A longa conversa e eventuais provocações no carro estavam tornando a resistência insustentável. Catra relutou para sair do colo de Adora, mas foi praticamente expulsa. Sua noiva queria dar logo a partida e resolver a tensão sexual acumulada em casa, isso porque “em nenhuma hipótese nós vamos transar no carro da Glimmer”.
Palavras dela, não de Catra.
Em partes concordava. Era só que não aguentava mais essa tortura. A cada sinal vermelho em que Adora olhava de canto para ela e sorria daquele jeito, a cada vez que ela focava na pista, mas, não conseguia disfarçar quando as mãos da mais baixa fugiam para acariciar a perna dela e a ponta dos dedos pressionava propositalmente a parte interna da coxa fazendo-a soltar um sermão com a voz um pouco ofegante demais.
Aquele caminho tão curto entre o restaurante e a bendita casa estava levando mais tempo que o normal. Tudo o que Catra queria era aquela mulher, não importa se fosse para tomar o controle ou ser controlada por ela.
Viraram a última esquina até o local de destino e finalmente estacionaram. Saíram do carro e Adora ativou o alarme. Destrancou a porta da frente, entrou em casa seguida de Catra. Estavam aonde queriam agora e as duas trocavam os olhares que por si só se devoravam.
– Será que agora pode me apresentar seu quarto? – A morena perguntava com uma rouquidão proposital na voz enquanto tirava o casaco da mais alta.
– Nosso quarto... – Depois que o casaco caiu no chão, Adora fechou a distância entre elas e falou com os lábios já encostando nos da outra mulher. – Porque vou te convencer a vir morar comigo
– E como vai fazer isso? – Catra sorriu ao ouvir a frase, podia usar a ocasião a seu favor.
– Vou te mostrar o que vai ter aqui sempre que quiser... – A loira mordiscou o lábio inferior dela e o puxou lentamente.
Era incrível como Adora se transformava quando estava determinada a provocar. Sumia toda a insegurança, todo o nervosismo. Ela só emanava sedução.
Ambas continuaram despindo uma à outra com os rostos e corpos quase colados, dando passos descoordenados pela sala na direção do corredor. Adora tirou a blusa de Catra enquanto chutava os próprios sapatos para fora dos pés. Catra desabotoava e abria o zíper da calça de Adora e deixava que ela fizesse o mesmo com a sua peça de roupa, assim por diante. Teve até o cuidado de tirar seu querido anel de noivado para deixa-lo em cima da mesa.
Quando chegaram na porta do quarto, nada sobrou além das roupas íntimas.
– Então mostra – a de cabelos curtos pulou no colo da noiva e enlaçou as pernas na cintura dela, deixando que as mãos de dedos esguios as segurassem firme por ambas as coxas.
Nesse instante, Catra iniciou o beijo lascivo, levando ambas as mãos por dentro dos fios de cabelos loiros e os soltando do rabo de cavalo de propósito. Preferia assim, soltos.
Adora a carregou até a cama com a mesma agilidade de sempre, e sem perceber, Catra já estava deitada com a outra mulher por cima, que descia os lábios para o seu pescoço com uma sede jamais vista antes. Por cada parte que passava a boca de Adora, Catra tinha certeza que ficariam as marcas roxas sob sua pele. E como quem ainda não estava satisfeita, ela começava a alternar também com mordiscadas, descendo e descendo até seus seios ainda cobertos.
As pernas da mais baixa ainda enroscavam a cintura da noiva, talvez até mais que antes, para pressionar-se contra ela ainda mais. Não conseguia controlar os suspiros ainda tímidos e ofegantes quando as mordidas e beijos eram sincronizados com as mãos que apertavam suas coxas com força e, eventualmente, subiam pelas laterais com carícias brutas.
Suas próprias mãos agora desciam pelas costas da loira, arranhando com a mesma intensidade dos chupões e apertos que recebia. Aproveitou a proximidade para desabotoar logo o sutiã da mulher, que afastou-se rapidamente ao sentir a peça deslizando sob os braços.
– Ansiosa, é? – Adora falou num tom baixo e provocativo, com um sorriso igualmente maldoso no rosto. – Eu também tô...
– Cala boca e continua – suplicou entre um suspiro audível e longo.
Depois que tirou de vez a peça, ela subiu mais o corpo de Catra na cama e ajeitou-se para que ficasse livre das amarras das pernas dela. Assim, podia descer mais e mais com os lábios e a ponta da língua. Uma das mãos agora subia para apalpar os seios da mais baixa por cima da roupa íntima enquanto seu abdome era coberto por novas marcas de chupões e mordidas. Seus olhos reviravam enquanto suprimia os gemidos sugando o ar pelos dentes com força.
A morena apoiou o peso sob os cotovelos e assim que pode ter uma visão mais clara do rosto da outra, a flagrou encarando-a diretamente nos olhos, com uma malícia que a tirou do sério. Mordeu o lábio inferior para corresponder à sedução.
A outra mão de Adora já estava em suas costas desabotoando o sutiã. Quando o fez, cessou os beijos na barriga para voltar aos lábios de Catra e, assim, pressionou o corpo ao dela. O movimento foi proposital para que os seios de ambas friccionassem uns nos outros. As duas, ainda durante o beijo, não seguraram os gemidos abafados assim que o toque se deu. Catra usava os braços para envolver Adora e a pressionar ainda mais contra si. Suas respirações se entrecortavam a cada vez que buscavam o ar ao afastar as bocas nas movimentações de vai e vem do corpo da mais alta. Senti-la era como um vício, quanto mais tinha, mais queria.
Afrouxou os braços e deixou que a loira descesse a boca para os seus seios, nos quais circulou a ponta da língua nos bicos, por vezes de maneira delicada, por outras, mais feroz. Em todas as ocasiões, fazendo Catra sugar o ar entre os dentes para soltá-los em longos gemidos. Em paralelo, uma das mãos dela deslizava para cima e para baixo logo abaixo de seu umbigo, causando arrepios calorosos.
– Para de provocar e me dá logo o que eu quero... – A morena indagou apertando os olhos em meio a uma voz falhada pela falta de ar.
– E o que você quer? – A pergunta era provocativa, ainda mais na voz descompassada da mais alta.
– Você sabe
Depois de cansar da provocação, Adora pôs a mão por dentro da calcinha da outra mulher em dois tempos, usando dois dedos para pressionar o clitóris e começar lentos movimentos circulares.
– É isso que quer? – Ela afastou a própria boca da pele de Catra para perguntar entre suspiros.
As pernas da morena abriram mais e seu quadril foi para frente em um movimento automático enquanto deixava escapar um gemido mais longo. Essa era sua resposta. Um sim mais expressivo que esse não existia.
– Mas eu quero mais – a loira anunciou e tirou a mão de onde estava para descer o rosto até o meio das pernas da mais baixa.
Ela voltava a segurar as duas coxas com as mãos e encaixava o rosto no meio delas, dando mais mordiscadas e chupões tanto nas partes internas das coxas quanto por cima da calcinha para atiçá-la.
– Adora... – As mãos agarravam o lençol da cama e as pernas pressionavam o rosto da mais alta pelas laterais. – Então vai... Faz o que quiser... Só acaba logo com essa agonia...
– Estava com saudades dessa impaciê-
– Eu não quero conversar... – A morena levou uma das mãos até o couro cabeludo da outra e forçou o rosto dela bem no meio de suas pernas ao mesmo tempo em que flexionava o quadril um pouco para frente. – Quero que você me coma
– Com todo prazer – Adora sorriu maliciosamente, com os dentes prendendo o lábio inferior.
Logo usou as mãos para puxar a calcinha e finalmente despir Catra de vez. Quando voltou, não precisou de mais ordens para fazer o que tinha que ser feito. Sua língua estimulava Catra prontamente e dois de seus dedos a penetravam ao mesmo tempo. Todos os movimentos começaram bem lentos e foram aumentando a velocidade e a pressão na medida em que a mais baixa gritava por “mais, mais, mais”.
Seus olhos reviravam sem sua permissão e seus gemidos eram cada vez mais longos e gritados. Suas pernas já estavam completamente abertas, caídas na cama enquanto suas duas mãos embolavam o cabelo de Adora num desespero de tocá-la e guiá-la ao mesmo tempo.
– Mais rápido, mais-aaah... Mais forte – Catra falava, ofegava, implorava, gemia.
Era como se todo seu corpo pulsasse em chamas nesse momento e Adora colocava ainda mais lenha. A mão livre dela apertava sua coxa de maneira excruciante e a outra bombeando dois, três dedos dentro de si. E assim ela continuou por tempo o suficiente até Catra atingir o orgasmo e chamar pelo nome dela sem parar como se o prazer dependesse também disso.
Suas pernas estremeceram num espasmo forte, mas, ainda assim, Adora não parou os estímulos. Ela voltou a diminuir a velocidade até que sua sensibilidade estivesse menos aflorada e seguiu com a língua e os dedos ali, mesmo completamente encharcados com o que acabara de expelir. Aos poucos o desejo foi voltando, e a necessidade de implorar aos suspiros pelos mesmos movimentos, também.
– Continua assim, Adora, continua... – Cada palavra seguida por um gemido ofegante.
Se sua noiva estava cansada, não demonstrou em nenhum segundo, pois seus atos eram firmes, constantes, e seguiam exatamente como Catra pedia entre reviradas de olhos, puxões de cabelo, mordida no lábio inferior. O segundo orgasmo veio ainda mais intenso, como se pulsos elétricos circulassem por todo o seu corpo e toda a sensibilidade se encontrasse, agora, bem onde a boca e os dedos da mais alta estavam. Seu gemido foi ainda mais alto, quase um grito, e precisou abafá-lo tampando a boca com uma das mãos, apertando os olhos intensamente.
Depois de satisfeita com as reações que arrancara da mais baixa, Adora voltou para cima dela e sentou sob seu abdome, apoiando os braços entre a cabeça da que estava por baixo. Ela a encarava com orbes azuis de pupilas dilatadas, respiração entrecortada e um sorriso inebriante nos lábios rosados e ainda úmidos.
– Como eu passei tanto tempo sem você na minha cama? – A loira indagou ainda sem ar, passando a ponta da língua lentamente em ambos os lábios para saborear os resquícios da outra mulher neles.
Catra sentou-se na cama mantendo Adora em seu colo, que se ajustou por cima de suas pernas. A morena apoiava o peso do corpo na cama com um dos braços enquanto o outro abraçava o tronco da mais alta e a trazia para mais perto. Inclinando um pouco a cabeça, conseguiu mordiscar a ponta do queixo de sua noiva com um sorriso malicioso no rosto.
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Esse sorriso, esse olhar... Adora já podia imaginar o que estava por vir, e nunca esteve tão ávida por isso. Deixou que suas mãos deslizassem entre os fios de cabelo curtos de Catra até chegarem ambas no rosto dela. Inclinou-se para dar um beijo estalado nela e, entre o toque dos lábios, ouviu:
– Minha vez de matar essa vontade de te ouvir gemer...
Catra usava aquela voz rouca que a fazia subir pelas paredes. As respirações quentes se encontrando e os olhos heterocromáticos semicerrados era tudo que precisava para ter a certeza de que todo seu prazer estava nas mãos, boca, corpo daquela mulher.
– Tô aqui...– Foi até o ouvido da mais baixa para sussurrar. – E sou toda sua
– Gosto disso – ela respondeu já abocanhando seu pescoço.
Catra era mais bruta que ela, isso porque não foi nada gentil quanto decidiu deixar o corpo de sua noiva todo roxo. Pelo visto, ela faria o mesmo, e a cada vez que os dentes roçavam na pele sensível de seu pescoço e ombro, mais desejava essas marcas. Mais desejava que elas descessem pelo meio e chegasse até seus seios.
Era exatamente o caminho que a morena fazia. Adora inclinou a cabeça para trás e sugou o ar entre os dentes de prazer. Por vezes, sentia os dentes junto com a ponta da língua dela pressionarem propositalmente nos bicos e seu corpo todo estremecia em espasmos.
– Você não faz ideia do quanto eu desejei sentir seu corpo... – Catra sussurrava em meio às lambidas e mordiscadas.
Logo a morena alternava entre um seio e outro, estimulando os dois tanto com a boca quanto com a mão que antes a envolvia na cintura e agora os apalpava vorazmente. A cada suspiro longo, a cada revirada de olhos, Adora arqueava mais o corpo para trás, dando mais espaço para que Catra descesse pelo seu estômago e chegasse na região mais de cima do abdome. Ali ela se perdeu em chupões e arranhões, e a loira pulsava a cada arrepio que os movimentos a causavam. A mão chegou até a barra de sua calcinha e a puxou um pouco para baixo.
– Ei, tira para mim – Catra sussurrava enquanto a olhava com a ponta do queixo apoiada em seu abdome.
Com certeza tiraria. Obedeceu sem esquecer como o sussurro suplicante e excitante de sua noiva ecoava em seus ouvidos. Tudo que ela pedir, tudo o que ela quiser, se pedir desse jeito, Adora não pensa duas vezes antes de acatar. Saiu do colo dela e ficou em pé para poder tirar a única peça que restava. Estava sendo devorada pelos olhos de Catra e, céus, como gostava disso.
Antes de voltar para cama, a de cabelos curtos deitou novamente, mas, com a cabeça um pouco mais distante da cabeceira.
– Agora vem sentar aqui, vem... – Ela apontava para o próprio rosto.
Adora apoiou os joelhos na cama e começou a engatinhar até chegar à posição pedida pela outra mulher. Durante o caminho não desviou o olhar do dela um segundo sequer, estava presa na quantidade de desejo e luxúria que enxergava no azul e no âmbar.
Com as pernas dobradas entre a cabeça de Catra e as mãos apoiadas na cabeceira da cama, Adora abaixou mais o corpo até que pudesse sentir a boca quente de sua noiva sendo pressionada contra sua pele. No mesmo instante, sentia a língua dela por toda a região enquanto recebia eventuais sugadas principalmente no clitóris.
– Cat-hmm... Catra... – Seus olhos se apertaram com o espasmo de prazer e seu corpo fazia os movimentos sincronizados com os da outra mulher. – Vai...
Conforme os movimentos iam aumentando a intensidade, as mãos da morena agarravam as duas poupas de sua bunda para puxar seu corpo ainda mais contra o rosto, querendo mais contato. Adora perdia o ar instantaneamente e seus gemidos ficavam falhados, por vezes eram longos suspiros ou puxadas de ar pelo dente.
Seu quadril se mexia cada vez mais contra a boca da outra mulher. Não controlou o quase grito quando sentiu a língua dela endurecer para iniciar a penetração. Conforme Adora ia sincronizando seus próprios movimentos de sobe e desce com os estímulos orais que recebia, Catra conseguiu aplicar pressão o suficiente para atingir o ponto G.
– Isso... Isso, Catra...! – A loira gemia entre a fala, ao mesmo tempo que intensificava o movimento de seu corpo.
A mais baixa mantinha a posição e também casava os movimentos com os dela, levando o polegar de uma das mãos até o clitóris da loira para pressionar em movimentos circulares simultaneamente. Assim ficou até que Adora gritasse seu orgasmo apertando as mãos na cabeceira e arqueando levemente o corpo para trás.
Depois de satisfeita, a mais alta foi desdobrando os joelhos aos poucos até sair de cima de sua noiva e deixou que seu corpo caísse na cama ao lado dela. Ainda respirava pesado, a ponto de ficar boquiaberta.
Não teve muito tempo de descanso, pois Catra escalava por cima e a puxava para sentar-se na cama, ajeitando-se numa nova posição.
– Não terminamos ainda... – A morena provocou.
Com as duas sentadas uma de frente para outra, cada uma das pernas se intercalava num entrelaço. Uma de Adora por baixo, outra por cima. Uma de Catra por baixo e outra por cima. Assim, conforme as duas movimentavam o quadril para frene, seus sexos friccionavam despertando um novo estímulo.
A primeira sensação fez a respiração de Adora sobressaltar num alto suspiro. Catra foi insistente e, apoiando-se apenas sob um dos braços, usou o livre para envolver a cintura da outra mulher e puxá-la para si. Ela voltava a morder e sugar várias áreas de seu pescoço sem parar a movimentação no quadril. Adora não sabia dizer o que mais a excitava, os gemidos abafados e respiração quente de Catra em sua pele ou a fricção entre as pernas que começava a reavivar sua vontade de continuar e continuar.
Também passou a ficar apoiada sob apenas um braço, já que, com o outro, segurou a outra mulher fortemente pela nuca colando-a mais contra si. No meio da vontade crescente, seus braços e pernas foram ficando trêmulos e a voz ainda mais rouca de tantos que seus gemidos incessantes saíam entrecortados.
Foi questão de minutos até finalmente sincronizarem para algo mais rápido, mais forte. Os gemidos de ambas as mulheres ecoavam pelo quarto e eram mais altos, mais intensos. Adora de novo sentiu a pressão do orgasmo vir e, dessa vez, com um espasmo ainda maior, que a fez literalmente colidir com o corpo no de Catra por mais alguns segundos.
A mais baixa se satisfez logo em seguida, Adora podia sentir pela forma como ela afundou as unhas em sua lateral, bem aonde envolvia sua cintura, e mordeu seu ombro. Foi uma dose de dor prazerosa, que a fez gemer o nome de Catra duas, três, quatro vezes, até finalmente pararem os movimentos e deitarem na cama mais suadas e molhadas que o normal.
Sua noiva apoiou a cabeça em um dos próprios braços enquanto ficava deitada de lado, na sua direção. Quando Adora a encarou, Catra estava com um sorriso apaixonado no rosto, olhos fixos nos seus.
– Está convidada a sentar em mim mais vezes, tá? – A morena comentou antes de dar uma risada breve. A mão livre dela acariciava o abdome da outra com movimentos de cima para baixo.
– Quem sou eu para recusar uma proposta dessas – deu uma breve risada entre a fala. Levou os dois braços para trás da cabeça, fazendo-os de travesseiro. – Falando em proposta, pensou na minha? Sobre morar aqui?
– Você realmente acha que eu pensei nisso em algum momento desde que a gente entrou nesse quarto? – Catra revirava os olhos fingindo impaciência.
– Mas não é como se tivesse muuuito o que pensar, vai... – Adora a olhava com um sorriso de canto. – Eu amo ter você por perto, eventualmente moraremos juntas já que vamos nos casar, e você precisa de abrigo para ontem. Até tem a opção de ficar no dormitório de novo... Mas, lá você não tem esse maravilhoso corpinho para o qual está olhando e babando à disposição.
– É uma convencida da porra mesmo... – A mais baixa exclamou e deu um apertão de leve na barriga da outra mulher, que tentou se esquivar enquanto ria. – É uma injustiça você ser linda assim.
– É uma injustiça você cogitar ficar longe de mim – Adora foi rápida na resposta.
– Não acredito que vou dizer isso, mas... – A morena puxou o ar pelo nariz e suspirou de forma dramática antes de continuar. – Você tem razão.
– Ha! Você tá dizendo que concorda com uma coisa que eu falei? – A loira até ignorou o cansaço e a preguiça pós transa para sentar-se na cama em um só movimento enquanto encarava sua noiva. – Isso é impossível
– Deita aqui, sua doida – Catra ria e a puxava de volta. Assim que deitou, ela se aninhou e envolveu um dos braços em volta do meio de seu corpo. – Vamos fingir que você demorou muito para me convencer quando for contar para o pessoal, tá? Para não estragar minha reputação e acharem que sou muito boiola por você.
Adora deu uma gargalhada alta e puxou o ar pelo nariz. Também envolveu um dos braços no corpo de Catra, só que por trás de seus ombros na altura da nuca.
– Mas você é muito boiola por mim e acabou de provar isso bem aqui... – Provocou a noiva, fitando-a com uma das sobrancelhas arqueadas.
– Shhh! Calabocaeboanoite – a mais baixa levou a mão até o rosto dela e a forçou fechar os olhos numa brincadeira bruta.
– Ai, para! – Rindo, Adora deu um tapa de leve na mão enterrada no seu rosto. – Sua ridícula!
– Tá, tá – A morena também ria, tentando sempre evitar as esquivadas da outra para continuar brincando até sucumbir à súplica.
Quando Catra parou, aninhou-se ainda mais a si. O rosto dela estava afundado em seu pescoço e a boca depositava leves beijos estalados. Cada um causando pequenos arrepios e transbordando o peito de Adora com o que estava faltando durante todo esse tempo que não estavam juntas: o amor sem medo de amar.
– Amo você, Catra – confessou em um tom sereno. – Amo ter você aqui, agora... E te quero aqui para sempre...
– E eu sou a pessoa mais feliz do mundo por ter tido a chance de ficar. – A morena falava sem cessar os beijos carinhosos. – E eu te amo mais que tudo nessa vida.
Ficaram longos minutos curtindo um silêncio confortável entre beijos e carícias até criarem energias para finalmente tomarem um banho, comer alguma coisa e terminar a noite assistindo alguma série aleatória na televisão até caírem no sono.
Estavam juntas de novo, Adora sentia que mais nada lhe faltava na vida.
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