Tem uma coisa em que Inuyasha detestava, era de gente chata e ficar se metendo em sua vida, mandando fazer isso e aquilo, seu mau humor começou a elevar ao nível máximo.
Não aguentou por estar novamente em um hospital, dessa vez com pé engessado e ter que sair sentado em uma cadeira de rodas, para que a dondoca da Higurashi mais velha, servisse de choffer para levar ele em casa, enquanto a pequena, sentar-se ao seu lado com um sorriso de orelha a orelha, contando coisas do colégio que para ele, não significava nada, apenas fechou seus olhos e contou mentalmente até os números que se lembrassem, para que não aguentasse ouvir a pequena criança falar asneira.
Pensando que poderia dar certo a sua artimanha e a jovem ficasse calada eis que a menina não gostou e tratou de falar da sua postura.
— Senhor Inuyasha, mesmo sem memória, o senhor não deveria ser assim?
Um pouco confusa, Kagome acaba encarando a irmã pelo retrovisor do carro, com semblante arqueado, tentando compreender o motivo dela ter repreendido o homem.
— Rin! Por que diz isso?
Rin cruza os braços e olha para o homem, ainda facinada pela beleza.
— Por que o senhor Inuyasha é muito ranzinza e mal educado, igual aquele senhor, mana!
Inuyasha abriu a boca em espanto, por não gostar da pirralha, de se comparar uma pessoa que ele nem sabe quem é, e antes que a irmã mais velha falasse alguma coisa, ele tratou de abrir a boca para falar asneira.
— Sua Pirralha! Respeite os mais velhos, ou te darei uns cascudos!
Kagome freou o carro bruscamente na estrada, fazendo com que o carro de traz mudasse de rota ou teria um acidente.
— Por que parou? Adianta logo que estou morrendo de fome! Sua barbeiragem está de dar dó.
As veias da testa de Kagome quase saltaram para fora, ao ouvir o desaforo do homem, achando ele muito folgado.
— Se o senhor quiser ainda viver por mais um dia, devo lhe avisar, que não ouse tocar um dedo seu em minha irmã, pois eu faço questão de arrancar dedo por dedo e enfiar em sua boca ou se preferir lhe jogo aqui na rodovia, pois, não sou feita de ferro para ficar ouvindo tantas asneiras de homem, mal educado, ignorante que não sabe agradecer uma ajuda.
Rin alegre para Kagome lhe defender, olha para Inuyasha sorrindo e taca-lhe mostrar a língua com gosto e vira o rosto para olhar o vidro a paisagem de lá de fora, toda contente por ver a cara de raiva que Inuyasha fez por não gostar de ser repreendido.
Após esse ataque de nervos de ambas as partes, o caminho seguiu em silêncio, apenas a respirações era escutada dentro do carro, sem dizer mais nada, Inuyasha estava remoendo ainda a discussão, acabou focando que a porta de entrada para a fortuna das Higurashi, é a pequena Rin, tem que se aproximar dela e ganhar confiança, porque assim ele consegue chegar na irmã mais velha.
Antes que o carro estacionasse de frente ao portão e as portas do carro fosse aberta para que os ocupantes descesse, Inuyasha segurou o braço de Rin, causando espanto, porém, foi rápido para espantar qualquer dúvida da mente de ambas.
— Peço desculpas senhoritas, sou estou nervoso por não lembrar de nada e ainda ficar dando trabalho a duas jovens lindas! Não sei como irei retribuir toda a gentileza!
Rin se derrete, olha para Inuyasha, sorri.
— Está desculpado! Apenas deixe nós cuidarmos do senhor! Aposto que logo estará bom, sim?
Kagome suspira, desce do carro e chama Jakotsu para ajudar Inuyasha.
Jakotsu aparece todo sorridente empurrando a cadeira de rodas, deixando Inuyasha formar uma caranca de desgosto.
Durante o percurso, Kagome enviou uma mensagem para Jakotsu solicitando uma cadeira de rodas, não cairia bem ficar carregando um homem grande para cima e para baixo nos braços.
— Senhora Kagome que pediu-me para providenciar. — Acaba justificando, pela olhada feia de InuYasha.
— Fazer o quê! Devo me conformar com a desgraça me assolada, primeiro atropelado e agora agredido, só falta uma de vocês me matar.
Apesar das grosseria de Inuyasha, Kagome se compadeceu pela fala do homem, não se via no lugar dele, deve ser muito doloroso viver sem memória.
Suspira, caminha até o homem que acabou de ser deixado na cadeira de rodas, toca o ombro do mesmo, neste momento os olhares se cruzaram, e Inuyasha não decifrou que Kagome lhe olhava com compaixão, e não pena, abaixa a cabeça quebrando o contato visual e fala antes de ouvir alguma palavras penosa da boca dela.
— Não precisa me olhar com pena senhorita! Já não basta minha situação degradante?
Kagome paralisou e esqueceu as palavras afetuosa que diria ao homem, afasta o toque do ombro dele, dar dois passos para trás, puxa o fôlego, desejava dar uma caçetada na cabeça do homem, ó cara grosso!
Tentou mudar o foco da conversa, olhou para Rin.
— Rin! Por que não vai lá para dentro! Avisa a Kaede para deixar um lugar a mesa, senhor Inuyasha almoçará conosco hoje, sim?
Surpreso ficou Jakotsu, não acreditava que Kagome tentava animar a visita mala, olha para Inuyasha que levantou a cabeça para olhar a mulher no intuito de saber se é uma piada, mas a boca dele que decide falar besteira.
— Está de brincadeira?
Kagome fita Inuyasha, nega com a cabeça, sorri simpática.
— Não! Rin e eu gostaríamos de convidá-lo a se juntar a nós, o que me diz, hein?
Rin sorri, seu coração alegrou, no simples fato do homem sorrir minimamente.
— Aceita, senhor Inuyasha! Será tão bom!
Um convite, que se fosse outra pessoa aceitaria de bom coração e agradecia conforme manda o figurino, mas na cabeça do prateado não se passava dessa maneira, o mesmo se encontrava com tornozelo enfaixado, sentado na cadeira de rodas e o braço direito dele na tipoia, só tinha o esquerdo para poder conseguir comer alguma coisa, encarando para as duas mulheres, que estava esperando a resposta, ele sentiu-se diminuído por saber que elas estaria de brincadeira com a cara dele, pois, que condição ele teria de sentar e se postar na mesa junto com alguma pessoa?
— Saiba que não gosto nenhum pouco de tirar saro com a minha cara.... Rin e Kagome murcharam, arqueando a sobrancelha e ouviu mais de InuYasha. — Olha para mim, como ousa zombar de mim? Estou parecendo uma múmia e as duas só por que está bem, fica me humilhando?
A conversa deles acaba sendo interrompida pois aparece no jardim ao lado de Jakotsu a senhora Kaede.
— Não entendo porque vocês duas, fica aí dando ouvido a esse urubu de despacho, falar tanta asneira e ser tão ignorante, por mim, quebrarei todas minhas vassouras na cabeça dele! Joga essa praga ruim porta fora, onde já se viu ficar convivendo sendo obrigada a ouvir tanta porcaria.
Kaede passa por Kagome e Rin, caminha em direção ao jardim colher algumas flores, para enfeitar o vaso da mesa, que todos os dias ela faz questão de trocar as flores.
Rin acaba abafando com as mãos o sorriso, quando olha a face vermelha e o trincar do maxilar de InuYasha, ela não leva as ofensas dele a sério, pois, adora quando Kaede alfineta, ali, ela sabia que por mais grosso ignorante ele fosse, por debaixo daquela casca grossa, tem um homem muito bondoso e, é por isso que ela não sente ofendida.
Diferente da irmã, que não gostou nadinha do que ele falou, acaba explodindo.
— Irei fazer questão de contratar o melhor psiquiatra do planeta e se for possível mandar fazer um exorcismo no senhor, pois, nunca vi um homem tão ignorante, Kami-sama, não adianta ter uma beleza dessa, que não serve para nada.
Enraivada, deixa um homem lá sentado na cadeira de rodas e caminha pisando no fundo para dentro de casa, tomar um banho e trocar de roupa, chega de ficar se preocupando com mala sem alça, pois, a delas todas tem alça e muito bem preservada.
Abrindo a porta do quarto com tudo, acaba soltando um grito de raiva, enquanto joga os saltos para o lado, vai abrindo os botões por botões de sua camisa social, caminha direto para o banheiro, deixando as peças cair no chão, de olhos fechados, liga o chuveiro e deixa a água cair por toda sua pele liberando aquela tensão.
Inuyasha acabou ficando sem graça, quando reparou que Kagome entrou para dentro de casa e a palavra que ela tinha falado com ele, ainda martelou em sua cabeça, já que um ponto ele não tinha ainda percebido, ela achou ele bonito, mas por causa da explosão de ignorância dele, deixou os ombro cair em forma de desânimo, se repreendendo mentalmente por não ter conseguido se conter.
— Gostaria de saber da onde o senhor veio? Está se tornando um hóspede indesejável, não vejo a hora de sua melhora, farei questão de tocar foguete quando for embora.
Fala Jakotsu desgostoso por ter que empurrar a cadeira de rodas.
— Deixe-me ai sua porra! Não preciso de sua ajuda. Inuyasha grita enraivado, por saber que ele está errado, mas não daria o “braço a torcer”, se bem, o braço direito já está quebrado!
— Há não! Então fica aí seu insuportável! Jakotsu sair pisando fundo, farto de tudo.
Rin ainda estava observando, balança a cabeça em negação quando InuYasha tenta pedir para Jakotsu voltar, caminha até ele, segura na cadeira e responde.
— Vamos senhor Inuyasha, te ajudo a levar, peço que tente ser agradecido com a vida! Tem muitas gente aí que fica anos em um hospital por não lembrar de parente ou não tem alguém para ajudar, se não é pedir demais, agradeça por a vida te dar uma chance de está aqui entre nós! Baixar a guarda cairia bem, já que sua situação não é boa, vai que mana tem a ideia de empurrar o senhor ladeira abaixo nesta cadeira!
Rin fala a última frase, bem no pé de ouvido de Inuyasha, que se arrepiar pela ameaça evidente que a menor disse, apesar que não foi a intenção dela.
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