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História Olha, nem te conheço, mas já te odeio. Taekook, Vkook. - Acreditar em mim mesmo - História escrita por CopinhuYoongi - Spirit Fanfics e Histórias
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História Olha, nem te conheço, mas já te odeio. Taekook, Vkook. - Acreditar em mim mesmo


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Capítulo 23 - Acreditar em mim mesmo


Taehyung on

Fiquei sabendo da demissão do Jungkook duas horas depois de ela ter sido concretizada. Estava arrumando alguns papéis no meu escritório avaliando meu novo relógio de ouro e apreciando a vista lá fora — o que é maravilhoso, uma vez que estou a vendo do sétimo andar.

Se for colocar as cartas sobre a mesa, a mesa da verdade, eu diria que não acreditei nas palavras dele. Ele ia jogar tudo para o ar só por que o irrito? Isso seria bobagem. Ser levado pelo coração, e não pelo cérebro. Deixar de ganhar uma quantia considerada exorbitante só porque o chefe não te olha da mesma forma que você o olha?

Jungkook é bonito. Seus traços são dignos de arte pura e sem efeitos, assim como sua boca que não tem filtro algum. E ele não precisa ter. Gostei de transar com ele, por mim, isso pode se repetir. Não é como se laços pudessem ser feitos só porque meu pênis estava ligado a Jungkook. Nós poderíamos fazer isso funcionar, não envolvendo nem sentimentos nem coração, esse tolo que muitas vezes se emaranha em lugares em lugares que não é para ficar.

Sei que não, porque eu já acreditei nele algumas vezes. E é por isso que meu status de vida, como se fosse um aplicativo, está escrito algo como ''fechado para o amor''. Não tenho culpa se Jungkook se apaixonou por mim, ademais. Porém, enquanto rodo na minha cadeira rotativa e mordo minha caneta de prata, penso em como diabos ele foi me querer.

Sou tudo aquilo que Jungkook disse. Sou soberbo, insensível e tantas vezes fui tão tóxico, tanto comigo quanto com as pessoas que ficam ao meu redor. É o meu jeito. Eu cresci assim. Mas nem toda essa minha pose de durão foi o suficiente para negar o corpo do rapaz. Negar seus lábios nos meus, minhas mãos em sua pele branca, ou quando ele senta com vontade em mim.

Naquela manhã, eu quis abaixar sua cabeça e ter o deixado chupar o meu pau. Queria sua boca, e eu também podia ter dado um bom boquete para ele. Não foi assim. Na verdade, ele saiu da minha casa.

Chorando, certamente, pela mãe falecida e outra coisa que eu sabia que tinha naquela cabeça toda desgovernada. Toda bagunçada, sem alguns parafusos, personalidade que, mesmo que eu odeie admitir, fará falta. Sempre tem um bobo da corte que faz o castelo melhorar no quesito humor.

Sem bobos aqui, agora.

Mas foi matutando que cheguei na conclusão mais estranha para mim, porque muda o meu conceito. Eu nunca quis um parceiro sexual por muito tempo. Nenhum deles conseguiram fisgar minha atenção por muito tempo. Seus corpos poderiam ser lindos e esculpidos, mas o sexo só acontecia uma vez. Então, sim, passara por minha cabeça que podia ser uma boa ideia convidar Jeon para transas casuais. Apenas isso e nada mais. Por isso, quando tudo terminou e já era sete da noite, dirigi até sua casa. Suas informações, incluindo o endereço, estavam na minha mão, toquei sua campainha e fui recebido com um:

— pois não?

Jungkook estava lindo. O cabelo preso numa xuxinha.

— boa noite, Jungkook.

Nós conversamos um pouco. Contei para ele o que vim fazer. Seu rosto estava lindo e suas roupas, largadas. Se ele aceitasse, eu teria o empurrado para o sofá e lambido sua barriga, chupando e gemendo, pronto para meter.

Não foi assim. Jungkook bateu a porta na minha cara. Fiquei estupefato. Demorei alguns segundos anormais para voltar à realidade e voltar ao meu carro.

Digo com convicção que nunca recebi um ''não'' na minha vida. E por julgar Jungkook apaixonado por mim, supus que ele não ia ser o primeiro. Mas foi.

Em casa, com Taeji no colo, refleti mais. Meu bebê estava bebendo leite na mamadeira e a TV passava Galinha Pintadinha. Taeji ria, sem entender de verdade, e começava a cantar de forma embaralhada. Ele me deixava calmo e com a cabeça fria para pensar nos meus problemas, esses que só nasceram por causa do meu maldito assistente. Ou melhor: ex assistente.

— qual é a boa? — Yoongi disse, se jogando em minha poltrona favorita. Ele estava com um saco de salgadinhos e não demorei para alertá-lo:

— se derrubar alguma coisa, eu te mato.

Yoongi assentiu. Taeji resmungou algo e fez o leite deslizar para fora da sua boquinha e, sem delongas, o sequei com minha própria roupa.

Matutar a resposta do moreno foi mais fundo do que pensei. Se ele negou, é porque realmente gosta de mim. Quem um dia aceitaria transar sem compromisso com alguém que por ela tem sentimentos? Viraria bagunça. Malvado, malvado coração, digo para o meu, porque, mesmo com essa informação não deixei de tentar ter Jungkook outra vez.

E é só sexo. Não amor. Eu não olho para seus lábios porque os amo. É só sexo. Nem quando seu sorriso ilumina seu rosto jovial. É só sexo.

Eu continuo repetindo isso até que eu finalmente acredite em mim mesmo.



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