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História O Peregrino - Epílogo - História escrita por Goddess_Nariko - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Peregrino - Epílogo


Escrita por: Goddess_Nariko

Notas do Autor


E, por fim, o epílogo!

Capítulo 34 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction O Peregrino - Epílogo

Ho no Kuni (País do Fogo), doze anos depois.

 

Eu jamais conseguiria pôr em palavras o que senti a cada vez que o vi retornar para mim.

A cada vez que ele surgiu nos portões da vila, compleição composta e semblante sereno, o meu coração encheu-se de um sentimento tão poderoso, tão benéfico e auspicioso que não poderia ser outro senão amor.

Na primeira vez em que voltou para nós, Sasuke-kun retornou com um aviso: não ficaria por muito tempo. E com uma proposta para mim, e apenas para mim. Ele não precisou esperar por muito tempo para ter de mim uma resposta deveras entusiasmada. Sim, eu iria com ele. Aonde quer que fosse, a cada um dos quatro cantos daquele vasto mundo, eu o acompanharia.

Com o passar dos anos, habituei-me a vê-lo sair pela porta da casa que dividíamos: o manto preto envolvendo-o quase completamente, a bolsa pendurada nos ombros, o hitaiate com o símbolo da vila arranhado preso ao cinto junto à Kusanagi. As andanças de Sasuke-kun jamais terminaram mesmo depois que nós nos casamos.

Ele levava um pedaço de mim consigo a cada vez que partia. E eu jamais conseguiria me ressentir dele por isso, não quando as viagens significavam que Sasuke-kun estava se esforçando para preservar o futuro e a paz no mundo shinobi. O futuro e a paz que a nossa própria filha desfrutaria enquanto crescesse.

As pessoas de fora podiam não entender. Não importava. Eu entendia as motivações dele de querer proteger o futuro a qualquer custo. Era um tipo de sacrifício que, como mãe e shinobi, eu era capaz de compreender. Então, dava a ele todo o suporte do qual precisava.

Os anos distantes haviam me ensinado a ser forte, tão forte como eu jamais sonhei que poderia ser. As noites eram solitárias até certo ponto, mas eu tinha Sarada comigo e vê-la crescer e se parecer mais com o pai a cada dia era capaz de suprir a tristeza que a ausência dele causava.

Como adulta, eu era mais compreensiva e mais leniente. Mas Sarada — a quem nós mantivemos no escuro quanto à razão da ausência do pai — foi mais difícil de ser convencida. Foi preciso que ela fugisse da vila e encontrasse o pai, correndo todos os riscos nesse processo, para entender a importância da missão que ele cumpria. E, principalmente, para compreender que a distância não limitava o amor que sentíamos como uma família. Agradeci muito ao Naruto naquela época por tê-la guiado durante aquela crise. E graças ao vínculo que ambos estabeleceram, Sarada amadureceu como shinobi e desenvolveu um sonho maravilhoso.

Então, quando o mundo pareceu entrar em uma nova era de paz, com as maiores ameaças à humanidade subjugadas e derrotadas — os últimos sobreviventes do clã Ōtsutsuki selados ou mortos —, Sasuke-kun passou a poder desfrutar de mais tempo conosco na vila.

As missões mais perigosas ainda estavam lá, à espera dele para cumpri-las, mas com o passar dos meses após a derrota de Momoshiki e Kinshiki, as coisas voltaram a se assentar em Konoha e, num fim de tarde, Sasuke-kun retornou inesperadamente à vila depois de concluir mais uma missão de espionagem em um país remoto. Eu sabia que ele era o mais indicado para ser enviado às regiões mais distantes e isoladas. Os poderes oculares que ele desenvolveu após o término da guerra o tornavam indispensável para a manutenção da paz no mundo shinobi.

Eu estava de folga naquele dia quando ouvi o som da porta da frente se abrindo. Levantei do sofá onde estivera na última hora, deixando o livro de lado depois de marcar a página onde parei a leitura, e fui até a entrada, perguntando-me se seria Sarada retornando mais cedo da missão no país do Vento. Mas era Sasuke-kun quem irrompia no vestíbulo, tirando os sapatos e o manto que ele usava.

Aproximei-me dele com um sorriso, surpresa com a sua repentina e bem-vinda chegada.

Tadaima — ele disse assim que subiu os degraus do desnível.

Okaerinasai — respondi de volta, parando a alguns passos dele. — Não esperava que você voltasse tão cedo. Pelo menos pelas próximas três semanas.

— Aa. Terminei tudo o que precisava fazer e resolvi voltar para relatar ao Naruto.

Sasuke-kun dobrou a capa habilmente e a encaixou na dobra do braço. Olhou em volta por um momento, sondando o cômodo antes de voltá-los — calmos e profundos como o mar noturno — para mim.

— A Sarada está em casa?

Meneei a cabeça, e deixei escapar um suspiro. Ela detestaria saber que perdeu a oportunidade de passar algum tempo com o pai quando voltasse da missão. Sarada adorava treinar com Sasuke. Sempre que ele estava na vila ela pedia que o pai a ensinasse novos jutsus, e inclusive mostrava, empolgada, os progressos que fazia com o seu sharingan.

— Está em missão com o time dela — respondi. — Não deve voltar para casa pelo menos pelas próximas duas semanas.

Não perdi o modo como a decepção atravessou o semblante cuidadosamente composto dele por um segundo. Sasuke-kun era uma pessoa difícil de ler à primeira vista. Mas, uma vez que o conhecesse a fundo, se tornava fácil determinar quando ele estivesse se sentindo triste, introspectivo ou decepcionado. Como agora.

Encurtei a pouca distância que nos separava, pegando-o pelo braço e levando-o em direção ao quarto que compartilhávamos.

— Por que não toma um banho e tenta relaxar um pouco? Vou começar a preparar o jantar. Estou de folga hoje então podemos comer juntos. O que acha?

Ele aquiesceu, acatando as minhas sugestões e eu o deixei livre para seguir o resto do caminho por conta própria. Fui até a cozinha e comecei a preparar o jantar para nós dois, cortando alguns legumes e colocando a água para ferver em uma panela. Tentei não me deixar levar pela constatação de que teríamos a noite só para nós, repreendendo-me imediatamente por ainda me comportar como uma recém-casada com o meu marido. Minha própria filha tinha a tendência de me censurar por isso.

Porém, ele ainda tinha aquele efeito sobre mim. E eu nunca consegui encontrar um motivo plausível para parar de demonstrar o quanto eu o amava e apreciava cada minuto que passava na companhia dele. Estivemos separados por tantos anos e por tantos motivos. Ora, eu tinha o direito, não tinha?

Suprimindo os pensamentos tolos, concentrei-me em fazer a comida. Sasuke-kun juntou-se a mim não muito tempo depois, os cabelos negros ainda úmidos do banho. Ao vê-lo parar diante do fogão perto de mim, estendi a mão e afastei a franja que escondia seu olho do Rinnegan.

— Seu cabelo cresceu outra vez — comentei. — Quer que eu o corte?

— Talvez outro dia — ele negou a minha sugestão e começou a me ajudar a preparar o nosso jantar.

Eu gostava de vê-lo se mover na nossa cozinha enquanto realizava tarefas banais e domésticas. Havia algo de peculiar em ver um shinobi tão poderoso quanto ele, cujas habilidades equiparavam-se às dos deuses, cortar os legumes ou mexer a sopa quando eu pedia.

Juntos, colocamos a mesa e começamos a comer. As refeições ao lado dele eram sempre tranquilas. Às vezes, ele gostava de me dizer por quais lugares havia viajado e quais países havia atravessado; que shinobis havia encontrado.

— Ah — eu suspirei de repente, deixando os hashis de lado. — A casa fica tão quieta com a Sarada longe...

Sasuke-kun aquiesceu, um pequeno sorriso curvando os cantos da boca.

— Como anda o treinamento dela para aperfeiçoar jutsus com shurikens? — ele perguntou, puxando assunto.

Na última vez em que esteve na vila, Sarada pediu ao pai para que a ensinasse as técnicas com shurikens que ele sabia, combinando-as com as habilidades únicas do Sharingan. Sarada era uma aluna disciplinada e dedicada, principalmente quando o professor em questão fosse Sasuke-kun.

— Sarada dominou algumas técnicas e aprimorou um ou dois jutsus — comentei, lembrando-me da conversa sobre o treinamento dela que tivemos na semana passada. — Mas ela ainda não está satisfeita com o desempenho que alcançou. Aquela menina... Às vezes me pergunto de quem ela puxou essa obstinação de querer ser perfeita em tudo.

Sasuke-kun ergueu os olhos para mim naquele momento, olhando-me atravessado.

— O quê? De mim?! — expeli entre risos. — De jeito nenhum, shannaro!

— Se você diz — ele deixou de lado e simplesmente voltou a comer.

Fitei-o incrédula, ainda rindo, e voltei a comer também. O jantar transcorreu tranquilamente e, uma vez que a louça estava limpa e guardada outra vez, eu disse que tomaria um banho e fui em direção ao nosso quarto.

Não fiquei mais do que quinze minutos debaixo do chuveiro, mas quando saí do banheiro, enrolada em um roupão seco e quente e com os cabelos úmidos, o quarto continuava mergulhado em sombras. Na janela ampla sob a cama de casal, o céu da noite transparecia: sereno e brilhante.

Mesmo com as luzes apagadas, vesti-me para dormir.  Voltei ao banheiro apenas para ligar o secador e secar o cabelo. Amanhã teria um dia cheio no trabalho, por isso não pretendia dormir tarde. Logo, desliguei o secador e retornei ao quarto.

Antes que chegasse à cama, senti o calor do corpo de Sasuke-kun envolver-me e seu braço, ao enrolar-se em volta da minha cintura, puxou-me de encontro ao seu peito.

Envolvi seu braço com as minhas mãos no mesmo instante em que a ponta do seu nariz deslizou pela parte de trás da minha cabeça. A respiração pesada dele causava arrepios na pele do meu pescoço. Eu gostava daqueles nossos momentos, de como eles pertenciam apenas a nós dois. Como se fossem os nossos pequenos segredos. Ninguém mais nunca saberia que tipo de homem o meu marido se tornava na intimidade do nosso quarto. Ninguém mais nunca o conheceria como eu o conhecia.

Sem demora, Sasuke-kun virou-me para ele e a sua boca encontrou a minha. Passei os meus braços ao redor do seu corpo, apertando-me contra ele. O suspiro que eu tinha na ponta da língua foi logo devorado pelos seus beijos. Não havia nada no mundo inteiro como a sensação da boca dele movendo-se contra a minha.

Sua mão espalmada pressionava a base das minhas costas, os dedos tencionavam erguer a bainha da blusa do meu pijama para tocar na minha pele. Não que tivesse feito diferença; eu já estava em chamas por causa dele.

Movemo-nos pelo quarto sem nos desgrudarmos um do outro e quando a parte de trás dos meus joelhos bateu no colchão eu me deixei cair, puxando-o comigo para a cama. Quebrei o beijo por tempo suficiente para olhá-lo nos olhos. Minha boca se abriu em um sorriso lânguido.

— Senti saudades — sussurrei, afastando o cabelo negro e macio dos seus olhos.

A resposta de Sasuke-kun a isso foi se curvar em direção à minha boca para mais um beijo. Corri os meus dedos pelas costas dele, chegando à bainha da blusa e enganchando-os no tecido. Fiz o caminho inverso trazendo-a comigo para livrá-lo da primeira peça de roupa.

Suspirei um pouco mais alto quando senti o primeiro toque dele no meu seio, mesmo por cima do pijama, enquanto a sua boca descia pelo meu queixo e pela minha garganta. O peso familiar do seu corpo sobre o meu — encaixado entre o meu — trazia um conforto incomparável. Escondi o meu rosto no pescoço forte, respirando o cheiro dele.

Assim que ele parou as carícias para tirar a minha blusa tratei de ajudá-lo, contorcendo-me em seguida para me livrar dos shorts enquanto o ajudava a tirar a calça. Se tinha suspirado ao sentir seu toque nos meus seios por cima da blusa, ao sentir os seus lábios na minha pele nua eu gemi, tombando a cabeça sobre o colchão.

Mesmo depois de mais de dez anos de casamento ele conhecia cada parte vulnerável do meu corpo, cada ponto de prazer. E ainda era capaz de me fazer tremer sob o seu olhar como na primeira noite em que dormimos juntos, tão longe e isolados em uma montanha misteriosa no país da Cachoeira.

Eu também não havia me esquecido de como fazê-lo sentir prazer, de como deixá-lo ofegante ou provocá-lo. Aprendi ao longo do tempo que Sasuke-kun entregava-se por inteiro em tudo o que fazia — até mesmo no sexo.

Seus dedos moveram-se pelo meu corpo até que eu pudesse senti-lo pressionar no meu ponto mais sensível, arrancando-me mais um gemido. Em retaliação eu o empurrei de cima do meu corpo, girando-o sobre o colchão até que pudesse montar seus quadris. Como tínhamos a casa apenas para nós dois naquela noite não me importei com pudores.

Sua mão subiu pela parte de trás da minha coxa, passando pela minha nádega até pousar na base da minha espinha. Curvei-me até ele para outro beijo, encaixando-me para conseguir estimular a nós dois. Seus dedos puxaram do meu corpo a última peça de roupa que me restava, abaixando-a pelos meus quadris e coxas. Despi-o da dele e o contato de pele contra pele quase foi mais do que eu conseguia suportar no momento. Ele também a julgar pela forma como sua respiração ficou presa na garganta.

Encaixei-o no meu corpo de modo que pudesse me estimular, movendo os meus quadris, mas sem trazê-lo para dentro de mim. Seus dedos voltaram para me acariciar, tocando-me, e a sensação foi o bastante para me distrair do beijo. Arqueei a espinha, estremecendo. Já fazia algumas semanas desde a última vez em que estivemos juntos daquela maneira, mas ele fazia a espera valer a pena cada maldito segundo.

Tombei para frente, apoiando-me nas palmas das mãos no colchão enquanto o sentia me assistir. Mordi o lábio para conter os gemidos, mas Sasuke-kun não parecia disposto a me conceder uma trégua. Não naquela noite.

Eu já estava a caminho de ter o primeiro orgasmo e ele não demoraria a vir. Podia sentir a tensão no meu baixo-ventre, o sangue cantando no meu corpo, as sensações do seu toque multiplicadas por mil.

Então quando aconteceu eu não tentei me conter. Antes que pudesse despencar, mole, sobre o corpo dele, contudo, Sasuke-kun girou-nos sobre o colchão e me beijou outra vez. Senti-o erguer e afastar uma das minhas pernas para poder se acomodar melhor entre os meus quadris.

Sem sequer precisar quebrar o beijo ele me penetrou. Gemi o seu nome entre os beijos, afundando as minhas unhas nos seus ombros. Antes que começasse a se mover, Sasuke-kun ainda beijou os meus lábios uma última vez. Apoiou o peso do corpo no colchão e recuou os quadris para arremeter de novo.

Mantive os olhos bem abertos, assistindo-o se mover. O modo sensual como os músculos do seu corpo trabalhavam. A intensidade do seu olhar no meu. Seus quadris pressionando-me contra o colchão. Envolvi-o com as minhas pernas, arquejando a cada investida dele. Podia sentir o prazer se construindo de novo dentro de mim. E as investidas dele se tornavam mais fortes e profundas conforme ele perdia o pouco de autocontrole que ainda tinha.

Em pouco tempo aquele nó de tensão no meu baixo-ventre se rompia de novo, e o meu ápice causou o orgasmo dele também. Como sempre fazíamos depois do sexo, trouxe-o para o meu peito, deitando-o sobre os meus seios e acariciando os seus cabelos até que ele recuperasse o fôlego.

Depois, com as respirações uniformes outra vez e o suor esfriando na pele, desfizemos o enlace complicado que os nossos corpos se tornaram e eu me acomodei sobre o seu peito. Seus dedos moviam-se devagar pelas minhas costas numa carícia gostosa.

De repente, eu ri. O que o deixou confuso e acabou quebrando um pouco a intimidade do momento.

— O que foi? — ele me perguntou.

— Eu só me lembrei de algo engraçado — justifiquei-me, lutando para parar de rir. — Do absurdo que foi a Sarada achar que eu não era a mãe biológica dela. O que se passou na cabecinha daquela criança para chegar a uma conclusão dessas, shannaro?! Eu não a carreguei por nove meses e sofri as dores de horas de trabalho de parto para ser desacreditada dessa forma. Quando penso nisso eu ainda fico muito brava! — confessei.

Ouvi o som do riso contido de Sasuke-kun em resposta ao meu desabafo indignado. Era algo tão raro ouvi-lo rir, então guardei o momento com muito carinho. Ele tinha um sorriso tão bonito, mas não o mostrava com facilidade. Exceto para mim e para Sarada, claro. E para o Naruto quando eles deixavam de implicar um com o outro por cinco minutos. Velhos hábitos não morriam com aqueles dois, mesmo que agora eles fossem adultos, e cada um tivesse a própria família para cuidar e um fardo imenso para carregar.

— Também me pergunto como ela concluiu esse absurdo — ele comentou para ecoar a minha indignação.

Sasuke-kun havia dado um esporro em Naruto logo depois de termos voltado à vila. E Naruto, envergonhado, havia o ouvido até o fim e pedido desculpas por duvidar do caráter do melhor amigo.

— Que tipo de homem você achou que eu fosse, seu idiota? — ele perguntara na ocasião; Sasuke-kun estava mesmo zangado por ter sido desacreditado pela filha e pelo melhor amigo.

Aquilo havia acontecido havia quase um ano agora. Mas por mais absurdo que tivesse sido a Sarada deixar a vila para encontrar e questionar o pai, o ocorrido havia estreitado os nossos laços como família. Sarada se mostrava cada vez mais compreensiva com as missões longas do pai. Ela estava finalmente entendendo os deveres e os sacrifícios de um verdadeiro shinobi.

— Eu já te contei que a Sarada decidiu o que quer ser? — retomei a conversa depois de um tempo.

Sasuke-kun meneou a cabeça, negando. Ergui o meu rosto do seu peito para que ele visse o meu sorriso.

— Ela quer ser Hokage — disse.

A informação pareceu pegá-lo de surpresa por um momento.

— É mesmo?

Anuí, voltando a deitar a cabeça no seu peito.

— O Naruto foi uma boa influência para ela. Acabou apontando, mesmo sem querer, o caminho que ela deve seguir como shinobi. E vai ser um caminho bastante difícil, eu não tenho duvidas. — Suspirei.

— Você está preocupada com ela?

— Qualquer mãe estaria — admiti. — Mas eu também sei que ela vai se sair bem. Afinal, ela é minha filha. E é sua também. Ela herdou o que há de melhor de nós dois. E eu vou fazer de tudo para apoiar o sonho dela.

— Aa. Eu também — ele completou.

Quando o silêncio começou a assentar no quarto, deixando-me sonolenta e confortável, ouvi a voz dele outra vez:

— Sakura, no futuro... Quando a vila e o mundo estiverem bem estabilizados, e houver uma nova geração para nos suceder... Eu estava pensando...

Sasuke-kun interrompeu-se, deixando que as suas palavras enigmáticas pairassem entre nós. Ergui-me do seu peito de novo, fitando-o. Não era comum para ele ser reticente daquela maneira. Exceto quando pretendia dizer algo muito importante para mim.

— O que foi? — instiguei-o.

Ele me olhou nos olhos quando proferiu as próximas — e decisivas — palavras.

— Quando o mundo estiver desfrutando uma paz duradoura, você gostaria de viajar comigo outra vez? Só nós dois — ele enfatizou um tanto embaraçado.

Abracei-o, sorrindo bobamente.

— É claro que eu gostaria! Mas, um futuro como esse pode demorar a chegar — observei, mordendo o lábio. — Podemos muito bem ser dois velhinhos até lá.

— E você se preocupa com isso? — ele ergueu as sobrancelhas muito acima dos olhos inquisidores.

— Não, de jeito nenhum — confessei. — Só fico imaginando que tipo de vovô você será no futuro... — Divaguei. — Grisalho e cheio de rugas, mas sem dúvida alguma ainda muito bonito — caçoei da careta que ele fez para mim.

Ao voltar a deitar sobre o seu peito eu me sentia a mulher mais realizada e feliz do mundo. Por amar e ser amada por um homem como ele, eu sabia que tivera uma sorte grande. E um privilégio único.

Amá-lo havia me ensinado muitas lições preciosas. E havia me ajudado a me tornar a mulher que eu era. Nunca me arrependeria das escolhas que fiz que o envolvessem. Na verdade eu tinha certeza de que faria tudo outra vez se soubesse que elas me trariam até aquele presente. Até a família e a vida que nós construímos juntos.

Não trocaria aquela felicidade e plenitude por absolutamente nada no mundo.

 

⊱❊⊰

Fim.


Notas Finais


Sim, eu sei. Eu levei mil anos pra escrever esse epílogo. O que eu posso dizer em minha defesa? A inspiração simplesmente desapareceu! Apesar dos pesares, eu gostei bastante de escrever a perspectiva da Sakura aqui.

Mas, finalmente, eu posso dizer que concluí essa história!

Espero que tenham gostado e muito obrigada por terem me acompanhado! xoxo


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