Hoseok sorriu, ou ao menos tentou, para seu vizinho assim que abriu sua janela, estava fazendo uma faxina em casa naquele dia, e para a sua sorte, era dia de feira na matilha aquela manhã. Poderia não só arrumar a casa, como também repor seu estoque de frutas e verduras que já estava acabando.
Vilage era a melhor matilha do reino de Flora, as pessoas dali são, em sua maioria, bem preconceituosas com ômegas que não eram cortejados cedo.
O que era o caso de Hoseok.
O ômega já tinha seus 20 anos, e para a sua matilha aquilo era inadmissível, um ômega nesta idade, sem alfa, e que tomava ervas para não sofrer nos cios sozinho? Nunca era bem visto e nunca cortejado, dado que as ervas diminuíram demais as chances de uma gravidez bem realizada. E o que é um alfa sem família? Um ômega deveria começar a ser cortejado antes mesmo que seu primeiro cio viesse, para que assim ele fosse passado com seu alfa, e se desse sorte, após isso ele já estaria grávido. Um ômega casar grávido em Vilage, significava que aquela família seria muito próspera.
Um pensamento velho e antiquado na opinião do Jung.
— Bom dia, senhora Yong. — O ômega acenou rápido com a mão, logo tratando de voltar a varrer o chão de madeira — que sempre empoleirava muito rápido — ao ver que a senhora virou a cara para si. Era sempre assim afinal. — Eu estou muito bem, obrigada por perguntar — sussurrou para si mesmo, tentando sorrir pela forma que mais uma vez fora "recebido" pela vizinha.
Hoseok era o único Jung da matilha de Vilage, sua família havia migrado para Flats assim que sua irmã caçula fora cortejada por um alfa da matilha vizinha, e como um ômega maior de idade e sem alfa, não pôde ir junto, tendo ficado com a casa enorme apenas para si. No fundo, gostava da solidão, havia se acostumado a tal.
E sua casa era uma das que ficava bem no centro, por tanto, podia matar tempo cuidando das rosas de seu jardim, enquanto dava aquela olhadinha nas vidas "emocionantes" de seus vizinhos. Havia sido assim que tinha descoberto que Kim Jennie, a filha do ferreiro, havia sido pega aos beijos com Roseane Park, a filha do guarda do líder. Uma das vizinhas fofocava e falava horrores da ômega que aparentemente gostava de outra ômega.
"Uma vergonha, um nojo", a mulher só faltava gritar para quem quisesse ouvir.
— Vejam, os alfas estão chegando! — alguém gritou animado do lado de fora, Hoseok suspirou cansado, já sabendo que teria que passar no meio daqueles olhares julgadores. Às vezes sentia que iria explodir porque guardava tudo para si.
O problema era que, um alfa quando queria cortejar um ômega, sempre saía para caçar a melhor presa para este. E assim era feito por gerações. E bem...Hoseok não tinha um alfa, nem alguém que queria o corteja, tão pouco alguém solidário para dividir consigo a caça — que deveria durar um mês — de sua família.
O que restava a apenas uma pessoa caçar para os ômegas sem alfa, sendo este, claro, o líder da matilha. Que fazia isso com muito gosto.
Palavras dele mesmo.
— Ele está chegando primeiro, como sempre, aposto que aquele maior é para mim — Lalisa comentou sorridente, ao seu lado, a ômega também não tinha um alfa, mas diferente de hoseok, ela ainda estava na idade certa para cortejo, e assim como o moreno, a ômega recebia sempre uma caça do líder, já que o alfa de sua casa tinha adoecido e por isso não estava podendo ir nas caçadas que aconteciam todo mês.
Os alfas ficavam semanas fora, às vezes chegavam a ficar meses, por terem que caça carnes grandes e suculentas que pudesse durar durante as nevascas que chegavam sem hora marcada.
— Mas isso não será um cortejo, afinal não é a única que ganha. — Hoseok quase podia sentir o veneno escorrendo pelos lábios de Rose quando ela disse aquilo olhando diretamente para si, recebendo olhares julgadores das pessoas que haviam ouvido aquilo. Jeon Jungkook tinha 24 anos, era líder há 5 e até o momento ainda não tinha escolhido seu ômega. O alfa era reservado e não dava brechas para falatório sobre sua vida. Muito menos seus pais, apesar destes estarem sempre os incentivando a achar logo alguém para lhes dar netos.
— Aposto que aquele viado é para você, e o resto para as pernas de grilo. — O Jung levou as mãos ao peito ao sentir Jimin sussurrando em seu ouvido, quis gargalhar pela fala do amigo, ele odiava o modo como Lisa estava sempre tentando se jogar para cima do líder, até porque, em uma dessas, para tentar chegar no alfa, a ômega tentará fazer amizade com Yoongi, o alfa do Park, e este não ficara nada feliz ao sentir seu alfa feder a outro ômega que não a si.
— Sabes que não pode ser assim, eu sou sozinho, Lisa tem em casa o pai adoentado, e a mãe grávida. — Sorriu fraco, enquanto ajeitava os fios do amigo, Jimin tinha um pequeno ômega bochechudinho no colo, e provavelmente tinha saído correndo de casa ao ouvir que seu alfa estava chegando.
— Veja, seu papai caçou algo bem gostoso para nós. — O ômega beijou as bochechas gordinhas do filho de dois anos, esse que dormia quentinho dentro do casaco de pele que tinha sido feito para si, dado por Namjoon, padrinho e tio da criança. — Pouco me importa a família desse grilo. Como a mãe dela conseguiu engravidar? Afinal o pai dela mal sai da cama — comentou alto como quem não quer nada, e Hoseok logo tratou a dar de ombros e voltar a olhar para frente, e como o esperado, Jungkook dava a caça maior para a menina ao seu lado, que sorria tão grande, que o Jung quase podia sentir medo de seus lábios se rasgarem.
Um ronronar foi ouvido e não pode evitar aquela pontinha de inveja ao ver Yoongi choramingando enquanto lambia seu filhote e ômega, o alfa estava a três semanas fora, e era visível a saudade que tinha da família. O alfa branco, assim como Jungkook, tinha uma caça grande na boca ensanguentada.
Ele parecia falar algo pelo modo que olhava Jimin nos olhos, seu ômega marcado. E Hoseok comprovou isso com as seguintes fala do amigo.
— Yoongi disse que Jungkook machucou a pata esquerda, e por isso não conseguiu caçar muita coisa, mas que é para você ir até a casa dos pais dele esta noite, que eles irão dividir com você a caça deles — o ômega disse de forma rápida e apressada, olhando sempre atentamente para onde seu alfa corria, com a presa e seu filhote nas costas. — Beijos, me conte depois como foi.
E então o ômega correu para longe de si, gritando o nome do marido para este o esperar, Hoseok olhou para o lobo negro ao seu lado, pegando este fazendo o mesmo, o olhando como se esperasse pela sua resposta.
— Tudo bem, eu irei sim. — Curvou-se em respeito a seu líder, vendo este fazer o mesmo antes de correr até sua casa, as pessoas ao seu redor já quase não estavam mais ali, bateu no peito para tentar tirar aquele ar triste de solidão, e sorriu sozinho. Talvez fizesse uma torta de maçãs como agradecimento.
Apesar de já fazer um ano que recebia caças da família Jeon, Hoseok nunca tinha falado com os mesmos pessoalmente, nunca sequer falará com Jungkook, apenas via este sempre andando pela matilha com seus "guardas" à noite, sempre velando pela segurança de sua matilha, como um bom alfa líder deveria fazer.
[...]
— Ficou gostoso. — O ômega sorriu orgulhoso de si mesmo, tinha comprando umas maçãs com moedas de bronze que ganhava vendendo algumas rosas de seu jardim, para os alfas e às vezes betas, nas raras vezes, até para ômegas.
Arrumou a pequena bacia de madeira na mesa e correu para se banhar, já tinha esquentado a água junto da torta, e agora apenas faltava se banhar com a caneca, coisa que fez rapidamente para não se atrasar. Não sabia se Jungkook apenas não tinha trazido carne para si, ou se não tinha conseguido caçar para Junhee também. Junhee era um ômega igual a si, 23 anos, sem alfa, e tendo que tomar ervas para o cio. O ômega havia nascido cego, e infelizmente sua família não tinha conseguido nenhum alfa para si — mesmo que ele seja um dos únicos com dote —, bem, felizmente ele tinha família, mesmo que seus pais já fossem idosos e dependessem do líder para comer.
— Talvez muito cafona? — Olhou a roupa que tinha no corpo, nada muito chamativo, apenas uma calça simples, uma blusa grande e um casaco que Jimin tinha dado para si de presente. — Hum... vamos logo, antes que eu desista.
Apressou-se assim que viu o sol se pondo, a casa do alfa não ficava muito longe da sua, porém ainda assim, era uma pequena caminhada, e a noite, mesmo que sua matilha fosse bem segura, ainda era perigoso andar sozinho por aí. O Jung sempre tratava de trancar bem suas portas, principalmente nos seus cios, esses que só não eram mais medonhos, porque o líder sempre mandava betas vigiarem sua casa 24 horas por dia, assim como fazia com os ômegas não marcados.
— Você chegou cedo querido. — Foi recebido por um abraço quentinho assim que chegou na casa, vendo Junhee e sua família ali também.
— Me desculpe, eu trouxe uma torta para a sobremesa. — Sorriu envergonhado ao ver a mãe do ômega o olhar feio, ela claramente não o queria ali e não a julgava, se tivesse um filho cego que sofria sozinho no cio por falta de opção, também faria de tudo para o juntar com o único alfa que parecia não se importa com sua deficiência. E ele estando ali, naquele jantar dado "especialmente" pela família deste alfa, tornava o pedido do Jeon menos "Especial" para os Lee.
— Não precisava, venha, Jungkook e Jungwoon já devem estar à caminho, os dois foram até a muralha ver como estão as coisas. — A ômega mais velha parecia cansada, como se não gostasse nada do marido e do filho terem passado semanas fora, e após a chegada, a primeira coisa que fizessem, fosse ir ver a porcaria de uma muralha vigiada noite e dia. — Vou terminar de fazer o jantar e já...
— Junhee pode ajudar você, apesar de sua privação, ele é muito bom com as mãos. — Senhora Lee foi rápida em fazer o filho levantar da mesa, o empurrando para perto de Jeon Yuri.
— Claro! Venha também, Hoseok, quanto mais mãos, mais rápido a comida fica pronta. — O Jung sequer tinha percebido que ainda estava parado na porta, com a torta em mãos. Isso até ouvir Yuri o chamando com a mão enquanto guiava Junhee até a cozinha.
Tratou de deixar a torta na mesa e correr atrás da Jeon.
— Você pode cortar essas batatas, e você pode terminar de temperar a carne, Hoseok? — o Jung assentiu e não demorou a começar, suas mãos tremiam a cada novo tempero que via.
Meu Deus, e se salgasse a carne? E se eles não gostassem de louro? Aquilo era louro ou tempero de casmin? Por odin, tudo era amarelo, o que aquele negócio verde fazia? Se jogasse um pouco de açúcar como fazia com a sua, será que gostariam?
Eram tantos pensamentos que o ômega mal percebeu o tempo que ficou ali, totalmente estático sem saber qual tempero pegar primeiro, e foi só quando ouviu a risada da matriarca com Junhee que voltou a si, logo tratando de começa a temperar a carne da mesma forma que fazia para si, e que Jimin e Yoongi amavam.
— Como estamos ficando aqui? — Sentiu mãos delicadas tocarem seu ombro, sorriu corado para a mais velha e deixou que ela provasse um pouco do caldo. — Hummm, nossa, Hoseok suas mãos são de anjos ou algo assim? Por Cristo, isso está maravilhoso — a chuva de elogios os fez rir abertamente, deixando suas covinhas amostra, o que fez a senhora lhe aperta rapidamente as bochechas.
— Posso...posso provar também? — O ômega viu Junhee tentar se aproximar de si, e logo tratou de ir o ajudar, segurando em suas mãos e o guiando até onde estavam.
— Aqui, diga 'A'. — Hoseok lhe ajudou a se servir um pouco também, não deixando passar quando este arregalou de leve os olhos brancos, virando a cabeça em sua direção, o olhando nos olhos com tanto afinco, que Hoseok quase pôde desconfiar que ele via, se não fosse pela condição dos olhos tão sem "vida".
— Nossa está… está realmente divino, e que minha mãe não ouça isso. — Os três na cozinha riram, e o Jung por um momento quis que aquilo durasse mais um pouquinho, porém, como nada é como queremos, não demoraram a ouvir passos pesados andando pelo corredor, e logo braços fortes abraçaram Yuri.
— Woon! Tenha bons modos na frente de nossas visitas. — A ômega tratou de estapear os braços do marido que as rodeavam a cintura.
— Aposto que eles não se importam. — O alfa mais velho brincou enquanto fazia sons de beijos, tentando a todo custo chegar na bochecha da esposa que o empurrava, fazendo os presentes ali rirem.
— Vocês dois não tem vergonha? — A voz potente de Jungkook fez tanto Hoseok, quanto Junhee travarem no lugar, era raro para eles, pessoas "comuns" ouvirem a voz do líder.
Este que era tão pouco comunicativo com seus companheiros de matilha, apenas falava pelos cotovelos com seus amigos e companheiros de trabalho.
— E você não cansa de ser chato? — A mãe do alfa andou até este e lhe ajeitou os fios, Hoseok olhou bem o perfil do líder, após um mês na forma de lobo, seus fios cresceram gradativamente, estavam quase tocando em seus ombros, o corpo parecia mais másculo e grande, os olhos negros mais nublados que antes e até mesmo a tatuagem de líder parecia chamar mais atenção naquele momento. — Não liguem para ele, Jungkook está próximo de seu cio.
Junhee se virou para o lado com as bochechas coradas, Hoseok sabia que ele não via, mas tinha todos os outros sentidos muito mais apurados.
— Entendo — disseram os dois juntos, deixando o clima na cozinha meio tenso, todos sabiam que Jungkook sempre escolhia um ômega para passar o cio consigo, assim como todos sabiam que apesar do alfa copular durante uma semana com este, o dito nunca era marcado, ou engravidava, por vezes já houveram especulações do alfa ser oco. Porém logo essas insinuações foram descartadas, um alfa seco? Isso nunca seria permitido pelos Deuses de Village.
A verdade é que todos os ômegas que iam ficar consigo sempre tomavam aquele bom e velho chá feito pela avó do Jeon, já que ele ainda não queria marcar e muito menos se prender a ninguém, ela tinha seus métodos de cuidar do único neto.
— Bem, vamos logo comer, eu estou faminto. — Senhor Jeon sorriu falsamente, dando tapinhas na costa do filho quando passou por si.
— Também estou — foi tudo o que Jungkook disse antes de sair da cozinha, deixando os três sozinhos novamente.
Seria um longo jantar.
[...]
Hoseok suspirou, todos comiam com tanto gosto a carne preparada por si, que quase não comeu apenas por se sentir satisfeito com a visão que tinha.
Os pais de Junhee e os de Jungkook conversavam como se fossem amigos de longa data, mesmo que tivessem se falado mesmo apenas naquele dia.
— E então eu disse: meu filho, você não pode fazer isso sozinho. E acreditem ou não, ele rosnou para mim! Sim. Rosnou para seu pai alfa aqui. — Lee bateu no peito em falso desgosto, fazendo todos, até mesmo Jungkook, rir pela forma como falava do filho.
— Pai, pare de contar histórias minhas para os senhores Jeons. — O ômega tinha as bochechas vermelhas, e isso fez Hoseok o achar fofo. Ficaria feliz se Jungkook algum dia o escolhesse como ômega, caso viesse acontecer, sabia que o Lee seria um ótimo líder junto do alfa para Vilage, pelas poucas horas que tinha falado com ele.
— E você, Hoseok? — O ômega tomou um leve susto ao ter todos olhando para si após a fala de Yuri. — Quais são suas histórias vergonhosas?
— Bem...Um dia enquanto eu lavava as rosas, senhora Wang às pisou, então eu joguei água na cara dela. — Inflou as bochechas ao lembrar do episódio. — Aquela bruxa. — Cruzou os braços sem perceber.
— Odeio aquela velha, ela sempre me chama de "Meu filho", meu filho meu pa...
— Jeon Jungkook! — O pai do alfa bateu na mesa enquanto ria, tentando calar a boca sem filtros do filho, esse que só então pareceu perceber o que iria falar.
— Quer dizer… me desculpem. — Os presentes também riram, achando fofa a reação do seu líder.
— Cá entre nós, também não gosto dela — senhora Lee comentou, como quem não quer nada, mesmo que Hoseok, Junhee e seu marido soubesse que era mentira, as duas viviam de conversas pela matilha.
— Vamos à sobremesa então? — A mais velha se levantou e chamou pelo Jung. — Já que você quem fez, faça as honras. — Deu o talher para ele servi os presentes na mesa, "algumas" pessoas pareceram não gostar muito disso, mas o Jung tratou de sorrir e fazer o que lhe foi pedido de forma bastante eficaz.
— Puxa vida, você realmente cozinha bem — Jungwoon comentou enquanto enchia cada vez mais sua boca.
— Os alfas dessa casa não tem modos não? — Yuri bateu no marido novamente, fazendo seus convidados rirem, a noite estava sendo até divertida.
[...]
— Jungkook irá acompanhar você, Hoseok. Para que não vá sozinho nesse breu. — Yuri e Jungwoon acompanhavam seus convidados até a porta de saída.
— Ah! Não, não precisa, iremos para o mesmo caminho, nós o levamos até sua casa — Lee Sungmin foi rápida em responder, mal dando chance do ômega processa a pergunta da mãe do seu líder.
— Não, que é isso, Junhee estava quase dormindo na mesa neste instante. — O ômega citado sorrio com as bochechas vermelhas, estava mesmo com sono. — vão indo, que Jungkook irá levá-lo, não é nenhum trabalho, já que ele logo sairá para patrulhar.
— Sendo assim, então… — Song pareceu perceber que sua esposa falaria algo contra a ideia novamente, por isso tratou delicadamente de a puxar para irem logo.
— Jungkook foi apenas lava a boca, já vem, obrigada pela torta e a carne, estava tudo muito delicioso. — O Jung quis falar que quem agradecia era ele, afinal, estava ali porque dependia deles para ter carne todo mês — ômegas não podiam caçar, infelizmente —, mas antes que falasse algo, a mulher já tinha entrado junto do marido.
Suspirou e andou um pouquinho, vendo como a noite estava bonita, nada o atrapalhava de ver as estrelas tão brilhantes no céu, além de alguns galhos de árvores grandes, porém isso em nada interferia na perfeição que era o brilho da lua em contraste a noite.
— Vamos? — Jungkook apareceu sorrateiramente, o que fez Hoseok soltar um gritinho assustado.
— Por lúcifer, não faça isso. — O Jung quase bateu no braço do alfa, se contendo ao ver que isso seria intimidade demais, intimidade essa que não tinha. Havia ficado tempo demais com Jeon Yuri.
— Me desculpe, não achei que estivesse tão distraído. — O alfa passou a andar, e o Jung tratou de apressar os passos para o seguir.
— Eu me distraí com a lua. — Olhou para cima de novo. — Ela está tão bonita hoj.... — Sua fala foi interrompida por uma enorme pedra no seu caminho, essa que o fez cair de cara no chão.
— Você… você… sabe?... Está bem? — Quando olhou para cima, viu que Jungkook parecia muito se segurar para não rir de si, o rosto do alfa já estava ficando sem cor pelo tanto que prendia a respiração.
— Se você rir, será um alfa morto. — Pegou um punhado de terra na mão e jogou no rosto do alfa, fazendo este arfar em surpresa, ou melhor, até mesmo Hoseok estava surpreso com sua saliência para com seu líder.
Seu líder!
— Eu... — tentou falar, porém tudo o que obteve foi um rosnado baixinho, fazendo seu lobo se encolher.
— Corra! — A voz grave não deu dúvidas para a ordem.
— O que? — Porém o ômega no chão ainda sim se fez de desentendido, com as mãos já em punhos na areia.
— Corra antes que eu pegue você! — A ordem foi dada com mais clareza, Hoseok aproveitou os dois passos que o alfa deu para trás, pra se levantar e correr como se sua vida dependesse disso, e ao olhar para trás e não ver Jungkook, percebeu que sim. Sua vida dependia do quão rápido ele corria.
[....]
Isso até ele percebe que era a porra de uma caça! Jungkook estava brincando consigo o rondando e uivando medonho como fazia com suas caças.
— Você é muito lento. — Sua casa estava a exatos três passos quando foi novamente ao chão, o alfa tinha posto o pé em frente aos seus, o fazendo cair e se sujar ainda mais de terra. Ele mal parecia afetado, enquanto a si?
Hoseok arfava tanto que começou a chorar assustado.
— Eu achei que fosse morrer. — O ômega se sentou de pernas abertas, levando as mãos para limpar os olhos sem se importa se estava se sujando de areia. — Meu Deus eu fiquei com tanto medo. — Hoseok viu Jungkook se ajoelhar à sua frente, o alfa ria de um jeito fofinho demais para seu gosto.
— Hoseok, você aceita ser meu ômega durante o cio?
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