História O u r H i s t o r y (Hiatus temporário) - Segundas podem ser boas

Segunda feira de manhã, última semana de aula...
ótimo.

O vento frio vindo da janela de meu quarto me acordou gentilmente, levantei-me da cama, coloquei  minha calça e camisa da escola, e então uma blusa de frio e tênis. Fui  em seguida ao banheiro escovar os dentes. Após isso diriji-me à cozinha que ficava no andar de baixo, mas no meio do caminh, passei pelo quarto de minha mãe, que dormia tranquilamente.

Cheguei então na cozinha, onde preparei o meu café da manhã. Após a doce refeição peguei a mochila perto da porta e saí de casa.

Acho que não me apresentei...
Meu nome e Ash Ketchum, tenho 16 anos e estou no 1° ano do ensino médio. Acho que o básico foi falado...

Fui seguindo meu caminho até a escola, mas antes precisava fazer uma parada quase obrigatória na casa de alguém. Chegando em frente da casa da pessoa, toquei a campainha e esperei, até que da janela, uma mulher adulta apareceu. Eu acenei, o que faz ela fazer o mesmo e então gritou para dentro de casa.
- Filha! Seu "namorado" está aqui!
- Ele não é meu namorado, mãe! – diz outra voz de dentro da casa.
 Antigamente eu ficaria constrangido, mas agora que isso ocorre praticamente todo dia... eu nem ligo mais.

Passado um tempinho, a porta da casa se abre e dela saiu uma linda menina de olhos azuis e cabelos longos, com a mesma roupa da escola que eu usava naquele momento. Então ela deu aquele belo sorriso que eu tanto amava.

Aquela menina era Serena Grace, minha melhor amiga, que eu era apaixonado desde a 5ª série. Mas eu nunca havia expressado meus sentimentos.

- Vamos? – perguntei, assim que ela ficou a meu lado.
- Sim. – Ela respondeu, dando tchau para a mãe que estava ainda na janela.
Então nós saímos rumo à nossa escola.

- Você se atrasou mais do que o de costume. – digo puxando o assunto – Qual seria o motivo?
- Várias coisas, Ash. – Serena respondeu – Você não entenderia.
- Tá bom... – digo com uma cara de "haha, sei".

- Ai ai... – Serena treme, olhando para  o céu  coberto de nuvens – Eu esqueci o quão frio é essa época do ano. E o pior é que esqueci minha blusa.

- Ocupada demais com essas "várias coisas"? – Eu brinco, o que a deixa irritada.

- Não enche! – diz ela tremendo de frio.

- Toma – digo oferecendo a minha blusa enquanto atravessávamos uma rua.

- Mas e você?

- Eu tô de boa... Aliás, você é mais “friorenta” que eu.

Dito isso, ela pegou minha blusa e a envolveu em seu corpo frio.

- Obrigada... – ela diz de um jeito fofo, o que me faz perceber que a decisão tinha valido a pena.

Depois de um tempo, nós dois entramos pelo portão da escola e pela porta da sala, indo até nossas carteiras.

Até que do nada fui agarrado por trás (não pense desse jeito safado). Quando sou virado na direção da pessoa que havia me agarrado, percebi que era um de meus amigos, Black.

- Eae ketchup! – Ele disse me dando um tapa nas costas.

- Ai viado!! – Falei tocando no local do tapa – Oi.

- Desculpa haha!

- O que você quer?

- Só me segue. – Black disse me levando até o fundo da sala, que estava ocupado pelo meu outro amigo

- Salve Ash! – Disse meu amigo Brock me cumprimentando.

- Sinto que vocês querem alguma coisa... – digo – Falem logo!

- Empresta o jogo novo do miranha? – Dizem Black e Brock, quase em uníssono.

- Já falei que não desgraças!! – Falei batendo o pé no chão – Aceitem de uma vez, eu nem zerei ele ainda.

- Caraio velho! – Black falou – você é mo vacilão...

- Se fosse a Serena... você emprestava. – Disse Brock, o que deixa meu orifício gelando

- Não use ela de exemplo... – eu falei baixo para que ela não me escutasse, já que ela estava do outro lado da sala. – Ela é diferente...

- Aham sei... – disseram os dois em uníssono novamente.

- Vão se ferrar! – Eu xinguei, voltando a minha carteira.

Após alguns minutos, a professora entrou na sala.

- Ok pessoal, sentem-se todos pois a aula vai começar. – Ela falou

- Sim professora Cynthia – falaram alguns alunos enquanto alguns apenas obedeceram as palavras dela, como eu.

Então o dia foi seguindo tranquilamente.

Antes que eu me desse conta, já estávamos na última aula daquele dia, com o zueiro professor Carvalho.

- Bom pessoal – ele disse após passar todo o conteúdo na lousa – vocês sabem que teremos a festa de fim de ano certo?

- Sim! – Alguns respondem

- Todo mundo já tem um par? – O professor perguntou, principalmente para os meninos.

Quase ninguém respondeu (eu quase escutei um grilo nesse momento).

- Acho melhor arrumarem alguém logo... – ele continuou – a não ser que vocês querem ser considerados V-I-R-J-Õ-E-S.

Todos os garotos, incluindo eu, tremeram na última palavra.
assim que a aula do professor acabou, quase todos os garotos (75%, por aí) começaram a cercar as meninas convidando elas para a festa.

Eu já ia na direção de uma menina, que estava do outro lado da sala.
Eu sabia que não demoraria até que alguém fosse convidar ela, e eu não iria querer ir à festa alguma, se não fosse com ela...

A cada passo que eu dava, o meu medo aumentava. Eu estava a 5 passos dela...
- V-você quer ir à festa comigo?  - disse um menino para minha amiga Serena.
- Desculpa – ela respondeu, de forma "não tão rude" -  Alguém já me convidou...

Eu parei no lugar que estava e recuei.
eu havia chegado tarde demais...

...
 

5 minutos depois, eu esperei Serena no portão da escola para que voltássemos juntos, como eu sempre fazia.
até que ela chega.

- Desculpa o atraso. – disse ela correndo em minha direção.
- Tá de boa. – Respondi um pouco cabisbaixo, mas sem mostrar tanto. Então começamos a ir.

Havíamos andado meio caminho de casa sem falar nada um para o outro. Até que Serena falou:
- A festa é sexta às 20:00, certo?
- ...sim.. – eu disse, meio sem ânimo.-

- Então você vem me buscar às 19:30, certo? – ela perguntou, de um jeito muito natural.

- belez-... – eu parei de andar e comecei  a formular a pergunta, até que eu – pera... o quê?
 Ela anda mais alguns passos até se virar para mim.
- O que foi? – ela perguntou
- V-você não disse que ia com alguém? – respondi, bem envergonhado – que alguém tinha convidado você?
- Ah, aquilo? – Serena fala, se lembrando do momento e depois responde – eu menti.

Às vezes eu ficava fascinado como ela falava essas coisas na mais pura calma
- Bom... – ela continuou, se aproximando de mim – Eu não menti necessariamente, sendo que você iria me convidar não e mesmo?

Eu fiquei com tanta vergonha de estar tão na cara...
- C-como você...? – eu gaguejo.
- Eu vi você se aproximando de mim no final da aula. Eu apenas adiantei as coisas.
(de novo, fascinado.)
- Mas aquele cara que chegou antes? – eu lembro do garoto que havia tentado convidá-la – por que você não escolheu ele?
- porque... – agora ela estava vermelha – eu... queria... ir... com... você...

Depois disso ficamos em silencio por um tempo. Sem saber o que dizer.
- Sabe... – eu disse, finalmente olhando em seu rosto – às vezes eu realmente não te entendo...
Ela deu um sorriso falso apenas e continuou o caminho andando, então eu fiz o mesmo.

Chegando finalmente na casa de Serena, nós paramos em frente a porta dela para nos despedirmos.
- Bom, está entregue – eu falei, esquecendo daquele papo anterior.
- Obrigada... – ela disse, então foi até a porta para entrar em casa, mas então ela parou no meio do caminho e se virou para mim – Espera, esqueci uma coisa.

Ela veio em minha direção, tirando a blusa de frio do corpo dela e segurando para me devolver.
- Nossa... – falei, percebendo o que ela estava fazendo – Eu tinha esquecido dela também.

Foi então que aconteceu.
Assim que ela me passou a blusa, seus lábios foram para a minha bochecha.

Lógico que ela já havia me beijado na bochecha antes, mas eu não sei porque, naquele momento, tudo que conseguia sentir era sua boca...

Assim que me beijou, ela foi perto da minha orelha e cochichou:
- Você começou a me entender agora?

Ela deixa a blusa em minhas mãos e corre para a porta.

- Até amanhã! – Ela disse sem olhar para trás, e entrou em sua casa.

...

Não posso dizer que não voltei para casa com um sorriso no rosto.

Percebi que a blusa estava com o doce perfume dela, e acredite, eu não reclamei nem um momento sequer...

- Oi filho. – disse minha mãe, Delia, que estava fazendo o jantar.
- Oi mãe. – respondi, indo até a cozinha e dando um beijo na bochecha dela.
- Como foi seu dia...? – Ela fala dando uma risada. – Tô brincando, eu sei que você odeia as segundas...
- Sabe mãe... – eu respondi subindo até meu quarto – Até que segundas são legais...

Faltavam 4 dias para a festa de fim de ano.