História Order of the Phoenix- Harmione - Capítulo 15

As semanas que se passaram foram tão tediosas quanto de costume, exceto pelos fogos que Fred e Jorge soltaram por Hogwarts  inteira e então fugiram do castelo. Todos os alunos acharam isso épico, no entanto, Harry continuou sonhando com a porta no Ministério e agora ele não teria mais aulas de oclumência.

No entanto, durante um jogo de quadribol, Hagrid mostrou a Harry e Hermione o Grope, meio irmão gigante dele, Hermione quase desmaiou quando  viu Grope. No entanto ambos prometeram a Hagrid que cuidariam do gigante caso o amigo fosse demitido , o Gigante aparentemente gostou de Hermione e começou a chama-la de “Hermi”.

-Eu não acredito –disse Hermione com a voz vacilante assim que se afastaram de Hagrid –Eu realmente não acredito.

-Calma –pediu Harry tentando segurar a mão dela.

-Calma! –exclamou  desviando sua mão da dele –Um gigante na Floresta!  E Hagrid espera que a gente dê aulas de inglês para ele , supondo é claro que a gente consiga passar por um rebanho de centauros assassinos para entrar e sair... Eu não acredito!

-Ainda não temos que fazer nada,  meu amor! –ele disse tentando novamente pegar a mão dela.

-Ah, pare com isso Harry! –ela disse zangada  se afastando mais uma vez –Ele vai ser demitido e para ser perfeitamente sincera , depois do que acabamos de ver, quem pode culpar a Umbridge?

Harry a puxou pelo braço o que fez com ela olhasse para ele, ele a encarou com ferocidade, e os olhos dela se encheram de lágrimas. Ele odiava a ver  chorar, mas dessa vez não cederia.

-Você não está falando sério –ele disse em voz baixa.

-Não...bom ...tudo bem...não falei –ela disse se soltando dele e enxugando os olhos com raiva –Por que é que ele tem que criar dificuldades para ele ... e para nós?

-Não sei...

Weasley é nosso rei,

Weasley é nosso rei,

Não deixou a bola entrar,

Weasley é nosso rei...

-Espera, eu ouvi direito? –perguntou Hermione –Não deixou a bola entrar?

Ela e Harry franziram a testa e correram para o salão comunal que estava em festa, todos comemoravam, ao longe Rony era erguido pelos ombros dos colegas enquanto segurava a taça de quadribol e Angelina chorava sem parar.

-Não! –sussurrou Hermione.

-SIM! –falou Harry em voz alta.

-HARRY, HERMIONE –berrou Rony balançando a taça, completamente louco de felicidade –CONSEGUIMOS! GANHAMOS!

Os dois sorriram para o amigo e se juntaram a festa, mas depois de um tempo Harry observou Hermione conversando com um grupo de meninas e foi até ela, a abraçando por trás e depositando um beijo em seu rosto.

-Sério, Harry dá um tempo, você não desgruda dela! –disse Gina.

-Não consigo ficar muito tempo longe –ele disse depositando vários beijos pelo rosto de Hermione –Além disso, parabéns Gina, soube que você apanhou o pomo bem em frente a Cho Chang.

Hermione sorriu de lado e Gina piscou para ela.

-É, ela caiu no choro quando a partida terminou, esse não está sendo um ano bom para ela –disse Gina dando de ombros.

-Ei, vamos guardar nossas noticias para amanhã , não é? –ele sussurrou no ouvido de Hermione.

-Sim –ela disse –Não estou com a menor pressa de contar a ele.

Aconteceu que os dias se passaram e ninguém contou nada a Rony. Hermione simplesmente não tinha tempo, estava ficando maluca com a proximidade dos exames , sempre que Harry chegava perto ela o afastava com certa agressividade e o mandava ir estudar. Então após a primeira onde de exames teóricos de feitiços, ela, Harry e Rony, sentaram em baixo de uma das arvores do terreno de Hogwarts, onde Rony começou a narrar a partida de quadribol.

-Então, vocês viram aquela defesa que eu fiz? –ele perguntou entusiasmado.

Hermione suspirou e olhou para Harry.

-Na verdade, não Rony –ela disse com a voz baixa

-Vocês não assistiram? –ele perguntou olhando de um para outro –Não assistiram nenhuma das minhas defesas?

-Bem.... não –disse Hermione com calma –Tivemos que sair Rony.

-Ah é? –ele perguntou ficando vermelho –Aproveitaram que quase ninguém estava no salão comunal para namorarem, não é?

-Vá com calma! –disse Harry aumentando um pouco o tom de voz –Não assistimos porque Hagrid nos chamou.

Então, Harry contou toda a história de Grope.

-Vocês prometeram a ele? –perguntou Rony –Hermione!

-Nem vem! Você realmente não acha que eu aceitei isso numa boa, não é?

-Ele não fez isso –Rony disse em voz baixa.

-Ah fez!  -disse Hermione irônica –Um gigante de 5 metros escondido em uma floresta, sabe como ele se diverte? –ela indagou –Arrancando arvores e ele me conhece –ela deu uma risada desgostosa  -como Hermi.

-Quebrem a promessa! –disse Rony –isso é loucura!

Hermione suspirou.

-Eu sei... mas é que... eu e o Harry prometemos –ela disse em um tom mais ameno.

.

Os exames práticos de Harry foram  muito bons, ele até conjurou um Patrono, o garoto teve certeza que havia levado nota máxima. Mas foi no exame de Astronomia que o absurdo aconteceu, todos estavam no alto da torre, quando alguns bruxos invadiram o terreno de Hogwarts atrás de Hagrid, mas a professora Minerva tentou impedir, no entanto, acabou sendo acertada por 4 feitiços estuporantes no peito e então caiu desacordada. Hermione levou a mão na boca, Harry ficou estático, nenhum aluno ousou falar nenhuma palavra.

Mas a cerejinha do bolo ocorreu no próximo dia, durante o exame de historia da Magia, enquanto tentava lembrar o que ocorrera na Revolta dos Duendes. Ele estava tentando lembrar um nome específico quando a sala em que fazia o exame sumiu. Agora, Harry se viu no Ministério da Magia, e alguém estava gritando de dor, ao se aproximar mais, Harry teve o vislumbre do que ocorria, era Sirius que estava sendo torturado por Voldemort.

-Você terá de matar –sussurrou Sirius com a voz fraca.

-Sem duvida é  o que farei quando terminar –disse a voz fria de Voldemort.

.

Então ele não estava mais lá, estava de volta  a sala de exames, estava deitado no chão com todos em volta olhando para ele. O homem que estava monitorando o exame se aproximou dele e o ajudou a se retirar da sala, Harry estava atordoado demais para dizer algo. Só conseguiu falar depois de já estar longe da sala de exames e o homem lhe indagou se ele já estava calmo o suficiente para continuar a prova, Harry disse que tinha feito tudo o que podia e então correu para ala hospitalar com a expectativa de falar com a professora Minerva.Todavia, a realidade se mostrou decepcionante, pois Minerva não se encontrava na escola.

Ele deu meia volta e saiu correndo de volta a sala, pronto para pedir ajuda a Rony e Hermione, no entanto, os dois grifinórios haviam abandonado o exame e já estavam indo ao encontro dele. O trio se encontrou em meio a um corredor deserto.

-Harry!-ela disse assim que o alcançou, ofegante –O que aconteceu?

Harry os levou até uma sala vazia, para finalmente poder falar livremente.

-Voldemort pegou Sirius! –ele disse sem rodeios.

-Mas... onde? Como? –perguntou Hermione cujo rosto ficava branco a cada segundo que passava.

-Não sei como –falou Harry –mas sei exatamente onde. Tem uma sala no departamento de Mistérios cheia de estantes com pequenas esferas de vidro e eles estão no fim do corredor noventa e sete... ele está torturando ele e diz que vai mata-lo –ele disse tremendo –Como vamos chegar lá?

-Chegar lá? –perguntou Rony com a voz tremula.

-Sim! Precisamos salvar Sirius!

-Mas ... Harry

-Que...que? –exclamou Harry.

Hermione olhava de Rony para Harry sem parar, e então engoliu em seco e se aproximou do namorado.

-Harry –disse Hermione com a voz muito assustada –Como Voldemort poderia entrar no Ministério a essa hora sem ninguém perceber.

-Como eu vou saber? –ele urrou –A questão é como nós vamos entrar lá!

-Amor, Voldemort é o bruxo mais procurado do mundo, o Ministério é cheio de aurores...

-Eu não sei, ele deve ter usado uma capa da invisibilidade ou algo assim –ele gritou –e de qualquer jeito o departamento de Mistérios sempre esteve vazio quando eu estive por lá.

-Você nunca esteve lá, Harry –disse Hermione com calma –Você apenas sonhou com o local.

-Não são sonhos normais! –ele disse desesperado.

-Ele tem razão –disse Rony baixinho, olhando para Hermione.

-Mas isto é simplesmente ... simplesmente tão improvável –disse Hermione exasperada –Harry pense, Sirius não anda sozinho justamente por ele também ser um provável alvo de Voldemort, ele sempre tem aurores por perto...

-Eu  não sei Hermione, ele pode ter saído sozinho –gritou Harry.

-Hermione –disse Rony –Harry viu os dois.

Hermione suspirou e olhou para o teto por um segundo.

-O.K –ela disse assustada, mas decidida –Mas tenho que lhe dizer uma coisa, Harry. Isto não é uma crítica, mas digamos, você não acha que  tem a mania de salvar as pessoas?

Harry lançou um olhar feroz a Hermione.

-O que você quer dizer?

Então Hermione o lembrou do torneio tribruxo, de como ele salvou a irmã de Fleur do lago quando na verdade, ela não precisava ser salva.

-Eu estou dizendo  que Voldemort conhece você! Pense Harry, ele levou Gina para a câmara secreta para atraí-lo, é o tipo de coisa que ele faz –ela disse exasperada –Ele sabe que você iria em socorro de Sirius.

-Não faz diferença, Hermione, se não formos Sirius morre.

-Harry, e se isso  foi só um sonho? Apenas um sonho.

Harry deixou escapar um urro de frustração. Hermione chegou a recuar para longe, assustada.

-Você não está entendo! –gritou Harry –Não é apenas um sonho . Para que você acha que foi toda aquela aulas com Snape? Porque não são apenas sonhos, são reais, Hermione!

-Você já parou para pensar que as aulas seriam justamente para evitar que Voldemort enfiasse coisas na sua cabeça? –ela gritou de volta – Você parou com as aulas, você não estava mais praticando! E se você tivesse aprendido oclumência , talvez não tivesse visto nada!

-Eu não parei por que quis! –ele gritou -Snape parou de me dar aulas e alias isso foi um alivio, você acha que era legal? Eu ter que me preocupar com ...

-Com o que Harry? –ela gritou de volta – Se preocupar com a possibilidade do professor Snape nos ver transando?

Rony arregalou os olhos, ficou vermelho e olhou para baixo , Harry olhou para Rony e abriu a boca para dizer algo mas fechou em seguida, Hermione finalmente havia se dado conta do que havia falado e quis se enterrar, mas manteve o rosto impassível e o olhar severo em cima de Harry.

-Oi –disse uma Gina insegura entrando na sala acompanhada de Luna –Reconhecemos a voz de Harry e Hermione  -ela olhou para a amiga –você realmente deveria falar certas coisas com a voz mais fraca, Hermione. Então, porque  estão gritando?

-Não é da sua conta! –disse Harry.

Gina ergueu as sobrancelhas.

-Sabe, pensamos que poderíamos ajudar.

-Pois não podem –ele disse seco.

-Você está sendo muito grosseiro, sabe?-  Disse Luna com serenidade.

Harry disse um palavrão e deu as costas.

-Espere –disse Hermione com a voz mais calma –Harry, elas podem ajudar. Escute, precisamos saber se Sirius realmente não está na mansão.

-Eu já lhe disse...

-Amor, estou lhe suplicando, por favor! –insistiu Hermione, desesperada –Por favor, vamos verificar se ele está em casa antes de sairmos correndo para Londres. Se descobrirmos que ele não está lá, então juro que não vou tentar impedir você. Vou junto, farei o que for preciso para tentar salvá-lo.

Então Hermione bolou um plano, Rony distrairia Umbridge com uma desculpa envolvendo pirraça, Gina e Luna ficariam de prontidão para avisar caso Umbridge  aparecesse e seriam responsáveis por não deixar ninguém se aproximar da sala dela, usando uma desculpa de que alguém havia soltado Gás Garroteante. Harry e Hermione iriam com a capa da invisibilidade para sala de Dolores .

Enquanto passavam em direção a sala de Umbridge, Hermione parou ao lado de Gina.

-Bruxinha... não esqueça de dar o sinal

-Qual sinal? –sussurrou Harry quando chegaram a porta de Umbridge.

-Um coro em altas vozes “Weasley é nosso rei”.

Enquanto estavam na sala, Harry usou a lareira para tentar falar com Sirius, no entanto foi Monstro que o viu. O elfo avisou a gargalhadas que Sirius não estava em casa e que não iria mais voltar do Departamento de Mistérios. Mas ele não conseguiu falar  mais, pois sua cabeça foi puxada da lareira, Hermione havia sido silenciada por algum provável feitiço, em segundos a porta da sala voltou ser aberta. Sonserinos incluindo Draco Malfoy traziam Rony, Gina, Luna e Neville.

Ela tentou arrancar a resposta de Harry, mas falhou e optou por Hermione, mas a garota também não ousou a falar algo. Snape foi chamado até a sala, mas se recusou a dar uma poção da verdade para Umbridge, usando a desculpa de que ela havia acabado com estoque dele. Harry tentou se comunicar com Snape usando a palavra “Almofadinhas”, mas não soube dizer se Snape entendeu o recado.

Desesperada, Umbridge optou por tentar fazer Harry falar a força, então avisou que usaria a Maldição Cruciatos, e nesse momento também foi revelado que fora Umbridge havia mandado os dementadores atrás de Harry. Ela apontou a varinha e Harry se preparou para sentir dor.

-NÃO! –berrou Hermione –Não... Harry...temos que contar a ela.

-NEM PENSAR! –Berrou Harry

-Ora, a senhorita perguntadeira vai nos dar respostas.

Gina, que estava sendo segurada por Draco, arregalou os olhos para Hermione. Rony, Luna e Neville todos a encaravam assustados. Mas Harry encontrou o olhar dela, e soube que Hermione não planeja contar nada, e além disso, apesar de estar soluçando desesperada, não havia sinal de nenhuma gota de lágrima nos olhos de Hermione.

-Desculpe, eu tenho que contar –ela disse exasperada –Estávamos tentando falar com Dumbledore, queríamos dizer que .... a arma está pronta.

-Que arma? E onde está?

-Não sabemos o que é, mas não vou contar em frente a eles –ela disse apontando para o grupo da Sonserina.

Elas discutiram, mas por fim, Hermione levou a melhor.

-Vocês dois –ela disse apontando para Harry e Hermione –Vão na frente... para indicar o caminho.

E assim Harry e Hermione obedeceram.