AQUI O VÍDEO QUE FIZ PRA VOCÊS - https://www.youtube.com/watch?v=iMY1e7p1o14 (créditos à página do facebook "Vines One Direction" onde peguei algumas cenas) e eu apareço no final do vídeo dando um "oi" kk'
FANFIC:
Niall abriu os olhos, mas os fechou em seguida, pois a luz forte do ambiente fazia suas pupilas latejarem... Tentou abrir novamente os olhos, teve êxito, mas ainda eram reprimidos pela dor. Correu o olhar lasso pelo recinto e, a primeira coisa a avistar fora um monitor de eventos eletrocardiográficos - um computador com a mostragem da monitoração do eletrocardiograma - cheio daqueles rabiscos parecidos com picos de montanhas nevadas. Depois notou os tubos de respiração nos próprios orifícios nasais. Com a mão direita arrancou os tubos do nariz, e com o computador apitando fervorosamente, o adolescente se sentou na cama da qual estava deitado, arrancando, displicentemente, agulhas e eletrodos do corpo.
- Meu Deus - disse, antes das lágrimas brotarem.
Ficou de pé ao lado da cama azul-bebê, porém o corpo era receoso e frágil, parecia de porcelana, não obedecia com excelência aos comandos do Horan. O jovem vislumbrou o recinto a sua volta, era obviamente um quarto de hospital, cheio de aparelhagem médica, e um rádio sobre o criado-mudo ao lado da cama, tocando "Home", de Gabrielle Aplin. O loiro saiu do quarto, mesmo vestindo o indigno traje hospitalar, e caminhou pelo corredor do hospital... A cada passo, fraco e vertiginoso, Niall se lembrava do sonho que tivera, de Harry, Zayn, Jack, Louis, Adelaide, Rob, Andrew, Emma e todos os outros, até mesmo dos momentos íntimos... Lembrava-se dos sentimentos nobres que lhe atravessaram durante seu sono profundo, e começava a compreender que tudo não passara de um sonho, uma ilusão; não existia Harry, nem Zayn, muito menos Louis. Aquela era a vida real, ele era Niall Horan, jovem estudante de psicologia da Universidade Católica de Santos, nunca fizera música, morava com sua mãe, não tinha tios, muito menos primo.
Quase caiu ao se recostar na quina de uma porta, foi quando fitou o interior daquele quarto e o viu.
- Harry? - perguntou, de olhos azuis arregalados.
O adolescente no quarto terminou de vestir sua jaqueta de couro preta, fitou o loiro de volta, e o Horan entendia que toda a história que havia, supostamente, "vivido" ao lado do Styles, não existira, no entanto, queria muito, que de uma forma mágica, o adolescente da jaqueta de couro lembrasse.
O garoto de madeixas escuras o fitou, desconcertado, se aproximando. Sorriu de covinha aparente, e sibilou:
- Niall?
O loiro sorriu largamente, pois supôs que o outro jovem havia se recordado do sonho, por mais estranho que aquilo fosse.
- Harry, tanta coisa ainda tinha para te contar! - exclamou o Horan, caminhando em direção ao Styles. - Sobre o Rob, ele estava ameaçando sua... Olha, me desculpa por demorar tanto a contar.
- Espera! - disse Harry. - eu não sei do que você tá falando! Mas fico feliz que tenha acordado do coma, sabe, fomos uns dos poucos a sobreviver e, eu tava meio preocupado com você - baixando o olhar.
Niall então se lembrou, feito um disparo intenso de inúmeros flashs, ardendo sob seus olhos, como cenas horríveis... Já era tarde, e Niall se encontrava muito atrasado para a faculdade naquela noite, pegou o ônibus, as pressas, e por um instante percebeu o jovem de jaqueta de couro, Harry Styles, em um dos assentos do automóvel, e o ficou fitando durante todo o percurso, uma daquelas paixões repentinas que simplesmente “acontecem”, a beleza o havia fisgado, porém o improvável ocorreu, durante uma curva, um peugeot, da mão oposta, tentou uma ultrapassagem displicente, indo contramão, em direção ao ônibus, o motorista jogou o ônibus para o acostamento, mas não fora o suficiente - estavam em altíssima velocidade - o automóvel passou rasgando na dianteira do peugeot, antes dos pneus estourarem com o atrito, lançando grande parte dos passeiros contra as paredes e assentos, estilhaçando vidros. Niall escorregou sob o pé do banco, ferindo a testa num corte pouco profundo, os braços e pernas receberam fortes contusões. A van que vinha atrás do ônibus, colidiu em alta velocidade na traseira, acarretando num pior estado, o ônibus virou, quebrando duas costelas do loiro e o osso fíbula da perna direita, além da pancada forte do crânio contra o chão.
O Horan ia ficando inconsciente a medida que o tempo passava, mas antes que seus olhos fechassem, pôde notar Harry Styles estirado perto do seu rosto, sangrando.
- Me ajuda... - suplicou Niall, ao Styles, que aos poucos também padecia. - eu tô apagando.
- Vamos ficar bem - sibilou Harry num sorriso fraco, com o nariz escorrendo sangue. Algo no olhar do loiro fez Harry querer cuidar dele, não era atração, era algo como o sentimento paterno. - Harry Styles... É o meu nome.
- Niall Horan - foi tudo o que Niall conseguiu balbuciar, pois a dor estridente das costelas quebradas o restringia.
O Horan ouviu as sirenes da ambulância se aproximando, depois os policiais e médicos ajudando a retirar os corpos do automóvel... Quando foi arrastado para o lado de fora, conseguiu enxergar de soslaio os corpos enfileirados, a maior parte mortos.
- Estes estão respondendo! - exclamou uma enfermeira, se referindo ao loiro e ao Styles. - não evidenciam fraturas expostas!
- Se certifique disso - ordenou o enfermeiro chefe.
A profissional da enfermagem rasgou a camiseta de Niall e em seguida a do jovem de madeixas escuras, foi neste instante que o louro vislumbrou as tatuagens sobre o corpo do adolescente, os passarinhos desenhados no peito e a grande borboleta.
- Nenhuma fratura exposta, apenas contusões e ferimentos internos.
O Horan foi posto numa maca, e a última coisa a ouvir e avisar antes de enveredar na ambulância, foram os policiais abordando o motorista do peugeot (causador do acidente):
- Nome! - bradou o policial.
- Rob, meu nome é Rob...
As portas do automóvel foram fechadas, com Niall e Harry do lado de dentro. Os enfermeiros que os haviam examinado no local do acidente tinham ficado por lá, os que se encontravam na ambulância agora, eram outros três, um superior e dois “estagiários”, estudantes de enfermagem.
- Zayn Malik, quero que me acompanhe em todos os procedimentos que teremos com o garoto loiro - disse o superior ao estudante. - E Louis Tomlinson, você foi designado para me acompanhar com os procedimentos que teremos com o moreno.
O Horan, mesmo de visão relapsa, pôde gravar bem os traços dos estudantes, a barba rala e os lábios finos. Então apagou.
A consciência de Niall afundava sob o sono profundo, suas funções foram comprometidas, seu sistema nervoso central se encontrava suscetível, estava em coma. Suas últimas vivências borbulhavam, o jovem Harry Styles, seu sorriso cativante e o corpo tatuado, o ônibus, o peugeot, Rob, Zayn e Louis... Eles existiam, de fato.
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