Gogenks Soranoken
*acordo, animado para o dia de hoje, esperando pra ver o que iria acontecer. Eu finalmente iria aprender a duelar! Eu queria saber como montar todos aqueles combos loucos que o cara ontem fez. Mas pelo visto eu teria que começar do básico, infelizmente. Bom, não que isso seja ruim, pois sempre é interessante revisar os fundamentos, mas enfim... Depois da higiene matinal e de comer eu fui atrás do Gogenzaka na sala dele. Ela estava vazia, como sempre, com exceção de um tatame, e sobre ele uma mesa preparada com dois montes de cartas. Na mesa haviam cardboards, que são tabuleiros, mas vou chamar assim porque soa mais legal, e nesses cardboards haviam dezesseis espaços para cartas. 5 na zona superior, 5 na zona inferior, 2 entre as zonas inferior e inferior, sendo que a primeira estava na direita e a segunda na esquerda, uma zona meio afastada do que seria o campo do tabuleiro, uma em cima dessa mesma zona, uma no canto oposto a essa zona recém mencionada, e uma um pouco a esquerda e abaixo dela. Ele me mandou sentar e começou a explicar:
As 10 primeiras zonas que mencionei, eram o campo. As outras duas zonas opostas de cada lado eram as escalas de pêndulo. Esse era o campo. Depois, havia a zona em que se colocava o deck, e acima dela o cemitério; eles ficavam à direita do campo. Na esquerda, ficava a zona de campo e o extra deck. Nas 10 zonas de campo que eu disse, as 5 de cima eram zonas de monstro e as 5 de baixo eram zonas de magia ou armadilha. Bem, essa foi a explicação do campo. Em seguida, aprendi sobre as cartas que vão no deck principal: existem 3 tipos principais de cartas: monstros, magias e armadilhas. Essas ficavam no deck principal, que devia ter no mínimo 40 e no máximo 60 cartas. Dentre os monstros, magias e armadilhas, haviam algumas diferenças: os monstros eram divididos entre monstros normais, monstros de efeito e monstros de tributo.
As magias eram divididas em: magias normais, magias de campo, magias de equipamento e magias rápidas.
As armadilhas se dividiam em: armadilhas normais, armadilhas contínuas e armadilhas counter.
As magias eram cartas verdes, as armadilhas cartas roxas, os monstros normais eram amarelos, e os de efeito tinham as cartas em um tom mais escuro.
Em seguida, veio o extra deck: ele devia conter no máximo 15 cartas, sendo que os monstros que ele podia ter eram nomeados entre: Synchro, XYZ, pêndulo e fusão. Mas o que raios era um pêndulo?
Em seguida, ele me explicou as duas zonas em cantos opostos do tabuleiro: elas eram as zonas pêndulo, e as cartas que iam ali contavam como magias/armadilhas. Perguntei o que era um pêndulo, e ele pediu para eu não me apressar.
Em seguida, recebi um tutorial avançado sobre os monstros:
Eles podiam ter a seguinte combinação: normal sem tributo, normal com tributo, efeito sem tributo, efeito com tributo.
Os monstros normais não possuíam efeito, enquanto os de efeito... Tinham efeito, dãr. A diferença vinha agora: cada carta de monstro possuía um número de estrelas em cima, logo abaixo do seu nome. Esse número de estrelas indicava o seu nível; quanto maior o nível, mais difícil era de se invocar o monstro. Até o nível 4, você poderia invocá-los sem tributo. Do nível 5 ao 6, um tributo era exigido, e do 7 em diante, você deveria tributar dois monstros. Para complicar mais ainda, haviam monstros que, nos seus efeitos, exigiam mais de 2 tributos, ou então que mesmo sem nível alto pediam tributos para ativar efeitos especiais.
A organização de uma carta monstro era a seguinte: Nome (em cima)
Número de estrelas (cima)
Ilustração da carta (centro)
Descrição da carta: geralmente o efeito dela, ou apenas escritas aleatórias sobre a ilustração, no caso de cartas sem efeito (parte inferior)
Ataque e defesa (parte inferior).
Nesse tutorial, haviam 3 tipos de monstros que ele ressaltou:
Gemini: precisavam ser invocados "duas vezes", sendo uma pra entrar em campo, e outra para ativar Seus efeitos, então pelo que sei atualmente, ao invocar um monstro Gêmeo/Gemini, eu preciso esperar 1 turno para ativar seus efeitos.
Em seguida, vieram os monstros Tuner, os quais eram obrigatórios nas invocações Synchro.
Por último, vieram os pêndulos, eles ersm complicados até, por isso vou separar essa seção só pra eles:
"Uma carta pêndulo pode ser tratada tanto como carta monstro, quanto carta de magia/armadilha, dependendo de onde estiver alocado. Caso esteja numa zona de monstro, ele é tratado como tal, e caso esteja na zona pêndulo, ele vira uma magia/armadilha. Um monstro pêndulo pode ser um monstro normal sem tributo, um normal com tributo, um de efeito sem tributo, ou um de efeito com tributo, o que difere ele das outras cartas são os números na sua lateral. Esses cristais azuis e vermelhos representados na carta são os seus valores nas escalas pêndulos, eles são usados quando se quer fazer uma invocação pêndulo. Quando se quer fazer uma invocação pêndulo, você os coloca nas zonas pêndulo, e os valores que estão entre as duas escalas são os níveis dos monstros que você pode invocar. Por exemplo: caso você ajuste um escala 1 e um escala 12 na zona pêndulo, você poderá invocar o número de monstros que você possuir na sua mão que tem nível entre 2 e 11. Essa é uma invocação muito poderosa, que lhe permite trazer monstros muito fortes em instante sem nenhum custo. Obviamente, se o efeito do monstro não permitir, ele não pode ser invocado por invocação pêndulo."
Outro detalhe importante são os métodos de invocações. Existe a invocação normal, que pode ser feita apenas uma vez por turno, e a invocação especial, que pode ser feita quantas vezes for possível durante seu turno. As invocações pêndulo, Synchro, XYZ e fusão são invocações especiais, que precisam cumprir certos requisitos para acontecerem.
Agora, retomando as magias: cada tipo tem uma hora certa para ser jogada.
As magias normais só podem ser ativadas durante o seu turno, mais precisamente, nas Main Phases 1 e 2. Magias de campo, dependendo do efeito, são continuas ou normais, dependendo do seu efeito próprio. Caso você tenha outra magia de campo em mãos e queira ativá-la, apesar de já ter uma delas no seu campo, você pode fazê-lo, mas a que já estava ativa será destruída. Magias de equipamento são equipáveis em monstros, e lhes concedem alguns efeitos especiais, dependendo da sua descrição. Magias rápidas podem ser ativadas em qualquer momento do seu turno, e caso estejam setadas, podem ser ativadas no turno de seu oponente também. Magias contínuas, como o próprio nome já diz, são contínuas. Caso uma carta de magia normal seja setada, salvo por efeito de cartas, elas só poderão ser ativadas no seu próximo turno.
Armadilhas: armadilhas devem sempre primeiro ser setadas, para então só serem ativadas no turno do seu oponente, ou então depois, salvo por armadilhas que tenham na sua descrição um efeito que lhes permite ser ativa diretamente da sua mão, ou no mesmo turno em que ela é setada em campo. Armadilhas normais só tem um uso, a menos que o efeito diga o contrario, armadilhas contínuas, assim como magias contínuas, continuam em campo até que sejam destruídas, seus efeitos sempre são ativos, ou serão automaticamente ativados quando seus requisitos forem cumpridos. Armadilhas counter servem para negar efeitos de magias, monstros e outras armadilhas; uma armadilha counter só pode ser negada por outra armadilha counter.
Já que ele mencionou, eu perguntei sobre as correntes de efeitos, como elas funcionavam. A explicação foi essa:
Quando um efeito é ativado, ele funciona como elo 1 na corrente, se alguém tiver algum efeito para responder, esse efeito será o 2, e assim vão sendo adicionados efeitos na corrente, até que um dos dois não possa mais continuar. Quando isso acontecer, a corrente resolve ao contrário, do último ao primeiro efeito que foram ativados. Aqueles que foram cancelados, não resolvem, aqueles que continuaram, se resolvem. E também existem velocidades para as correntes. Uma magia/armadilha normal tem valor 1, uma magia rápida tem valor 2, uma carta counter tem valor 3, e um efeito, dependendo do que for, tem a velocidade variável. Hum... O que mais ele estava dizendo? Efeitos, monstros, magias, armadilhas, pêndulos... Ah, as outras invocações!
Os monstros de fusão surgiam com a junção de dois ou mais monstros, e exigiam uma terceira carta, a polimerização, ou alguma outra carta que permita a fusão. Existem fusões que podem ser invocadas ao se tributar monstros do campo, desse modo não se usava a polimerização. Quando uma fusão acontecia, dependendo do tipo de polimerização usada e dos materiais, ela podia ser feita usando monstros da mão, do campo e do cemitério. No caso da fusão normal, usava-se polimerização montros da mão ou do campo. No segundo caso, as possibilidades variavam. Todos os monstros de fusão iam no extra deck, e suas cartas tinham a cor roxa.
Na XYZ, usava-se 2 ou mais monstros, para invocar um novo, o qual não tinha níveis, mas sim um rank. Portanto, qualquer carta que usasse o nível como referência não afetava ele. Eles tinham efeitos, os quais para serem ativados exigiam a remoção de uma ou mais matérias xyz, o que seria os monstros que foram usados para invocar esse xyz. Também era possível usar um xyz pra invocar outro através de magias, ou mesmo pelo efeito do xyz a ser invocado. Nesse caso, matérias anexadas ao primeiro monstro, também viram matérias pro segundo. O rank geralmente é equivalente ao nível dos materiais usados. Exemplo básico e aleatório: 2 monstros nível 4 formam um xyz Rank 4
No caso dos monstros Synchros, eles eram mais ou menos os XYZ, só que ao invés de os monstros usados virarem matérias xyz, eles iam para o cemitério mesmo; ao invés dos efeitos dos monstros custarem matéria xyz, eles eram ativados normalmente, e ao invés dos monstros terem ranks, eles têm níveis. Na invocação Synchro, o nível dos monstros era somado, e um monstro tuner era usado. Segundo o Gogenzaka, houve um duelista que foi capaz de fazer uma invocação Synchro juntando dois dragões, sendo que nenhum deles era Tuner. Fiquei realmente surpreso com aquilo. O cara era capaz de hackear as próprias regras do jogo. Outra coisa: para se trazer o Synchro, o nível das somas deveria ser exatamente igual ao nível do monstro que se planeja invocar.
Os pêndulos, quando eram destruídos, iam pro extra deck, mas não contavam como cartas do mesmo. Eles ficavam como volume extra ali. Monstros pêndulos tributados, ou usados como matéria xyz iam para o cemitério. Pêndulos que estavam no extra deck podiam ser invocados para o campo por meio da invocação pêndulo.
Existia um outro tipo de monstro: os de ritual, mas eles não eram mais muito usados. Em suma, eles eram simples: você precisava de uma carta de ritual, um monstro de ritual, que seria invocado por essa carta, e monstros para enviar ao cemitério para trazer esse ritual. Um exemplo simples:
Um monstro de ritual de nível oito exigiria tributos de nível 8 ou maior, podendo exceder o exigido, mas sem nenhum bônus a mais. Monstros de ritual também contavam como invocação especial, mas iam para o deck normal, não pro extra deck.
Depois de todo aquele tutorial gigantesco, que deve ter deixado algumas coisas escaparem, deu a hora do almoço. Caramba, ele falou por mais de 3 horas? '-'
Bem, faz sentido, já que ele teve que me mostrar passo a passo cada jogada, eu só não comentei porque já estava concentrado na explicação. Depois de comer, fui chamado para uma sessão de treino motivacional. Apesar do nome, era algo bem simples, e eu não entendi bem a parte "motivacional": você só fica de frente para o seu adversário e os dois puxam cartas eternamente enquanto gritam. Quanto maior for sua determinação, maior era o vento que você produzia. Acho que ali ele representava sua vontade de continuar e vencer o duelo, igual o cara fez ontem. Ele se saiu muito bem, e eu não queria perder mesmo que fosse um treino, então levei a sério. A cada 10 saques que eu fazia, 4 geravam o vento motivacional. Nada mal mesmo... Para um primeiro treino. Após fazer aquilo a tarde inteira, meu braço doia um pouco, então depois que acabamos, eu fui tomar banho e comer, observando outro duelo demonstrativo. Dessa vez ele não foi tão empolgante, mas foi legal.
Quando eu estava pra dormir, mais uma vez Gogenzaka me chamou, dessa vez me mostrando uma pilha ENORME de cartas. Sério, tinham cartas pra caramba ali.
Gogenzaka
-Você deve montar seu deck caso queira prosseguir. Sei que você está aprendendo o duelo firme, mas te permito usar cartas de magia ou armadilha no seu deck. A única coisa que te peço, como aprendiz desse estilo, é que durante o duelo, não busque pelas action cards. Isso é extremamente proibido a você enquanto aluno desse estilo. Quando se formar, você poderá decidir se continua seguindo ele, o adapta, ou o abandona.
*saio dali
-Quando terminar, pode ir dormir. Leve o tempo que quiser
Gogenks Soranoken
-Obrigado.
*fiquei encarando aquelas cartas ali, procurando por úteis. Elas estavam organizadas por tipo, o que facilitava muito minha procura. Pelo que ele me falou, a combinação perfeita envolvia um equilíbrio entre os três tipos de cartas. Enquanto eu observava os montes em busca delas, fui atraído por cartas do tipo dragão, então filtrei todas elas. Nas magias e armadilhas, busquei por suportes para eles, e enquanto eu me divertia montando o deck e analisando as possíveis jogadas futuras, eu acabei dormindo e sonhando com uma voz feminina e séria. No sonho, ela me disse
"Você está no caminho certo. Continue assim e em breve nos encontraremos"
-Tá, mas quem é você?
"Tolinho. Ainda não está na hora de saber. Apenas se divirta jogando, e confie nessas cartas que você acaba de escolher. Elas representam seus desejos por hora"
*depois disso, a voz some e eu fico dormindo e sonhando com as cartas
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