História Opostos - Bakugou x Leitora (será reescrita) - Mais um encontro

S/N on

— Tinha um homem lindo aqui e você estava dormindo, S/N? Pensei que você fosse minha filha.

Eu ainda estava sonolenta por ter acabado de acordar, mas escutei muito bem o que a minha mãe disse. Poxa, ela acha que eu faria algo com aquele sem educação? 

— Eu e ele não temos nada.  -falei e depois disso bocejei.

— Sei, viu. Você acha mesmo que alguém que não quer nada com você perderia o dia pra ficar aqui? Só pra ver você dormindo e saber se sua febre passou? Você é muito lerda.  -colocou um prato com comida encima da mesa, na minha frente.

O que a minha mãe não sabe é que tenho uma aposta com ele, por isso fez aquilo por mim.

— Amizade, mãe. Apenas isso.  

Comecei a comer, porque eu já estava salivando de fome e vontade, o cheiro estava ótimo. 

Pensei que Bakugou estivesse talvez um pouco irritado pelo “furo” do nosso rolê de hoje. Mas pelo visto, não ficou... Mandei mensagem pra ele agradecendo pelo que tinha feito, mesmo o meu pensamento sendo “ele fez isso por causa da aposta”.  Enfim, ele mandou um “ok” e perguntou se eu estava melhor, parece que conheci um lado sensível de alguém. Meu pensamento positivo acabou quando ele enviou “se estiver bem, vamos sair amanhã”,  eu sabia que era apenas interesse particular. Enviei pra ele um “ok”

Não vamos ter aula quinta-feira e nem sexta. Ou seja, amanhã e depois. E além disso tem o final de semana. 

Eu havia dormido a tarde toda, porém estava sentindo sono.

— Já vai dormir?  -minha mãe abriu a porta do quarto me vendo deitada.

— Sim.  -cobri meu rosto com o edredom.  — Eu vou sair amanhã, viu?

— Com uma massa humana de cabelos loiros e bagunçados? 

— Mãe...  -reclamei.

— Tá bom, tá bom!

Por algum motivo dei alguns sorrisos.

Bakugou on

Nem pra me agradecer pessoalmente, depois eu que sou o sem educação. E mesmo com isso me preocupei com ela perguntando se estava bem. Ah, foda-se. Eu só quero fazer uma coisa com ela, o resto que se dane.

— M-Mãe?  -falei assim que entrei no meu apê.

— Parece que isso aqui está organizado.

É disso que eu estava falando quando ela vem aqui de surpresa, ainda mais que ela tem permissão pra entrar aqui sem ser barrada pelo porteiro.

— Hm. O que faz aqui?

— Estou visitando você, ora! Aonde estava? Fiquei aqui o dia todo.

— Não interessa.

— O quê? Olha como você fala! 

Eu e a minha mãe sempre discutimos, sempre!

— Ah! Não enche! Eu to cansado, porra.  -me deitei no sofá.

E logo senti uma almofada vir com tudo no meu rosto. Assim, se foi mais uma das brigas “normais” que tenho com a minha mãe.

_________

No dia posterior me encontrei com a S/N, à noite. Dessa vez ela estava bem, parece que ela só havia comido algo estragado pra ter ficado daquele jeito. E eu pensando que ela estava grávida, mas nunca se sabe né... ainda mais agora que eu sei quem ela é.

— Vai logo! Rápido.  -ela entrou no carro dando ordens.

— Por que?  -fiquei parado, já que não faz meu tipo obedecer tão fácil assim.

— Droga.  

Escutei alguém bater no vidro do carro ao meu lado, olhei e vi a mãe da S/N, ela estava com um preservativo na mão enquanto batia na janela do carro. Porra, ela tá achando que meu carro é o que? Mas o engraçado é ver ela com isso na mão, não me contive e comecei a rir.

— Ela acha mesmo que você vai transar comigo tão fácil assim?  -perguntei sem esperar uma resposta.

— Não enche, Bakugou. Não to pra gracinha hoje.

— Eu estou.

Abri a janela do carro e peguei a camisinha, que estava na mão dela que batia no vidro. 

— Valeu. A gente vai precisar.  

Dei partida no carro e deixei a mãe da S/N com uma cara surpreendente.

— Bakugou... agora minha mãe vai falar um monte de asneira quando eu chegar em casa.

— E daí? Afinal, não vai fazer diferença, nossa aposta já está acabando e eu vou ganhar.

— Não vai não.

— Vou sim.  -joguei o preservativo no colo dela.

— Tira isso daqui.  -seu rosto corou.

— Vamos usar, ué.

Ela fechou a cara e virou seu rosto pro lado da janela.

Chegamos no shopping e S/N ainda não havia falado comigo desde o ocorrido dentro do carro. Me aproximei dela enquanto andávamos e coloquei meu braço por trás das suas costas, abraçando-a de lado, continuando a andar.

— Não sabe brincar, é?  

— Não faz isso... vão pensar que temos alguma coisa.

— Eu não ligo pra isso. 

Ela permitiu que meu braço continuasse ali.

— Desculpa... não estava com um humor muito bom.

— Tá bom, sem problemas, eu deixo você escolher o filme.

— Sério?  -ela se empolgou.

Meu erro foi fazer isso, nem me lembrava que seu gosto era o oposto do meu e agora estávamos assistindo um filme de animação. Porra, eu estou gastando meu dinheiro nisso, sério? Pelo menos vou ter uma “recompensa” depois que tudo acabar.

Estávamos em uma parte chata do filme, na verdade o filme todo era chato, então não fazia diferença pra mim. Aproveitei a roupa que a S/N usava, no caso era uma saia. E coloquei minha mão boba na sua perna.

— B-Bakugou... o que ta fazendo?  -suas bochechas queimaram.

— Nada.  -me aproximei do seu rosto.  — O filme ta chato, podia ter escolhido outro, né?

Falávamos baixo, porque tinha algumas poucas pessoas naquela sala também assistindo.

Antes dela responder, segurei seu rosto e nossos olhares se encontraram fixamente. Nos beijamos e esquentei aquilo subindo a minha mão que estava ainda em sua perna. Ela suspirou e tirou sua boca da minha.

— Vo... Você é um idiota.  -segurou a minha mão que estava por baixo da sua saia.

— Você gosta disso, eu sei.

— Não tem como não gostar. Mas agora eu quero assistir o filme.  -tirou a minha mão de si.

— Hm.

A verdade é que eu planejava levar a S/N pra minha casa, tenho certeza que lá aconteceria algo. Mas minha mãe decidiu passar o feriado comigo, então meu plano faliu.

Mas ainda tenho mais uma tentativa, já que o final de semana vou ter a casa livre.