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História Olha, nem te conheço, mas já te odeio. Taekook, Vkook. - Ainda está de pé - História escrita por CopinhuYoongi - Spirit Fanfics e Histórias
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História Olha, nem te conheço, mas já te odeio. Taekook, Vkook. - Ainda está de pé


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Capítulo 24 - Ainda está de pé


Jungkook on

 

Eu e Hoseok pedimos pizza de calabresa no jantar. E o melhor nem foi o molho picante que ganhei de brinde, e, sim, que ele não me perguntou sobre Taehyung. Não mais. Mas quem disse que não contei?

Eu contei e ele disse pra fazer a coisa certa. Está ai o problema: eu não sei fazer a coisa certa! Só me fodo na vida e nunca sei pra qual direção ir, então deixei o Kim debaixo do tapete — como faço com sujeiras — e tentei não pensar nisso.

Dormi. Meu café da manhã pão francês e presunto. Hoseok me deu um até mais e foi pra sua faculdade, me deixando sozinho. De shorts, blusa folgada e cabelo bagunçado, resultado de tanto dormir.

Eu, no entanto, não podia ficar parado por muito tempo. Mente vazia é oficina de mecânico. Ou é do diabo, eu não sei. Só sei que tenho que arrumar um novo emprego, porque uma hora ou outra minhas economias irão acabar e será complicado fazer tudo com pressa.

Calça e camiseta branca; vesti-me, peguei meu notebook e o guardei na minha antiga mochila do ensino médio. Às oito eu sempre ia no café que fica mais ou menos um bairro antes da empresa. Pegava o café doce pra mim e o amargo para o meu chefe. Meu ex e filho da puta chefe. Depois que ele partira, ontem, eu mostrei meu dedo médio pra porta e quis gritar de ódio.

Ele é muito idiota e só pensa nele mesmo. É claro que ele sabe que eu porra me apaixonei por ele, mas Taehyung finge que não e ainda por cima cutuca minha ferida.

O odeio, mas não tanto quanto me detesto, porque só tolos gostam de alguém que os tratam tão mal. Argh! Estou de mal comigo mesmo, mas, ainda que eu estivesse, fui até a cafeteria usual. Ela me deixa bem. Seu interior todo de madeira e aroma de café e pão de mel. Sentei numa cadeira com vista de fora, abrindo meu notebook e começando a procurar ofertas de trabalho. Meu óculos me ajudaram nisso, enquanto minha mão pega mais um pão de chocolate.

Apesar de não ter tido experiência no meu antigo emprego, eu acabei obtendo algumas dele, e agora será mais fácil achar algo que vale a pena. Pelo menos nisso eu não posso reclamar.  Também fiz amigos. Ainda bem, pois aguentar tudo aquilo sozinho é suicídio.

Então, peço mais doces, bebo mais café e clico em anúncios de trabalhos que julguei ser interessante. Eu ficaria o dia todo assim sem nenhum medo. Quer dizer, tenho que me ocupar com alguma coisa, mesmo que seja algo cansativo.

Mas diga-me se nunca ouviu essa frase ''se Maomé não vem até a montanha, a montanha vai até Maomé''.

Suspiro.

Yoongi, irmão mais novo do crápula, está vindo em minha direção. Eu não odiava o menino e nem algo parecido, mas nunca nos falamos exatamente. Mas eis-o aqui, entrando no estabelecimento com um carrinho de bebe. Ele me fita, sorri — percebi que o sorriso dele é gengival — e, finalmente, ele se senta em minha frente.

— oi, Jungkook!

— oi. O que faz por essas redondezas, uh? Não devia estar cuidado do seu sobrinho?

— e estou. Ele tá aqui.

Eu me inclino. Tiro os óculos apenas para ver o bebê malino babar e morder seu punho tão pequeno.

Meu rosto se enche com um sorriso. Taeji é lindo. Ele parece com o pai, e eu poderia falar o mesmo da mãe dele, no entanto ninguém a conhecia, quem dirá eu.

Como um imã, Taeji atrai minha mão para sua cabeça cabeludinha. Dou afagos, vejo-o tentar alcançar minha mão, e eu o deixo.  Um adulto que deixa um neném apertar seu dedo como se fosse arrancá-lo.

— bem... — Yoongi pigarreia, e eu me afasto do menorzinho. Yoongi segue essa ação. — ele gosta de você, não é?

— acho que sim. Normalmente, os bebês me adoram.

— quer um filho, a julgar pela sua cara sonhadora.

É. Eu penso assim, mesmo.

— ou... — retoma, olhando para cima. — você quer especificamente o filho do meu irmão.

— do que está falando? — estreito os olhos, pondo as mãos sobre a mesa.

—  você gosta do Tae, eu sei disso. Jin me contou. E quer saber? Acho que você devia ir no trabalho dele, arrancá-lo da cadeira a pontapés e beijá-lo! Talvez assim ele cale a boca tóxica dele.

— olha, eu não sei o que o Jin te disse, mas não gosto do seu irmão. Como você mesmo disse, ele é tóxico. E de tóxico já basta a minha vida. Não quero arranjar problemas. — volto a beber meu café, digitando alguma coisa no aparelho. Nem sei mais o quê.

Mas Yoongi, aparentemente, herdou a língua solta de Jin. Taeji, por sua vez, apenas mordia minha mão e a babava.

— estou falando sério. Sei que vocês transaram, porque eu tive a infelicidade de entrar no quarto e ver Taehyung pelado. Pelado e... Molhado. Foi horrível! — ele escode seus olhos com suas mãos, batendo os pés no chão. — foi a pior coisa que já vi!

Eu ri, porque deve ter sido traumático pra alguém ver seu irmão nu. E, pra ser sincero, mesmo que eu esteja sendo posto contra a parede, gostei de que Yoongi e Taeji estivessem aqui. Eu amava o bebê, e ele também gostava do meu colo, pelo visto. Sem Taehyung na equação. Só eu e os dois; me pareceu muito mais promissor.

— Taehyung é hipócrita. Me diz que não posso ficar com Jimin, um funcionário seu, mas ele pode ficar com você.

— escute. Não estamos juntos. Foram duas fodas e acabou. Não tem nada de romântico nisso, você devia saber.

— você devia. — pontua. — porque o meu irmão não fica estressado quando um de seus colegas de transa o dispensam. — ele ri, e depois passa a língua nos lábios, como se fosse um sabe-tudo. — contra fatos não há argumentos. Pensei que soubesse.

Confesso que fiquei encabulado com isso, mas tentei empurrar pra dentro assim como meu bolo de chocolate.

Se eu pensar mais, vou acreditar mais. E grudar algo incerto em mim novamente, eu que vou sofrer. Ninguém mais vai dividir esse prêmio comigo. Eu sei.

Por isso, foquei em deixar o bebê em pé no meu colo. Segurando seu corpinho e cantando algo qualquer, mexendo-o de lá pra cá. O sorriso dele deixou que o meu escorregasse e ficasse em minha boca. Seus pés chutaram-me, e uma nova gargalhada se fez presente. Absorto em brincar, eu nem vi quando Yoongi se levantou. Ainda sorrindo, quis saber:

— aonde vai?

— vou comprar... Hã, fraldas novas.

— mas tem um pacote inteiro no carrinho.

— ah. Eu tenho que comprar uns lenços umedecidos.

— tem no carrinho.

— eu-

— Yoongi, para de me enrolar.

— tá bom! Eu só vou sair por um tempinho, não demoro.

Sem esperar resposta, ele saiu correndo. O sininho da porta tocou e, puta merda, eu estou sozinho com Taeji. O filho do babaca! Podia ser qualquer outro bebê, mas quem disse que a vida quer colaborar comigo?

Enlouqueci. Mas o menorzinho estava muito absorto comigo.

A cada segundo, eu ficava mais tenso. Meus ombros estavam comprimidos e eu não parava de morder meu lábio inferior, sem saber o que fazer. Faz o total dez minutos que fiquei sozinho, mas pra mim era como se fosse dez horas.

Momentos assim me faz suar como um porco. Mas isso ia passar: de porco eu ia para porco morto.

Taehyung abriu a porta do estabelecimento  com tudo. O sino não tocou, ele explodiu. Pelo menos pra mim. Ele com seu terno, cabelo impecável, mas também suado. Seus olhos varreram toda a cafeteria, rápidos, até que pairaram em mim.

Gelei. Taeji fez ''buh''.

— senhor do céu, finalmente te encontrei. Eu estou com o coração na boca, menino!

Ele não falava comigo.

— vou matar seu tio, ele é muito irresponsável! Vai ficar sem a mesada deste mês.

Ele fechou as pálpebras, respirando fundo.  Seu coração parecia bater como o de um atleta em plena corrida. Para enfim me notar, coçar sua nuca e erguer a cabeça.

— como você foi parar com o meu filho?

— Yoongi me deixou com ele e saiu. Não tenho culpa.

— não falei que era culpado. Por que está na defensiva?

— você tem cara de quem briga até com tá quieto. Não quis arriscar.

— rrá.

Seu riso foi soprado. Ele umedeceu os lábios e se envergou para ver meu notebook. Suas sobrancelhas arquearam e tinham ar de deboche.

— procurando emprego, hein?

— sim.

— duvido muito que ache um tão bom quanto o antigo.

— não tendo você lá já é mil vezes melhor.

— ok. Você realmente está muito na defensiva hoje. O que aconteceu?

— vamos deixar essa ladainha de lado? — perguntei, mas não pedi respostas. Em vez disso, eu ofereci seu filho. — pegue-o.

— vou pegar, mesmo.

— então pegue!

— eu vou!

Mas, quando Taeji foi ameaçado de sair do meu aperto, ele chorou e se agarrou ao meu ombro.

— amor, vem logo. Não tenho o dia todo.

Nada. O pequeno me agarrava mais e mais. Seu pai insistiu:

— vou perder uma reunião importante por sua causa. A coisa já não está boa com um funcionário a menos e você ainda quer dificultar!

Rolei os olhos. Taehyung espremeu os olhos pra mim, e tentamos novamente retirar o bebê.

Ele chorou, chutou, esperneou, gritou, bateu, se remexeu, berrou quando estava finalmente se desprendendo de mim e, por último mas não menos importante, ele continuou chorando enquanto apertava o terno caro do pai. Esse que sorriu.

Sim, ele sorriu. O homem pedra tem sentimentos, afinal.

— ele gosta de você. — disse, e eu tive que erguer minha cabeça pra vê-lo.

O Kim estava me olhando.  Me senti mais tenso e quis me socar por ter meu coração pulando pela boca.  Ele desceu o olhar, depois o subiu, como se me avaliasse, e disse:

— bem, tenho que ir agora. Boa sorte na pesquisa de trabalho.

— obrigado...? — não tinha certeza.

Ele ajeitou o neném —  esse que ainda o batia —  no colo e, com uma mão livre, trouxe o carrinho consigo. Antes de fato sair, ele dissera:

— minha proposta está de pé.

— esquece. Tô fora da empresa. — respondi, arrumando minhas coisas para sair, também. Minha fome tinha se dissipado.

Surpresa foi quando um ar quente invadiu minha orelha esquerda, e aí a boca de Taehyung estava colada lá, dizendo baixinho:

— você sabe de qual proposta estou falando.

Ele só mordeu meu lóbulo, mas me deixou de pernas bambas. Se fosse só isso, pensei, seria bom. O ruim é quando seu coração treme, também.


Notas Finais


o bebe conhece os papais


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