - Drarry - O menino loiro... de novo?

"Cap. 57 - O menino loiro... de novo?"

||2000 palavras||

Não se importava em ter de voltar muito tarde, mas também não se importava em ter de voltar cedo demais.

Harry não tentava se divertir naquele parque; apenas a presença de Dudley, seu primo, o deixava aborrecido. Antigamente, Harry não podia perdê-lo de vista porque, caso Dudley resolvesse voltar para a casa, Harry tinha de ir com ele; naquele dia, já com quinze anos, no entanto, Harry não se importava com o fato de ter de segui-lo; afinal, ele já não era mais uma criança de sete anos de idade, que teme chegar tarde em casa e ficar preso em seu armário sob a escada, passando fome.

    Havia mudado consideravelmente naqueles últimos anos. Ele continuava sendo um garoto com os cabelos negros sempre bagunçados, e os olhos verde-esmeralda brilhantes, mas já não vivia mais com os óculos quebrados, embora tivesse a aparência de alguém que havia crescido demais em muito pouco tempo.

    Não havia muitas crianças no parque pois todas elas fugiam de Dudley e sua gangue. Durante todos aqueles anos, muita coisa havia mudado; antes, todos evitavam o “Harry estranho Potter”, agora, no entanto, eles evitavam o grupo de Dudley, que se divertia em socar todas as crianças que apareciam em sua frente.

    Era verão, e o sol fazia seus cabelos escuros queimarem sua cabeça. Mas não estava afim de sair dali e mudar de posição. Afinal, havia muito mais coisa com o que se preocupar.

    Draco Malfoy, seu namorado, estava correndo perigo, mas Harry não podia fazer nada para ajudá-lo. Lucius, seu pai, havia , muito provavelmente, descoberto sobre o segredo deles devido a Bartô Crouch Jr., que havia se disfarçado de Olho-Tonto Moody no ano anterior e espionado uma conversa crucial entre Harry e Draco, levando todas as informações a Lucius Malfoy.

    Não estava recebendo cartas de Draco, o que o preocupava. Além disso, tinha pesadelos insistentes à noite que o fazia imaginar como é que seu namorado estava lidando com seu pai.

     Além disso, Lorde Voldemort havia recuperado seu corpo não fazia muito tempo; e a morte de Cedric, um dos campẽos do Torneio Tribruxo, deixava-o de luto.

    Às vezes, Harry Potter tinha medo de voltar à Hogwarts e não encontrar Draco. Às vezes, tinha medo que Lucius o torturasse novamente, fazendo Draco enlouquecer cada vez mais, e…

    Às vezes, tinha medo que Lucius matasse o próprio filho.

    Sacudindo a cabeça para afastar aqueles pensamentos torturantes, e bagunçando os cabelos ainda mais para aliviar a dor do calor do sol sobre seu coro cabeludo, Harry piscou fortemente várias vezes, tentando enxergar onde é que Dudley se metera para que ele o separasse de qualquer criança na qual ele estivesse batendo. Então percebeu que ele e seu grupinho se aproximava dele.

    Embora não tivesse mais medo do primo como antigamente, Harry se viu obrigado a se levantar; não queria arranjar encrenca. Contornou o grupinho de Dudley revirando os olhos quando ouviu palavras obscenas vindo dele, e se sentou num gira-gira um tanto familiar… o gira-gira no qual ele vira Draco pela primeira vez.

Suspirou. Merda, ele estava novamente pensando em Draco!

    O gira-gira queimava como fogo, mas ele não se importou, continuou sentado ao invés de sair, e abaixou a cabeça, olhando para os próprios pés inquietos. Ignorando o fato de ser grande demais para estar num brinquedo como aquele, Harry ergueu a cabeça quando sentiu o gira-gira se mexer. Tomou um susto.

    Um garoto loiro, de sua idade, estava sentado do outro lado do gira-gira, na frente dele. Parecia aborrecido. Draco Malfoy resmungava baixinho coisas como “que lugar idiota” e “esses trouxas imundos…”, e nem pareceu perceber a presença de Harry Potter.

— Draco? — perguntou Harry sem pensar.

Draco Malfoy virou a cabeça, soltando um bufo ao perceber quem era que o havia chamado.

— Ah, que maravilha! — exclamou irônico. — Além de minha mãe ter a ideia idiota de me mandar para esse lugar cheio de trouxas imundos, eu ainda encontro o Santo Potter, com sua cicatriz idiota na testa. Afinal, o que deu em minha mãe? — Draco passou a falar mais com ele mesmo do que com qualquer outra pessoa. — E encontro o famoso Harry Potter, com sua cicatriz “maravilhosa” na tes…

— Draco… — gemeu Harry sem acreditar, se inclinando para frente.

Puxou os ombros do garoto à sua frente, o calando quando o abraçou fortemente, respirando rápido. Ficou alguns segundos assim, se certificando que o abraçava tempo o suficiente. Então se soltou, voltando a sentar no banco do gira-gira. Só não estava esperando que, ao olhá-lo, ele fosse ver Draco Malfoy contorcer o rosto em angústia, uma lágrima solitária contornando sua bochecha. Draco cobriu o rosto com as mãos, agora chorando demais.

— Me desculpe, me desculpe… — gemia ele soluçando. — Por favor, eu não devia… eu sou um maluco que não consegue controlar a própria cabeça. Por favor, eu não te mereço… você não… eu não… meu pai…

Harry se levantou e envolveu, aliviado, Draco Malfoy em um segundo abraço, murmurando palavras que o acalmasse.

— Está tudo bem, Draco, eu estou aqui…

— Meu pai — disse, os olhos brilhando em fúria. —, ele que fez… ele não devia… eu estava assustado…

— Seu pai pegou o brinquedo, não foi? — perguntou calmamente. Draco gemeu em frustração.

— Ele só não o pegou, como pisou em cima do brinquedo e o destruiu em pedaços bem na minha frente! — Draco soluçou, parecia desesperado.

    — Me conte o que aconteceu, Draco. — pediu Harry com clareza.

    Draco suspirou e começou a contar:

 

 

“— Oh, Draco, que saudades!

    Um Draco tristonho se adiantou pela Plataforma 9¾, e foi coberto pelos braços de sua mãe, que o abraçou, mas Draco não se mexeu até sua mãe o soltar.

    — Cadê o papai? — perguntou com a voz monótona.

    Narcisa suspirou triste, e acariciou o rosto do filho sorrindo minimamente.

    — Você sabe que ele não tem o costume de te buscar, querido. — ela disse. — Mas ele está em casa. Quer falar com você.

    Engolindo em seco angustiado, Draco sentiu as extremidades do olho começarem a formigar, e ergueu a cabeça para o alto.

    — Vamos para a casa. — disse ela.

    Segurando o carrinho do filho, e entrelaçando seu braço com o dele, Narcisa desapareceu num passe de mágica, o malão de Draco, e o próprio, sumindo com ela.

    Aparataram para a mansão dos Malfoy, e Draco sentiu sua barriga borbulhar numa mistura de ansiedade e medo a cada passo que ele dava até a porta. Apesar de Narcisa não soltá-lo por nada, ele ainda se sentia nervoso.

    Sua mãe abriu a porta. Então…”


 

    — O que aconteceu? — perguntou Harry calmamente assim que Draco parou de falar. Tentava não pressioná-lo por uma resposta.

    Draco abriu a boca, e tornou a contar.


 

    “Então, apertando o bolso da calça, ouvindo o ruído metálico do seu malão raspando no chão, desejando que não fizesse barulho o suficiente para chamar a atenção do pai, sentindo o acariciar materno de sua mãe em seu braço, e tendo certeza de que cada parte de seu corpo latejava em adrenalina, Draco entrou na casa olhando ao redor. Então viu uma figura o encarando, forçando-o a se encolher contra o corpo da mãe; o corpo que mais o deixava seguro naquela ocasião.

    — É bom te ver aqui, Draco. — disse Lucius Malfoy caminhando até o filho.

    — Não encoste em mim. — mandou Draco desviando o olhar.

    — Onde está? — perguntou Lucius.

    — 'Onde está' o que? — perguntou Draco apertando o bolso da calça sem que seu pai percebesse; já sabia do que o pai estava falando.

    — Onde está seu brinquedo trouxa imundo? — tornou a perguntar, sua voz transparecendo ódio. — Eu disse, Draco, que não era para você se meter com gente inferior a você…

    — O que é gente inferior para você, pai? — perguntou raivoso, fuzilando os olhos claros do mais velho com o olhar. — O que é? Se você acha que Harry Potter é alguém inferior a mim, saiba que está muito enganado!”


 

    — O que se seguiu aconteceu tudo muito rápido. — disse Draco. — Meu pai ergueu a varinha dele para o meu peito, mas minha mãe, que estava logo ao meu lado, segurou no pulso dele imediatamente e o forçou a erguer a varinha para o teto. Meu pai ficou furioso, e…

    Draco engoliu em seco, o barulho das crianças correndo e se divertindo pelo parque ainda invadindo seus ouvidos. Tornou a contar.

 

 

    “Lucius ergueu a mão livre e acertou o rosto da esposa, que ficou vermelho com o tapa. Narcisa caiu sentada no chão, paralisada com o que Lucius havia acabado de fazer com ela. Draco ficou furioso.

    — Não encoste na minha mãe. — mandou. — Você pode fazer o que for comigo, mas não pense em encostar um dedo na minha mãe. Se sou eu quem você quer machucar então por que bateu nela?”

 

 

    — Você disse isso mesmo? — perguntou Harry incrédulo, com a boca entreaberta.

    Draco encolheu os ombros, sorrindo minimamente, sem graça.

    — Não gosto que ninguém machuque a minha mãe. — disse.

 

 

    “— Não mude de assunto. — disse Lucius sério. — Eu quero saber onde é que está o brinquedo.

    Draco não se mexeu, ainda tinha seus olhos fixos no pai, que baixou os próprios para o corpo do filho, como se o tivesse revistando com o olhar. Seus olhos pararam no bolso do garoto, e ele estendeu a mão, tirando o pequeno cavalo de brinquedo da mão. Draco começou a respirar rápido, o que provou a Lucius que era exatamente aquilo que mantinha seus pensamentos normais.

— Está vendo isso? — perguntou Lucius cuspindo, os olhos transbordando em maldade. — Olhe!

Lucius lançou o brinquedo no chão e pisou em cima num barulho audível, bem diante de onde estava Narcisa. Lucius pegou alguns pedaços e guardou no bolso com raiva. Draco fechou os olhos, segurando sua vontade maluca de atacar o pai, que ergueu a varinha novamente.

    — Lucius, não. — pediu Narcisa, mas ele não o ouviu.

    Draco fechou os punhos, se preparando física e mentalmente para a dor absurda mas costumeira que atingiria seu corpo com o feitiço do pai, murmurando silenciosamente que ele não podia se esquecer de nada; nem de seus amigos, e muito menos de Harry Potter.

    — Crucio! — exclamou o pai, Draco contraiu o corpo, apertando as pálpebras.

    Mas Draco não sentia nada além de um fraco formigamento na cabeça. Abriu os olhos sem entender vendo o olhar furioso de Lucius Malfoy se tornar inconformado. Draco abaixou a cabeça para a mãe, que tinha a boca entreaberta.

    — Crucio! — tornou a gritar Lucius. Nada mudou.”

 

 

    — Você não sentiu dor? — exclamou Harry impressionado.

    — E-Eu não sei! — disse Draco. — Ele disse o feitiço. Acho que ele desaprendeu como faz.

    — Ele não deve ter desaprendido. — contrapôs Harry. — Afinal, você disse que você sentia um formigamento no corpo. Você… — Harry baixou a voz. — você acha que… você se acostumou?

    Draco arregalou os olhos.

    — Me acostumar? — repetiu. — Como eu vou me acostumar com uma tortura?

    — E-Eu não sei. Você… seu pai fazia esse feitiço em você desde o que? Desde os sete anos?

    — Cinco. — corrigiu.

    — Cinco. — repetiu Harry num tom de piedade. — Desde os cinco…

    Ficaram em silêncio, pensando.

    — Acho que meu pai estava desesperado, sabe? — perguntou Draco. — Com o retorno de Você-Sabe-Quem, e tudo mais. Acho que ele queria descontar toda a pressão do Lorde das Trevas sobre ele em mim, então acho que foi por isso que não deu certo… Mamãe me disse que é preciso realmente querer causar dor, ter prazer nisso, raiva justificada não faz doer por muito tempo.

    Ouvindo as crianças rindo, mas continuando em completo silêncio, Harry disse:

    — O que aconteceu depois?

 

 

    “Incapaz de entender o que estava acontecendo, Lucius piscou os olhos, o cenho franzido em descrença. Ele abaixou a varinha, contorceu o rosto em fúria, e desapareceu dentro da casa. Assim que saiu, Draco se ajoelhou imediatamente, e abraçou a mãe, olhando para os cacos do seu brinquedo por trás dos olhos lacrimejantes. Pegou todos os pedacinhos que conseguiu e tentou guardá-los, mas Narcisa disse:

— Vou tentar consertar para você, querido, eu sei o quanto isso é importante para você.

    Narcisa tomou todos os pedacinhos possíveis, murmurou “Reparo!”, mas nada aconteceu. Draco começou a soluçar, e Narcisa acariciou seus cabelos.

    — Por que não está funcionando? — perguntou com a voz embargada pelo choro.

    — Precisamos de todos os pedaços, mas seu pai apanhou alguns, vou ter que convencê-lo a me entregar o restante.”

 

 

    — Foi isso. — disse Draco. — Nos dias que se passaram, então, eu comecei a ter bastante essas mudanças de pensamentos. Quando eu ficava normal, eu tentava escrever cartas para mim como um meio de fazer a mim mesmo se controlar, mas eu não consegui. Eu tentei escrever para você, mas não tive nenhum tempo para fazer isso. Além disso, meu pai não me deixou com nenhuma coruja.

    — Eu te entendo.

    — Minha mãe estava preocupada comigo, e hoje ela me levou para cá. Eu, que estava com aquele meu jeito babaca e escroto, não entendia o motivo dela me trazer para esse lugar “cheio de trouxas imundos”. — ele disse, tentando imitar a si mesmo quando estava diferente.

    — Mas está tudo bem agora, Draco. — tranquilizou Harry se levantando finalmente do gira-gira, para que pudesse se sentar ao seu lado e o abraçar. — Vamos voltar a Hogwarts, você vai tomar a cura de Dumbledore, e você não vai mais precisar ficar dependente daquele brinquedo. Eu vou te ajudar.

    Draco olhou para o namorado, sorrindo triste.

    — Eu te amo, Harry.

{...}


Notas Finais


Se vocês forem perceber, o começo desse capítulo é parecidíssimo (propositalmente) com o primeiro capítulo dessa fic. Se vocês quiserem dar uma análise, fiquem à vontade.
Sofri com esse capítulo? Sofri.
Narcisa é uma deusa poderosa? É, e sempre será.
Lucius é um filho duma Umbridge? Mazéclaro.
Vocês vão matar a autora? Espero que não.
Com amor,
Clara
<3


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