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História Olhos de tempestade. - Capítulo III- Curiosidade - História escrita por JessicaMBO - Spirit Fanfics e Histórias
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História Olhos de tempestade. - Capítulo III- Curiosidade


Escrita por: JessicaMBO

Notas do Autor


Olá! Gente segue mais um por que tô inspirada aqui.

Obrigado por estar lendo, espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 3 - Capítulo III- Curiosidade


Fanfic / Fanfiction Olhos de tempestade. - Capítulo III- Curiosidade

Olhos de tempestade

Capítulo III _ Curiosidade.

Milla tentava a todo custo manter a atenção focada no discurso da shinigami da biblioteca, que estava incumbida de lhe ensinar sobre o Sereitei e sobre o clã Kuchiki. Até que algumas coisas era interessantes, mas depois de ficar sentada ali por duas horas seguidas, já estava ficando bem difícil segurar o sono, ou impedir a mente de vagar para longe demais.

A verdade é que a moça estava mais que entediada. Apoiou o queixo sobre a palma a mão, e encarou as páginas cheias de letrinhas que se misturavam em palavras aleatórias no livro sobre a mesa. Suspirou. Faziam três semanas que estava ali no sereitei. A uma semana, havia se casado com o capitão da sexta divisão. Um frio na barriga se formou quando se lembrou daquele dia.

Foi pela manhã, que os jardins do clã Kuchiki estavam cheios de bancos e enfeitado com tecidos brancos, em meio às árvores de cerejeiras. O comandante Yamamoto sacramentou a união diante dos treze capitães, seus tenentes e alguns convidados ilustres, inclusive sua comitiva, que já havia partido no dia seguinte ao casamento. Se lembrava ainda de como estava nervosa, e ficou ainda mais ao ver o líder do clã Kuchiki a esperando no altar, impecavelmente arrumando num kimono branco e azul. Os cabelos negros soltos, sem o tão usual uniforme de shinigami. Ela caminhou até ele de pernas bambas, apoiada ao líder de seu clã. Rezando para que não tropessasse na barra do kimono matrimonial branquissimo, todo cheio de bordados prateados. Tarefa que era muito difícil de ser cumprida, já que os olhos tempestuoso do capitão estavam cravados sobre ela, como se estivesse prestes à engoli-la inteira com sua intensidade. Fez bastante esforço para parecer calma quando ele pegou sua mão recitando o juramento de lealdade, e dividiu com ela do mesmo cálice de bebida. O ato símbololico de que iriam compartilhar a vida. Houve uma festa depois, e ele a acompanhou educadamente por entre os convidados,e cada capitão deixou bem evidente como estavam surpresos com esse casamento. Pode até ver algumas garotas chorando inconformadas e a olhando de um jeito que daria arrepios.

Mas estava feito. Ela estava, oficialmente, inegavelmente, casada com Byakuya Kuchicki.

A sua companhia, claro se reservou à esse dia. No dia seguinte, a comitiva foi embora, retornando ao clã de origem da jovem, e o capitão, bem... voltou à cuidar dos seus assuntos e ela praticamente não o viu desde então. Mas, tudo bem. Esse era o acordo. O problema mesmo agora, era o tédio. Deus, ela tinha andado pelo grande distrito à quatro dias com a criada particular, que ele a designou, conhecendo os lugares, sabendo um pouco mais sobre a disposição do sereitei. Mas não dava pra aproveitar muito quando se está sendo observada o tempo todo por gente que não conhece, E que espera um comportamento exemplar da senhora Kuchiki.

Bufou outra vez virando a página e deixando o corpo amolecer na cadeira desconfortável. Ela era realmente bastante elegante e digna quando queria, mas o que pouca gente sabia, era que ela tinha um lado muito arteiro e clemente por descobertas e liberdade. Precisava sair dali ou iria ficar louca de tédio.

__ Bem senhora, acho que por hoje é só._ A professora rechonchuda a despertou do monólogo interno a fazendo dar um pulo e levantar.

__ Graças aos céus! _ Exclamou aliviada sem se conter,  a senhora a encarou arqueando uma sobrancelha.

__ O que disse, senhora?

__ Quero dizer..._ Milla se recompõe da gafe que cometeu e moderou o tom de voz. _ Foi uma boa aula, obrigada Tsui sama. - Ela se cura cumprimentando e com um sorrisinho sem graça sai disparada para fora da abafada biblioteca dos Kuchiki.

Já do lado de fora, ela respira aliviada. Ainda era cedo, e só de pensar em mais um dia inteiro presa dentro dos portões e muros do clã Kuchiki,  sentia a cabeça fervilhar. Alguns Shinigamis passaram por ela a cumprimentando respeitosos, e a maioria não podia deixar de sentir as bochechas corarem quando a linda mulher lhes sorria gentilmente. Alguns, ela se esforçava a lembrar o nome. Pela grande instalação do antigo clã, não era segredo que estavam encantados com a nova jovem senhora. 

Milla prossegui passeando pela varanda extensa, observando o movimento dos trabalhadores.  Sua acompanhante logo se juntou à ela. Aoi era uma moça loira de cabelos encaracolados, olhos azuis e pequenas sardas nas bochechas coradas. Estava muito nervosa quando foi se apresentar à sua senhora um dia depois do casamento, mas depois de poucas horas em sua companhia, notou que na verdade, ela era bastante agradável. Sempre fazendo inúmeras perguntas, observando tudo com seus grandes olhos amendoados. Ela parou ao lado de sua senhora quando ela ficou estática no lugar olhando para o fim do corredor, onde um grupo de empregados levavam cestos de roupa para dentro do cômodo. 

__ Aoi San...o que acontece ali? __ Milla Indagou batendo a ponta dos dedos no queixo afilado. Aoi esticou o pescoço e sem entender respondeu sua senhora. 

__ É a lavanderia da casa dos trabalhadores. Ali os uniformes dos criados são lavados, às vezes até de alguns membros do batalhão seis.

__ Humm...__ Milla murmurou e Aoi franzio o cenho sem compreender o que ela poderia querer com isso. __ Aoi, preciso que me faça um favor. __ Um sorriso largo estava estampado no rosto da patroa quando se voltou para a jovem. Covinhas se faziam visíveis em suas bochechas morenas. 

Milla caminhava de um lado pro outro dentro do quarto espaçoso e confortável que lhe foi dado nas instalações do clã. A unha bonita do polegar já estava parcialmente roida enquanto a ansiedade a corria. Duas batidas na porta a fizeram parar de chofre. 

__ Senhora Kuchiki, sou eu, Aoi. __ A criada disse baixo do outro lado. Milla correu e puxou a porta que correu macia os trilhos estendendo o braço e puxando Aoi para dentro do cômodo fechando a porta em seguida. 

__ Conseguiu? __ Milla Indagou vendo a trouxa de tecidos escuros na mão da moça. Aoi sorriu, mesmo que ainda estivesse preocupada com o que sua senhora estava tramando. Ela lhe estendeu o amontoado de tecido. 

__ Sim senhora. Consegui. 

__ Ótimo! __ Milla sorriu de orelha a orelha abrindo os nós da trouxa e pegando nas mãos o tão comum uniforme dos shinigamis.

__ Acho que o tamanho vai servir. Peguei do mesmo que o meu, mas... A senhora tem um pouco mais de...__ Aoi hesitou quando Milla a observou curiosa esperando a conclusão da frase. __ Curvas. 

Milla olhou para o próprio corpo se analisando em relação à nova amiga. Talvez um pouco mais de seios e seus quadris de fato eram mais largos, mas achava não faria diferença. 

__ Vai dar tudo certo. Venha, me ajude. 

Meia hora depois, duas serviçais estavam caminhando pelo grande Sereitei, como qualquer shinigami. Milla ainda era pouco conhecida, e das poucas vezes que tinha aparecido por ali, estava usando longos e caros kimonos nobres. Possuía joias e maquiagem. Agora, com o rosto limpo, despida de qualquer ornamento, os cabelos amarrados em um rabo de cavalo pesado, acreditava estar irreconhecível. A única jóia que usava, era a que precisava usar, o colar de pedra gorseana azul, que havia escondido bem por dentro do kimono. O hakama preto, havia servido bem, tinha ficado um pouco mais marcado nos quadris, porém nada que comprometesse seu disfarce. 

Milla quase bateu palmas quando saíram dos corredores intermináveis dos quartéis dos Treze Batalhões do Tribunal, e pode ver o bairro comercial. Barracas e mais barracas de comidas e todo tipo de mercadorias. Se deixou levar e curtir o passeio ao lado de uma preocupada Aoi. 

__ Senhora Kuchiki...__ Aoi disse baixinho  enquanto passavam de volta pelas barracas coloridas. __ Já estamos aqui a muito tempo, vamos voltar agora. Milla deu uma mordida generosa do dango cor de rosa no espetinho e soltou um suspiro. 

__ Tá bem, vamos. __ A bochecha cheia. Aoi não deixou de notar quão diferente era a sua senhora.

Fazia calor naquele dia. Mas mesmo com o tempo abafado, Byakuya mantinha o manto de capitão orgulhosamente sobre o corpo mesmo dentro da sua sala. Renji tinha acabado de sair da sala, levando as últimas ordens do dia, e os relatório mais importantes estavam sobre a mesa. Eram dias de paz, e não havia grandes problemas a serem resolvidos pela divisão seis. Sem mais tem o que fazer ali, achou que era hora de voltar para seu clã, quem sabe dedicar pelo menos duas horas a seu treino rotineiro. 

Enquanto caminhava até lá, pensou na moça que agora vivia ali, dentro de sua casa, sua esposa. Depois da cerimônia de casamento, fez como disse que faria. A colocou no melhor quarto que podia, lhe designou uma serva pessoal, e lhe deu liberdade para visitar o sereitei, mas somente com um guarda, pois ela agora não era qualquer uma. E estava tudo indo bem, até o momento ela não lhe deu nenhum problema. Nenhum, tirando o fato de que às vezes se pegava pensando nela por motivos bobos. Não gostava disso, e por esse motivo, não se deu muito ao trabalho de procurar vê-la pessoalmente outra vez. 

A cara de alívio dela quando ele disse que não tinha interesse em ter uma relação íntima de marido e mulher com ela, não saia de sua cabeça. Geralmente, isso não acontece. Mesmo ele sabendo que não era um poço de simpatia, e não era de dar aberturas a ninguém, não faltavam mulheres se oferecendo por um pouco de sua atenção. E na condição de esposa, ele sabia que qualquer outra iria exigir que ele comparecesse como homem. Mas parece que ela estava aliviada em não ter que se deitar com ele.

Incomum, ainda mais pelo fato de que ela não o procurou nenhuma vez se quer após o casamento. Para nada. E isso era bom, claro. Era o que ele queria. 

Nas poucas vezes que a viu passeando pelos jardins do clã, ela lhe cumprimentou formalmente e de maneira educada, seguindo seu caminho a seguir. Deixando o perfume de flores silvestres pelo ar e um sorriso que fazia todos os idiotas do sexto batalhão corarem como verdadeiras mocinhas, e gaguejarem um cumprimento. 

Imerso em pensamentos que fomentavam um mal humor interno, ele passou pelas ruas do Sereitei até passar pelos portões do seu clã. 

__ Oni-sama. __ A voz familiar o fez se virar encontrando Rukia indo em sua direção. __ Já terminou o expediente? 

__Sim. Não devia estar em missão em Karakura, com o shinigami substituto? __ Ele Indagou voltando a caminhar seguido por sua irmã.

__ Já terminamos. Vim ver como tem passado. Soube que... se casou. Isso.... é mesmo verdade? Por que eu não acredito...

__ Sim, Rukia. __ Ele a cortou impassivelmente atravessando o jardim de grama verde e calçadas de pedra. Rukia deixou o queixo cair de surpresa, e ele ignorou o exagero. __ Me casei a algumas semanas. 

__ Como? Quem? ... __ Ela respirou fundo sem saber que pergunta fazer. __ Por que?! 

__ Tantas perguntas desnecessárias. __ Ele suspirou irritadiço passando para a extensa varanda. __ Seu nome é Milla Tatsuki, bem era. Uma nobre de um clã importante. Era coveninete essa união,  e acatei a ordem do comandante pelo bem da soul Society. Isso é tudo que precisa fazer. 

__ Impossível. __ Rukia sussurrou ainda em choque olhando as costas altas do irmão. 

Foi nesse momento, que Rukia viu mais a frente duas shinigamis caminhando juntas sorrindo animadas, vindo da direção contrária a eles, do lado de fora da varanda. Uma delas parou de sorrir ao ver capitão com os olhos arregalados abaixando os olhos e cutucando a parceira que ficou branca como papel. Rukia segurou os cabelos da franja quando um vento forte cortou o ar, e quase bateu nas costas de Byakuya que parou de chofre na sua frente, e calmamente se virou na direção das duas mulheres.

Byakuya estava impaciente com tantas perguntas da irmã, e a descrença dela sobre ele ter se casado outra vez era compreensível,  mas de certa forma, mexia com seu ego. O que diabos era tão inacreditáveis assim em ele ter se casado de novo? As risadas das criadas que passavam do lado, logo abaixo lhe irritava, por isso olhou de relance vendo a criada que designou à sua esposa, junto com outra moça que ele não lembrava e que sorria alto demais enquanto tapava a boca contando algum segredo a outra. Ela levantou os olhos e ele pode ver eles se arregalando em surpresa ao veê-lo e cutucar a outra que deveria estar com sua esposa, virando o rosto a seguir. A mais baixa e pequena de cabelos loiros ficou pálida quando o viu, meneou a cabeça e seguiu em silêncio agarrada ao braço da maior de cabelo castanho amarrado num alto rabo de cavalo. Teria uma boa conversa com Aoi depois. 

Foi então, que o vento soprou e ele sentiu na rajada de ar, o perfume único de flores silvestres lhe bater com força. Rapidamente seu cérebro associou as pistas o fazendo parar de chofre. Virou devagar na direção das duas mulheres. Principalmente para a de cabelos lisos e castanhos que se recusava a olhar para trás, os passos duros e robóticos. Estava nervosa. Quase sorriu de lado pensando em como tinha apanhado uma raposa esperta. Quase. 

__ Aoi. __ A voz grave soou chamando a criada. Ela parou na mesma hora rígida como rocha. Ele se aproximou pelo alto, os olhos frios sobre as duas. Milla se recusava a olhar para seu rosto, mantendo os olhos nas mãos agora unidas na frente do corpo. 

__ Sim, Kuchicki sama. __ Aoi respondeu com a voz estrangulada. Ele se postou de pé as encarando de cima. Parecia ainda maior e intimidador dali. 

__ Onde está sua senhora? __ Ele Indagou diretamente, olhando fixamente para a moça parada ao lado. O uniforme de shinigami definitivamente lhe caía bem. Os olhos cinzentos vasculhavam a figura feminina. Aoi engoliu em seco. 

__ Ela... está ... no quarto descansando depois longas horas estudando na biblioteca senhor. Pediu para não incomodarem e me dispensou. __ Byakuya estreitou os olhos. Não sabia se a elogiava pela lealdade a sua senhora, ou se a repreendia pela mentira descarada. 

__ Ela tem se adaptado? __ Ele perguntou ainda observando as reações de Milla que trocava o peso dos pés. 

__ Acredito que... sim, senhor. 

__ E essa, quem é? __ Ele ousou perguntar apontando o queixo para Milla a vendo endurecer os ombros estreitos. 

__ Ela é...

__ Ela não sabe falar? __ Ele cortou. Aoi parecia em pânico e olhou para sua senhora. Milla curvou mais o corpo torcendo as mãos suadas. 

__ Perdão, Kuchiki sama. __ Ela tentou falar baixo, a voz sendo contida para que ele não reconhecesse. O tom bem diferente do seguro e cadenciado na voz bonita da jovem. __ Meu nome é...Karin. Sou uma nova serviçal. 

Byakuya meneou a cabeça ainda olhando a figura. Garota cheia de surpresas. 

__ Podem ir. 

As duas agradeceram e saíram sem olhar para trás, mas Byakuya continuou ali olhando as costas da mulher  que achava que o tinha enganado. Caminhava apressada balançando os quadris que agora notava serem largos, e bem marcados naquela calça, mesmo que provavelmente não era dela. Ele tinha que confessar, por essa ele não esperava. 

__ Oni-san...__ Chamou Rukia baixinho. __ você está bem? __ Sem olhar de volta pra a irmã, ainda observando as duas sumindo pelo corredor à frente ele respondeu. 

__ Por que? 

__ Você está...sorrindo. 



Notas Finais


Yoo!
Mais um cap.
Obrigada por ler.
Nosso capitão tá envolvido na garota sapeca, será?


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