Creio eu que metade da população já preferiu tapar os olhos para não querer enxergar o que está escancarado a sua frente, eu tentei não acreditar que minha família estava envolvida com coisas que eu lutava arduamente para combater e levar o mínimo de conforto para aqueles que não tinham nada pra sobreviver ou que eram arrancados deles a força ou que era impostos por pessoas sem nenhum pingo de escrúpulo, e meu pai com o meu tio faziam uma parcela dessas pessoas, ainda que pequena, eles não estavam nem aí para o que o outro estava passando, eles estavam mais preocupados com o seu próprio umbigo. Marina ao me questionar se eu estava envolvida “ indiretamente sim, pois eu sabia o que acontecia dentro de casa e com as empresas do meu pai. Não era tão ingênua ao ponto de me deixar ser enganada pelo meu próprio pai, eu sabia que ele estava desviando dinheiro da ONG e estava me usando para seus negócios sujos...suspeitei que tudo se iniciou com a minha viagem repentina para São Paulo e quando fui designada a dar em cima da grande famosa fotografa Marina Meirelles.... Me crucifiquem, como eu ia denunciar minha própria família, sem provas, as autoridades do FBI poderiam rir da minha cara, quando lhes comunicassem de tal situação, pelo simples fato da minha família ter sobrenome e dinheiro “poder em mãos”...Seria minha palavra contra a do meu pai e a do meu tio. Descobrir tudo quando acessei as contas da ONG e descobrir um desfalque de quinze mil dólares, dinheiro esse que havia entrado fazia apenas dois dias de uma doação para a (NLFL), não questionei ne um dos dois, pois precisava juntar provas do crime deles e tentar que a polícia não ligasse a ONG aos crimes da minha e família...Mas estando ali na frente da Mari olhando naqueles olhos amendoados e questionadores, achei melhor revelar a verdade e tirar o peso que carregava há tanto tempo.
- Mari pelo que vejo nos seus olhos vocês descobriu tudo. - Falo ao olhar dentro dos seus olhos.
- Sim, você faz parte da quadrilha Nina?
- Não diretamente, eu sei de tudo que o meu pai e meu tio fazem. - Digo ao deixar as lagrimas inundarem minha face.
- Por que me escondeu?
- Para te proteger!
- Me proteger de que?
- De ameaças, na minha cabeça se mais alguém soubesse poderia acabar se dando mal.
- E por que toda essa faixada de ajudar as pessoas Nina? - Marina perde a compostura. - Falando aos quatro ventos que a (NLFL), ajuda as pessoas, fato esse que não é verdade.
- Minha ONG ajuda Mari muitas pessoas, mas meu pai está me roubando para pagar dívidas de jogos e traficar pessoas.
- E as empresas dele, que você me falou?
- São usadas para iludir as pessoas que estão em busca de novas oportunidades em outros países, meu tio Carlos oferece empregos, mundos e fundos para as pessoas. - Suspiro. - Mas é tudo mentira.
- Por que não denunciou, assim que descobriu?
- São minha família Mari, e eu não tenho provas suficientes.
- Deixa ver se eu entendi. - A loirinha levanta de sua cadeira fica pensativa. - O Carlos quem escolhe as pessoas que vão ser exploradas sexualmente e que vão ser vendidas?
- Sim, ele manda distribuir as pessoas para outros países, as crianças são vendidas, tem pessoas obrigadas a traficarem drogas dentro delas mesmas, para poderem passar sem serem percebidos, principalmente em aviões, são as chamadas de mulas, são coisas absurdas.
- E você diz que é absurdo e é conivente Nina, me poupe dessas desculpas. - Minha esposa diz com raiva.
- Você queria que eu fizesse o que? Que eu fosse a polícia e dissesse que minha família é dona de uma rede de tráfico de armas, que vende crianças, que explora pessoas, tem mão de obra barata, sem provas cacete. - Grito.
- Se você não toma nenhuma iniciativa eu tomarei, já que você é conivente, você vai me ajudar a me infiltrar nessa quadrilha.
- Não sou conivente Marina! - Só não sei como agir diante dessa situação.
- Você é! Se até hoje não denunciou é por que você aceita tudo que seu papai faz com as pessoas que sonham por uma vida digna, e você ainda faz pior, usa da sua ONG para cobrir tudo que sua família faz. - Mari me acusa ao tomar seu chá.
- Você está me machucando com tais palavras- Digo ao limpar meu rosto devido as lagrimas. - e não vem se fazer de boa moça, que seu pai está envolvido até o pescoço com tudo isso.
- Exatamente ele está envolvido, mas eu descobrir há pouco tempo, enquanto você já faz anos, e enriqueceu às custas dos inocentes. - A fotografa cospes as palavras. - E ainda diz que não tem provas, o tanto de desvio de dinheiro, e fora os arquivos do seu computador que eu acabei de verificar.
- Mari são minha família, pense um pouco. - Lhe peço. - Se fosse você no meu lugar, você faria o que?
- De verdade eu não sei, sua família sabe que você descobriu tudo?
- Não, eles pensam que eu não passo de uma garota mimada.
- Nina acho melhor irmos para o quarto, lá ficamos mais à vontade. - Mina esposa diz ao desligar o notebook e puxar minha mão para irmos para o quarto.
- Acho melhor mesmo, preciso de um banho!
Fui até o canto da porta peguei a minha mala de mão e subi até o quarto com a minha esposa, entramos, vi a Mari deixar o notebook em cima da escrivaninha e se deitar na cama e dizer;
- Pode ir tomar seu banho, vou lá em baixo prepara algo para você comer, a nossa conversa ainda não terminou. - Marina diz ao me deixar sozinha no quarto.
Joguei minha mala em um canto qualquer do quarto, me despir e fui para debaixo do chuveiro, deixando com que a agua lavasse todas as sujeiras do meu corpo, ah, como queria que ela pudesse limpar também meus pensamentos. Quando disse a Mari antes de viajarmos que também tinha meus demônios, esse eram meus demônios, é tão rui guardar segredos, todas as vezes que eu ia para clinica atender um paciente, quando eles começavam a contar de seus problemas eu fica pensativa e dizia a mim mesma “ como queria alguém também que pudesse me ouvir e que me ajudasse a fazer a coisa certa, sem ter que magoar quem amamos. ”.... Ou quando estava na ONG e via os rostos abatidos, de mulheres que foram estupradas, olhares de crianças tão inocentes que foram abusadas, escravizadas, vendidas por pouco dinheiro pelos seus próprios pais, foram exploradas nas ruas ou em suas próprias casa, eu começava a chorar, pois na minha própria família havia vampiros que sugavam a alma dos seres humanos só por causa de dinheiro, eu vivia uma verdadeira mentira. Desliguei o chuveiro e sair, ao retornar ao comodo Marina havia preparado uma bandeja recheadas de coisas para eu comer, tinha pão, iogurte, suco de morango, bolo e sanduiche, sentei ao seu lado e comecei a chorar, deixei toda a angustia que vinha guardando durante anos sair para fora, ela me aninhou em seus braços e murmurou;
- Nina eu sei que é difícil, mas temos que tomar alguma providência.
- Eu sei Mari, mas quando eu descobri o meu chão se abriu e eu não soube o que fazer. - Sabe você olhar seu pai na mesa de jantar ele contar várias histórias e sorrir, como se ele não tivesse nenhuma culpa.
- Sinto muito!
- Você quer mentir para o seu pai por que Mari?
- Por que eles estão com o filho da Clara, seu tio me ameaçou e tudo!
- Já imaginava!
- Então você já sabia?
- Sim! - Acabei ouvindo meu pai conversando com meu sogro e o sequestro das crianças, seu pai disse que a Clara precisava de uma lição
- Meu Deus Nina, tudo poderia ser evitado, a Clara não é mais a mesma.
- Então você esteve com ela?
- Sim, depois que seu tio me ameaçou viagei para Bariloche e ela veio atrás de mim, eu te trair Nina. - Marina confessa ao olhar nos meus olhos.
- Para quem não estava com medo de vê-la. - Não me contenho e jogo na sua cara todo drama que vir Marina passar por causa da Clara.
- Você me incentivou a conversar com ela, eu não queria te machucar, mas eu ainda amo a Clara.
- Você teve coragem de me trair?
- Sei que pedir desculpa não vai adiantar, nós conversamos e acabamos nos perdoando.
- Aposto que na cama. - Ironizo
- Não vou mentir para você, acabamos indo para a cama, agora preciso saber quem é Alex Nina? - Não esperava pela pergunta.
- Só uma amiga, - amiga da faculdade que acabei reencontrando na África.
- Se encontraram do nada, conversaram e acabou rolando?
- Só nos beijamos, e confesso que sempre tive vontade de beija-la.
- Certo, então presumo que encontramos as outras pessoas que abriram seus corações para nós e que precisam ser amados?
- Você sempre teve, da minha parte ainda não sei! - Afirmo ao comer meu sanduiche.
- A Alex é bonita? - Mari me questiona ao tomar o iogurte.
- Não vou mentir, ela linda, sempre quis ficar com ela na faculdade.
- O que vamos fazer agora em relação a nós Ni?
- Confesso que não sei, você pensou em algo?
- Só o que vem na minha mente é divórcio, não vou querer te machucar mais...
- Divorcio não é a melhor solução Mari, se você quer enganar meu tio, seu pai e o meu, se nos divorciarmos agora eles vão descobrir que tudo é uma farsa. - Explico ao tomar meu suco e me servir de um pedaço de bolo.
- Não tinha pensado por esse lado, só me tire mais uma dúvida?
- Qual?
- Alguém mandou você dar em cima de mim na primeira vez que nos encontramos em São Paulo?
- Sim, foi tudo planejado.
- Por quem?
- Meu pai!
- Como ele soube que eu viajaria para a Itália no mesmo dia que você?
- Através de um conhecido dele.
- Você sabe quem é?
- Não, e não faço a mínima ideia.
- Mas eu já sei quem foi!
- Quem?
- Dom Diogo Meirelles.
- Por que?
- Ele já conhecia seu pai de outros tempos, seu pai queria se tornar sócio do meu pai, me usando como moeda de troca.
- Então tudo se encaixa, seu pai passou os detalhes da sua viagem, e meu pai só me repassou como te abordaria.
- Exatamente- Ni pelo que vejo ainda tem muitas coisas ocultas que nossos pais não revelaram para nós...
- Verdade, só não tenho certeza se a minha mãe está encobrindo meu pai.
- Eu tenho minhas dúvidas, mas vamos ver quando eles voltarem de viagem.
- Eles voltam quando?
- Esse fim de semana, você sabe onde eles escondem as pessoas?
- Não Mari, não tenho noção de onde seja o esconderijo, meu pai e meu tio vivem mais na Itália. - Constato ao tirar a toalha da minha cabeça que estava secando meus cabelos...
- Presumo que eles têm mais alguém que trabalhem para eles, só preciso descobrir quantos são.
- Pelas conversas que eu já ouvi, são muitos, eles agem em países que tem pouco recurso, os aliciadores são como nós e agem em vários lugares.
- Já entedir, agora termine de comer, você precisa descansar.
-Obrigada pelo lanche.
- Disponha Ni. - Mari beija minha bochecha.
Marina me deixou sozinha no quarto novamente, pediu que assim que terminasse de lanchar que deixasse a bandeja no criado mudo, que ela voltaria para buscar. Terminei de lanchar e deixei meu corpo sentir a maciez do colchão, precisava descansar minha mente, descobrir que a Marina sabia de tudo não era uma boa ideia, ela ia se envolver com coisas pesadas, meu pai não tinha só uns capangas ao seu dispor, ele tinha uma quadrilha inteira que fazia o serviço sujo por ele. Eu precisava agir, eu pediria ao meu pai que liberasse o Ivan, assim a Marina não ia fazer mais questão e estava tudo certo. Com meus pensamentos misturados, acabei pegando no sono.
(...)
Brasil, horas atrás....
Após a saída da Marina do restaurante, Carlos, Diogo e Vicente voltaram para o hotel que ambos estavam hospedados, continuaram a conversar em meio a bebidas e a fumar charutos importados. Durante a conversa Vicente recebeu a ligação da fotografa e mostrou aos demais homens que estavam presentes, colocou no viva voz e deixou que a artista se pronunciasse. Vicente só disse que o Ivan estava bem e deixou a Meirelles menor encerrar a chamada. Diogo que estava em pé com um copo de whisky na mão falou;
- Não entregue o menino a Marina, minha filha ainda vai entrar para o nosso lado.
- Por que tanto interesse da Marina te apoiar nesse jogo sujo?
- É para mostra-la que com dinheiro podemos comprar tudo e passar por cima de qualquer um, e comprar as pessoas que queremos.
- Escute Marina não vai ceder, e nem a Nina. - Carlos enfatiza.
- Eu conheço minha filha, ela gosta do luxo e da vida que leva.
- Nina não é diferente, mas tem um coração nobre. - Vicente explica.
- Nossos vicio nos jogos foram tantos que acabamos perdendo tudo, para não sermos lixados pelos donos dos cassinos clandestinos e dos agiotas que nos emprestávamos dinheiro, resolvemos vender nossas empresas e nos tornamos sócios de faixada.
- Está arrependido Diogo? - Vicente o indaga.
- Nem um pouco, ganho bem mais traficando gente, drogas e armas.
- Só temos que manter nossa sociedade nas nossas antigas empresas como faixada e usar o dinheiro da ONG da Nina, para nossos negócios continuarem dando certo, a polícia não vai nem desconfiar. - Carlos expõe ao tragar seu charuto.
- Por falar na sua antiga empresa Diogo, seu informante ainda é seguro?
- Sim Vicente, a família Fernandes não desconfia de nada.
- Ótimo, e Carlos como estamos com nossos informastes na nossa antiga empresa?
- Com eles são cem por sento seguro, os books rosas estão rendendo feito agua, tem cada mulher gostosa.
- Qualquer dia desse passo lá, para dar uma conferida no produto. - Diogo afirma.
- Não irá se arrepender. - Só os magnatas que procuram o serviço de nossas meninas.
- E a boate da Argentina, como anda os negócios por lá Carlos? - Diogo questiona.
- As drogas, as armas estão entrando com facilidade, molhamos a mão da polícia rodoviária, as crianças com a mulherada continuam trabalhando feito escravos.
- Ótimo! - Quando será a transferência das mulheres e das crianças para a Espanha?
- Em breve! - Logo teremos dinheiro em mãos com a venda das drogas e das armas...
- Maravilha. - Meu irmão Vicente diz ao tomar seu whisky.
- E o que vamos fazer com a Marina e a Nina? - Carlos questiona.
- No momento nada, elas não sabem, e se descobrirem não vamos fazer nada, somos família uns protegem os outros...- Vicente assente ao sentar no sofá.
- E a Clara com a família, o que fazemos?
- Nada, creio eu que a Marina não vai arriscar colocar a vida dela em risco, vai preferir ficar calada...mas se acontecer a ordem é da fim na vida da Clara.
- Então vamos ficar só na vigilância mesmo. - Carlos afirma ao colocar uma música para ouvirem.
- Muito bem, agora vamos aproveitar e beber mais um pouco, já pedir para preparar o helicóptero e reservar algumas garotas para passarmos uns dias em Angra dos Reis. - Diogo avisa os sócios.
- Maravilha, se acontecer algum imprevisto, nosso pessoal nos informa.
- Beleza, a Mari quer falar comigo?
- Sobre o que? - Vicente indaga.
- Acho que vamos ser avós.
- Enfim a inseminação deu certo.
- Mais um Lombardo Meirelles para se juntar ao nosso time.
- Deus queira, tim, tim. - Os três homens brindam com os copos de whisky pensando na ideia que seja um herdeiro para as famílias Lombardo Meirelles.
Os três homens não imaginavam que Marina estava planejando algo contra eles, a fotografa só precisava do aval do pai, e usuária de todas suas artimanhas para convencê-lo a entrar para o mundo dos negócios perversos...
(...)
Bariloche é uma cidade linda, com toda certeza quando meu filho voltar para mim vou traze-lo para conhecer essa cidade incrível, os pontos turísticos são ótimos, aposto que o Ivan iria se amarrar em esquiar na neve. Sentir o vazio da presença da minha fotografa, precisava agir e sair da cabana. Marina já tinha deixado tudo pago, peguei um taxi na porta da cabana mesmo e fui para a capital a Argentina Buenos Aires onde me instalei em um chalé, ficaria mais fácil manter contato com minha família e minhas amigas, mas algo me dizia que eu encontraria o meu pequeno na capital da Argentina, com ou sem a Mari. Enquanto almoçava eu falava com minhas amigas através de vídeo chamada via Skype, elas fizeram com que eu contasse tudo a elas sobre minha noite com Marina, disse que não contaria os detalhes, elas ficaram super felizes por mim, que o meu plano de fato havia dado certo. Contei a Sam e a Paula sobre o pai da Mari está com o Ivan, e que precisava da ajuda da Sam, a pedir que fosse até a ONG e sondasse o Christian e a Rebeca para saber se eles sabiam de algo, ou que a Nina estava envolvida no desaparecimento do meu filho. Minhas amigas me asseguraram que passariam na ONG, antes voltarem para o Rio, e se caso eu precisasse de dinheiro que eu não hesitasse em pedi-las. Agradeci, mas lhe garantir que minha mãe me mandava dinheiro, assim como meus irmãos Felipe e Helena. Antes de me despedir das minhas amigas, também pedir a Sam que averiguasse com seu amigo Max que é da polícia sobre o caso do meu filho e que aguardava sua resposta. Finalizei a conversa com Sam e Paula, logo após o meu celular toca, era Cadu querendo saber onde eu estava;
- Oi Carlos Eduardo, o que deseja?
- Só liguei para saber quando você volta de São Paulo?
- Pra ser sincera não sei, por que?
- Ia lhe pedir um favor!
- Que favor?
- Que fosse até o Rafael e pegasse uma receita que ele ficou de me passar de uma bebida.
- Por que não pede pra ele te manda via e-mail ou via mensagens no telefone?
- É mais seguro você pegar com ele, a receita de bebida é ótima, creio eu que vai chamar a atenção dos nossos clientes.
- Sinto muito Cadu, mas você vai ter que pedir pro Rafael te manda via e-mail, não estou no Brasil.
- E você está onde?
- E qualquer país desse mundo, precisava descansar e pesquisar mais sobre crianças desaparecidas.
- Tu não desistes nunca, o Ivan não vai voltar.
- Se tu esqueceste, ele é meu filho e não vou para de procura-lo.
- Você tinha que fazer igual eu, seguir em frente.
- Você seguiu em frente bem rápido, hoje está namorando a Silvia, só te desejo felicidades na sua nova vida, acabou tirando o meu irmão da jogada.
- Sinto muito Clara, mas a Silvia não gostava do Felipe como homem, mas sim como amigo.
- Nisso tenho que concordar, mais ainda bem que ele encontrou a Veronica e está iniciando uma nova relação com ela.
- Fico feliz por ele, que conseguiu esquecer a Silvia, você também devia esquecer a fotografa, se eu não me engano ela casou, ou estou errado?
- Não, ela casou!
- Então sugiro que você parta para outra ou outro - já que tu gostas tanto de homem como de mulher.
- Não vou precisar ir atrás de ninguém, já encontrei, em breve apresentarei a pessoa a minha família e faço questão que tu estejas presente.
- Uau, tão rápida, espero que seja feliz!
- Grata, o Álvaro falou algo sobre o nosso filho?
- Sim, as pistas continuam ainda na boate clandestina na Argentina, parece que eles já conseguiram contato com as autoridades de lá, a qualquer momento eles agem.
- Certo! - Como estão as coisas no bistrô?
- Estão ótimas, o seu primo Laerte com suas aulas no galpão, estão trazendo bastante freguês para nosso bistrô.
- Ótimo, alguma coisa deu certo para nós...
- Sim, não demos certo no amor, mas somos bons parceiros nos negócios.
- Verdade.
- Clara desculpe por não está te ajudando na procura pelo nosso filho, mas você sabe que lembrar dele mexe muito comigo, e não saber onde ele está eu fico mau.
- Te entendo Cadu, mas tome conta do bistrô que eu vou encontra o nosso filho e tudo vai voltar ao normal.
- Obrigado por me entender, normalidade talvez um dia conseguimos no meio das nossas vidas loucas.
- Verdade, e você tem visto a minha sobrinha aí pelo galpão?
- A Luiza sempre vem com o namorado Murilo tomar um suco aqui e falar comigo, eles têm divulgado fotos por todos os cantos do bistrô e da faculdade sobre o desaparecimento do Ivan.
- Que bom, e eles estão bem?
-Sim, só o Virgílio que adoeceu de uma gripe forte, mas já está bem!
- Hum, obrigada por me manter informada, tenho que desligar.
- OK, se cuida, beijos...
- Tchau, beijos...
Me despedir do Cadu, como ainda era dia, resolvi sair para conhecer a cidade e perguntar sobre onde poderia encontrar boates para me ir à noite. Tranquei a porta do chalé que eu estava e sair, comecei a andar pela cidade, entrei em uma livraria, para ver se conseguia comprar um livro bom para me distrair enquanto eu ficaria enfurnada dentro do quarto, aproveitei o momento para comprar o livro A Química da escritora (Stephanie Meyer), a atendente da livraria que tinha o nome Alicia me atendeu prontamente com seu idioma bem pronunciado;
- Buenas tardes! - A atendente de pele branca e cabelos negros me deseja.
- Buenas, cuanto cuesta este libro?
- Treinta pesos.
- Bien, aquí está el dinero.
- Gracias, ayuda en otra cosa?
-Sí, ¿dónde puedo encontrar un bar discoteca aquí?
- Lo siento, pero no tengo esa información.
-que mala suerte.
- pero imagino que obtienes esta información en el bar.
- Gracias, ve bien.
- Gracias ,ve bien.- A moça me deseja.
Meu seis meses de curso em espanhol me serviram para alguma coisa, sair da livraria e foi em busca do bar, ao entrar vi só homem, já esperava, não me intimidei e os questionei onde poderia encontra um boate boa e barata, para falar com as pessoas que estavam no estabelecimento usei meu espanhol, dei graças ao céus que eles entenderam- um homem de barbudo e cabelos ruivos e olhos azuis tentou dar em cima de mim, mas outra cara de um metro 1, 89, cheios de tatuagens pelo corpo o afastou e respondeu a minha pergunta, me informou que a tinha uma boate barata com o nome “Espectáculo de América”, que em português quer dizer América show. Agradeci o homem e sair em direção ao chalé, se quisesse mai informações sobe boates em Buenos Aires pesquisaria na internet. Voltei onde estava hospedada a noite, já havia andado muito pela cidade precisava de descanso, facilitei minha vida, comi fora mesmo, cheguei ao meu quarto só para tomar banho e cair na cama. Comecei a ver as notificações de mensagens, a primeira foi da Sam me avisando que Christian e Rebeca não sabiam de nada, me certificou que seu amigo da polícia não sabia de nada, pois eram tantos casos de pessoas desaparecidas no Mundo. Agradeci minha amiga pelo favor.... Mandei mensagem a minha mãe e a minha irmã contando tudo que tinha descobrindo, elas responderam minha mensagem com áudios não acreditando...mas confirmei tudo. Elas me pediram que tomasse cuidado. Ainda com meu celular na mão comecei a pesquisar no Google mapas sobre boates mais baratas e os serviços que ofereciam, todas que verifiquei eram caras e ofereciam serviços vip, nenhuma me chamou a atenção, pois minha mente estava concentrada na América show...quando ia desligar o meu celular Marina liga;
- Oi meu amor, espero que você esteja bem! - Sorrio feito boba ao ler a mensagem.
- Minha noite melhorou nesse exato momento. - Suspiro. - estou bem meu amor! - Lhe respondo.
- Fico feliz que está bem, fazendo muito frio em Bariloche?
- Não estou em Bariloche, estou em Buenos Aires.
- Como assim?
- Amor preferir vim pra capital.
- Hum, que está aprontando?
- Nada demais, só sair para conhecer a cidade e comprar um livro.
- Compreendo! - Já conversei com a Nina,
- Ela falou o que?
- Que sabia de tudo, desde o começo, mas tem medo denunciar a família.
- Já desconfiava, era muita bondade para uma pessoa só. - Debocho.
- Ela não sabe o que fazer Clarinha, já contei que vou me untar ao meu pai.
- A Nina disse o que?
- Que pra isso acontecer precisamos está casadas, se não eles vão desconfiar.
- Você falou de nos pra ela?
- Contei tudo amor, ela já sabe que nos acertamos.
- Qual foi a reação dela?
- Não fez escândalo, mas ficou meio chateada, por que a trair de verdade, indo pra cama com você.
- Uhum, você vai se separar dela quando?
- Clarinha não sei, vai depender se o meu pai e o Vicente vão acreditar em mim.
- Entendi. - Respondo meio chateada.
- Desculpa, conseguiu mais alguma informação sobre o Ivan?
- Não, só que as pistas que te falei, há possibilidade mesmo dele está aqui na Argentina.
- Ótimo, Vanessa e Flavinha estão arrumando as coisas para irmos para ir, minha exposição acontece em duas semanas.
- Vou te esperar, falou com seu pai?
- Ainda não, ele ainda está no Rio.
- Entendo! - E você está onde?
- No escritório.
- E a Nina?
- Dormindo, chegou faz algumas horas, daqui apouco subo para pegar a bandeja do lanche dela.
-Vai dormir com ela?
- Vou minha linda, ela ainda é minha esposa.
- Mesmo depois de tudo que ela te contou?
- Sim!
Clara e Marina ficaram em silencio, ouvindo a respiração uma da outra por bons longos minutos...
- Clara?
- Estou aqui, pode falar.
- Não tenha ciúmes, eu te amo.
- Como não vou sentir ciúmes, ela tem você, e eu apenas palavras Mari.
- Não diga isso, assim que encontrarmos o Ivan, pedirei o divórcio.
- Não me prometa nada, só faça Mari.
- Você está com raiva?
- Sim, estou puta, por que eu queria que você estivesse aqui comigo na cama, sobre os meus braços, gemendo no meu ouvido e dizendo que me ama.
- Você não era assim Clarinha.
- Mas agora eu sou desse jeito, me tiraram o meu filho, sua família é uma filha de uma puta, que não hesitou em me fazer sofrer. Queria que todos vocês fossem para o inferno.
- Clara você tem um coração bom, você não é assim.
- Quer saber Marina, vai se foder junto com sua esposa e a corja da sua família.
- O que está acontecendo com você Clarinha?
- Eu não sei, estou destruída Marina, o que eu fiz para seu pai, para ele querer se vingar? - Questiono chorando, deixando tudo sair pra fora.
- Desculpa Clara, mas tudo é minha culpa, se eu não tivesse te conhecido naquela exposição nada disso estaria acontecendo, perdoa amor por ainda te magoar...,Mas não se culpe, eu juro que eu vou conseguir nem que eu tenha que morrer para salvar o Ivan.
- Desculpe Mari por ter xingado você, mas o meu emocional está mais fodido do que motor de fusca velho. Perdão amor, não queria descontar minha raiva em você. Só queria está com você e ter a certeza que tudo vai ficar bem.
- Não se tortura Clara, eu sei que você mudou muito devido o que aconteceu com o Ivan, eu sei o que você teve um breve surto, por isso me xingou.
- Mari eu estou exausta, preciso dormir.
- Já entendi o recardo, só não esqueça que eu ainda te amo.
- Uhum...- Surro e desligo o telefone na cara da Marina.
(...)
Nova York
O dia parecia ter estagnado, as horas não passavam, deixei a Nina dormindo no quarto para ela descansar de sua viagem, mandei mensagem pra Giselle perguntando onde ela estava, ela me respondeu que estava na casa da Vanessa e a Flavia conversando sobre a exposição. Como minhas amigas moravam a duas quadras da minha casa, falei pra Gi que me esperasse lá na casa das meninas e que precisava falar com elas. Estava no escritório procurando algumas fotos para a exposição, não vi a hora passar, lembrei da bandeja no quarto que dividia com a Nina, e que ainda tinha que pegar, como estava sozinha no escritório, aproveitei e liguei para a Clarinha para saber como ela estava. Conforme conversamos e tocávamos no nome da Nina, Clara mudava o tom de voz. A conversa ia bem, até me perguntar se eu dormiria com a minha esposa na mesma cama naquela noite, quando a respondi que sim! - Foi o estopim pra Clara estourar comigo e começa a falar besteiras e a me xingar, eu entendia o seu lado, nenhuma mãe merece passar pelo que a Clara está passando, mas também percebi que ela estava com ciúme de mim com a Nina. Tentei acalma-la mais não obtive êxito, ela acabou desligando o telefone na minha cara, mesmo me declarando que ainda a amava, foi aí que eu percebi que o Ivan precisa ser encontrado o mais depressa possível, pois a Clara estava começando a dar sinais que veria a cair em depressão de novo, e pelo que eu ouvi dela na ONG e a conversa que tivemos no flete em São Paulo, se ela tivesse outra recaída seria dificil mantê-la sã sem seu filho por perto. Subi rápido ao quarto, cobri Nina com a manta, e depositei um beijo em sua testa, peguei a bandeja de comida e desci até a cozinha, deixei ela em cima da pia, peguei um casaco, a chave do meu carro e sair rumo a casa das minhas amigas, precisava de ajuda.... Estacionei o meu carro em frente a casa das meninas, era uma casa típica de Nova York, cercado de madeira na frente, grama aparada, garagem para carro ao lado, um pequeno jardim nos fundos, por dentro dois quartos, lavabo, piso de madeira, cozinha e sala de estar, a casa das meninas parecia uma casa de filme americano, bati na porta três vezes até que a Vanessa veio abrir.
- Boa noite gatas garotas. - As saudei ao perceber que elas comiam pizza de peperone e tomavam vinho.
- Boa noite Mari, qual a urgência? - Minha prima me questiona.
- Clara!
- Como Clara? - Minha amiga Flavia indaga ao pegar a taça de vinha e levar até seus lábios...
- Acabei de falar com a Clara, ela só faltou me bater pelo telefone, ela não está bem como imaginei que estava, estou preocupada com ela.
- E você quer que fazemos o que? - Van murmura ao se sentar no sofá e pegar uma fatia de pizza.
- Não sei, Gi conseguiu falar com sua mãe?
- Sim! - Ela disse que conhece uma agente do FBI, que está investigando a fortuna dos Lombardos há algum temo, devido as empresas deles lucrarem tanto.
- Certo, e essa agente do FBI, conseguiu algo a mais?
- ela sabe que os Lombardos são chefes de quadrilhas, mas no momento ela está na África, foi tentar se aproximar de uma herdeira dos Lombardos.
- Espera! - Vanessa interrompe- África- mais. Lombardo, é igual a....
- A Nina! – Interrompo minha amiga. - Resolvendo o x da questão.
- Eureca, eu expliquei tudo a minha mãe, ela me disse que já ligou para agente e lhe informou tudo sobre o que você descobriu prima. - Giselle expõe ao saborear sua pizza.
- Então sua mãe aceitou me ajudar?
- Sim! - Pediu para agente do FBI, vim para cá para Nova York, ela chega no máximo em três dias, hoje é terça, certo?
- Não, hoje é segunda, então ela chega na quarta-feira.
- Minha mãe passou o meu número pra ela, assim que ela chegar aqui, dona Branca me avisa ou agente me liga.
- Obrigada minha prima, você é uma gênia. - Digo ao abraçar Giselle.
- Só recapitulando, onde a Clara entra nessa história? - Flavia me indaga.
- Estou com medo da Clara cair em depressão novamente, se não encontrarmos o Ivan logo.
- Agora compreendo. - Mari a Clara passou por uma barra. - Ela teve que se tratar e tudo, cheguei a conversar com ela por mensagens...
- E você não me contou nada por que em dona Flavia? - Van indaga a namorada.
- Acabei esquecendo, já faz tanto tempo.
- Uhum.
- Também fiquei bastante preocupada com a Clara, a última vez que há vi, ela estava bem magra, parecia que não dormia, ela me contou tudo como aconteceu o sequestro. - Giselle explica.
- Eu sei, ela me apresentou a psicanalista dela. - Afirmo, mas meu pai falou que só levaram o Ivan, por que ele ia falar do tinham levado o amigo dele o Rodolfo.
- Caraca Mari, jamais suspeitei que dom Diogo era maquiavélico- Vanessa expõe seu pensamento.
- Nem eu, até ele me revelar tudo.
- Então vamos preparar a exposição e aguardar a agente chegar e os Lombardos também.
- Vou inventar um almoço em família, e aproveito convido a agente para participar, o que acham?
- Otima ideia! - Minhas amigas concordam comigo.
- E o seu casamento Mari, como vai ficar depois que descobriu tudo? - Gi me questiona.
- Eu e a Nina vamos deixar tudo se resolver, depois decidimos o que faremos.
- Posso ser sincera? - Flavia pergunta.
- Pode! - Vanessa e eu, unto com a Gi respondemos ao mesmo tempo.
- Acho que você deveria voltar pra Argentina, ir até a galeria que acontecerá a exposição, arrumar as coisas por lá com o curador, e aproveitava para fazer companhia a Clara.
- Flavinha não é uma má ideia, já pensei nessa possibilidade, mas tem a Nina.
- Você inventa alguma coisa para ela, e mesmo a Nina tem os pacientes dela para atender na Clínica, a agenda dela deve estar cheia.
- E o almoço, como ficaria?
- Logico né Mari, você só vai depois do almoço, você compra a passagem para esse dia, e usa a desculpa que o curador quer falar com você, você dar uma desculpa para ninguém desconfiar.
- Otima ideia Flavinha, só tenho receio do Carlos está me vigiando.
- Não tenha dúvida que ele deve saber de todos os teus passos e da Nina, e desconfio que ele tenha informante no Brasil.
- Verdade, vamos organizar as telas que levaremos para a exposição.
- Ótimo, agora deixa de conversa fiada, vamos nos alimentar que essa pizza está saborosa. - Digo ao me servir de uma fatia.
- Sabia que você não ia recusar comer pizza.
- Não mesmo, mas meninas peço que tomem cuidado, qualquer movimento suspeito perto da casa de você, vocês ligam para a polícia.
- Não se preocupe, estremos atentas. - Flavia e Vanessa respondem.
- E você Gi, vai pra Rússia?
- Não, minha mãe vai volta para Brasil depois de amanhã.
- Então aproveita e volta para o Brasil, e aproveita se você consegue obter notícias com seu pai e a família da Clarinha.
- Boa sugestão, mas volto ao Brasil depois da sua exposição na Argentina.
- Certo, ficamos combinado assim?
- Sim, eu Flavia também vamos aproveitar e tirar férias, e viajar.
- Faça isso, faltam pouco meses para acabar o ano, todo mundo precisa de férias.
- Inclusive a senhorita. - Minhas amigas chamam minha atenção.
- Verdade! - Afirmo.
Após terminamos de comer a pizza e tomar o vinho, eu Giselle retornamos para a casa, o caminho entre minha prime e eu foi silencioso, ela estava perdida em seus próprios pensamentos e eu nos meus, precisava falar novamente com a Clara, nosso dialogo de mais cedo não terminou bem. Estacionei o carro na garagem de casa, minha prima saiu do banco do passageiro e fechou a porta, esperou que eu trancasse o carro para entrarmos juntas, entramos Giselle me deu boa noite, e subiu para seu quarto, eu fiquei na sala, me joguei no sofá, saquei o meu celular do bolso e disquei o número da Clara, eu não fazia ideia de quantas horas eram em Buenos Aires, mas eu precisava ouvir sua voz e me certificar que ela estava bem, foram preciso cinco ligações para ela me atender;
- Mari eu disse que ia dormir, você não entendeu? - Ela murmura com voz arrastada ao me atender.
- Por que não me atendeu logo?
- Estava dormindo. - Ela responde com a voz enrolada.
- Você não estava dormindo, você estava bebendo, e posso apostar que ainda está bebendo.
- Não te devo satisfação, não foi isso que me disse uma vez essas mesmas palavras?
- Me jogando na cara, tudo bem, mas você continuar a beber não vai mudar nada a sua situação.
- Eu não pedi sua opinião, você tem tudo Mari, família, amigos, esposa, eu não tenho nada, a coisa mais importante seu pai me tirou. - Ela sussurra.
- Você tem a mim, te sua família que te ama.
- Família eu tenho só não sei até quando, ah, até seu pai vim atrás da gente, você eu acho que nunca a terei.
- Clarinha você está onde?
- No meu quarto tomando umas boas doses de vinho, whisky Jim bean, para esquecer os meus problemas e deixar de pensar em você pelo menos um minuto.
- Amor para de bebe, você não é acostumada a beber, você vai amanhecer com ressaca braba e vai querer morre devido a dor de cabeça que irá sentir.
- Se eu fosse o seu amor, você estaria aqui comigo, e talvez não seja uma má ideia eu morrer, quem sabe eu tome uns comprimidos e parta dessa para o além, assim acabaria todo meu sofrimento.
- Não fala nem brincando Clara, pelo amor Deus. - Imploro começando a chorar.
- Se eu morrer, vai ser um alivio, não farei falta para ninguém mesmo.
- Não amor, você é a pessoa mais auto astral que eu conheço, pensa na gente, no nosso amor.
- Amar alguém é um saco, principalmente quando temos que esperar.
- Mas eu estou aqui, só tenha calma.
- Até quando vou ter que te esperar Mari? - Você lembra da música do (Os Paralamas do sucesso)?
- Qual?
- Lanterna dos afogados...
- O que que tem essa música?
- E estou sentido nesse momento tudo que a letra diz...
- Você gosta dessa canção?
- Gosto, canta ela para mim, por favor!
- Vamos fazer uma troca?
- Que troca?
- Joga fora toda a bebidas, os remédios fora, escove os dentes, coloque o seu pijama, aí eu canto pra você dormir, combinado?
- Sim, vou deixar o celular no viva voz em cima da cama, vou demorar um pouquinho, pra chegar ao banheiro.
- Eu espero!
- Promete?
- Prometo!
Levaram quase uma hora para Clara fazer tudo que eu pedir a ela, para meu alivio ela cumpriu o combinado, jogou as bebidas foras, os remédios, e deus a descarga para mim ouvir, aguardei ela tomar banho e escovar o dente, eu sei porque ele me informou que precisava de um banho e que aguardasse mais uns minutinhos...esperei pacientemente ela voltar, acabei cochilando no sofá, mas acordei com ela me chamando;
- Amor ainda está aí, como prometeu?
- Sim minha cozinha.
- Já estou de banho tomado, dentes escovados, só tomei um engov por conta da ressaca de amanhã, fiz mal? - Ela me questiona, penando que eu ia repreende-la.
- Não Clarinha, o engov vai te ajuda, se sente melhor?
- Um pouquinho, desculpa, é que a vezes eu tenho essas crises e começo a falar besteira.
- Tudo bem, mas me prometa que não vai fazer mais isso, sem ter ninguém ao seu lado para te socorrer.
- Prometo, agora você pode começar a cantar.
- Tudo bem, minha voz não é tão bonita o quanto a sua, mas vamos lá;
“Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar...”
- Meu amor mesmo eu não estando por perto eu só quero o seu bem, sei que nos reencontramos faz pouco tempo, e sei que não é o suficiente pra você, também sei que sofre por eu não está com você, mas eu sempre vou te amar Clarinha, você me entendeu?
- Sim! - Agora continue cantando.
“Uma noite longa
Pruma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tou na Lanterna dos Afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar”
- Sua voz é linda Mari! - Clarinha afirma. - E começa a cantar- “Estou na lanterna dos afogados, eu tou te esperando, vê se não vai demorar. ” - Minha coisinha termina de cantar bocejando,
- Vai soar Clichê, mas eu te amo muito, eu não vou demorar, minha coisinha linda!
- Também te amo, traz o meu filho de volta Mari. - Clara me pede quase dormindo.
- O levarei, agora durma e descanse, meu amor!
- Obrigada por aguentar o meu porre, boa noite!
- Boa!
Encerrei a chamada e subi para o meu quarto, encontrei a Nina ainda dormindo, não sei se foi devido o cansaço da viagem à pelo fato da sua mente está cansada. Tomei uma ducha rápida, vesti minha roupa de dormir e me deitei ao lado da minha esposa, fiquei apreciando sua face tão cansada, comecei a pensar em tudo que vivemos até o presente momento, quantas mentiras e mais quantos segredos ainda iriamos descobri. Nina também não tem culpa pelo pai que tem, ela tem culpa por ter me omitido, eu ainda penso sinceramente se ela terá coragem de denunciar o Vicente, eu me faço a mesma pergunta será que vou ter coragem de entregar o meu pai a polícia. São tantas coisas que as vezes dá vontade de pegar a Clara e fugir para bem longe, mas estaria faltando uma peça o pequeno Ivan. Espero que agente do FBI nos ajude e que o meu pai acredite em mim e que a Nina não comente nada do que conversamos com a mãe dela ou com o pai, se não meus planos vão para o ralo. Com esses pensamentos desliguei a luz do abajur e deixei o sono me vencer…. Os dias não custaram passar, minha relação com a Nina continuou a mesma, mas nem eu e nem nós nos procurávamos na cama para transarmos, algo havia se desfeito entre nós, o motivo era ela saber que eu havia traído ela, ou melhor havia me entregado para outra mulher, mas não para qualquer mulher, foi para o amor da minha vida. Nina sabia que o nosso pacto estava sendo desfeito aos poucos- quando ela estava na Clínica eu estava no ateliê organizando minha exposição, conversamos com o básico do nosso dia-dia, não havia mais cumprimento de beijos na boca, só abraços...Como Branca havia informado a agente chegou na quarta-feira à noite, minha prima entrou em contato com ela, a deixando a par de toda a situação, a agente nos comunicou que compareceria no domingo para o almoço...Meu pai e meu sogro também retornaram do Rio de Janeiro na sexta-feira à tarde junto com Carlos que para minha insatisfação ficou na minha casa. Minha sogra voltou da Grécia no sábado por volta das 12:00 horas, também ficou com o Vicente na minha casa, como já era de praxe. Eu e Nina tentamos agir o mais normal possível, sem fazer alarde para que os três homens desconfiassem. No sábado à noite eu solicitei um jantar para conversa com meu pai e meus sogros, eles ficaram curiosos, mas lhes informei que falaria na hora do jantar, eu e minha esposa nos arrumamos para o bendito janta, notei que a psicóloga estava um pouco nervosa, resolvi saber o motivo do nervosismo;
- Ni o que aconteceu, você parece tensa?
- Não é nada Mari, acho que estou entrando na TPM.
- Entendo, só se acalme, nós vamos falar que descobrimos tudo, e que eu desejo participar, você querendo ou não participa do crime mesmo que indiretamente.
- Já entendi Mari, vai dar tudo certo.
- Vai, eles não vão desconfiar.
-Deus te ouça. - Nina diz ao me abraçar e beijar minhas bochechas.
- Vai dar. - Retribuo o gesto.
Pego nas mão da minha esposa e desço com ela, quando chegamos a sala de estar nossos pais já nos aguardavam tomando champanhe; Carlos tomava o de sempre whisky, os convidei que me acompanhasse até a mesa, para o jantar, nos sentamos em volta da mesa, Nina ao meu lado, Eleonora ao lado do marido e meu pai ao lado do Carlos, pedi a Sara, a moça que havia contratado para aquela noite, que servisse o jantar, como prato principal tinha rocambole, camarão ao molho branco e sobremesa pavê de coco com laranja, degustamos toda a comida, agradeci a Sara lhe paguei o valor que combinamos, lhe agradeci e a pedir que nos deixasse a sós que a sobremesa cada um se serviria. E assim Sara fez, pediu licença a todos, nos deixando a sós na mesa.
- Então meus sogros e meu pai, eu e Nina temos uma notícia a dá a vocês. - Digo chamando a atenção de todos a mesa e apertando a mão de Nina por baixo da mesa.
- Que noticia Marina? - Meu pai me indaga ao provar do pavê.
- Mas que pergunta Diogo, nós sabemos que a Nina enfim está gravida. - Vicente interrompe o meu pai.
- Sinto muito meu sogro, lhe decepcionar, mas nem eu e nem a Nina estamos gravidas, as tentativas que fizemos, foram falhas nos processos de fertilização e inseminação.
- A Mari diz a verdade meu pai. - Teríamos que tentar mais vezes e tomar mais medicamentos, mas preferimos para de tentar. - Nina constata.
- Então que noticia é essas meninas? - Minha sogra nos indaga.
- É minha sobrinha, estou ansioso para saber. - Carlos se intromete na conversa.
- Primeiro eu quero fazer parte da máfia de vocês, sei que vocês ganham bastante dinheiro traficando gente, armas e drogas. - Digo ao olhar para minha sogra.
- Como a Marina sabe dos nossos negócios? - Eleonora questiona ao olhar analisar as feições dos três homens a mesa.
- O Diogo contou a ela! - Carlos afirma
- Eu pedir que a vocês três que não falassem nada a Marina! - Minha sogra dar um exporro nos três homens.
- Por que? - A questiono
- Você e minha filha são muito certinhas...- Eleonora debocha. - Você sabe Nina?
- Sei de tudo mãe, tudo que vocês andam fazendo. - Nina fala com a voz tremula. - Sei que meu pai e meu tio são sócios de faixada na empresa, que só usam o nome da família para despistar a polícia- sei também que vocês desviam dinheiro das minhas ONGS. - Minha esposa aperta minha mão ao falar a verdade.
- Por que você nunca nos denunciou, já que sabe desde o começo?
- Não tive coragem, eu amo você e o meu pai para verem vocês atrás das grades. - A psicóloga confessa.
-O que eu disse a você Carlos e Vicente, minha filha tem o sangue Meirelles nas veias, não foi preciso persuadi-la e nem ameaça-la.
- Bem-vinda ao time, mas você vai ter que passar por alguns testes Marina. - Carlos expõe.
- Que testes?
- Temos uma entrega da Argentina para a Espanha dentro de três semanas, vou colocar você no esquema.
- Aceito, só peço que seja depois da minha exposição.
- Não se preocupe, sua exposição vem a calhar.
- Terei que fazer o que?
- Você vai passar drogas a um dos traficantes que fica na Argentina, depois vai ter que cuidar de duas crianças que para seu pai são preciosas.
- Entendido, quanto ganharei com esse serviço?
- Bem mais que você ganha na sua exposição.
- Beleza, me mantenham informada do lugar, da hora de tudo.
- Certo, e você Nina concorda que a Marina faça esses trabalhos sujos?
- Minha relação com a Mari sempre foi leve, apoio nas suas escolhas, mas tenho algo a pedir.
- O que?
- Sei que vocês sequestraram duas crianças, o Ivan e o amigo dele, eles são do Brasil, a polícia está em busca deles, peço que a vocês que os deixe livre.
- Por que o interesse nessa criança? – Vicente questiona Nina.
- Já chegaram vários pedidos na minha ONG, por favor os solte.
- Não soltarei, o Ivan está com nosco para a mãe dele saber que não se brinca com nenhum Meirelles. - Aquelas palavras do meu pai, foram como um soco no meu estomago.
- Mas pai, o Ivan não tem culpa de nada, deixe o livre, assim poderemos continuar sequestrando outras crianças, já tem muitos cartazes procurando por ele, vai ser um peso a menos.
- Não minha filha, quando eu tentei algo com a Clara ela se negou.
- O que? - Grito. - Quando aconteceu isso?
- Quando te visitei no Brasil, a estava sozinha catalogando fotos no estúdio, Clara é linda e muito gostosa, dei em cima dela. - Meu sorrir. - Mas ela não aceitou, já nutria sentimento por você, e eu sabia que você estava afim dela também, e aquele ex-marido dela é um bundão.
- Você é um canalha, cafajeste, eu vou te denunciar. - Grito ao me levantar da cadeira e ir até meu pai e apontar meu dedo na sua cara, dele pela primeira vez me bate, com um tapa no rosto.
- Não ouse falar dessa maneira comigo Marina, e eu tinha certeza que a Clara não ia largar aquele escroto do Cadu pra ficar com você.
- Se minha mãe estivesse viva ela sentiria vergonha de você. - Afirmo colocando a minha mão no machucado.
- Não coloque o nome da sua mãe no meio! - Clara tem que saber, que ninguém rejeita um Meirelles...- Meu pai fala presunçoso. - Volte e sente-se a mesa.
- Como queira Diogo! - Debocho.
- E você que ouse contar a Clara do que fazemos, o Ivan vai sofrer mais ainda.
- Não contarei, você já concordou que eu entre para a quadrilha de vocês.
- Só espero que não me traia, por conta daquela Fernandes....
- Não se preocupe, você e o Vicente conseguiram que eu e Nina nos casássemos, foi tão fácil, que a sociedade de vocês continua intacta.
- Diogo você não precisava ter batido na Mari. - Nina diz ao cerificar meu rosto.
- Esse tapa é para ela ficar ciente, de quem manda.
- Diogo a Nina tem razão, deixe o Ivan em uma rua qualquer do Rio. - Vicente se pronuncia. - a Ritinha o entrega a família Fernandes, e ainda vai sair como super-heroína. - Aquele nome eu já havia ouvido em algum lugar, só não me recordava de onde.
- E se ele nos denunciar?
- Ele é apenas uma criança, sabe de nada, já viajou tanto com a quadrilha, e tem mais colocamos saco na cabeça dele, o ameaçamos em fazer mal a família dele.
- Tudo bem, farei o que me pediram - Meu pai diz ao se servir de uma dose de vinho.
- O solte meu sogro, vai ser melhor, assim a polícia vai para de investigar e deixar o caminho de vocês livre.
- Agradeça a sua esposa Marina, ela acabou de me convencer, essa é a mulher que sempre quis para você...Clara não é digna de você.
- Obrigada pelo elogio meu sogro!
- De nada, só continue nos apoiando e não deixe a Marina nos denunciar.
- E onde o Ivan está preso?
- Na boate América show, juntos com mulheres na Argentina.
- E é para essa boate que vocês irão colocar a Mari?
- Sim!
- E como vão coloca-la na boate?
- É simples, vamos informar que a Marina é nova integrante.
- Uhum, não vão machuca-la né?
- Não, desde que execute o serviço de forma eficaz.
- Só uma coisa está me intrigando? - Eleonora indaga.
- Minha filha, por qual interesse em saber do Ivan?
- Ah, é que o Christian comentou comigo sobre esse garoto, e que a mãe dele havia pedido ajuda, lá na ONG de São Paulo. –Nina omiti.
- Vou acreditar em você minha filha, e Diogo e Marina espero que não se repita de novo o que presenciei aqui, serve tanto para os dois, como para você Carlos e Vicente - Eleonora chama nossa atenção.
- Peço desculpas pelo meu excesso. - Falo olhando para o meu pai. - Ele tem toda razão ao dizer que a Clara não me merece. - Exponho ao perceber quem era a chefe da bagaça toda, minha sogra mandava e desmandava na quadrilha.
- Eu te desculpo minha filha, eu nós precisamos nos unir e não brigarmos por mulher nenhuma. - Meu pai vem e me abraça.
- Já passou confirmo ao abraça-lo. - Mas no fundo eu estava com raiva dele, mas tinha que manter o disfarce.
- Já que fizeram as pazes, podemos brindar a nova integrante do tráfico. - Minha sogra pronuncia.
- Verdade amor - Vicente diz ao pedir que todos brindássemos.
- Tim, tim, tim...- Nina diz.
- Não desconfiando de você Mari. - Carlos começa seu monologo- espero que esteja falando a verdade, se for mentira haverá consequências para a mãe do garoto e sua família.
- Pode confiar, eu quero ganhar muito dinheiro, não me importo com pessoas da ralé. - Sorrio com o comentário, verificando a expressão do Carlos.
- Essa é minha filha. – Meu pai me abraça e sorri satisfeito.
- É o que eu espero Marina, já te avisei. - Carlos expõe.
- Não vão se arrepender, vamos lucrar muito. - Digo ao terminar meu vinho. Peço que parem de me vigiar e que deixe eu fazer o meu trabalho.
- Certo! - Carlos fala, mas sinto um pouco de resquício de mentira sair dos seus lábios.
- Obriga, gostaram do jantar?
- Estava divino. - Todos confirmam em uníssono.
- Bom, desde já convido todos para um almoço para amanhã que minhas amigas Vanessa e Flavia junto comigo darão em sua casa.
- Suas amigas são ótimas, mas elas sabem de algo Mari? - Meu sogro indaga.
- Não!
- E sua prima Giselle?
- Também não, ela só pensa no namorado. - Minto mais uma vez.
- Certo, eu e Eleonora estaremos presentes no almoço.
- E Carlos vai ao almoço em “família”?- Indago fazendo aspas.
- Pode contar comigo Mari.
- Obrigada Carlos!
- E você meu velho, vai nos dar a honra da sua presença?
- Claro filha, eu adoro as meninas, pode contar comigo. - Mas antes vou ligar para a Ritinha levar ele o Ivan e o amigo para o Rio de Janeiro.
- Maravilha meu sogro! - Nina expõe. - Agora eu só quero que vocês sejam sinceros comigo e a com a Marina- Como chegaram esse ponto, se vocês estavam bem nos negócios, estavam expandidos as fabricas de modas?
- Seu pai é viciado em jogo, junto com seu tio Carlos. - Eleonora afirma.
- E você meu sogro?
- Também me viciei no jogo, acabei me endividando e para não morrer preferir me juntar aos negócios sujos dos donos dos cassinos.
- Preferiram o caminho mais fácil?
- Exatamente filha, eu também me endividei junto com seu tio e não suportaríamos viver sem nenhum dinheiro.
- Ao menos foram verdadeiro comigo. - Com licença vou me deitar.
- Filha? - Minha sogra chama Nina.
Não houve resposta da parte da psicóloga, ela subiu as escadas e nos deixou;
- Eu falo com ela, mas adianto que depois do almoço eu tenho que ir para a Argntina, o curador da exposição solicitou minha presença, para conversamos sobre a exposição e com alguns colegas do ramo da fotografia, terá algum problema eu ir antes do combinado?
- Não, você estando lá você conhece o País, vamos te atualizando sobre como vai proceder. - Minha sogra diz. - Converse com a Nina ela parece meio chateada.
- Converso sim, agora vou lá falar com ela, vocês podem ficar à vontade a casa é de vocês, tenham uma ótima noite.
- Obriga minha nora. - Eleonora agradece ao me abraçar.
Antes de sair deixei uma caneta com uma micro câmera ao lado das garrafas de bebidas e do cinzeiro, pois eu sabia que tanto meu pai e meu sogro junto com o Carlos fumariam charutos. Subi a escada e mandei uma mensagem para minhas amigas;
- Van tudo certo para o almoço amanhã, só que houve uma mudança, o almoço acontecerá na casa de vocês.
- Certo Mari, vou informar a Flavinha.
- Ok, vou avisar a Gi!
- Ok, tenha cuidado.
- Obrigada, tenha um boa noite!
- Boa noite!
Me despedir da Van, e fui até o quarto da Gi, verificar se ela já havia voltado do encontro com o Henry, abrir a porta do quarto e a encontrei trocando mensagens com o namorado;
- Oi prima chegou faz tempo?
- Faz meia hora, e como foi o jantar com os velhos?
- Meio tenso, mas acabou dando tudo certo.
- Ótimo!
- Peço que mande uma mensagem para agente, a avisando que o almoço acontecerá na casa da Van, e confirma que eu vou para Argentina amanhã mesmo.
- Missão dada a mim, é missão cumprida minha prima.
- Obriga Gi, agora vou dormi.
- Vai lá, boa noite!
- Boa! - Digo ao me despedir com um beijo em sua cabeça.
No caminho para o meu quarto, ouço as vozes do pessoal lá embaixo conversando e gargalhando algo. Abri a porta do meu quarto encontrei Nina deitada de bruços na cama, tirei minha calça jeans, minha blusa de cor amarela, meus saltos, peguei a toalha para tomar uma ducha antes de me deitar. Terminei a ducha, fiz minha higiene pessoal, vestir meu baby doll e me deitei ao lado da minha esposa. Ela assim que sente minha presença resmunga;
- Mari hoje eu preciso do seu colo.
- Tudo bem. - Afirmo ao nos cobrir com a coberta e aninha-la em meus braços.
- Nos saímos bem?
- Sim!
- Ótimo!
- Quero que saiba que mesmo que nos separe, você nunca deixará de ser minha amiga, eu quero que encontre uma pessoa que te faça feliz.
- Eu sei Mari, que você quer só o meu bem, também desejo o mesmo a você, eu já sabia que depois de nossas viagens nada seria igual entre nos duas, mas você é uma ótima pessoa e uma ótima amiga.
- Perdão por ter traído você, ma a Clara é o meu verdadeiro amor.
- Eu te perdoo Mari, de alguma forma eu sabia que a Clara ia te conquistar novamente, a oportunidade que ela teve, ela não desperdiçou.
- Obrigada por me entender, agora merecemos descansar.
- Merecemos, boa noite. - Nina diz ao beijar minhas bochechas.
- Boa noite! - Lhe desejo beijando o topo de sua cabeça e abraço ela mais forte, pois eu sabia que ela estava se fazendo de forte e estava precisando dos meus cuidados de amiga.
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