Abri meus olhos me sentindo mais feliz do que já me senti em muito tempo. Obviamente não se tratava da neve fina que caia do lado de fora, nem da troca de presentes que iria ocorrer dali a algumas horas, e muito menos pelo simples fato de ser natal. O real motivo da minha felicidade se devia aos pequenos braços que agarravam minha cintura, e a mulher mais linda que tinha visto dormindo no meu peito.
Eu era o homem mais feliz do mundo, e a noite passada tinha comprovado isso ainda mais.
Hermione dormia feito um anjo, a bochecha amassada no meu peito, os cabelos rebeldes caindo sobre seu rosto e fazendo cosquinhas no meu ombro. Mas ainda sim, isso só comprovava a minha sorte.
Fiz um leve carinho por seus cabelos, o cheiro de shampoo de cereja invadindo meu olfato por completo, e me deixei levar por um cafuné.
Seus olhos castanhos se abriram devagar enquanto Hermione soltava alguma espécie de gemido acompanhado de muita fadiga. Ela deu um sorriso quando percebeu que estava junto comigo, e eu também dei um outro maior ainda que com certeza mostrou todos os meus dentes.
Me virei para ela, ambos estávamos de lado e cara a cara um com o outro. Hermione começou a espalhar beijos por todo o meu rosto, e eu agarrei a sua cintura por isso.
- Posso pedir pra ser acordado assim toda manhã?
- Acho que você está pedindo demais. – ela disse, e rimos baixinho disso depois.
- Ah é? Então quer me dizer que você não fica animada quando faço isso?
Eu disse após me aproximar e dar um beijo apaixonado na sua boca. Ela enrolou as mãos nos meus cabelos aprofundando aquele beijo, fazendo com que cada vez ficássemos mais próximos. Minhas mãos apertaram forte sua cintura e ela deu um suspiro ofegante com isso, enquanto nossas línguas travavam uma batalha.
Quando desci minhas mãos para suas coxas, Hermione subiu em meu colo me fazendo gemer igual a um descontrolado.
- E você? Fica animado quando faço isso? – Hermione perguntou com uma voz muito mais provocante que o normal.
- Hermione, eu não vou consegui parar assim.
- Então não pare!
E ela voltou a beijar meu pescoço dessa vez, agora dando pequenos chupões, e eu apertava seus pontos sensíveis cada vez mais forte para conter meus gemidos. Minhas mãos subiram para seus seios e eu os apertei, massageando os mamilos com os polegares.
- Ron... – Ela gemia meu nome.
- Achei seu ponto sensível, Hermione?
E ela apenas gemeu em aprovação. Já que estava deitado, eu sentei em minha cama com ela ainda em meu colo e comecei a beijar o seu pescoço, a pele macia e o cheiro do seu perfume continuaram me hipnotizando. Passei os beijos para os seus seios, mordicava os mamilos e chupava com dedicação enquanto Hermione revolava em meu colo como resposta.
Eu devia estar ainda mais animado do que ela, pois sentia meu membro doer praticamente, então Hermione rebolou no meu colo novamente e se encaixou sobre mim.
Gememos em uníssono e nos beijavamos para abafar o som, mesmo sendo praticamente impossível alguém nos ouvir por causa do abaffiato. Continuamos naquela mesma posição até chegarmos juntos a êxtase, então puxei ela para o meu peito.
Foi quase involuntário quando comecei a beijar e fazer carinho na sua cabeça, como se até meu corpo reconhecesse o quanto eu precisava daquilo.
- Ron?
- Oi amor - Aquela havia sido a primeira vez que chamara Hermione de amor, e eu nem percebi quando isso escapou dos meus lábios. Só foi muito natural e bom falar aquilo em voz alta. Hermione era mesmo o amor da minha vida
- Eu te amo.
- Eu também te amo Hermione, muito. - Disse enquanto apertava meus braços sobre o seu corpo.
Foi nesse momento que escutamos uma batida na porta, e agradeci mentalmente por ouvir a voz de Harry e não a da minha mãe do outro lado. Eu e Hermione nos olhamos com as expressões tristes de termos que nos separar, mas sentamos na cama e começamos a por as nossas roupas.
Quando nos encaravamos eu via suas bochechas vermelhas lindas, possivelmente envergonhada depois de lembrar o que tínhamos feito. Levei ela até a porta e a dei um abraço de urso que era quase impossível de sair.
- Obrigada Ron, obrigada por cuidar de mim tão bem.
- Quando a gente ama é claro que a gente cuida.
E assim eu vi a cara feia de Harry ao ter que ficar parado no corredor por dez minutos esperando que eu ou Hermione saíssemos.
Ele me deu um sermão dizendo que minha mãe já estava acordada e que podia ter estragado todo o plano, mas eu estava feliz demais essa manhã de Natal então nem me pertubei em ouvir o que ele dizia.
Fomos logo abrir nossos presentes de Natal, havia uma pilha imensa no pé da minha cama.
O primeiro presente era da mamãe e do papai, estava embrulhado com um papel laranja laminado que quase cegava. Dentro havia um livro do mesmo tom de laranja e com letras douradas nos dizeres "A história e as curiosidades sobre o time de quadribol mais animado do século".
Era incrível, e mesmo eu não gostando tanto assim de livros fiquei com vontade de ler esse na hora.
Harry tinha me dado alguns logros da Zonco's, junto de alguns doces diferentes da dedos de mel. Gina embrulhou com muito cuidado uma pulseira de couro com um grande leão dourado como pingente, parecia ter sido feito a mão, mas era uma peça linda.
E o presente que eu estava mais animado para abrir era, sem sombra de dúvidas, o de Hermione. E me surpreendi quando vi um outro livro, com a capa recheada de letras de caligrafia fina e redonda que diziam "nossos anos juntos", e uma foto que se mexia de nós dois no Natal do ano passado. Minhas orelhas estavam vermelhas na foto, pois os adultos insistiram que eu e Hermione tínhamos que tirar uma foto abraçados.
Por dentro o livro era mais parecido com um álbum, todo em tons de marrom e marsala com inúmeras colagens e fotos nossas. Fiquei emocionado só de ver alguns momentos que ela tinha retratado, como nosso primeiro passeio em hogsmead ou na noite em que ficamos acordados até tarde discutindo sobre o que gostávamos.
Ela tinha colocado detalhes, desenhos, adesivos e frases que me faziam voltar no passado e lembrar dos momentos que tínhamos passado juntos. Mas não consegui ler até o final pois as lágrimas começaram a embaçar a minha visão.
- Vamos descer? Estou morto de fome? - Disse Harry do outro lado do quarto encarando sua nova coleção de penas para escrever.
- Claro! Vamos sim. - Falei disfarçando a voz embargada.
¤
O dia de Natal tinha sido ainda mais gelado do que quaisquer outros dias que tinham se passado no ano. Mas a comemoração não tinha sido menos festiva por causa disso, pelo contrário, os gêmeos Weasley insistiram para que fôssemos para fora para começar uma guerra de bolas de neve.
As comidas estavam - se é que isso fosse possível - ainda melhores que no dia anterior, e as rodadas de chocolate quente a cada meia hora não pararam até o anoitecer. Os membros da ordem vieram e ficaram conosco até o dia acabar, todos contando histórias e comemorando o dia como se não ligassem para o que sabíamos que estava se programando para nós dali a um tempo.
A paisagem dos flocos de neve passando pela janela e a decoração de Natal da Toca complementaram ainda mais para o clima natalino. O grande Pinheiro alojado no centro da sala foi a atração principal, junto com as várias fadinhas que piscavam de um lado para o outro como pisca-piscas.
Mas o mais memorável foi ter a presença das pessoas que mais amava comigo naquele dia, até mesmo meus pais que conversaram comigo através de algumas cartas que trocamos durante o dia. Rony parecia emotivo e nunca largava a minha mãe e deixava de dizer como o presente que tinha ganhado era lindo.
No final da noite estávamos somente eu e ele em um canto vazio da sala, sentados no pequeno sofá de canto. Eu folheava o livro novo que tinha ganhado de meus pais, mas dessa vez de uma das minhas autoras favoritas do mundo trouxa, a Jane Austen. Já tinha lido seus clássicos muitas vezes, mas a edição que tinha ganhado era muito mais do que eu esperava, e não perdi a chance de ler alguns dos meus trechos favoritos.
Rony brincava com alguns cachos do meu cabelo e fazia alguns comentários como "esse tal de Sr. Darcy é um babaca!", que me faziam rir.
- Hermione? - Ele me chamou fazendo com que o olhasse.
- Sim?
- Eu gostaria de te dar uma coisa. - Ele tinha as orelhas vermelhas - Bom, não é nada de muito caro mas juntei dinheiro durante algum tempo para pode te comprar isso, pois sabia que você iria gostar.
Rony tirava uma pequena caixinha de veludo preta do bolso enquanto eu o olhava de maneira assustada, não sei se estava muito surpresa ou muito feliz com aquilo. Ele abriu a pequena caixinha que revelava dois anéis de prata muito finos que tinham uma pequena pedra no centro.
Eram lindos, os anéis mais lindo que já tinha visto. Meus olhos se encheram de lágrimas no momento que ele pegou em minha mão e colocou o anel no meu dedo anelar, mesmo tendo certeza que aquilo não era um pedido de casamento.
- Está vendo essa pedra no meio? É feita de um cristal enfeitiçado que faz com que ela mude de cor toda vez que a pessoa que está com o outro anel sinta saudades de você, então não fique assustada caso ela ficar vermelha toda vez que estivermos longe.
Eu não conseguia falar o que estava sentindo naquele momento, só conseguia desviar meus olhos do anel para o rosto de Rony com a boca escancarada. Meu coração estava pesado de tanto amor que sentia.
- Você gostou? Se não eu posso ir até a loja e...
Mas antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa eu o beijei com uma intensidade incrivelmente grande para os meus limites. Coloquei os meus braços ao redor do seu pescoço enquanto pretendia intensificar ainda mais aquele beijo.
- Rony, é a coisa mais perfeita que eu já vi!
Suas orelhas iam passando de um tom rosa para um vermelho escarlate enquanto falava ofeganfe. E ficamos sentados no sofá apreciando a presença um do outro até que a lua já estava alta no céu.
Eu admirava a minha nova aquisição, sem dúvidas era o anel mais lindo que já havia visto, e a forma que ele refletia sobre a luz transformava aquilo em algo muito mais mágico.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.