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História Olhos Místicos - Alfa Genuíno Irresistível


Escrita por: Alfaerre

Notas do Autor


Novo capítulo saindo, não aguentei esperar muito, a trama estava me consumindo a mente.

Capítulo 11 - Alfa Genuíno Irresistível


Fanfic / Fanfiction Olhos Místicos - Alfa Genuíno Irresistível

O bom de ter muita gente é que também havia muitos braços para ajudar, então a limpeza depois do almoço foi rápida, o que me deixou alegre, já que minhas pernas doíam muito por ficar bastante tempo cozinhando para tanta gente. Aos poucos todo mundo foi se dispersando: Theo e Liam foram a um shopping, Ethan recebeu uma ligação de Jackson e foi buscá-lo de carro em algum lugar, Corey e Mason saíram para namorar e eu me deitei sozinho no sofá da sala, esperando o tempo passar e a dor nas pernas diminuir um pouco.

Stiles, Lydia e Scott não demoraram para voltar. Nosso alfa genuíno pegou folga o resto do dia e enquanto Stilinski subia com a namorada para que ela pudesse descansar, ele veio até o sofá onde eu estava deitado e eu me sentei para que ele pudesse se sentar também – tinha outro sofá menor, mas não achei ruim ele querer ficar perto de mim. – Percebendo que eu gemi para mover as pernas, perguntou preocupado sem necessidade o que tinha acontecido. Narrei como fora nossa manhã, todas as pessoas, a trabalheira, a comida e disse que ainda devia estar quente se ele quisesse almoçar. Vendo que eu massageava a batata da perna para diminuir a tensão dos músculos e consequentemente a dor, Scott mandou eu me deitar de novo e não tive como desobedecer – não queria desobedecer na realidade, embora isso me deixasse muito embaraçado – tirando meus sapatos e meias, começou a massagear minhas pernas por cima do jeans, na parte mais perto dos pés. Imediatamente, precisei colocar uma almofada no colo e torci para Scott não perceber o que tinha me causado. Meu dom de cura estava restaurando a dor nas pernas, mas não disse nada porque não queria que ele parasse. Infelizmente, alguém chamou à porta e ele teve que ir atender.

Me sentei enquanto Ethan entrava com outro rapaz incrivelmente bonito e com cara de mau ao mesmo tempo – conclui que era Jackson, seu parceiro – e mantive a almofada, sem levantar para recebê-los quanto vieram me cumprimentar. Por sorte ou talvez porque Scott sempre sabia o que eu estava passando e pensando, ele fez os dois virem até mim para que eu não tivesse que me levantar. Apresentações feitas, Ethan e Jackson sentaram-se no sofá menor, trocando um beijo muito romântico e ficando de mãos dadas, enquanto Scott se sentou ao meu lado, mas não tínhamos a mesma intimidade. Nosso alfa lpgi (lindo, perfeito, gostoso, irresistível) colocou o casal a par de tudo que acontecera e eu sempre contava uma parte ou outra sobre minha história para complementar a narrativa dele. Por fim nos concentramos no problema atual: a destruição dos Nemetons. Os contatos dos dois em Londres disseram que na Europa quase já não existia mais das árvores sagradas e que a comunidade sobrenatural – druidas, lobisomens, etc – estava concentrada em impedir a extinção delas aqui na América e contavam com ele, Scott McCall, o famoso alfa genuíno de Beacon Hills para impedir a destruição do Nemeton que existia nos bosques daqui. O grande problema é que não se sabia nada sobre quem estava fazendo isso, apenas que usavam fogo e combustível para consumir as árvores rapidamente e impedir que crescessem de novo.

Enquanto conversávamos, Stiles desceu, cumprimentou os dois e se sentou entre mim e Scott – o que não me agradou nada, mas tentei não deixar transparecer – acho que de propósito, para nos separar e marcar seu lugar como melhor amigo. Enquanto ele se metia nas conversas, participando dos planos, dando ideias e sugerindo ajuda indireta do FBI, fiquei mais em silêncio, mas não saí de onde estava. Depois que Ethan e Jackson foram procurar um lugar para se hospedar – eles não tinham mais residência fixa na cidade e a casa ali só possuía um quarto de hóspedes já ocupado – Scott foi tomar banho e eu fiquei sozinho com o agente Stilinski. Ele é uma pessoa simpática, bem bonito e inteligente, mas ainda não pude olhar diretamente em seus olhos, então sabia pouco sobre sua história.

– Manda uma mensagem que eu não mandaria – ele me disse oferecendo o celular e eu percebi que estava aberto para conversar com Lydia.

Pequei o smartphone dele, mas ainda não sabia o que digitar.

– Ela precisa saber que você é real, isso a está fazendo se lembrar de quando os poderes de banshee a deixavam mentalmente instável.

– E quanto a tocar nela? – perguntei ainda sem saber o que enviar.

– Deaton disse que não é boa idéia, seria muito imprevisível e você certamente a deixaria sem poderes, talvez para sempre.

– Se a afeta mentalmente, talvez não fosse má ideia.

– Pensei a mesma coisa – ele disse com um suspiro – mas Lydia não quer nem ouvir falar disso.

“Oi Lydia – eu comecei a digitar – sei que você deve estar achando estranho não me enxergar, mas confesso que eu também achei. Não é sua culpa, nem minha, não somos maus por isso.”

“Sei que não é o Stiles, ele jamais seria tão fofo. – ela mandou de volta – Eu o amo, mas ele é sensível como um cavalo.”

Mostrei a mensagem devolvendo o celular e ele riu, agradecendo pelo gesto. Ficou um silêncio constrangedor por algum tempo, até que ele tomou coragem de perguntar o que queria.

– O que há entre você e o Scott?

Meu coração virou uma pedra de gelo e ameaçou fugir pela boca. Maldito investigador super inteligente do FBI.

– Não há nada – respondi também com um suspiro – infelizmente – completei deixando claro minha posição. Stiles ficou pensativo, andou de um lado para o outro e depois saiu sem dizer nada.

Provavelmente não aprovava o que eu sentia. Dei de ombros mentalmente. Não se pode controlar essas coisas e não cabia a ele julgar. Só Scott podia ou não querer isso e infelizmente, cada vez estava mais claro para mim que ele era o mesmo machão de sempre e logo arrumaria uma namorada. Precisava me preparar para esse momento, faz parte da vida do jeito que ela é e não deixaria isso me derrubar. Estava feliz por estar vivo, não ser mais caçado e entender melhor sobre mim e meu dom. Ter o amor da pessoa que eu queria era só mais um sonho impossível e aos poucos eu me acostumaria com a ideia de uma vida solitária. Nem assim eu pensava em usar o que Derek sentia por mim, não seria justo com ele de forma nenhuma. Talvez devesse tentar me convencer a amar o jovem alfa Hale, se fosse possível mudar o coração com a vontade da mente.

Resolvi sair de tarde, testando minha nova liberdade. Era estranho andar sozinho por aí sem medo da própria sombra. Há seis anos não experimentava tal sensação e era tão bom que dava vontade de gritar. Saltitei feliz por todo lado em Beacon Hills, conhecendo pessoas e lugares. Acabei encontrando, um pouco longe de onde Scott morava, uma bela casa a venda – com jardim na frente, cerca branca, duas janelas e um quintal pequeno com árvores e voltado para o nascer do sol. Pequena o bastante para que eu conseguisse pagar, bonita e aconchegante o suficiente para me sentir bem. Anotei o número de venda na placa e entraria em contato logo que resolvêssemos o problema dos Nemetons ou meu alfa genuíno arrumasse uma namorada, o que acontecesse primeiro.

Um frio percorreu toda a extensão das minhas costas de baixo para cima quando eu ouvi a voz grave que me interpelou enquanto eu tomava despreocupado o caminho de volta.

– Você nasceu aqui? – perguntou-me um homem grande, gordo, pele branca, de óculos escuros pequenos, calvo com poucos cabelos grisalhos na lateral, calças marrons folgadas, camisa escura e colete extra largo, sorriso debochado e cruel ao mesmo tempo, carregando chaves de carro em uma das mãos e uma espingarda calibre doze presa às costas, sem fazer questão de esconder. Não sei porque a voz dele me causou arrepios imediatos e profundos.

– C-como? – gaguejei sem de fato responder. Eu entendi a pergunta, mas precisava me adaptar às sensações antes de responder adequadamente.

– Você é meio idiota – ele afirmou sem um pingo de gentileza – Eu perguntei se você nasceu em Beacon Hills.

– Porque você quer saber isso? – perguntei aborrecido, embora minha vontade fosse de dizer vários palavrões.

Havia algo nesse cara que eu precisava saber o que era, a razão pela qual ele me assustara. Por sorte, ele tirou os óculos e me encarou, olhando em meus olhos e tentando me intimidar com sua carranca desagradável – confesso que estava funcionando, mas eu não ia amolecer para esse folgado.

– Estou procurando um bosque antigo, se você for daqui, vai saber onde tem ou conhecer alguém mais velho que saiba para me indicar.

A pergunta me remeteu direto à história do Nemeton, mas tentei não me sobressaltar para não chamar a atenção do figura. De improviso, inventei uma história maluca para poder extrair mais informações dele, porque mesmo olhando em seus olhos diretamente, consegui pouca coisa, como se ele fosse capaz de resistir à minha leitura sobrenatural.

– Eu moro com meu tio avô – menti descaradamente segurando a vontade de rir da lorota, para poder parecer sério – e ele é especialista em ervas. Está sempre pelas florestas em volta da cidade e conhece cada canto delas. Se me disser porque o interesse, talvez eu o leve até ele e o introduza de bom grado, apesar de não ter se apresentado muito agradavelmente senhor...

– Titus – ele se apresentou. – Eu peço mil perdões – foi a vez dele interpretar para tentar me agradar e conseguir o que queria – é que eu tive uma discussão mais cedo e fui desrespeitado por alguém mais jovem. Não devia julgar todos pela idade, por conta de apenas um. Você é bem educado e eu prometo ser gentil como você merece.

– Muito bem senhor Titus – fingi que acreditei em tamanha gentileza – me chamo Rick (nome falso), mas meus amigos me conhecem por R apenas. Falarei com meu tio avô antes, se não se importa, ele não é muito de receber visitas. Se puder me dar um contato ou dizer onde está hospedado, mandarei recado assim que tiver uma resposta.

– Eu ainda não me hospedei, mas tome aqui meu cartão – eu sabia que era mentira, o velhaco não queria que eu soubesse onde ele estava ficando – aguardo ansioso seu contato amigo R.

Me afastei dele enquanto ele fingia falar ao celular, para que eu não visse para que rumo ele iria sair. Tomei uma direção contraria também e só me dirigi para a sede da alcateia – a casa do alfa genuíno – quando não estava mais em seu campo de visão, então eu corri muito tentando ganhar tempo. Esbaforido, cheguei bastante suado e cansado na casa do McCall e parei perto da entrada, me apoiando nos joelhos para recuperar o fôlego.

Stiles saiu da casa com a namorada enquanto eu me recuperava e eu lhe entreguei o cartãozinho onde estava escrito “T&J Botânica” com dois números diferentes de telefone. Já que ele era do FBI seria a pessoa perfeita para descobrir mais sobre o sujeito. Lydia deu um gritinho de susto quando eu soltei o cartão, pois ele deve ter se tornado visível para ela naquele momento na mão de seu namorado.

– Ele está aqui, não é? – Ela falou sem esconder o desagrado.

– Sim meu bem, está. O que é isso? – Ele perguntou falando do cartão e se dirigindo a mim, enquanto ela se afastou alguns passos e cruzou os braços, olhando para cima com semblante irritado.

Contei por alto sobre o encontro com Titus e expus minhas suspeitas, então Stiles começou a fazer algumas ligações. Entrei na casa e fui tomar um banho, para me recuperar da correria e ficar cheiroso como sempre gostava de estar. Demorei bastante no banho, mas não fiz nada a não ser me lavar, apesar de tudo que havia me acontecido nesse sentido no dia de hoje. Enrolado na toalha, saí do box do banheiro no primeiro andar e fui até o quarto do Scott para me trocar. Tomei um susto ao encontrar meu amor platónico deitado em sua cama, só de cueca branca e olhando para o teto, com fones de ouvido aproveitando a folga. Ele não me notou inicialmente e eu percebi uma toalha ao lado de sua cama, me lembrando que ele  havia ido tomar banho antes de eu sair para bater perna por ai. Quando ele me viu, se sentou e abriu um sorriso, sem pudor algum por quase não estar vestido e mostrando aquelas covinhas lindas no rosto bonito como nunca.

– Desculpe – falei sem jeito – não sabia que...

– Deixa disso – ele me interrompeu e deu tapinhas na cama ao seu lado indicando para eu me sentar ali – você é de casa e precisamos mesmo resolver umas coisas.

Sem ter certeza sobre o que ele falava, andei até lá e me sentei ao seu lado, esquecendo completamente o que devia lhe dizer, sobre um encontro suspeito e árvores místicas. Só conseguia pensar em o quanto era bom estar ali e em como parecia errado.

– Stiles não parece feliz, sabe, com nossa proximidade – comentei.

– Stiles sempre foi meio possessivo, eu falo com ele depois. Agora somos só nós dois R e nada vai atrapalhar essa conversa.

– Gabriel – falei finalmente meu nome real.

– Como? – ele demorou a entender.

– Meu nome verdadeiro é Gabriel O. Chrisóstomo. Deixei de usá-lo porque facilitava meus perseguidores me acharem, mas agora não tem mais motivo e eu confio totalmente em você.

– É um belo nome – ele elogiou sorrindo – sempre pensei em usá-lo quando tivesse um filho, com uma entonação mais local, claro. Porque resolveu me contar agora?

– Porque essa conversa é muito importante, pelo menos para mim e não quero tê-la escondendo coisas de você.

– Acho muito justo – ele concordou refletindo – tem algo mais que você precise me contar?

– Deaton acha que eu sou um milagreiro – fiz um resumo básico sobre o que isso significava – e talvez eu deva me mudar para longe da alcateia por conta disso.

– Depois do que vou te dizer R... Gabriel! Você decide se ainda vai querer ir para longe de mim.

Medo e angústia digladiavam-se dentro de mim contra desejo e ilusão. Essa seria certamente a pior e a melhor conversa de toda a minha vida.


Notas Finais


Deixei o melhor para o próximo capítulo, para dar um gostinho de quero mais e amadurecer melhor o diálogo. Até breve!


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