A Uchiha andava rapidamente entre as pessoas do centro, às vezes esbarrando em algumas delas, contudo, a sua pressa era tanta que não permitiu-a se importar com a falta de educação que estava tendo nesse dia em específico.
Afinal, aquele dia era uma data especial. A data em que conheceu a sua melhor amiga e paixão – mesmo que negasse isso muitas vezes.
Ela era apaixonada por Senju Tobirama, e acabava odiando que as coisas fossem assim, entretanto, não conseguia, simplesmente, se livrar de seus sentimentos amorosos por ela, não quando Tobirama lhe fazia se apaixonar mais um pouco a cada novo dia.
Os momentos de descontração que ela protagoniza, a personalidade que às vezes varia entre rígida e séria para bondosa e demonstrativa.
Ela é tão perfeita e linda.
E era por isso que procurava o melhor presente para Albina, queria presenteá-la como algo que ela nunca esquecesse, algo que guarda-se em seu coração.
Entrou em todas as lojas possíveis, mas nada de achar o Presente Perfeito, se sentiu triste. Não poderia dar qualquer coisa para Senju, mais o que faria? Suas expectativas estavam altas, contudo, parece que hoje não era seu dia.
Voltou para casa, em uma velocidade impressionante, dessa vez iria consultar os conselhos de Itachi.
[........]
No outro lado da Cidade, Tobirama encontrava-se parada, em frente a uma grande papelaria. Pensou em comprar material de pintura para Izuna, contudo, a sua mente martelava as palavras ditas por Shisui, lhe fazendo vacilar um pouco sobre esse assunto em questão.
''— Por que ao invés de algo material, você presenteá-la com o sentimental? — Shisui questionou em dúvida para a Albina, que escutava tudo calmamente
— Defina o sentimental…
— Estou querendo dizer: Por que você não confessa seus sentimentos para ela? — aconselhou, observando a Senju tensionar os ombros.
— Sentimentos...? — perguntou indecisa.
— Sim, está bastante óbvio que vocês gostam uma da outra. — comentou, como se não fosse nada demais, enquanto a Senju adquire tons de vermelho.
— Talvez eu faça isso. — decidiu, olhando para o calendário, que marcava o dia 13 de outubro, o dia que se conheceram."
Agora ela estava confusa, pensando se seguiria ou não a sugestão de Shisui. Depois de alguns segundos de análise, ela tomou a sua decisão: o seu Presente Perfeito seria os seus mais puros sentimentos, todavia, como faria isso? Sempre achou sentimentos desnecessários, porém, quando Izuna entrou na sua vida, tudo isso mudou.
Uma comprovação: Se apaixonou por ela.
Usou o teletransporte para ir à sua residência, pegou todos os materiais necessários para um piquenique, cujo veio a planejar de última hora, e depois usou a técnica novamente para o parque que costumava frequentar com Izuna.
Rumou para a parte mais afastada, que apenas ela é a Uchiha conhecia. Se fosse declarar os seus sentimentos, precisaria ser um lugar que fosse importante para as ambas. E diferente do normal, ela optou por fazer tudo manualmente, ao invés de usar seus poderes. Arrumou tudo calmamente, ainda tinha bastante tempo para fazer o que desejava.
Enquanto Tobirama fazia os preparativos, Izuna voltava da casa de Itachi, pensando seriamente no conselho do outro Uchiha. Talvez devesse dizer o que sentia. Sim, era isso! Iria revelar tudo o que sentia para a Albina, mas......
Se ela a rejeitasse? É se isso destruísse a amizade das duas? E se Tobirama não falar mais consigo? E se...
‘’Parou Izuna! Você não é pessimista!’’ — se repreendeu, dando uma tapa fraca em seu rosto — ‘’Quem faz esse trabalho é Tobirama.’’
Caminhou novamente para o Centro da Cidade, só que durante o caminho, recebeu uma mensagem de Tobirama. Ela pediu para que ela fosse para o parque, guardou o celular na bolsa, e passou rapidamente em uma Confeitaria; onde comprou uma torta de limão, a favorita da Albina.
Correu alguns quilômetros, até chegar no local desejado. Escondeu a torta na bolsa, de modo que ela não fosse amassada lá dentro.
Engolindo a vergonha, foi até a parte mais reservada, encontrando a Albina sentada em uma toalha, notando que ela preparou um piquenique. Caralho, Tobirama era muito fofa quando queria.
— Oi, To-chin. — falou, mesmo sabendo que ela já tinha notado a sua presença.
— Oi… — respondeu secamente, mas Izuna já era bem acostumada com isso.
— Como você está? — perguntou, tentando puxar assunto.
— Bom, eu estou como sempre... — respondeu — Eu queria falar algo com você. — diz, deixando Izuna ansiosa.
— Eu também preciso falar algo com você.. — aproveitou um lapso de coragem, notando que ela lhe olhou estranho — Entretanto, pode falar primeiro.
Ela olhou-a, como se estivesse analisando algo, e depois falou um simples:
— Fale primeiro.
Olhou-a desconfiada, a Senju nunca foi do tipo de ceder algo, mesmo que fosse algo banal.
— Por que? Você disse primeiro, nada mais justo que fale primeiro. — argumentou, observando ela fazer uma expressão indecifrável.
— Resolvi ser uma pessoa caridosa, pode falar o que quer. — rebateu.
— Mas eu não quero.
Ela olhou para Izuna mais uma vez, para logo depois desviar o olhar, estranhou, porém, esse não era o principal. Não agora.
— Então vamos falar juntas! — sugeriu.
— Claro. — concordou.
— No três... Um, dois.. — começou a contar, o desespero se apossando a cada número — Três!
— Eu gosto de você! — falaram em uníssono, e depois de digerirmos o que foi dito, os rostos adquiriram tons vibrantes de vermelho, a vergonha se apossou. Ambas não tinham coragem de olhar no rosto uma da outra.
Mas, apesar da vergonha, ambas estavam felizes, os sentimentos eram retribuídos, esse era o melhor presente que elas poderiam ganhar. Puxando coragem de algum lugar desconhecido, Izuna olhou para Tobirama, notando que ela ainda possuía o rosto vermelho – só não estava tanto, igual a antes.
— To-chin... — chamou a atenção — Obrigado. — agradeceu em felicidade.
Agora ela entendia a felicidade de Shisui ao ter seus sentimentos retribuídos por Itachi. A sensação é magnífica!
— Não precisa agradecer… — Expressou — Mas não ache que eu serei melosa com você só por causa disso! — exclamou, causando risadas na Uchiha — Do que está rindo?
— Eu não consigo imaginar você sendo melosa. Isso seria estranho.
— Pior que é a mais pura verdade. — concordou, olhando para a cesta que jazia em cima da toalha — Vem, antes que eu coma tudo. — diz jocosa, e como Izuna não queria ficar com fome, logo obedeceu.
Comeram normalmente, ou quase isso, o clima ainda era um pouco constrangedor, contudo a mudez era bem vinda.
O agradável silêncio foi quebrado com a pergunta da Senju.
— E o meu presente? — indagou — Não trouxe, né? — perguntou retoricamente, rindo da expressão envergonhada de Izuna, que tinha se esquecido da torta.
— Não... — respondeu, ainda mais envergonhada — Porém...
Fez algo inesperado e espontâneo, beijou Tobirama, ela poderia lhe dar uma tapa depois? Claro, mas vai valer a pena. Se separou dela rapidamente, esperando uma reclamação, todavia, a Senju apenas deu uma pequena risadinha e falou:
— Gostei do presente.
Essa frase me fez a Uchiha adquirir tons rubros em seu rosto, contudo, também deu uma pequena risada. No final, apenas a presença de Tobirama era o Presente Perfeito de Uchiha Izuna.
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