Era difícil acreditar. Mesmo que tenham passado horas desde que ouviu Adora, desesperadamente, anunciar todo o plano que arquitetou junto com suas amigas para que não voltasse para o Brasil. Surreal pensar em como conseguiu ligar para sua mãe e dizer que iria ficar enquanto voltava com as malas para o quarto do apartamento que dividiu nos últimos meses com Scorpia e Lonnie. Será que estava presa em um sonho?
Adora... Essa cabeça de vento, tantas vezes inconveniente e irritante, tantas vezes fascinante e irresistível. Não tinha como negar mais o espaço quase inteiro que essa mulher tinha dentro de seu coração. E se era assim antes de toda essa surpresa, impossível descrever o quanto mais se tornou dona dele inteirinho desde então.
Catra estava tão incrédula que seus próprios passos pareciam leves. Era como se estivesse fora de si, vivendo uma experiência que não era dela.
Mas, era.
Era porque Adora e outras pessoas incríveis em sua vida fizessem com que fosse, sim, dela.
A tarde passou voando tanto quanto seus pensamentos e agora de noite iria reencontrar os amigos de quem se despediu há um dia para afirmar que não mais iriam se livrar dela. Seria um encontro rápido, apenas para encargo de credibilidade, já que muitos no grupo estavam duvidando da estadia, achando que era uma piada de mau gosto. Iria encontrá-los para um drink ou dois e falar dos detalhes que ocorreram no pedido caoticamente perfeito de sua ex para que ficasse.
Ex ainda, não é? Não conversaram muito bem sobre isso, não que ela tivesse dúvidas do que queria. Porém, as coisas com Adora precisam ser sempre bem esclarecidas, ou seu complexo de inferioridade a joga para escanteio e ela não acredita que o que ela quer pode ser a mesma coisa que Catra quer. Conhecia essa mulher do avesso.
Quando chegou no bar com Lonnie e Scorpia, foi logo corresponder às dezenas de braços abertos a recebendo de volta como se tivesse ido embora por 30 anos. Todos já estavam por lá, inclusive a loira. Fez questão de sentar de frente para ela. E entre as milhares de perguntas do grupo prendendo sua atenção, tomando sua mente, Catra flagrava os olhares e sorrisos que Adora lançava sem conseguir disfarçar.
Como podia resistir a esses gestos? Como, mesmo que sempre fraca por eles, recebe-los fazia com que se apaixonasse de novo e de novo?
Sorria de volta, da mesma forma genuína, apesar de mais discreta que a outra mulher. Ainda assim, esperava que ela entendesse a felicidade recíproca.
Depois de satisfeitos e preocupados com o horário, o pessoal decidiu que era hora de ir embora. Adora foi a única que não bebeu, provavelmente porque estava dirigindo e Glimmer anunciou que só pegaria o carro no dia seguinte quando estivesse sem uma gota de álcool no sangue. E nem estavam tão longe de casa assim. Ela, o noivo, Mermista e Sea Hawk perderiam, no máximo, 15 minutos caminhando.
Estavam todos já fora do restaurante, parados na calçada decidindo quem vai para onde quando ela sentiu os dedos de Adora entrelaçarem nos seus e as palmas se unirem repentinamente. Fitou as mãos entrelaçadas e depois o rosto de sua amada, ainda surpresa com a iniciativa. O povo distraído em conversas curtas nem tinha notado.
– Ei, será que pode voltar no carro comigo? – A mais alta perguntou baixinho e Catra pôde notar um leve nervosismo.
Seu instinto, muito mal acostumado com os últimos anos, dizia que era arriscado dar tanto espaço assim de uma vez. Por outro lado, uma dúvida pulsava a todo momento em sua cabeça. Do que precisava fugir agora? Do amor incondicional, da cura do relacionamento do passado para a concretização do que vinha no futuro? Fugir da única pessoa com quem se sentia viva de verdade?
Era constrangedor admitir, mas Scorpia sempre teve razão. Catra não era a Catra de verdade sem a Adora. Uma loucura pensar que existe um complemento de você andando por aí no coração de outra pessoa, nos gestos e toques de outro corpo. Adora era seu complemento, e vice versa. E no que diz respeito a manter esse complemento por perto, Catra cometeu todos os erros possíveis. Tinha tudo para perder de vez, principalmente depois de ressentir tudo o que sofreu. Mas, a vida tem dessas de dar chances, e aí estava a sua. Estava a delas duas.
– Claro que posso... – Respondeu sorrindo e apertando gentilmente a mão dela, tentando acalmá-la através do gesto. – Precisamos mesmo conversar, não é?
– Exato
– Conversar, sei... – A voz de Lonnie surgiu por trás e no meio das duas, apoiando o queixo no ombro de Catra. – Vão é se comer no carro e eu dou o maior apoio.
– Vai se foder, Lonnie, não atrapalha meu rolê! – A morena esquivou o ombro para que a amiga perdesse o apoio e deu uma risada. – Aproveita e avisa a Scorpia que eu tô indo com a Adora.
– Tchau, meu casal favorito – a mulher acenou para as duas.
Adora estava visivelmente envergonhada a ponto de ficar com o rosto vermelho, mas ainda assim ria enquanto se afastava do grupo de mãos dadas com a mais baixa.
A loira destravou o carro e entrou.
Quando Catra sentou no banco do carona e a encarou, percebeu que aquele nervosismo dela de minutos atrás ainda estava no ar. Adora colocou a chave na ignição, mas não deu a partida. Ela pôs o sinto, levou as mãos às pernas, a encarou uma, duas, três vezes antes de respirar fundo. A morena, então, decidiu dar o tempo que achava que a outra mulher precisava.
E seu silêncio, na verdade, não estava ajudando. Só deixava Adora mais e mais inquieta. Ela colocava as mãos até mesmo nos bolsos do casaco que vestia desde cedo, mexendo em alguma coisa dentro deles que Catra não fazia ideia do que era. Só sabia que era algo que desconsertava ainda mais sua ex.
– Adora, calma... – A de cabelos curtos acariciou gentilmente o braço da outra mulher e falava em tom sereno. – Por que tá tão nervosa? Sou só eu aqui contigo.
– É, eu sei e... E na verdade o problema é que você não é só você – ela piscou os olhos lentamente e soltou o ar pela boca, buscando coragem interior para se expressar. – Você é tudo para mim, Catra, e eu tô tendo agora um mix de sensações, tipo, alívio enoooorme por você ter ficado, mas também uma aflição por não saber... Por não conseguir te falar uma cois-
– Relaxa... Sério. – Sua mão que antes deslizava no braço dela subiu para o rosto, acariciando-o devagar. – Eu sei o que está acontecendo. Tá medindo palavras, deixando de ser espontânea como sempre foi, com medo do que eu vou achar ou de como vou reagir. Mas, Adora, não precisa mais ter esse medo. Eu não vou mais fugir de você, não quero mais... Então, por favor, não precisa de filtro comigo.
Na mesma hora a mais alta ajeitou o corpo para que ficasse de frente para a ex e a fitou um pouco mais tranquilizada. Pelo visto a confissão a ajudou a sair da mesma espiral de ansiedade que a possuiu quando pediu para ficar mais cedo. Tinha mais confiança naqueles sempre lindos olhos azuis.
– Então vamos lá... – Adora tinha uma das mãos no misterioso bolso do casaco e a outra sob a de Catra, que ainda estava no rosto dela. – O que eu quero te contar é que... Sabe aquele assunto da trilha e toda a minha reação com o noivado de Glim e Bow?
Ok... De todos os temas que imaginava conversar com sua ex, esse definitivamente não estava no catálogo. Mesmo assim, não podia negar o quanto ainda era intrigada com ele.
– Uhum. O que que tem?
Uma pausa e um olhar tão direto da loira que Catra arrepiou dos pés à cabeça. Seja lá o que for, já estava mexendo com ela só pela linguagem corporal. A morena sentiu sua mão, antes no rosto de Adora, ser guiada para o colo dela, onde a manteve unida à dela apertando gentilmente.
– Eu ia te pedir em casamento. – O olhar sempre fixo, as mãos sempre pressionadas uma contra a outra, a voz mais determinada do que nunca.
Casamento? Ela e Adora poderiam estar casadas?
Com certeza fazia a fisionomia mais embasbacada possível, porque sua ex sentiu a necessidade de explicar ainda mais.
– Antes de vir para cá, antes da proposta de emprego, eu tinha planejado tudo... – Adora desviou o olhar quando vagou em seus próprios pensamentos com um sorriso triste no rosto, parecia estar a ponto de chorar. – Eu até fiz o anel no mesmo lugar que meus pais fizeram as alianças deles porque eu queria tanto que fosse algo especial...
– Adora... – Sua voz soou tão fraca, tão fora do ar.
A verdade é que nem sabia o que tinha para dizer.
E isso deu espaço para que a outra continuasse:
– E eu tô trazendo isso à tona porque... Porque o motivo pelo qual eu não estava pronta para te contar na viagem é... Catra, eu ainda quero isso para gente, sabe? Eu te amo... Te amo tanto, e ainda quero que seja minha esposa. E ao mesmo tempo, sei que você deixou claro que não vamos ter mais nada sério, e até entendo que aquele beijo hoje mais cedo pode ter sido no calor do momento e tudo bem, eu... Eu não tô chateada com você e nem nada, e também não vou deixar de respeitar o espaço e a distância que eu sei que quer de mim e-
Basta. Catra inclinou o corpo para frente e segurou o rosto da loira firmemente iniciando um beijo ainda mais intenso do que o de antes. Esperava mostrar, através dele, que isso de distância e de termos de tolerância não precisava mais existir entre as duas. Através dele queria deixar claro que desejava Adora com todas as forças com que sempre desejou, talvez até mais.
A cada segundo que aprofundava esse beijo, a cada vez que pressionava mais o corpo para cima do dela conforme sentia as mãos esguias e firmes em sua cintura. Ela só queria mais da Adora, e isso tinha que ficar claro, explícito da melhor forma.
E a resposta foi, de novo, aquele som bem baixinho, quase imperceptível, que Adora soltava das cordas vocais quando Catra ia mais a fundo, prendendo o lábio superior dela entre os seus próprios sugando levemente. Era como um suspiro gemido. Adora fazia de propósito, só para ela ouvir, porque sabia exatamente como isso a tirava o chão, como fazia suas pernas bambearem pelo clamor quase desesperado por mais disso, querendo mais alto.
Mas, precisavam de ar. E Catra tentou resistir até seu pulmão gritar por ele. Reabrir os olhos e se afastar apenas o suficiente para que seus lábios se partissem foi igualmente frustrante e satisfatório. O primeiro, claro, porque queria nunca parar o beijo. O segundo, porque a loira respirava descompassada pela boca ainda entreaberta e seus olhos quase cinzas de luxúria não paravam de fitar os seus.
– Ficou claro agora que a gente pode esquecer essa merda que falei sobre não termos mais volta? – Catra cochichou bem perto, enquanto acariciava o rosto de Adora com ambos os polegares.
– É? – A mais alta sorriu e começou a fazer o mesmo movimento com os polegares, só que na cintura da mais baixa.
– Óbvio, Adora! – Deu uma risada breve pela ingenuidade da outra. – Eu amo você demais para te dispensar sem mais nem menos. Ainda mais depois de tudo que passamos aqui...
– Muitas tempestades emocionais, não é? – Deu um selinho demorado na mais baixa como se não pudesse mais resistir à distância.
– Nós fomos feitas para ficar juntas. Não percebeu ainda o destino sempre agindo para nos unir? – Nem Catra acreditou no que saíra da própria boca. Geralmente era a cética do relacionamento. – Lembra que eu sou a coisa boa que os deuses, ou sei lá o que, botaram na sua vida?
Adora deu uma risada daquelas que preenche qualquer vazio que um dia Catra sentiu.
– E desde quando você acredita nessas coisas?
– Desde que eu percebi que nunca te esqueci. – A morena deu outro selinho nela e continuou. – Desde que percebi que é muito mais difícil nadar contra a corrente e fingir que a vida é melhor sem você quando na verdade ela não é... E nunca foi. Você é a minha ‘coisa boa’ também, por mais brega que seja admitir isso
– Isso é real? – A loira levou uma das mãos até o rosto da namorada e começou a apalpá-lo. – Não tô sonhando nem nada? É realidade mesmo?
– Ai, Adora! – Catra resmungou depois que um dos dedos dela quase pegou em seu olho. – Acabou o nervosismo e agora vem as idiotices?
Adora voltou a rir, mais alto dessa vez, e inevitavelmente Catra fez o mesmo. Era dessa espontaneidade que precisava desde cedo. Não tem problema também vir só agora também. O que importa é que estava ali, entre elas, e era fantástico.
Em frações de segundos, já estava sendo puxada para o colo da loira para um novo beijo e, mesmo com o volante pressionado contra suas costas, nenhum outro lugar poderia ser mais confortável.
O desejo veio mais rápido dessa vez. Com as pernas pressionadas nas laterais do corpo da Adora por causa do pouco espaço, o contato físico provocava ainda mais fogo. E as mãos dela subindo por suas costas, dentro de sua blusa, só aumentavam a combustão. Sem cessar o beijo, a morena desceu as mãos por dentro do sobretudo da loira, acariciando as laterais de seu corpo ainda por cima da blusa. Em algum momento, decidiu tirar o casaco dela para ter mais liberdade e quando o fez, esbarrou no tão secreto bolso de alguns minutos atrás, sentindo um peso diferente.
Não deveria se importar porque provavelmente não é algo da sua conta? Sim, mas a curiosidade tentava assassiná-la desde que entraram no carro.
Adora ainda não tinha percebido o que Catra fazia, distraída demais no enlace das línguas, enquanto a outra colocava a mão por dentro do bolso e puxava uma caixa pequena de veludo. Foi só sentir a textura do que acabara de pegar para cessar o beijo na hora. Ficou alternando o olhar curioso entre o rosto de Adora e o objeto em sua mão.
– O que foi? – Adora perguntou ainda ofegante e só depois olhou para a mão de Catra.
– Isso...? – Precisou coçar a garganta para que a voz parasse de falhar. – Isso, por acaso, é o tal anel da mesma loja em que seus pais fizeram as alianças?
Os olhos da mais alta arregalaram e o descontrole de sua respiração não era mais pelo beijo, era pelo espanto, pelo medo.
– É... Eu... – Começou a fala insegura e tirando abruptamente as mãos do corpo de Catra para gesticular descontroladamente. – Eu trouxe comigo do Brasil e hoje resolvi levar quando fui te encontrar porque... Não sei o que passou na minha cabeça, mas... Eu achei que... Eu iria tentar te pedir em casamento de novo, só que de um jeito bem clichê, na frente de todo mundo, ajoelhar tipo nos filmes e tudo mais... Só que... Nossa, você iria odiar! E isso só aumentaria as chances de acabar não ficando. Sem contar que eu estava me sentindo zero confiante para isso, e aí eu desisti... Tá no meu bolso desde de manhã.
– E por que tá toda nervosa assim?
– Porque agora tá parecendo que eu quero pressionar você com isso e na verdade foi só um pensamento estúpido que eu não conseguia tirar da cabeça de manhã-
Mais um ataque de falas desesperadas e sem sentido.
Catra resolveu abrir a caixa e dar uma espiada no anel enquanto esperava Adora perceber que estava se preocupando sem necessidade. E era a coisa mais incrível que tinha visto em toda sua vida. Seu coração acelerou e o queixo caiu. Um filme com cenas de Adora colocando o anel em seu dedo, depois se declarando e mais vários momentos que nunca aconteceram de verdade a emocionaram mais do que o presumido.
– É lindo... – A morena sussurrou.
– O que? – Agora que a mais alta percebeu que estava falando para o nada e que sua namorada estava ocupada demais olhando para o anel com os olhos cheios de lágrimas.
– Ele é lindo! Eu amei, Adora! – A voz embargada e os olhos brilhantes não eram mais segredo.
A cena, pelo menos, pareceu afastar as paranoias da loira, que deu um breve risada depois da reação inesperada da sempre tão ranzinza e insensível Ana Catarina.
– Não esperava essa boiolice toda de você, mas que bom que gostou – Adora disse entre uma risada curta.
De fato, não esperava ficar tão movida por um objeto. Só que esse... Esse tinha um significado e tanto. Podia jurar que sentia uma energia diferente ao olhar para ele, algo como mágica. Estava doida para experimentar e ver como ficava em sua mão.
Quando estava prestes a tirá-lo do porta-joias acolchoado, Adora cobriu o anel fechando a caixinha a impedindo de pegar.
– Ei! Não é para pegar assim, do nada! – Ela deu um sermão sério, franzindo a testa até, mesmo que estivesse sorrindo no momento.
– Eu só queria ver como ficava em mim... – O tom desanimado da voz da mais baixa era quase infantil.
– Só pode usar quando alguém, no caso eu, pedir a sua mão, doida.
– Então pede logo!
– Pedir o que? – Adora piscou algumas vezes expressando confusão.
– Me pede em casamento, mulher! – A mais baixa gargalhava por causa da fisionomia da outra mulher.
– Ué, mas... Pedir de verdade? Tipo... Você quer mesmo casar comigo?
Tinha que ser a Adora! Como ela ainda não tinha percebido que não tem mais o que esperar?
Não tem tempo, não tem espaço, só tem esse relacionamento sendo o máximo que ele pode ser e as duas finalmente aceitando que não vai haver ninguém que as completem como uma completa a outra. E isso era tão, tão evidente para Catra.
– Tá demorando muito, deixa que eu faç-
– Não, não! Eu que vou fazer – Adora puxou a caixa da mão da morena e respirou fundo. – Casa comigo, Ana Cat-
– Não me chama pelo nome completo!
– Tá, desculpa... – Mais uma respiração para concentrar e a tentativa. – Casa comigo, Catra?
– Nossa... – Ela revirou os olhos irônica e deu uma risada brincalhona. – Não poderia ter sido mais romântico...
– Você vai ficar de sacanagem com a minha cara? Vou guardar o-
– Eu aceito, eu aceito! Tudo pelo anel! – A morena até levantou as mãos para demonstrar que estava rendida, e Adora morreu de rir com o ato.
Claro que o pedido era real, e que Catra queria muito além do anel. Ela queria Adora, queria apresentá-la como esposa para seus futuros colegas de trabalho, para novos amigos... Queria discutir com ela sobre que item é importante ou não na lista de compras no supermercado e também encontrá-la depois do trabalho para uma noite no cinema. E ela sabia que sua namorada, agora noiva, estava ciente disso. Sabia que o sim era para tudo que vem com ela, a alegria e a tristeza, a saúde e a doença. Sim, eram todas essas balelas que odiava com todas as forças da vida, mas não quando imaginava isso ao lado dela.
– Falou sim só para poder usar o anel, não é? – Adora tentou se fingir de ofendida enquanto encaixava o objeto no dedo anelar de Catra e a olhava nos olhos. A máscara de ofensa era uma farsa, pois seu sorriso estava radiante.
– É, é sim. – A mentira descarada fez ambas darem uma risada. – Mas a loira que vem de brinde é muito interessante também...
E mais uma vez se beijaram. Dessa vez, para selar o novo compromisso de noivado, o que começou com o pedido mais doido do universo.
E Catra não esperava menos vindo de Adora, sempre a surpreendendo das formas mais idiotas e intensas. Sempre com amor, com muito amor, aquele que sempre vai ficar e resistir, não importa a distância ou a circunstância.
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