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História Once Upon a Time a Beast (Ziam Mayne) Sendo reescrita - Three - História escrita por MaLuui - Spirit Fanfics e Histórias
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História Once Upon a Time a Beast (Ziam Mayne) Sendo reescrita - Three


Escrita por: MaLuui

Notas do Autor


Mais um capítulo refeito! Espero que gostem das mudanças.

Capítulo 3 - Three


Zayn não lembrava de muita coisa do dia anterior, mas sabia que sua situação não era das melhores. Flashes do que havia se passado invadiam sua mente ocasionalmente e ele tentava juntar tudo para formar o quebra-cabeças. “Fui alimentado e antes disso alguém fez alguma coisa para baixar minha febre, depois eu.. não lembro.” Ele sabia que havia lacunas e no fundo também sabia que o único que poderia ter cuidado de si seria o próprio Fera, só não podia acreditar que isso fosse verdade. Foi aquela criatura odiosa que havia lhe feito mal, fora ele o culpado pelo seu colapso. Por que o ajudaria depois de tudo? Zayn não poderia estar mais confuso.

Era madrugada agora, quase dia, o estômago do menor já reclamava outra vez, não era para menos! Depois da fome que passou precisava se recuperar. Além disso também tinha sede. O jeito seria encontar a cozinha e procurar algo para comer, ainda era cedo e ele tinha esperança de não encontrar a fera no caminho. Desceu da cama devagar com medo de perder o equilíbrio, ainda estava fraco, e seguiu até a porta. 

 

Quase no final do corredor Zayn descobriu que estava sem sorte.

— O que está fazendo de pé?

Disse Liam que estava vindo dar uma olhada em Zayn, apesar de não fazer muito tempo que saira do quarto do moreno. Estava se sentindo culpado pelo o que fizera, apesar de não admitir, e surpreso consigo mesmo. Zayn tropeçou nos próprios pés antes de parar, quase perdendo o equilíbrio. Estava com medo, sua postura encolhida gritava isso, a coragem de quando havia sido descoberto parecia ter sumido. Liam podia jurar que sabia o porquê. “Merda, por que isso me incomoda?”. O medo que provocava no outro o estava deixando desconcertado, sempre soube o que sua aparência e até mesmo seu jeito causava nas pessoas, mas havia algo errado no seu peito, uma sensação frustrante que tinha a ver com garoto que engolia em seco olhando para si. 

— Eu..- Não sabia o que responder, não sabia que esperar do maior, nada de bom, pelo menos. Baixou a cabeça e respirou fundo antes de falar a única coisa em que foi capaz de pensar. — Estou com fome. — Arriscou uma olhada no outro, sua expressão indecifrável, e acrescentou debilmente. — E sede.

— Volte para cama. — Foi a resposta que recebeu em troca e parecia mesmo uma ordem. Os olhos do moreno se encheram d'água e lágrimas grossas num choro silencioso escorreram por seu rosto. Aquilo era injusto demais para se segurar, não havia feito nada de errado e...

— Não chore! — Exclamou a fera, Zayn deixou-se cair no chão, agora soluçando. Liam estava desesperado, gesticulando para o menor sem conseguir dizer nada de coerente. Não tinha ideia do que fazer para acalma-lo. Se aproximou-se devagar, até estar ajoelhado a sua frente. — Não precisa chorar, vamos, pare com isso, eu mesmo vou buscar comida para você. E água. — Explicava quase suplicante mas Zayn sequer olhou para si, sem interromper o choro. O que Liam havia desencadeado? — Ei, olha para mim, Zayn! — Um sentimento que a muito não sentia começava a tomar conta de si. Por que ele não parava? Em um ato quase impensado segurou seu rosto e o ergueu até que estivesse olhando para si. Foi Zayn quem falou primeiro.

— Depois que..que começo é difícil pa..parar. —Ele tinha o rosto vermelho e banhado por lágrimas. — Ia mesmo fa..fazer isso? — Liam levou um segundo para entender que ele se referia a comida e a água. Mais uma vez, surpreendendo aos dois, puxou o menor que ainda chorava para si. 

— Você é muito manhoso pra idade que tem. — Declarou em tom divertido, isso fez o mais baixo cessar o choro quase imediatamente.

— Não sou manhoso! — Agora ele estava emburrado, o rosto ainda mais vermelho. A fera soltou um som muito parecido com uma risadinha. Uma risadinha!! 

— Claro. Não é nada manhoso. — Devolveu ironicamente levantado com o menor no colo.

— Mas o que pensa que está fazendo? Me ponha no chão. — Agora Zayn estava realmente irritado. Liam achou que gostava mais dele assim, mas descartou a ideia assim que ela atravessou sua mente. 

— Vou levar você para cama e depois vou trazer água e comida, e sim, eu sei que pode andar, mas não vamos arriscar, não é mesmo?! — Acrescentou ao que o outro se preparava para protestar. Zayn fez bico mas não falou nada. — Foi oque pensei.

 

Só depois do Malik ter comido, bebido e por fim pegado no sono outra vez, foi que Liam suspirou aliviado, havia uma tensão em seus ombros que só se dissipou depois de vê-lo aconchegado e aquecido na cama.  O sentimento estranho, que só depois de algum tempo ele admitiria ter sido preocupação, finalmente saiu de seu peito.

 

 

Na tarde daquele mesmo dia, Zayn acordou e sentiu que estava sendo observado. Mas quando abriu os olhos não havia ninguém ao redor, exceto um encosto para pés com uma xícara em cima que parecia encara-lo, além de ser uma imagem bastante estranha, definitivamente não estavam ali antes. 

— Você deve ser o garoto novo. — Exclamou a porcelana alegremente ao que o móvel em que estava pousado latiu simpático quase a derrubando. Zayn suspirou em conformidade, nada era normal naquele Castelo. — Liam falou sobre você, todos esperávamos uma garota. 

— Liam? — Perguntou confuso.

— Aquele pé grande nem se deu o trabalho de se apresentar? Francamente. — Resmungava a xícara mais para si do que para Zayn, até voltar a falar com a mesma animidade. — Me chamo Niall, é um prazer conhecê-lo..- 

— Zayn, Zayn Malik. — Disse Zayn, não conseguindo associar uma criatura tão alegre com a fera que o havia deixado passar fome. O cuidado que Liam havia tido consigo não mudava o fato de tê-lo tratado daquela forma. Apesar disso não o achava tão desagradável agora e isso o fazia sentir culpado, porque afinal o mais velho prejudicou gravemente a sua família. Não deveria sentir nada que não fosse desprezo por ele.

— Bom Zayn, peço desculpa pelo comportamento do meu amigo. Não que espero que você o perdoe, mas talvez um dia possa o entender melhor. — Era a primeira vez que Niall falava sem parecer tão animado. Zayn estava cheio de perguntas mas sentia que não teria respostas mesmo se pedisse. De repente a xícara deu um pequeno pulo quase escorregando do “cachorro”. — Você gostaria de conhecer o palácio? 

Que escolha ele tinha? Não sabia o que Liam planejava fazer consigo e já estava cansado de ficar deitado, além disso já se sentia bem melhor depois de ter dormido por horas.

— Por que não?! 

— Então vamos começar pela cozinha, vim vazio para cá então talvez você queira tomar um chá em mim antes de começar-mos a explorar. Minha mãe é bule.

— Cla..Claro. Hahahahaha! — A personalidade do pequeno era contagiante e ele sabia que não ficariam um minuto em silêncio se dependesse dele.

 

Madame Samovar, mãe de Niall, se mostrou ser um, bem excelente bule. Também pediu desculpas por Liam e disse que Zayn poderia ficar a vontade para lhe pedir qualquer coisa. Depois de um chá delicioso de camomila e biscoitos,  os três, Zayn, Niall e Totó (nome do enconsto para pés vulgo cachorro), começaram a tal exploração.

O Castelo era tão grande quanto parecia, além de ser muito bonito, apesar da atmosfera sombria que domina os ambientes. Uma hora depois Zayn já se sentia cansado, ainda que não tivesse conseguido ver sequer a metade de tudo aquilo. Estava prestes a perguntar a Niall se poderiam fazer uma pausa ou até mesmo deixar o resto para outro dia, mas não conseguiu graças a Totó que correu em disparada atrás de algum roedor, levando a xícara consigo. Zayn tentou acompanha-los durante um tempo, mas o cachorro era rápido demais para um “animal” rechonchudo e pequeno, logo se viu perdido num corredor particularmente amedrontador. 

— Há alguém aí? — Silêncio. Imaginou que talvez achasse o caminho se retrocedesse por onde tinha vindo, mas acabou achando uma das inúmeras portas semiaberta, além disso também parecia que uma lareira estava acesa, ele podia ver a luz do fogo pela brecha, e aquele maldito corredor era tão frio. Então não pensou muito antes de seguir até ela e a abrir rapidamente. Sua sorte não era das melhores, pensou assim que o viu. Ele estava sentado em uma grande mesa de magno, o tronco sob a mesma, e parecia dormir, mas sua audição deveria ser muito boa porque logo percebeu que não estava mais sozinho.

— Zayn? — Indagou confuso e ainda meio grogue pelo sono.

— Me..Me desculpe, não tive a intenção de invadir, perdi Niall e Totó de vista e então encontrei a porta aberta, cla..claro que deveria saber que haveria alguém aqui, então eu..eu vou sair agora mesmo. — Tagarelava sem parar, o rosto estava vermelho e Liam podia jurar que ele tremia. Levantou-se e andou até ele. 

— Entendo, eu..- Agora estava muito perto, o que fez o menor se encolher visivelmente, Liam suspirou antes de se afastar. — Sei que não teve intenção. 

Zayn pode perceber que ele evitava olhar para si, fitando uma estante de livros que havia do lado direito da parede. Parecia cabisbaixo e contorcia o rosto como se sentisse dor, o moreno não pôde evitar perguntar:

— Você está bem? — Agora o maior pareceu realmente surpreso e apenas assentiu debilmente. — Se..se algo o estiver incomodando eu não me importaria de ouvir. — Não podia ser diferente, Zayn não conseguia guardar rancor por muito tempo, além disso podia ver que o outro não era tão ruim, apesar de não entender suas atitudes. 

— Não eu..- Parecia hesitante e encabulado, coçava os pelos do topo da cabeça nervosamente, Zayn achou comicamente (e surpreendentemente) fofo. — Me dei conta de que algumas coisas não têm conserto. — Agora parecia ainda mais triste, como se falar em voz alta tornasse tudo real. Teve um sobressalto quando o menor se aproximou por conta própria e pôs a mão sobre seu antebraço, num ato de consolo.

— Talvez você devesse se esforçar um pouco mais. — A descrença no focinho de Liam nada tinha a ver com a fala de Zayn, apesar dela ter mexido consigo, ele estava estático pelo menor não demonstrar medo estando tão próximo, o tocando,  acordado e sem o calor da raiva. Além disso, qual foi a última vez que alguém sorrira para si daquele jeito? Quando foi a última vez que alguém sequer sorrira para si? E o que diabos era esse calor em seu peito?

— Talvez. — Depois do que pareceram horas para Liam, o menor voltou a falar.

— O que vai fazer comigo? — Não havia raiva ou apreensão em sua voz, ele apenas queria saber.

— Não sei o que fazer com você. — Declarou antes de acrescentar rapidamente: — mas não posso mandá-lo de volta. — Sabia que estava sendo estúpido, Zayn não teria serventia para o seu propósito, então por que não conseguia liberta-lo? Por outro lado o moreno apenas assentiu, em conformidade.

— Posso limpar, também sei cozinhar um pouco. E bem, você que sabe. — Droga, pensou Liam, uma garoto não deveria ser tão..tão adorável.

— Vou pensar em algo. Não se preocupe. — Sua postura voltava a ficar rígida, mas com certa dificuldade, Zayn percebeu. — Vou mostrar o caminho de volta. — O outro fez que sim com a cabeça, dando uma última olhada impertinente pelo lugar, seu rosto pareceu iluminado de repente.

— Poderia me emprestar um desses livros? 

— Gosta de ler? — Questionou surpreso.

— Gosto muito, ficaria menos entediado se tivesse um livro como campainha. — Parecia realmente interessado naquilo.

— Pode escolher qualquer um! — Falou o maior, mais enfático do que pretendia.

— Posso? — Um aceno de cabeça em positivo. — Obrigada! Você já leu todos eles? — Perguntou já começando a passear os exemplares com os dedos. 

— A maioria deles, mas isso foi a muito tempo. — Liam não sabia como agir perto do moreno, fazia tanto tempo que não conversava com outro ser humano, pelo menos com um que tivesse aparência de ser humano, era desconcertante.

— Posso ler para você em voz alta, fazia isso para minhas irmãs e até mesmo meu pai gostava. — Percebeu que sem o medo Zayn podia ser muito tagarela. A ideia não pareceu ruim.

— Bom, acho que achei o que fazer com você. — Mas o garoto não escutara, sua atenção era toda dos livros.

 

Niall, a xícara, observava tudo pela brecha da porta com um sorriso cúmplice desenhando sua porcelana. Talvez, e só talvez, ele tivesse dito para Totó correr para longe do moreno de propósito, mas quem imaginaria que seus planos dariam tão certo?

 

 


Notas Finais


Sintam-se a vontade para me avisar de algum erro. O próximo sai assim que possível. O que acharam da aparição do Nialler?

Beijos amores


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