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História O Recomeço em um mundo de RPG - Capítulo 16 - Ilha paradisíaca - História escrita por RenCmps - Spirit Fanfics e Histórias
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História O Recomeço em um mundo de RPG - Capítulo 16 - Ilha paradisíaca


Escrita por: RenCmps

Capítulo 19 - Capítulo 16 - Ilha paradisíaca


 

Trouxe a garota para o meu barco, ele estava em melhores condições que o seu. Ela estava fraca demais, provavelmente está sofrendo de desidratação. Sua aparência também é lamentável, está usando um bonito vestido branco, porém ele está sujo e rasgado. Pode-se ver bem seus machucados.

— Não quero fazer isso, mas é a única coisa que posso fazer.

Ouço sua respiração, está pesada. Suspiro.

— Só vamos logo.

Rasgo a ponta do meu dedo indicador com minha presa, logo em seguida levo a sua boca e deixo duas gotas cair. O sangue dos vampiros têm efeito de cura em humanos, não sei explicar ao certo, mas não pode ser usado exageradamente, o humano pode se transformar em um híbrido entre as duas raças com o abuso.

— O-onde Alícia está? — Ela fala enquanto tosse.

Falando na terceira pessoa? Então esse tipo de pessoa realmente existe. Talvez seja por estar em outro mundo? Não, provavelmente culpa dos deuses otakus, essa é a única explicação que me vem à cabeça.

Ela abre os olhos e se vira para mim. Ao me ver ela tentar ir para trás, porém bate com as costas na borda do barco, que era muito pequeno.

— Que-Quem é você? — Ela está aterrorizada, fala quase chorando.

— Fique calma eu... — Tento falar, mas não consigo.

Ela coloca as mãos na cabeça e tampa os ouvidos, enquanto grita "Não, não, por favor, eu não fiz nada". Desse jeito não irei conseguir falar com ela. Ou pior, o barco pode acabar virando do jeito que ela está se balançando.

Me concentro, sinto minha visão ficar mais aguçada, seus batimentos estão acelerados, mas consigo ouvir cada um, como se o mundo estivesse ficado em câmera lenta. Essa é a junção dos meus sentidos de vampiro e o |Foco do caçador lv 2|.

— |Controle mental (Pequeno)|. — Uso a habilidade pela primeira vez.

Quando o nível do controle mental está no máximo pode-se colocar alguém sob controle total, porém o meu ainda está muito fraco, neste estágio é algo parecido com hipnose. Vou pedir para a pessoa fazer algo, não pode ser algo que a prejudique, caso seja ela simplesmente não fará, também não pode ser nada muito complexo como múltiplas ordens.

Mas qual a melhor forma de utilizar? Talvez alguém a mandaria ficar quieta, mas como você para alguém desesperado ficar quieto? Pense, uma pessoa gritando por socorro porque alguém está te perseguindo, então alguém tenta tapar sua boca, para cessar assim seus gritos. Qualquer um iria resistir. O caso aqui é parecido, ela está com medo. O que eu tenho que fazer é simples, ela deve manter a calma. Manter a calma nos ajuda em momentos de tensão, provavelmente o cérebro reconhecerá como algo benéfico.

— Fique calma — falo devagar e pausadamente.

Palavras simples e diretas, assim a ordem será recebida com mais facilidade.

— Eu, eu.... — Sua respiração começa a ficar mais leve.

Espero mais um pouco, dessa forma ela irá conseguir se recuperar por completo.

— Me chamo Ioan, perdão por te trazer para esse barco — falo devagar, ainda tenho medo do controle falhar. — Te achei no meio do mar, você estava fraca e decidi te ajudar.

Tento parecer o mais natural possível para não assustá-la. Alícia parece está pensando no que tinha acontecido, após ouvir que a havia curado ela examina seu corpo. Locais onde tinham ferimentos superficiais agora estavam perfeitamente bem, alguns machucados mais profundos não estavam curados totalmente.

— Você curou Alícia? — Ela diz impressionada.

— Sim, eu te curei — respondo.

— Como?

Não parecia que ela estava desconfiada, apenas queria saber como. Mas por que ela tinha que perguntar logo isso?

— Ah, sim... — Tento parecer menos constrangido. — Perdão por isso. Sou um vampiro, te dei uma pequena quantidade de meu sangue, uma cura é ativada dessa forma.

— Entendo. — Parecia estar bem calma.

Me pergunto se a habilidade foi muito efetiva.

— Peço perdão pelos problemas causados por Alícia — diz abaixando a cabeça.

Uma garota com bons modos.

— Não se preocupe — falo pedindo para que levante a cabeça. — Mais importante que isso, por que estava no meio do mar?

Ela fica calada, talvez algo difícil para se dizer.

— Na verdade Alícia.....

— Não precisa se forçar a dizer caso não queira — falo.

— Já que Alícia foi salva... — Ela olha para mim. — Alícia irá contar.

Assim como eu pensei, Alícia tinha a doença demoníaca. Era de uma família de boa vida, em uma vila do continente humano. No entanto, sua vila está sob o domínio de uma igreja que abomina raças demoníacas, quando contraiu a doença foi discriminada e julgada como parceira dos demônios. Após isso fugiu e teve a ajuda de várias pessoas por seu caminho, tem um boato que existe a cura da doença no continente demoníaco. Então entrou como clandestina em um barco, depois roubou um bote deles.

— Deve ter sido muito difícil — falo.

— Sim...

Sentir pena de alguém não é o certo, pelo menos é assim que eu penso, ela passou por tudo isso com suas forças, sentir pena seria desmerecer suas conquistas. Passei por coisas parecidas em minha antiga vida, embora não fosse tão novo quanto ela, então decidi tratá-la como uma igual. Porém há algo ainda pior.

— Sinto muito por se eu a te dizer isso. — Mordo os lábios. — Mas não existe cura.

— Não existe? — Seus olhos se enchem de lágrimas.

— Calma, calma... — Tento acalmá-la. — Isso não quer dizer que irá morrer.

— Alícia vai sobreviver? — Ela pergunta limpando o rosto.

Isso é difícil de se dizer, nem os vampiros, uma raça que busca o conhecimento, conseguiu curar alguém com doença demoníaca, mas existe um tratamento que estica o tempo de vida da pessoa.

— Primeiro deixe-me lhe explicar sobre a doença demoníaca. — Os humanos não sabe quase nada. — Ela só é chamada assim pelos humanos, essas marcas em seu corpo são chamadas, por nós, como marcas de poder. Quando alguém possui muito poder demoníaco essas marcas aparecem.

— Poder demoníaco? — Ela parecia confusa.

Talvez seja difícil explicar isso para uma criança, mas vou dar meu máximo.

— É o poder que nós, raças demoníacas, usamos. Esse poder está na natureza, é absorvido por nós assim como magia. Pessoas que absorvem muito deste poder ganham essas marcas — explico.

Infelizmente humanos não deveriam poder absorver isso.

— Alícia pode viver normalmente? — Ela pergunta.

— Sim e não.

Ela fica desanimada novamente, mas continuo a falar rapidamente.

— Humanos não podem suportar tanto poder demoníaco desta forma. — Ela abaixa a cabeça. — Mas há uma forma, você deve ficar perto de alguém que também possa absorver esse poder. Dessa forma ao invés de ir para você a outra pessoa receberá.

— Alícia entende... — responde focando seu olhar em mim.

Era como se ela quisesse dizer algo.

— Se quer falar algo apenas diga — falo.

— Alícia poderia... — fala olhando para mim mais um pouco. — Poderia ficar com Ioan.

Eu me apresentei como vampiro, ela chegou a conclusão que eu sou alguém que poderia ajudá-la, assim poderei absorver o poder em seu lugar.

— Também pensei nessa possibilidade, mas... — Começo a falar.

— Mas? — Seu tom aumenta.

Está com medo de que eu recuse.

— Está realmente tudo bem comigo? — pergunto. — Não seria ruim? Sou uma pessoa que você não conhece.

— Alícia acha Ioan uma boa pessoa. — Ela começa a falar. — Alícia conheceu diversas pessoas, muitas boas e muitas ruins. Uma pessoa disse "Você irá conhecer boas pessoas no futuro". Ioan é uma dessas boas pessoas.

Ela teve alguém que a marcou dessa forma. Sinto que somos cada vez mais parecidos. Não posso abandonar uma garotinha, principalmente quando ela fala algo assim, certo?

— Então, vamos ser companheiros — falo estendendo minha mão. — Certo?

— Companheiros! — Ela fala alto enquanto aperta minha mão.

~ 2 dias depois

Passamos dois dias remando, até que avistamos uma pequena ilha. Tenho que fazer uma parada. Se fosse apenas eu conseguiria atravessar todo o caminho, mas Alícia é humana. Quantos dias que ela não come? Também precisamos de água de alguma forma. Infelizmente não tenho isso em minha mochila.

— Vamos parar nesta ilha, você precisa descansar um pouco — falo remando em direção a ilha.

— Alícia está bem. — Ela tenta dizer.

Consigo ouvir seu estômago roncando. Essa foi sua resposta. Seu rosto fica vermelho.

— Não se preocupe, preciso descansar também, estou cansado — falo.

— Ok. — Ela fala desanimada.

Talvez tenha entendido que estava tentando consolá-la.

Chegamos na ilha. Deveria ter pouco mais de cinco quilômetro de raio, não sei se é grande ou pequeno para uma ilha. Paramos em uma praia, fora a praia a ilha era cheia de árvores, tão densas que não podia ver direito o que estava dentro.

— Alícia queria tanto terra firme — diz finalmente saindo do barco.

Ela deveria estar a muito tempo no mar.

— Apenas fique longe da floresta por enquanto — falo puxando o barco para a praia. — Não sabemos se tem alguma coisa lá.

— Okay! — responde animada.

Marco uma árvore, era a direção que deveríamos ir para chegar ao continente humano. Após isso volto para o barco, Alícia havia tirado seu sapato e estava com os pés na areia.

— Alícia sempre quis visitar a praia — diz ao me ver.

Ela ainda é uma criança ainda.

— Por que não ficamos um tempo por aqui? Também quero armazenar um pouco de comida para nós — falo.

Nesses dois dias que passamos evitei ao máximo dar sangue para ela. Seus machucados se curaram completamente na segunda vez, mas não me senti confiável em fazer mais uma vez, embora ajude na fome e sede.

— Vamos começar a pescar — falo olhando para o mar. — Vai dar trabalho sem equipamentos. — Suspiro.

 



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