Shawn
Depois de duas horas de viagem com Rogers, finalmente haviamos chegado aonde ela tanto queria saber: uma base militar no norte. Assim que entramos, dois soldados se aproximam do veículo enquanto nas duas torres de vigia há dois atiradores em cada uma. Seus trajes não eram do exercito mas da organização que iniciou o projeto, sendo uniforme preto com equipamento pesado e uma máscara que protege sua cabeça. O equipamento pesado visivel pode se dizer que eram as armas militares de alto poder de fogo como: M16 que os soldados que vieram até o carro estavam segurando, os das torres estavam com uma VR1 PSR, que é comum para postos de vigilancia como os que ficam. Abaixei o vidro do carro mostrando o celular com uma mensagem para o soldado que se aproximou do lado esquerdo, assim ele olhou e trocou olhares com seu parceiro na direita do carro afirmando com a cabeça. Ambos se afastaram e abriram o portão que estava em nossa frente permitindo que entrassemos.
Deixei o carro estacionado em frente a base e sai junto com Sana, que me acompanhou até a entrada onde os soldados abriram a porta para entrarmos. Embora fosse como as outras,esta possuia mais coisas antigas nos troféus do que as últimas que a minha base possuía antes de sair de lá. Eu e Sana esperamos alguns minutos, ela ficou sentada ao meu lado olhando o celular e depois, ficou a jogar paciência no mesmo enquanto eu fiquei olhando o chão mxendo os polegares em círculos, passando um por dentro do outro. Um senhor de 60 e poucos anos entrou na sala acompanhado de seguranças, estrutura mediana baixa, o cabelo era grisalho e sua pele já estava começando a enrugar, ele usava um terno preto com uma calça social preta e se apoiava em uma bengala marrom,a mesma mão que ele segurava a bengala, entre seus dedos, há uma maleta preta. Decidi me levantar ao ver ele chegar, assim fez Sana também e estendi minha mão para o cumprimentar, mesmo que não tivessemos nos cumprimentados direito ele fez um gesto de que não precisava e que era se sentar, dando um leve sorriso enqanto se sentou na poltrona deixando a bengala encostada no braço da mesma.
—Capitão Shawn, senhorita Rogers... Meu nome é Steven Mark, sou um marechal das forças aréas e estarei dando meu apoio a vocÊs em sua missão.... —Embora fosse uma apresentação simples, era direta e curta. Sua voz era rouca, mantendo sempre o tom sério.
—Agradecemos a sua ajuda, marechal mas por que viemos aqui? —Perguntou Sana.
—Vocês vieram aqui para buscar a pessoa que pode ter a resposta de muitas coisas para sua missão, e tenho certeza que sua ajuda poderá ser de diversas formas.
—E como essa pessoa pode nos ajudar? —Perguntei
Steven pegou a maleta do chão e abriu ela em seu colo inserindo a senha na trava de segurança, assim que a maleta fez o ''Click'' de que abriu, ele finalmente abriu e tirou uma pasta de documento. Peguei olhando o conteúdo e pra minha, e de Sana, havia imagens de um alien trabalhando com os humanos, sendo torturado,matando quem feriu ele e por fim, antes de olharmos a última, a foto era ele estava olhando um cadaver de uma mulher, com sua mão direita tocando o rosto da mesma.
—Um documento que contem todas as informações de quem irá ajudar vocês....
—Um alien de séculos atrás? Antes de termos certeza que poderiamos ir para outros planetas e achar vida? Como? —Perguntei virando o olhar para o marechal, deixando Sana pegar o documento e olhar
—Assim que eu retirei ela das coisas que tentaram fazer em seu corpo, ela me disse onde poderia acha-la se precisassemos de ajuda...
—Ela?
—Sim...Ela não tinha nome em seu planeta e disse para chama-la como a pessoa que ela viu...''Lili''
—Uma alienigena que possui um nome de um humano? —Perguntou Sana, colocando o documento na mão de Steven
—Sim, e eu sugiro que busquem por ela, sua ajuda nessa invasão pode se....
Antes que ele pudesse terminar, um som extremamente estridente tomou conta do lugar junto de um terremoto que forçou cada um se segurar firme até ouvirem um impacto. Chacoalhei a cabeça para os lados, ajudando Sana a se levantar e então corri para fora pra ver o que foi. Era uma nave que havia esmagado um prédio até que as pontas, semelhantes a laminas, tivessem presas no solo. Senti meu corpo congelar por alguns instantes, os soldados da base já estavam se mobilizando para os aviões de caça e jatos, indo para o ataque na nave para causar dano e proteger a cidade. Mesmo vendo aquilo e os soldados fazendo sua tarefa sem medo, meu corpo parecia que não iria sair do lugar por vontade, até que senti Sana tocar meu ombro, logo atrás dela estava Steven e seus seguranças o apoiando.
—Precisam ir! Agora! —Disse ele, olhando para mim e Sana
—Onde?!
—Número 44! Vá até o número 44! —Ele apontou para o leste onde, de todas as plataformas de jatos, apenas o 44 estava fechado. Olhei aquilo afirmando com a cabeça e ao olhar novamente pra ele, vi que estendeu uma espécie de chave, era quase do tamanho de uma placa de carro. —Há uma nave pronta para levar vocês até Lili! Coloque isso no painel principal e deixe que a nave fará o serviço!
—Senhor....Agradeço a sua ajuda!
Steven apenas sorriu afirmando com a cabeça, fazendo posição de continência e então, desviou seu olhar para a ameaça e voltou a nos olhar.
—Nunca abaixe sua cabeça, soldado....Mostre a eles que não iremos entregar nosso lar sem lutar. E você senhorita Rogers, mostre o que é capaz de fazer pelo seu país.
—Eu vou...Farei o que posso pra mostrar... —Respondeu Rogers, que me puxou pelo braço até a plataforma 44.
Nós dois fomos correndo até lá, soldados que estavam nela abriram a plataforma que contém a nave. Parecida com um jato, mas em um tamanho gigantesco, com cores azuis,brancas e pretas. Os soldados nos ajudaram a entrar, novamente tendo o terremoto enquanto dava para ouvir os jatos indo e voltando a cada momento. Junto disso, também deu para ouvir o som de explosões e os gritos das pessoas na rua. Após ter avistado o painel da nave, muito semelhante a um painel de um helicóptero e com dois assentos: um na direita e na esquerda, ambos com paineis parecidos. Ouvi o som de alguém correndo pra nós e olhei pra trás de mim e Sana, vendo um homem vindo e como não sabia quem era, acabei sacando minha pistola que estava no bolso de dentro do terno, apontando pra ele.
—Oh, oh,oh! Calma, eu estou do seu lado. —Comentou o rapaz.
—Quem é você?
—Eu sou Daniel Chase, o piloto. —Assim que ouvi a resposta dele, abaixei a pistola aos poucos enquanto peguei e entreguei a placa que estava na mão esquerda.
—Steven disse pra usar isso...Sabe como?
—Sim, eu fiz isto. —Pegou a placa, indo até o assento de piloto colocando a placa na parte debaixo do painel, que logo ligou todas as luzes da nave.
—Você....
Olhei pra Sana, que, de certa forma, estava assustada olhando pra mim.
—Você tem uma arma....No seu terno?
—Precaução...
"Precaução é o cacete! Quer me matar do coração? Fiquei com esse cara por duas horas e sequer comentou isso?" — Pensou Sana, que logo fechou os olhos suspirando fundo, indo se sentar em volta da mesa que tinha mais no fundo.
Depois de sentir que o chão tremeu, me segurei em uma barra de aço na parte de cima da nave para me equilibrar, a nave finalmente estava começando a levantar voo. Caminhei até Daniel, que estava pilotando a nave como se fosse um jogo de videogame e vi pelo vidro, a nave já estava longe do chão. Sem demorar muito, os motores fizeram um estrondo alto, fazendo a nave ir reto por um tempo antes de virar pra cima, levando pra fora do planeta. Dei um suspiro fundo, caminhando para a cadeira de copiloto, olhando a cidade pelo vidro novamente. Os jatos estavam atacando a nave, bombardeando com tudo que podia mas ela sequer se mexia. Novamente o som estridente surgiu e dessa vez, a nave inimiga disparou contra os jatos, explodindo eles com um laser amarelo. A cidade que até pouco tempo atrás era o lar de muitos, outra vez seria destruído por aliens. Me afastei da janela ao sentir que precisar parar ou ficaria com uma sensação de dor pelo menos até sairmos do planeta, caminhei até Sana e me sentei ao seu lado.
—É isso?....Vamos deixar aqui sem pegar outra ajuda?
—Se Steven disse pra procurar pela Lili, vamos. E com o primeiro ataque vindo deles, nossa melhor escolha é ter alguém que conheça eles.
—Isso é errado...Mas é seu comando, Shawn.
—Eu sei, e é por isso que faremos isto do melhor jeito. Vamos pegar Lili e o resto do time, não importa como....E vamos salvar essa cidade.
—Sim....Ou o que sobrar dela. Eu vou ficar aqui, pra me acalmar um pouco. —Respondi pegando o tablet da bolsa, deixando na mesa.
Afirmei com a cabeça, esfregando a mão nas costas dela antes de me levantar e ir explorar a nave, para saber como ela funciona, o que tem, como era o espaço dela, entre muitas outras. Eu sabia que deveriamos pegar o que faltava na Terra, mas com o inimigo tomando a frente, minha melhor escolha era buscar a pessoa que conhece eles e usar como vantagem. E também, conhecer que tipo de ajuda Lili poderia oferecer sem ser essas informações, já que Steven parecia conhecer ela como se fosse sua filha.
Partimos seguindo a rota que aquela placa possuía e que por sinal, parecia ser a peça que faltava para a nave funcionar. Voltei para conversar com Daniel, que explicou como funciona: A placa é como um disco rígido, um HD que faz a nave funcionar como deve. Ele me disse que quem fez a nave do jeito que é, foi ele e as melhores mentes, engenheiros e outros da área. Ficamos cerca de meia hora conversando disto e como se soubesse que eu não iria entender de primeira, ele fez comparações com coisas do dia-a-dia, filmes, séries ou desenhos animados, o que fez nossa conversa demorar mais do que pensei que seria mas valeu a pena, afinal pude entender e não ficar como um idiota que não sabe que caralhos tá acontecendo naquele momento e lugar. Fui até o elevador que possuía e olhando o painel, vi que havia andares: a cozinha, sala das armas da nave, a ala médica,a ponte central (que era aonde nós três estavámos), o armazem, núcleo e em cima de todos estes, há o andar ''Capitão''. Apertei para ver o andar e alguns instantes depois, estava no andar no qual era apenas uma porta, sai do elevador indo até a porta que se abriu conforme cheguei perto e vi que atrás da porta, havia um quarto grande e vazio, tendo a cama,uma televisão na parede, um guarda-roupa e uma mesa com computador um pouco mais no canto inferior direito, atrás do computador havia mais uma porta. Andei pra segunda porta, que também se abriu sozinha e vi que era o banheiro. Sai massageando a testa até me sentar na cama suspirando, e com isto, me larguei na cama fechando os olhos. Sei que isto é muita coisa pra processar, mas minha cabeça precisava de um descanso para um dia só, então decidi apagar antes que minha cabeça começasse a latejar de tanta coisa passando por ela.
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