Correu, mesmo sentindo as pernas quererem falhar algumas vezes e a barriga doendo pela respiração sem controle. Sem pensar em se esconder e ver o que acontecia, apenas continuou a correr com os pensamentos embaralhados e parara assim que entrou em uma pequena clareira. Arfava e olhou ao redor com calma, sentindo o machucado da perna ainda queimar. Quando seus olhos pararam em um urso de mais de dois metros com a pelagem negra e os olhos sem vida. Em pé, rugindo alto e seus dentes amarelos à mostra e suas mãos com as garras prontas para atacar sua presa. Por Aslam!, ela pensou quando viu a presa.
–-Dark!- ela gritou para o lobo que estava em posição de ataque, como na primeira vez que o viu.
O lobo e o urso viraram para a menina. O lobo por um momento, parecia ter tomado o controle novamente e seus olhos ficaram estaticamente abertos por segundos. O urso pareceu esquecer-se do lobo magro e deu preferência para a menina alta e que aparentava ter mais carne. O urso farejou o ar mais uma vez antes de postar-se nas quatro patas e ir em direção a menina a passos normais, ignorando o lobo. Este, quando viu o urso agachar-se, pulou nas costas e cravou os dentes no ombro direito.
O urso berrou. Levantou a pata esquerda e tentou bater no lobo. O urso levantou-se e rodou nos próprios pés, ainda berrando e com as duas patas batendo em suas costas. O urso tropeçou e rolou junto com o lobo. A menina correu atrás dos animais, mas ficou um pouco longe quando pararam. O urso conseguiu tirar o lobo e o jogou longe contra uma árvore. O lobo não se moveu depois. O urso correu para cima deste e quando ia atacar, uma pedra fora jogada em seu focinho.
^.^
Ele virou-se, viu a menina com outra pedra na mão e o chamando com a espada. O urso rugiu pelo peito e virou-se em direção a menina.
Ela jogou mais uma pedra na cabeça do animal para provocá-lo. Ele rugiu mais uma vez e correu para cima dela. Ela juntou as duas mãos no cabo da espada e quando o urso ficou em pé para pular em cima, ela se esquivou, mas raspou a lâmina na barriga do animal. O animal levantou-se e virou-se para a menina novamente. A menina atacou e provocou um corte no peito do animal. Mal podia se ver o sangue. O pelo o escondia muito bem. A menina distraiu-se vendo o corte que fizera no animal. Atacar um humano é uma coisa. Atacar um animal é outra, ela disse mais tarde. O urso bateu na espada e ela foi para longe. A menina sentiu o urso bater com as garras em seu machucado na perna. Caiu e gemeu. Aos tropeços, levantou-se e correu para o lado do lobo, enquanto o urso corria atrás dela. Ela jogou-se em cima do lobo e encolheu-se, preparando-se para a dor seguinte.
Fechou os olhos. Ouviu os passos pesados do urso e seu rugido. Sentiu o lugar escurecer e a respiração próxima do urso. E depois... Depois um barulho abafado foi ouvido. Como se alguém tivesse se batido com outro alguém. Não sentiu dor. A adrenalina em seu corpo desceu aos poucos. Abriu os olhos, ainda abraçada ao lobo. Sentiu o corpo do lobo se mexer, por conta da respiração.
Sentou-se rapidamente e olhou ao redor procurando o urso. Ouviu rugidos. Agora, não era um urso e um lobo. Era um urso e algo. A frente viu entre as árvores e sobre as moitas, duas figuras se remexerem. Passou alguns minutos, que pareceram segundos, o urso saiu dali todo arranhado e ofegante e sumiu entre as árvores do outro lado. A menina encolheu-se ao ver o urso, mas quando ele se foi, ela desviou o olhar e fitou as moitas que se mexiam. Não era de acordo com o vento. Engoliu em seco e apertou os joelhos contra o peito. As moitas mexeram-se de novo.
E dali... Dali saiu um leão.
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( http://www.youtube.com/watch?v=kOVvu6JyCUs )
Era grande.
Muito grande, para um leão normal. Tinha alguns pequenos arranhões em todo o corpo e sangue seco no focinho. A juba estava completamente bagunçada, mas ainda assim, era como se fosse uma coroa permanente em si. Seu pelo brilhava sob a luz do sol. As patas já tinham as garras guardadas. E só de ver as patas, nunca tive vontade ou curiosidade de ver as garras, ela pensava sempre que revivia aquele momento.
Ele lambeu o focinho e suas patas com bastante calma e lentidão, como se não tivesse pressa em nada e não tivesse percebido a menina. Ela poderia ter saído correndo. Poderia. Por mais que achasse o certo racionalmente, ela queria ficar e ver o que ele faria. Assim que parou de se lamber, deitou-se e esfregou-se na grama macia e fresca. Parecia um gatinho quando se espreguiça depois de uma soneca. A menina riu baixinho vendo a cena. O leão mexeu as orelhas e parou o que fazia. Ela tremeu. É agora que ele me devora, ela pensou apertando os lábios.
O leão sentou-se e ela pode ver seus olhos. Eram olhos de uma cor indecifrável. Oh não, não pense se eram verdes ou castanhos. Na verdade, ela mal conseguiu se lembrar disso depois. Era um detalhe sem importância. Mas a cor dos seus olhos... Não sabia dizer o que os preenchia. Se era a pura branca bondade como de um anjo, ou a indescritível verde sabedoria como de um sábio, ou o vermelho selvagem de um animal.
–-Venha até mim Filha de Eva.- ele disse com a voz mansa, mas alta e pausadamente.
A menina sentiu-se sem opções. Na verdade, poderia ter pegado o lobo e saído dali rapidamente. Mas levantou-se e andou de cabeça baixa até o leão. Manteve distância de alguns três passos.
–-Tu me temes Filha de Eva?- ele perguntou franco vendo o desconforto da menina.
Ela assentiu com a cabeça.
–-Não me reconheces, criança?
Ela levantou o rosto e viu algo nos olhos dele que lhe deram um peso nos ombros, sem um porquê com sentido correto. Ele parecia triste, decepcionado, e ela sentiu-se mal por ter sido a causadora daquilo. Ela negou com a cabeça. Ele suspirou.
–-Perdeste a fé em mim. Por quê?
Ela deu de ombros, totalmente confusa com suas palavras.
–-Diga-me criança, o que tem acontecido em tua vida nos últimos dias?
Ela sentiu os olhos marejarem relembrando.
–-Coisas ruins, senhor. Muitas coisas ruins.
Ele não disse mais nada. Ela estava curiosa demais para pensar racionalmente e já que estava a frente de um leão que poderia devorá-la, fez a pergunta que tanto martelava em sua cabeça.
–-Senhor?- ele a olhou e assentindo com a cabeça.- Quem é o senhor?
Ele pareceu sorrir com o canto da boca esquerda e disse nem com a voz alta demais, nem baixa demais.
–-Eu sou o leão que fez seu pai deixá-la na casa de sua mãe adotiva. Eu sou o leão que ficou à espreita da caverna cuidando de você e de seus irmãos durante aquelas noites. Eu sou o leão que acompanhou sua jornada até a casa de sua tia para deixar seus irmãos. Eu sou o leão que empurrou o bote naquele dia no cais para você pegá-lo e partir para o mar. Eu sou o leão que rugiu para as águas a levarem até a praia. Eu sou o leão que cuidava de você durante as noites sozinha na floresta, era eu que procurava os barulhos estranhos. Eu sou o leão dono do focinho que você viu na árvore. Eu sou o leão que a empurrou para ajudar o lobo. Eu sou o leão que expulsou aquele urso. Eu sou o leão a quem você perdeu a fé.- ele disse a última frase com um pesar no tom.
Ela já sentia a visão mais embaçada e quando ouviu a última frase, sentiu as lágrimas escorrendo livremente e não se importou em limpá-las. Estava envergonhada demais para isso. Ajoelhou-se a frente do leão e abaixou a cabeça.
–-Oh céus! Aslam, eu...eu...- ela soluçava abruptamente.
–-Filha de Eva, olhe para mim.- ela levantou o rosto vermelho e molhado.- Você havia perdido a fé em mim?
Ela apertou os lábios e sentiu vontade de chorar, mas não seria uma boa hora para isso.
–-Sim.- ela disse com a voz trêmula e olhando para as patas do leão.
–-Olhe para mim.- ele ordenou, ela olhou.- Por quê?
Ela deu de ombros.
–-Eu... não sei. Acho que quando eu perdi tudo... Achei que não me restasse mais nada. E achei que a fé... não fosse necessária. Mas...
–-Mas?
–-Depois que conheci Dark... Acho que... Voltei a ter fé.
–-Você acha?
Ela não lhe respondeu. Não pensou mais nisso desde uma conversa com o lobo. Onde ele mostrou total fidelidade à Aslam e ela sentiu-se culpada. Só dissera a si mesma que acreditava, mas não demonstrava isso. O leão suspirou e a menina se arrepiou.
–-Senhor?
–-Hum?
Ela engoliu em seco.
–-O senhor vai me devorar?
Ele riu baixinho.
–-Não criança, não. Mas você sofreu as consequências.
–-Consequências?
–-Minha criança, você só não perdeu a fé em mim, como me culpou por tudo que aconteceu.- ela abaixou o olhar.- O machucado em sua perna, fora a mesma dor que eu senti quando você duvidou de mim.
–-Eu estou tão perdida senhor...- ela disse após um silêncio.
–-Não estará mais.
–-Para onde devo ir?- ela levantou o olhar suplicante e brilhante por conta das lágrimas.
–-Vá para Cair Paravel e procure o trabalho que a acalme, que seja o que tu mais ama. E leve o lobo com você.- ele disse apontando com o focinho para o lobo caído.
–-Senhor?- ele olhou para ela.- Por que eu estou vendo o senhor? Por que não Dark? É ele que sempre acreditou no senhor.
–-Criança, sei que o lobo acredita e não duvido disso. Mas só porque ele acredita, não significa que aparecerei para ele sempre sem qualquer motivo. Ele tem fé. E ele sabe que este já é o maior tesouro que se pode ter.
–-E por que para mim?
Ele sorriu novamente.
–-A vida é como um rio turbulento. Ás vezes, todos só precisam de um pequeno impulso para poder pular na outra pedra.- ele disse com a voz mansa e aconchegante.
–-Senhor?
–-Hum.
–-Estou tão arrependida. O que posso fazer?
O leão sorriu mais uma vez, talvez orgulhoso também em ver que a menina havia visto seu erro.
–-Tenha fé, criança. Tenha fé.
–-Mas... Às vezes parece impossível.
–-Por isso mesmo. Tenha a fé e tu terás a luz do caminho.
Ela fechou os olhos quando viu o leão se aproximar e depois, sentiu algo quente roçar em seu rosto, fios de cabelo se moverem, as lágrimas secarem e uma sensação de que nada ruim pudesse acontecer mais.
Respirou fundo quando acabou e quando abriu os olhos, ele não estava mais lá. Havia continuado seu caminho. Afinal, ele não era um leão domesticado.
^.^
Flashback Off
Depois que Dark acordou, ela não contou nada a ele. Não soube exatamente o porquê de não ter contado. Só sabia que não faria diferença para ele. Mas para ela, fora que mudara o ritmo de sua história.
É verdade que eu tentei não chegar a Cair Paravel. Sempre que via uma aldeia, pensava que poderia ficar lá, mas ninguém aceitava Dark e eu não aceitava isso. Sei também que isso não fora obra de Aslam, ele não faria com que as pessoas tivessem preconceito para que eu pudesse chegar em Cair Paravel. Isso seria injusto e isso, tenho certeza que Aslam não é. É, talvez o problema não seja o destino ou a fé, ou Aslam ou nada, talvez o problema seja somente as pessoas, ela refletia olhando para o teto de madeira enquanto ouvia as ondas calmas e serenas do mar na praia.
^.^
–-O que eu direi a ela?- perguntou Edmundo pela terceira vez a Lúcia.
A menina somente bufou revirando os olhos enquanto tentava empurrá-lo para descer as escadas.
–-Edmundo! Acalme-se! Desça logo, não temos o tempo do mundo.
–-Mas...
–-Na hora, você saberá. Agora, desça!
–-Onde está Dark?- ele perguntou antes de descer.
Por mais incrível que parecesse, estava preocupado. Mesmo que você não seja amigo ou não goste de uma pessoa, nunca ria ou deboche de quem perdeu um grande amigo. Ninguém merece sentir isso.
Lúcia mexeu a cabeça em direção para a cabeça do dragão. O lobo estava deitado entre o que era os chifres do dragão, já que a boca e o nariz foram destruídos pelo ataque da serpente. A cabeça entre as patas e o rabo parado. As orelhas abaixadas e os olhos aparentemente abertos, olhando fixamente para o anoitecer que chegava.
Edmundo assentiu com a cabeça sem dizer nada, apertando os lábios e virou-se para descer as escadas rapidamente. Tinha o coração acelerado. Talvez por estar inseguro do que iria falar, talvez por saber que no fundo, aquela seria a última vez que iria vê-la. Parou frente a porta e pensou em fazer algumas falas antes de entrar. Não temos o tempo do mundo, as palavras de sua irmã ecoaram em sua cabeça. Ele suspirou derrotado e abriu a porta com cuidado para não acordá-la ou fazer um estrondo. Entrou e soltou a mesma, que se fechou atrás sozinha.
Ele parou em pé em frente da cama e sentiu os ombros caírem quando a viu. Os cabelos estavam mortos. O rosto completamente pele e osso. O suposto bronzeado que ela estava ganhando, não existia. Era somente um fantasma deitado sobre ela. Os lábios ainda cheios, mas brancos e ressecados. Por Aslam! Esta não é Cristine!, ele pensou apavorado. Ela se remexeu.
–-Quem... Alguém está aí?- ela murmurou baixinho e com os olhos fechados.
Ele não disse nada. Molhou os lábios com a ponta da língua. Tentou achar seu dicionário na mente, mas o havia perdido pelo visto. Ela abriu os olhos e sorriu. Ele sorriu ao ver os olhos dela. O brilho louco e a indescritível cor que ele jamais iria descobrir, ainda estavam ali.
–-Oi Ed.- ela disse bem baixinho.
–-Oi Cris.- ele disse sem formalidades.
Quem iria garantir que seria necessário essas coisas outro dia?
–-Ed?- ela arriscou.
–-Hum?
–-Venha cá. Por favor.
Ele respondeu saindo de onde estava e sentou-se na beirada da cama com as mãos juntas no colo e a cabeça baixa. Ela tirou a mão debaixo do lençol e arriscou colocá-la em seu joelho.
–-Fico feliz que você tenha vindo.-ela disse.
Ele colocou sua mão sobre a dela. Estava gelada e suada.
–-Cristine... Por que você não aceitou? A proposta de Ramandu?
–-O céu não é meu lugar e sinceramente, não quero viver até o fim dos tempos. Se ainda fosse o mar...- ela suspirou.
–-E o elixir de Lúcia? Sabe que poderia sobreviver mais tempo se...
–-Edmundo, não daria certo. Eu só estaria adiantando o que já é previsto. E de qualquer forma, eu não tenho mais nada. Meus irmãos estão a salvo, meus pais estão mortos, e Dark, não se preocupe. Já conversei com ele. Ficará bem.- disse ela com um sorriso sincero.
Ele abaixou a cabeça. Ela estava feliz, por mais que o parecesse impossível no momento sentir isso. Mas vê-lo ali ao seu lado e ainda por cima preocupado, era bom demais.
–-Acho que... Lhe devo desculpas.- ele disse baixinho demais para ela ouvir.
–-O quê?- ela murmurou, ele levantou o rosto.
–-Desculpe por ter sido tão... grosso sem um porquê. Injusto somente para me colocar me uma posição acima. E ter desconfiado de você e... Caspian.
Ela deu de ombros.
–-É... Poderia ter evitado algumas coisas. Mas também lhe devo minhas desculpas por muitas coisas.
–-Sim... Acho que podíamos ter aproveitado o tempo de outra forma.
Ela riu e somente não corou, por talvez o sangue estar lento demais para correr para o rosto.
–-Muito apropriado.- ela disse sarcasticamente.
Ele deu de ombros.
–-Desculpe também pela serpente.
–-Como assim?
–-Eu devia ter controlado meu medo e...
–-Você não teve culpa, está bem? Aconteceu! Como alguém poderia prever? Ninguém poderia!
–-Mas é que...
–-Não há mais do que se preocupar. Os narnianos estão a salvos, vocês irão chegar até o Fim do Mundo e despertar os Lordes.
Ele apertou os lábios com força demais. Como ela poderia falar com tanta tranquilidade?! Ele queria dizer alguma coisa! Qualquer coisa! Qualquer coisa! Mas nada saia de sua boca! Nada! Não queria estragar o estranho momento de paz que eles tinham. Era óbvio que um ou outro iam se ferir orgulhosamente e brigariam. E ele não queria ter esse tipo de recordações. Ela sentia o coração apertar-se. Talvez por estar calma demais, o que era esquisito para ela, talvez por estar apreensiva de ele começar uma briga à toa ou pelo simples fato do veneno estar se alastrando mais e mais rápido. Os dois suspiraram.
–-Hum...Ed?
–-Hum?
–-Deita aqui comigo?- ela perguntou mordendo o lábio inferior.
Ele sorriu de lado e com cuidado, colocou a menina sem esforço algum para um lado da cama e espremeu-se na mesma junto a menina. Os dois estavam duros, sem saber exatamente o que fazer ou pensar. Ela estava deitada de lado e ele para cima. Ela riu baixinho.
–-O que foi?- ele perguntou virando a cabeça.
–-Eu não mordo, majestade.- ela brincou.
Ele sorriu sem jeito e ela levou uma mão ao rosto dele. Ele se virou para a frente dela e passou uma mão por sua cintura, a puxando para mais perto. Ela respirou fundo o perfume dele e aconchegando sua cabeça no peito dele. Ele apertou mais ela contra si e pousou o queixo na cabeça dela. Ela fechou os olhos e sentiu a cabeça rodar. Ela se encolheu mais e sentiu o ar faltar. Ela sentiu lágrimas molharem seus olhos por baixo das pálpebras e o coração diminuir os batimentos. Então...é agora, ela pensou.
–-Edmundo?
–-Sim?
–-Acha que pode amar uma pessoa em tão pouco tempo?
Ele engoliu em seco, sua visão ficou embaçada e ele a abraçou mais ainda por impulso.
–-Eu... não sei muito sobre o amor. Mas acho que ele é imprevisível quando quer e incrível ao mesmo louco tempo.
Ela sorriu.
–-Então... ó Rei Edmundo, o Justo- ela disse com a voz brincalhona e ele riu fechando os olhos.- Eu acho... que te amo.
Ele riu sem humor, mas inexplicavelmente, borbulhava por dentro e tinha vontade de se levantar e puxá-la para uma dança. Ele deixou três lágrimas caírem. Ela deixou somente uma lágrima escorrer, antes de dar seu último suspiro.
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