[Tamanho do Capítulo: 2801 Palavras.]
Terceira Pessoa POV
Vila Shimotsuki, East Blue.
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No cair da tarde, quando o sol derramava seus raios dourados sobre o horizonte, iluminando o vasto oceano de forma mágica, o Reino de Goa surgia majestosamente à vista. Aninhado na costa de uma ilha luxuriante e exuberante do East Blue, este reino, repleto de história e opulência, parecia um pedaço do paraíso naquele mar pitoresco.
As torres imponentes do castelo real se erguiam, tomando para si os tons pastéis do céu poente, fazendo com que suas muralhas brilhassem como pedras preciosas. O jardim real, repleto de flores de cores vibrantes e plantas exóticas, emanava um perfume doce que fazia jus à sua fama de ser o mais deslumbrante de todos os mares.
A cidade de Goa estendia-se ao pé do castelo, com suas ruas estreitas de paralelepípedos e edifícios que mesclavam a arquitetura antiga e a moderna. Os habitantes, vestidos com roupas elegantes e vibrantes, pareciam vivos quadros de arte enquanto desfilavam pelas ruas movimentadas.
À medida que a noite se aproximava, as lanternas mágicas se acendiam, iluminando a cidade com uma luz suave e dourada. A música e o riso de uma festa distante podiam ser ouvidos, flutuando pelo ar como um convite para quem quisesse se juntar à celebração da vida.
No entanto, por trás dessa fachada deslumbrante e sua aura de prosperidade, o Reino de Goa escondia segredos sombrios e desigualdades profundas. Um rei com ambições cruéis e um desejo de poder a qualquer custo se preparava para lançar suas garras sobre um tesouro precioso que mudaria o destino de todos sobe a ira de um pirata poderoso dessas águas.
No topo de uma colina, que comandava uma vista esplêndida da cidade, erguia-se o majestoso Palácio de Goa, uma obra-prima arquitetônica que pairava sobre as casas humildes da cidade como um guardião imponente. Suas paredes eram revestidas com pedras brancas cintilantes, extraídas das pedreiras das montanhas circundantes, dando ao palácio uma aparência quase celestial sob a luz do sol poente. Colunas maciças, adornadas com esculturas de animais mitológicos, sustentavam o grandioso pórtico de entrada, um portal que sussurrava de grandeza e autoridade.
Dentro do palácio, os corredores eram revestidos de mármores raros e tapeçarias luxuosas que contavam a história de séculos de reinado. Lustres de cristal pendiam dos tetos altos, lançando um brilho dourado sobre cada passo daqueles que ousavam adentrar o recinto real. Em cada esquina, estátuas de reis passados, ostentando coroas reluzentes e vestes ornamentadas, olhavam com um ar de juízes implacáveis, testemunhas silenciosas do legado da realeza.
No centro do grande salão de audiências, um trono de ébano maciço, cravejado de joias raras, dominava o espaço. Um homem imponente que sempre teve um rosto arrogante repousava nesse trono, seu olhar não estava frio e determinado como de costume, um lembrete constante de seu poder. Vestido com trajes reais de seda e veludo, ele personificava o orgulho e a autoridade de um rei que governava com punho de ferro.
Esse homem, conhecido como o Rei Straccy, era o monarca do Reino de Goa e estava determinado a manter sua posição, custasse o que custasse. Seu olhar fixo na cidade que se estendia diante dele, ele não estava preparava para enfrentar um desafio que estavam vindo para ele do mar e que poderia abalar os alicerces de seu reino e testar sua ambição até o limite.
Sua expressão era uma mistura de impaciência e irritação, enquanto seus dedos tocavam incessantemente o braço do trono.
"Nenhuma notícia deles?! Já se passaram quatro longos e agônicos dias!" Ele rugiu, fazendo o som ecoar nas paredes ornamentadas do salão. Os cortesãos e conselheiros, ajoelhados diante do trono, tremeram com a intensidade de sua raiva.
"Vossa majestade," começou o mordomo do castelo, um homem de meia-idade com uma expressão preocupada, "perdemos o contato com todos eles assim que partiram em busca do alvo."
O Rei Straccy cerrou os punhos, suas unhas roçando contra os braços do trono cravejado de joias. "Malditos! Após todo o árduo trabalho e fortuna que investi na obtenção das Akuma no Mi, eles simplesmente desaparecem diante de mim?!"
O mordomo tentou acalmar o rei, apesar de sua própria inquietação. "Vossa majestade, acredito que seja cedo demais para concluir tal coisa. Eles são leais a você e ao reino, e sua força é incomparável neste mar. Não há ninguém que possa desafiar o poder que você confiou a eles."
Straccy ponderou por um momento, suas sobrancelhas franzidas. "Você pode estar certo..." Ele finalmente admitiu, a fúria lentamente cedendo lugar a uma expressão mais contemplativa. "Eles nunca me trairiam ou permitiriam que um bando de piratas prevalecesse sobre eles."
"Sim, meu rei," concordou o mordomo. "É possível que tenham encontrado algum contratempo de comunicação. Eles são habilidosos e leais, tenho certeza de que retornarão em breve com notícias de sucesso."
O Rei Straccy assentiu, parecendo, por um momento, mais calmo e reflexivo. No entanto, a sombra de preocupação ainda pairava sobre ele, pois ele sabia que os eventos futuros poderiam moldar o destino de seu reino de maneira irrevogável
De repente, todos na sala de audiência foram surpreendidos pelo familiar "Pero pero pero" que ecoou de um canto da sala. Era o som característico dos Den Den Mushi, os caracóis usados como telefones nesse mundo vasto e intrigante.
"Finalmente, eles estão em contato porque estão com a sereia!?" Straccy exclamou, sua voz carregada de expectativa, enquanto seu olhar se fixava no Den Den Mushi. Sua mão estendia-se ansiosamente na direção do aparelho, como se quisesse agarrar a notícia com as próprias mãos.
O som persistente de "Pero pero pero" continuou preenchendo a sala com uma aura de antecipação. Os cortesãos e conselheiros presentes mal conseguiam conter suas emoções, sussurrando entre si com olhares de expectativa.
Então, o som dos Den Den Mushi foi abruptamente interrompido por um estrondo audível: "KATCHA!" O silêncio caiu sobre a sala, e todos se prepararam para ouvir as notícias aguardadas.
"Você é o rei do reino Goa?!?" A voz desconhecida soou do outro lado da conexão, desafiadora e imperturbável.
A sala rapidamente mergulhou em uma atmosfera estranha e sombria, com os olhos atentos dos cortesãos se fixando na figura do Rei Straccy. As esperanças do monarca, que haviam sido erguidas com a possibilidade de boas notícias, foram abaladas por essa resposta inesperada. Seus dedos cerraram-se com força sobre o trono de ébano, enquanto ele lutava para conter a tensão que se apoderava dele, deixando-o tenso e repleto de inúmeras perguntas.
"Quem é você, maldito!?" Straccy rugiu para o desconhecido, sua voz ecoando pelo salão luxuoso, quebrando todas as suas expectativas de notícias favoráveis. Seu rosto estava contorcido em uma expressão de fúria e desafio.
"Eu sou Monkey D. Luffy, o capitão da sereia que você está tentando capturar." Luffy respondeu com calma, desafiando o rei com sua voz destemida.
"Seu maldito pirata e insolente, me entregue essa sereia para o seu próprio bem!" Straccy vociferou, sua voz carregada de autoridade.
"Você está me ameaçando com base no quê? Se acha que um bando de cavaleiros pode nos deter, está profundamente enganado." Luffy retrucou, mantendo sua calma enquanto desafiava o rei de Goa.
"Eu sou o rei de Goa! Não me insulte, pirata!" Straccy insistiu, sua arrogância inabalável, apesar da presença desafiadora de Luffy.
"O que aconteceu com o Senhor Comandante e os outros?!" Straccy voltou a questionou, sua expressão revelando preocupação genuína com seus cavaleiros que gastou uma fortuna para cultivar.
"Eles estão todos mortos..." A resposta de Luffy veio como uma lâmina afiada, cortando o ar tenso da sala.
"Seu desgraçado, vou caçar você!" Straccy declarou com determinação, sua voz se transformando em um trovão que ecoou pelo salão.
"Não se preocupe, vou aliviar seu tempo, estou chegando no seu reino neste exato momento..." O pirata respondeu com uma promessa sinistra, deixando um silêncio pesado pairando sobre a sala, enquanto a escuridão da incerteza pairava sobre o futuro.
Katcha
Assim que o aparelho caracol foi desligado, um silêncio momentâneo caiu sobre a sala de audiências do palácio. Starry, assim como os cortesãos e conselheiros, prenderam a respiração, conscientes de que uma tempestade se aproximava.
Foi nesse exato momento que o som nítido dos sinos da cidade começou a ecoar pelos corredores do palácio, rompendo o silêncio com uma urgência palpável. Starry sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando os sinos, localizados nas torres das igrejas, nas praças e em vários pontos da cidade, soaram com uma cadência rápida e frenética. Parecia como se os próprios sinos tivessem sido despertados por um sinal de perigo iminente logo após Luffy encerrar a conversa.
O som dos sinos se espalhou pelas ruas da cidade de Goa, interrompendo as atividades cotidianas das pessoas. Starry observou de uma das janelas do palácio, surpreso e apreensivo, que os moradores que estavam nas proximidades das torres das igrejas olharam para cima, como ele, perplexos com a repentina cacofonia.
O toque dos sinos agiu como um chamado de alerta para toda a cidade. Os habitantes correram para suas casas, as lojas foram fechadas às pressas e os soldados se prepararam para enfrentar o perigo que se aproximava. Starry sentiu o peso do dever e da responsabilidade como rei de Goa, enquanto a cidade estava prestes a enfrentar um desafio desconhecido e ameaçador.
"O que é isso?!" Starry gritou, sua voz ecoando pelo salão, enquanto seus olhos se arregalavam de surpresa e alarme.
"Vossa majestade!" Um cavaleiro entrou apressadamente na sala, sua expressão era de pânico palpável. "Um navio pirata está se aproximando do reino, são os terríveis Chapéus de Palha!"
O rei de Goa engoliu em seco, a notícia atingindo-o como um raio. "O quê?! Eles realmente estão aqui para me ameaçar?!" Sua voz tremia de ansiedade e temor, enquanto seus punhos se cerravam com força sobre o trono.
"Prendam-nos! Não permitam que se aproximem do palácio a qualquer custo!" Starry estava histérico naquele momento, as palavras saindo de sua boca com um tom de comando desesperado. Ele sabia que a ameaça iminente dos piratas dos Chapéus de Palha colocava em risco não apenas seu reino, mas também seu próprio poder e segurança.
Os soldados e cavaleiros presentes na sala rapidamente se moveram, obedecendo à ordem de seu rei. A agitação e a tensão preencheram o ambiente, enquanto todos se preparavam para a iminente invasão dos piratas. O palácio estava agora no epicentro de uma crise iminente, e a determinação de Starry era a única coisa que o mantinha firme no trono enquanto o perigo se aproximava.
Enquanto isso, a bordo do navio pirata que se aproximava da ilha, os Chapéus de Palha observavam o reino de Goa com uma indiferença surpreendente.
"Este é o seu reino? Ele não é ruim..." Nami comentou casualmente, lançando um olhar interessado para paisagem que se desenrolava diante deles, é a primeira vez que ela vem aqui como todos. As casas e edifícios pitorescos se espalhavam pela cidade, adornados com arquitetura elegante e cores vibrantes.
"Eu nunca morei ali, vivi com bandidos naquelas montanhas ali." Luffy apontou para o outro lado, indicando as montanhas que cercavam o reino, lembrando-se de seus dias de infância nas florestas próximas.
"Entendo... Este reino parece ser bem bonito." Usopp observou, enquanto se mantinha tranquilo ao lado de sua lupa.
"Quando eu era mais jovem, vivia roubando naquela cidade com meus irmãos." Luffy sorriu com nostalgia, seus olhos relembrando as travessuras de sua juventude.
"Você tem irmãos, Luffy-Sama?" Shirahoshi perguntou com curiosidade.
"Tenho três deles, mesmo que alguns não sejam de sangue." Luffy comentou, pensando em sua infância e seus companheiros de travessuras.
"Três? Eu só conhecia o Ace..." Yamato murmurou, surpresa pela revelação.
"De qualquer forma, parece que estamos causando uma agitação." Zoro interrompeu, sem esconder sua excitação enquanto observava a cidade se tornar um frenesi de atividade à medida que se aproximavam.
Na cidade, os sinos ecoavam pelo ar, um som estridente e urgente que cortava o pânico que tomava conta das ruas. O clamor dos sinos ressoava em cada canto, como um chamado desesperado para a população. As pessoas corriam em todas as direções, suas expressões de medo e incerteza refletidas nas ruas desertas. Lojas eram fechadas às pressas, mercadores abandonavam suas barracas e crianças eram puxadas para dentro de casa por pais preocupados. O reino de Goa estava em estado de tumulto, e a sensação de alarme pairava no ar como uma nuvem sombria.
Enquanto os habitantes entravam em pânico, os Chapéus de Palha permaneciam tranquilos, suas expressões mantendo a indiferença de piratas experientes. Para eles, a agitação da cidade era apenas uma confirmação de que seu plano estava funcionando. Sabiam que o reino de Goa seria o próximo alvo de sua pilhagem, e a ansiedade da população apenas facilitaria seu caminho.
No porto, uma multidão de soldados se reunia, preparando-se para enfrentar a ameaça iminente. As armaduras cintilavam sob o sol, e as lanças eram erguidas em preparação para a batalha. O pânico estava se espalhando como um incêndio descontrolado, e o destino do reino de Goa estava pendurado por um fio enquanto aguardavam a chegada dos piratas.
"Parece que eles querem nos saudar," Luffy comandou com um sorriso travesso, "vamos retribuir o cumprimento, Usopp e Shirahoshi, atirem naquele porto." A dupla se dirigiu rapidamente para as cabines de tiro dentro do navio, pronta para causar mais caos.
"Você realmente não perde a chance de causar o caos, não é?" Nojiko comentou, observando a tranquilidade de Luffy.
"O que posso dizer, somos piratas..." Luffy deu de ombros, com uma expressão despreocupada, enquanto os canhões de seu navio se preparavam para disparar.
No convés do majestoso navio Black Pearl, Usopp e Shirahoshi se moveram com determinação enquanto se dirigiam para a cabine de tiros. O navio, com sua aura de poder pirata e uma aparência intimidadora, pairava sobre as águas do mar com uma presença imponente.
No interior da cabine de tiros, a atmosfera era de alta tecnologia. Painéis de controle reluziam com luzes indicadoras, e uma série de joysticks permitiam o controle preciso dos canhões. Os canhões, em si, eram uma maravilha da engenharia pirata, equipados com sistemas avançados que permitiam o ajuste da mira e o carregamento automático das balas de canhão.
Usopp, com seu rosto destemido e olhos brilhando de excitação, liderava o caminho. Ele pegou um dos joysticks com destreza, movendo-o com facilidade para ajustar a mira do canhão à frente. Seus olhos estavam fixos no horizonte, onde o porto do reino de Goa aguardava. Com uma habilidade nata, ele assegurou que a mira estivesse perfeitamente alinhada com o alvo.
Shirahoshi, com sua presença gentil e poderosa, seguiu Usopp nadando no ar até sua própria cabine. Ela observou o painel de controle com curiosidade, fascinada pela tecnologia que estava prestes a ser usada. Com sua mão delicada, ela acionou um dos botões, preparando o canhão para o disparo. Seu toque suave era um contraste à mecânica complexa da máquina, mas deixava claro que ela estava pronta para desencadear a ação.
Com um leve aceno de cabeça, Usopp deu início ao procedimento. O canhão se ajustou automaticamente, movendo-se suavemente graças ao joystick. Com um zumbido mecânico, as balas de canhão foram carregadas automaticamente na artilharia. Estava claro que a tecnologia pirata dos Chapéus de Palha estava preparada para causar estragos.
Enquanto o Black Pearl avançava em direção ao porto em pânico do reino de Goa, Usopp e Shirahoshi usaram a tecnologia avançada dos canhões para lançar uma saudação explosiva que abalaria os alicerces do reino e sinalizaria a chegada iminente dos Chapéus de Palha.
BOOM!
BOOM!
Os primeiros tiros ecoaram pela parte frontal do navio Black Pearl. As explosões foram ensurdecedoras, sacudindo o convés com força e enviando nuvens de fumaça e destroços para o céu. Os canhões, com sua tecnologia avançada, dispararam com precisão milimétrica, atingindo diretamente os soldados do reino de Goa que estavam posicionados no porto.
As explosões foram cercadas por um clarão brilhante e o estrondo do impacto. Os soldados, despreparados para a represália rápida e feroz dos Chapéus de Palha, foram jogados ao chão, gritando em agonia.
"Esses dois são bons em atirar..." Lami comentou, enquanto observava a destruição causada pelos canhões.
"Continuem assim, vamos invadir o reino assim que acabarmos com esse grupo de soldados," Luffy anunciou, sua voz carregada de determinação. Ele não escondeu suas intenções de saquear o reino de Goa, deixando claro que não haveria misericórdia.
"Vamos matar pessoas inocentes?" Reiju perguntou, um pouco alarmada com a brutalidade da ação.
Luffy rapidamente corrigiu, "Não tire esse tipo de conclusão. Não precisamos matar para roubar, apenas bata neles se não quiserem entregar os tesouros." Sua voz indicava que havia um código de conduta entre os Chapéus de Palha, mesmo quando estavam prestes a pilhar o reino.
Enquanto o porto estava em chamas, o navio Black Pearl continuou a se aproximar com seu arsenal destrutivo, deixando uma trilha de caos e destruição em seu rastro, preparando-se para sua invasão iminente.
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