S/N on
Estava andando e acabei “topando” com o mesmo cara de ontem.
— S-S/N?
Dessa vez não aconteceu nenhum desastre, apenas demos de cara um com o outro.
— Você não me disse o seu nome.
— Meu nome é Izuku Midoriya.
— Ah. Então... eu vou indo. -passei por ele.
— E-Espera. -segurou meu braço. — Pode... pode me passar o seu número?
— Bom... eu não sou de fazer isso, mas acho que não tem problema.
Ele me entregou o seu celular e eu adicionei o meu contato.
— Obrigado...
— De nada. -sorri.
Ele é incrivelmente lindo e fofo. Continuei andando pelos corredores da universidade.
/// quebra de tempo ///
Quando cheguei em casa, recebi uma mensagem. Troquei uma boa conversa com o Midoriya, os assuntos dele são bons e dão muito certo com os meus. Acho que nem percebi o tempo passar em meio ao bate-papo com ele. E agora, já estava mais tarde e depois de um tempo que tínhamos parado de conversar, ele retornou a me enviar uma mensagem, “topa sair comigo? se não quiser não tem problema... é que eu gostei muito de você”. Eu aceitei, seria um começo pra conhecê-lo melhor, isso talvez até me ajudaria a não pensar no Bakugou.
Durante o restante da semana, me aproximei muito do Izuku. Sua companhia estava sendo ótima, mas eu não deixei de pensar no Bakugou em alguns momentos. Até mesmo me encontrei com ele naquele bebedouro que parece ser o nosso “destino”. Não sei o que deu nele, mas suas atitudes estão muito diferentes da sua personalidade, normalmente ele não se importaria com a minha presença, porém assim que me viu, nem se quer usou o bebedouro, apenas desviou o seu olhar de mim e seguiu outro caminho. Era difícil pra mim, olhar pra ele e saber que não posso ficar ao “lado” dele do jeito que quero.
No sábado, foi o dia marcado de sair com o Izuku. Eu estava de fora da minha casa, esperando ele e alguns segundos depois vi o carro dele estacionar. Ele desceu, mas não saiu da entrada do motorista.
— Tudo certo? -ficou em pé ao lado da porta que estava aberta.
— Sim... -fui até ele.
— Então, vamos.
Bakugou on
Eu esperei alguns poucos dias pra ir falar com a S/N, queria que fosse especial o momento em que diria o que sinto, até passei no drive true e comprei dois combos de sanduíche pra gente comer, eu não gosto muito, mas sei que ela ama isso. Por todos os dias que fiquei com ela, acho que entendi as coisas que ela gosta, comprei chocolates e um buquê de flores também.
Mas o meu pior erro foi ter feito tudo isso, sem mesmo saber o que ela sente por mim. Porque agora eu estava dentro do carro, na rua da sua casa e vi a S/N falar com um homem e entrou no carro do mesmo, eles pareciam tão íntimos. Me foquei tanto no que estava vendo que perdi o controle do carro, mas logo voltei à direção e parei o carro, deligando-o.
— Porra! Vai se fuder! Caralho... -bati a mão no volante, descontando minha raiva. — É sempre assim... e eu continuo sendo um otário!
Olhei para o banco ao meu lado e vi tudo que tinha comprado pra ela. Não contive minhas lágrimas e comecei a chorar ali mesmo.
— Droga... eu... eu desisto disso.
S/N on
Eu e o Izuku nos divertimos muito, mas era tão diferente, o jeito dele do Bakugou. Em alguns momentos era algo muito assustador, não queria ter a intenção de comparar os dois, seria uma falta de respeito com o Midoriya, não quero magoa-lo, então achei melhor dizer.
— Midoriya...
— Pode me chamar de Izuku, S/N. Já te falei, não foi?
— A-Ah... desculpa. Bom, é que eu queria deixar claro que gosto de outro cara, mas é meio complicado sabe... estou tentando esquecer ele.
— Hm. Não se preocupa, nossos flertes não precisam ser algo sério agora.
— Eu sei... só estou dizendo, porque não sei se sou capaz de ficar seriamente com alguém agora. E nem quero usar você pra esquecer outra pessoa.
— Não se preocupa.
Nossas aulas voltaram na segunda-feira...
— S/N...
— Oi, Nara.
— A Milla não chegou?
— Parece que ainda não.
— Ah.
Caminhamos juntas e vi o Bakugou de longe.
— Ei. -Nara me chamou.
— O-O que foi?
— Fiquei sabendo algumas coisas sobre ele.
— É melhor você não me dizer.
— Bom... -a interrompi.
— Estou saindo com outro cara, eu já disse né?
— Sim, mas... o que eu soube do Bakugou não é algo ruim.
— O que é?
— Na verdade, não é algo muito comprovado, mas é nítido e as pessoas acabam comentando... que já faz um tempo que ele não está ficando com nenhuma mulher, ao menos da faculdade não.
— Sorte delas, não?
— S/N, você sabe o que isso quer dizer?
— Não.
— Porra... está se fingindo de sonsa é?!
— Juro que não sei.
— Você foi a última. Entende? Posso estar errada, mas... é estranho ele mudar de repente.
— Não inventa. Talvez ele só não queira mais transar com ninguém por enquanto. Até porque ele me recusou.
— Verdade, você tem razão.
/// quebra de tempo ///
— Você quer? -Izuku me perguntou.
— Não... estou sem fome.
— Está meio estranha hoje.
— D-Desculpa, talvez esteja mesmo.
— Quer conversar?
— Acho melhor não.
— Vem aqui... -se levantou e segurou minha mão.
Me levantei também e andei ao lado dele, seja lá onde ele quer me levar. Nos afastamos um pouco do movimento, mas ainda tinha visão de todas as pessoas que estavam frente a lanchonete.
— Talvez não seja o momento certo, mas... eu quero ficar com você. Tipo... a gente nunca se beijou e você sabe que eu quero isso.
— E-Eu não sei se quero.
— Pode pensar com calma, mas se quiser... podemos fazer isso aqui e agora.
Se eu quero seguir em frente, acho que essa é a oportunidade que vai me ajudar. Afinal, ele está aqui de frente pra mim, eu só preciso beijá-lo.
Olhei pra sua boca e o seu corpo encostado na parede. Me aproximei dele, ficando bem perto. Ele sorriu de lado e segurou minha cintura.
— Tem certeza?
— Uhum. -encarei ele.
Mas na verdade eu não tinha certeza, eu queria que fosse outra pessoa no seu lugar. Então no último segundo eu recuei do beijo.
— D-Desculpa, é algo tão simples né? Mas... não quero magoar você e nem a mim.
— Hm... tá bom.
Beijei sua bochecha e ele me entendeu perfeitamente. Não sei se ele podia mais me aguentar por tanto tempo, não sei o que eu quero, me sinto perdida... porque algo me diz que devo falar com o Bakugou.
E mais tarde... depois que as aulas acabaram. Eu estava indo embora e vi o loiro ao lado do bebedouro. Ele estava escorado na parede com o seu rosto inclinado para cima, como se estivesse pensando e ao mesmo tempo via seu olhar triste.
E enquanto eu olhava pra ele, seus olhos se desviaram para mim. Se abaixou e pegou sua mochila do chão, junto com sua garrafa d’água. Ele passou por mim, indo ao lado oposto do meu e apenas deixou o seu cheiro para trás. Eu não consegui... precisava dizer alguma coisa.
— B-Bakugou.
Ele já estava atrás de mim e então olhou para trás e eu fiz o mesmo.
— Hm? O que foi, porra?
Ele ainda falava da mesma forma, não mudou em nada. Não quero me enganar novamente por um rosto bonito.
— N-Não é nada.
— Então não enche! -seguiu seu caminho.
E eu voltei à andar, indo ao bebedouro. Agora, com algumas lágrimas nos olhos.
Bakugou on
Já não bastava o final de semana e ainda tive que ver ela de “graça” com aquele Midoriya, descobri o nome dele através de um “amigo”. Porra... vi eles saindo no sábado e agora sou obrigado a ver eles se beijando, vai se ferrar, sentimentos só estragam a minha vida e eu me deixei levar por isso.
Pra completar meu dia, tive um desempenho ruim nas aulas de hoje e isso nunca aconteceu. E pra ficar pior encontrei a S/N. Naquele momento só queria ficar sozinho e não ter que olhar pra cara de ninguém, parei no primeiro corredor vazio que vi e ainda me encontro com essa idiota que está “acabando” comigo.
Era impossível não sentir raiva dela, mas mesmo assim eu a amo e queria poder dizer isso, se não fosse o medo de me magoar, até porque estou vendo ela frequentemente com outro cara. Porra, até eu larguei a minha vida de ficar saindo com várias mulheres e agora ela já está com outro. Não sei nem porque penso nisso, já que não tivemos nada sério e eu mesmo propus isso.
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