Perdoar quem amamos não é uma tarefa difícil e também não é muito fácil para se chegar a tal resolução. Dependendo da relação que a pessoa esteja com a pessoa, às vezes pode levar horas, dias ou até anos. Porém pode ocorrer nas vidas de muitas pessoas não receber tal ato de amor. Clara e Marina já vinham passando por muitos aborrecimentos na relação, principalmente quando a carioca resolveu dar atenção mais ao trabalho, enquanto a fotógrafa fazia de tudo para sair daquele ciclo que a afastavam cada dia mais. Ambas as mulheres sabiam que estavam sendo radicais demais uma com outra que precisavam pôr os pingos nos i, entretanto a fotógrafa não admitia que estava errada em algumas atitudes que havia tomado para chegarem ao imbróglio fatídico que estavam passando no casamento. Por outro lado a morena usava a desculpa da gravidez e que seu havia aumentado consideravelmente e a estava deixando se afetar emocionalmente. Marina dava razão para a mulher em alguns pontos, que a mesma não evitava posar com muldiretora rra interesseiras e que se aproximavam só para querer aparecerem nas revistas, para fazer inveja às amigas socialite. A fotógrafa sabia que a mulher não gostava, mas não dava a devida atenção para que a esposa falava. Outro ponto entendia os hormônios da gravidez, mas não entendia como Clara havia ficado tão dependente emocional e querer tê-la sempre por perto. Durante seu trajeto de volta para sua casa no dia seguinte. na companhia das amigas, se prevaleceu o direito de ficar em silêncio e deu graças aos céus por suas fiéis amigas entenderam e não incluirá em nenhum assunto qualquer. A fotógrafa repassou todos os momentos que teve com Clara, foi dos momentos mais sombrios da vida da esposa ao mais alegre. Então se deu conta que nesses momentos ela esteve envolvida, mesmo que alguns casos foram de forma indireta. Aprofundou um pouco mais seu histórico e chegou à conclusão que os problemas da vida não são resolvidos de uma hora para a outra e sim gradativamente. Então se permitiu abaixar a cabeça engolir o choro e ir à luta, mesmo que doesse ela precisava contar seus medos e ouvir os da amada. A artista também lembrou que sua amiga ruiva lhe falou uma verdade há algumas horas atrás. .."Como Marina Meirelles havia mimado demais a esposa e esquecido um dos fatores importantes em um relacionamento, o toque físico, ela se atentou na segurança dos filhos e esqueceu que sua esposa também tinha necessidades, e uma dessas necessidades era se sentir desejada, amada através do toque físico. Mas uma vez Clara estava certa, ela havia deixado de procurar a esposa na cama, assim que ela completou quatro meses, foi totalmente ridícula nos seus achismos e esqueceu de dialogar com a amada. Agora teria de lidar com sua esposa grávida de gêmeos e que se sentia rejeitada por aquela que dizia venerá- la .Quanta ironia da parte dela deixou que um copo d'água se transformasse em uma tempestade, se fosse tão eficaz como mulher apaixonada não tinha deixado que pequenas dificuldades da vida se tornarem tão grandes para se resolver mais lá na frente. Próximo da sua casa a fotógrafa respirou fundo e pensou. "Não vou perder a família que lutei para construir por uma idiotice da minha parte, vou pedir perdão por minhas burradas e melhorar cada vez mais como esposa, mãe, amiga e vou ouvir minha esposa e perdoá-la por seus erros". A Meirelles chegou junto com as meninas em Santa Teresa por volta das nove e meia da manhã, assim que Eriberto conheceu o carro da ruiva abriu o portão de imediato. A fotógrafa pediu que Pedro tirasse o carro da garagem que iria sair dentro de algumas horas...Clara ao acordar no primeiro momento achou que ainda estava sonhando ao sentir beijos por seu rosto.
-Que bom que ainda te encontrei dormindo. -Marina sussurra.
-Dormir tarde ontem. - A Fernandes faz careta ao recordar da noite mal dormida.
-Bom dia minha flor mais linda, trouxe seu café!
-Bom dia! -Pensei que não ia mais voltar.
-Precisava de algumas horas sozinha e pôr os pensamentos em ordem e não queria ocasionar mais estresse para você, não faz bem para os bebês.
-Te peço perdão se a magoei ontem com as minhas palavras.
- Vou ser sincera contigo! - A branca se senta ao lado da esposa na cama ao proferir- Cogitei ficar mais alguns dias longe de você, mas percebi que se ficarmos afastada não vai adiantar de nada e irá bagunçar mais nossa relação. -Marina afaga o rosto da esposa ao prosseguir-te perdoo Clarinha, também quero que me perdoe por não ter sido madura o suficiente e por te magoar mesmo sem querer amor.
-Te perdoo Mari, mas diz que você não vai dormir no quarto de hóspedes. A morena faz uma careta ao imaginar a fotógrafa dormindo mais uma noite distante dela.
-Só dormirei se você quiser.
-Não quero, não consigo dormir sem ter você ao meu lado.
-Oh meu amor, eu também me acostumei a dormir agarradinha com você. - A fotógrafa deita ao lado da carioca.
-Eu te amo tanto Mari, que tenho medo te perder. -Clara começa a chorar.
-Não chore amor, já vencemos tantos obstáculos juntas. -A branca limpa o rosto da esposa-Somos um casal que briga, mas que acima de tudo se ama.
-Tem jornais e sites que escreve totalmente o oposto, que vivemos somente de aparência e que você não me ama de verdade.
-Amor as pessoas não importam, só me interessa que você tenha em mente que nos amamos e que para chegarmos hoje onde estamos lutamos, não só você que tem suas neuroses, eu tenho medo também de te perder de novo.
- Mas eu estou sentindo que nossa relação deu uma esfriada e que estamos vivendo só por aparências.
- Clarinha eu não forçaria uma relação com você, não ficaria casada com você só para inflar meu ego, você nunca foi um troféu para ser disputado.
-Nós somos felizes né? -Clara questiona meio receosa com a resposta.
-Muitíssimo. - Marina beija os lábios da mulher em sinal de afirmação.
-Amor vou ter que voltar a fazer terapia.
-Por que?
-Tenho tido pesadelos direto, minhas atitudes não condizem mais com quem eu sou de verdade.
-Eu te mimei muitos com gestos românticos que acabei esquecendo de tirar tempo pra nós e de te amar como você merece.
-Você acha que estou sendo egoísta com você?
-Egoísta não, mas tudo que você passou, está deixando a senhorita desconfiada de tudo
-Jamais pensei que íamos brigar por fofocas ou pela sua conversa com o Ivan.
-Compreendo sua reação, tome seu café, enquanto tomo banho.
-A senhorita minha esposa não vai me acompanhar?
-Amor já tomei meu café! -A fotógrafa murmura ao deixar o beijo casto nos lábios da carioca.
-Pensei que ia me acompanhar, tem muita comida aqui baby.
-São para você e nossos filhos amor.
-Mari pelo menos me faça companhia.
-Você está muito manhosa, só vou tomar banho e já volto. Avisando nós duas vamos sair.
-Se vamos sair eu também tenho que me arrumar.
-Eu vou primeiro, tenho que organizar algumas coisas antes de irmos.
-Nós vamos pra onde amor?
-Surpresa.
-Quem vai ficar com Ivan?
-As meninas. -A fotógrafa responde ao entrar debaixo do chuveiro.
-Amor porque salada de fruta de novo?
-Faz bem pra você e para os pequeninos.
-A Paula me ligou e nos convidou para ir na casa delas.
-Quando?
-Daqui há duas semanas..
-Só me avise a data exata.
-Uhum.
A Fernandes suspirou aliviada por ter a Meirelles de volta em sua casa, a mesma temia que seu casamento havia naufragado, ela fez uma nota mental para abordar um assunto com a esposa sobre uma certa jornalista que apareceu no seu trabalho alguns dias atrás..A morena se pegou no dia que a tal mulher apareeceu no bistrô.
- Evellyn segura as pontas aqui, enquanto vou falar com a Barbara. - Clara pede a uma de suas funcionárias.
- Pode deixar dona Clara!
-Se precisar de ajuda me chama.
- Ok!
Assim que a morena terminou de supervisionar o cardápio da noite foi até o escritório da sócia tratar de assuntos administrativos. - A dona do estabelecimento mal virou as costas, uma bela mulher adentrou o bistrô.
Boa noite! - Evellyn saúda a jornalista de cabelos crespos, olhos castanhos e pele morena.
-Boa noite! -Bianca responde ao se sentar em uma mesa acompanhada do amigo Rafael.
- Desejam comer algo?
- Uma cripioca com carne seca e um suco de abacaxi com hortelã, por favor! - Bianca pede ao terminar de olhar o menu.
- Traga pra mim um sanduíche natural e um suco de manga, por favor! - Rafael pede ao terminar de enviar uma mensagem para a namorada.
- Com licença.
- Toda!
Rafael deixou Evellyn sair para dialogar com a amiga.
- Bi você tem certeza do que vai fazer?
- Tenho!
- Acho melhor você repensar, a Marina hoje está casada! - Rafael pega nas mãos da amiga. - Porque continuar com uma briga que não é sua?
- A Marina ameaçou o meu amigo e ela não vai sair impune.
- Eu gosto muito de você Bi, mas acho que não é só por conta do Cadu e sim pelo toco que levou da fotografa.
- Eu tenho namorada rafa!
- Por isso mesmo, sua namorada não vai gostar do que você está pensando em fazer.
- Já decidi que Marina vai pagar por ter ameaçado o Cadu de morte.
- Você está tomando as dores de uma pessoa que não mora mais aqui.
- Rafa se vai continuar me julgando indico você me deixar sozinha.
- Não estou te julgando, só quero que tenha ciência que Cadu nunca foi santo e que você de fato está com raiva por não ter conseguido levar a Marina pra cama.
- Mas a Marina não sabe desse fato, eu tenho fotos que inclusive foi você quem tirou na noite que estávamos no bar, então não me venha com sermão.
- Se eu soubesse que o babaca do Cadu estava por trás de tudo isso eu não tinha concordado em tirar as fotos.
-Não quero saber de papo furado rafa você aceitou e agora não tem como voltar atrás.
- Tem Bianca, eu não vou deixar o Cadu mesmo de longe estragar nossas vidas, ele tem que aprender que a ex- dele casou e está feliz.
- Felicidade de fachada, nós dois sabemos que os sites, as revistas adoram passar pano para as celebridades.
-Só em alguns casos Bi, a esposa da Marina está grávida, se acontecer algo com a Clara a Marina vai vim contudo pra cima de você e pode muito bem abrir um processo contra você.
- A Marina não vai, já avisei que se ela tentar algo contra mim eu mando as fotos pra digníssima esposa dela.
- Fotos essas que não são verdadeiras, não se passa de montagem.
- Ela não precisa saber que é falsa, a Marina não se lembra de nada.
- Por coincidência ou não, o dono do hotel é seu pai!
- Ponto para a minha genialidade!
- Quando a Monique te deixar não venha chorando!
- É o que vai acontecer quando a Michelly descobrir que você me ajudou, você vai curtir a bad junto comigo. - A jornalista debocha do amigo.
- A Michelly já sabe queridinha. - Rafael ironiza.
- Como...Como? - Bianca gagueja.
-Nunca escondi nada da minha namorada.
Quando a jornalista ia se expressar novamente Evellyn retornou com o pedido a interrompendo.
-Aqui está o pedido de vocês. - A atendente expõe ao colocar a refeição em cima da mesa.
- Obrigado! - O fotógrafo responde.
- Ajudo em algo a mais?
- No momento não!
-Se precisarem é só chamar que virei atendê-los.
- Espere! - Bianca pede antes da atendente se afastar da mesa.
- Em que posso ser útil?
- Gostaria de falar com a dona do bistrô.
- No momento ela está em reunião, assim que a dona Clara retornar eu peço que ela venha aqui.
- Só não esqueça!
- Desculpe a inconveniência. - Evelly pede temendo que seja uma reclamação.- Fiz algo de errado?
- Não, só quero parabenizar pela comida. - Bianca diz ao comer um pedaço de sua crepioca.
- OK! - A atendente diz ao voltar para trás do balcão.
Evellyn não fazia ideia que a patroa havia acabado de retornar para os seus afazeres no bistrô e a observava de longe dialogando com os clientes.
- Algum problema Eve? - Clara pergunta assim que a funcionária volta.
- Nenhuma dona Clara.
- E que os clientes daquela mesa queriam?
- A senhorita deseja conversar com a senhora.
- Sobre?
- Quer parabenizá-la pela comida.
- São críticos?
- Acho que não.
- Deixa ir ver o que eles querem, assim fico menos preocupada, a Bárbara me informou que hoje vinha alguns críticos da gastronomia.
- Se for eles estão de sorte!
- Assim espero, da outra vez só descobrimos que os críticos estavam aqui no bistrô quando vimos no jornal e na revista.
- Levamos um baita de um susto.
- Graças a Deus recebemos elogios e o prêmio do ano.
-Graças a sua administração e dos seus sócios.
- Se não fosse pelo seu empenho e dos outros funcionários não tínhamos vencido o título de melhor do ano na gastronomia.
-Quando trabalhamos com patrões que valorizam o nosso trabalho, ficamos orgulhosos em realizar o serviço da melhor forma.
- Vocês valem ouro, deixa ir que ainda tenho que voltar pra casa.
- Vou dar uma circulada para ver se os outros clientes estão satisfeitos.
- Faça isso!
A morena deixou Evellyn sozinha e foi falar com a tal cliente que estava querendo falar com ela.
-Boa noite! - Clara saúda.
-Boa noite! - Os jornalistas respondem ao mesmo tempo.
- Minha funcionária me comunicou que a senhorita deseja falar comigo. -A carioca questiona.
- Sim!
- Motivo?
- Só o quero dar os parabéns pela comida, meu amigo Carlos Eduardo realmente não se enganou ao me indicar esse lugar. - Bianca diz.
- Que bom que gostou, o Cadu é suspeito pra falar.
- Por que?
- Ele já foi dono do bistrô.
- Jura? - A jornalista indaga querendo aprofundar o assunto.
- Sim, mas ele vendeu a parte antes de ir para o Canadá com a esposa.
- Hum. - Bianca murmura fazendo pouco caso.
- Grata pelo elogio, mas tenho que voltar. Clara expõe ao fazer um esforço para lembrar de onde tinha visto aquele rosto.
- Quantos meses?
- Seis.
- Pelo jeito a Mari está feliz.
- Você conhece a minha esposa de onde?
- Das revista, mas eu e Mari passamos a…
- Bianca! - Rafael chama a atenção da amiga antes de completar a frase.
- Me deixa rafa.
- Deixa ela falar. - A morena pede.
- Não é nada importante senhorita.
- Só não confie demais na sua esposa! - Bianca diz.
- Por que?
- Ela não te merece!
-E por que não me merece!
- Amor não! - Monique pede ao entrar no bistrô acompanhada de Michelly
- Até que enfim chegaram. - O jornalista suspira aliviado ao ver a namorada.
- Você é um traíra Rafael! - Bianca rosnou com raiva para o amigo.
-Posso saber o que está acontecendo aqui? - Clara questiona ao ficar confusa com a situação.
-Desculpe senhorita, mas minha amiga confundiu sua esposa com uma outra pessoa.
- Não confundi nada rafa a única fotógrafa nesse país que tem o sobrenome Meirelles é esposa dela.
-Bi nós vamos pra casa agora. - Monique é firme em suas palavras. Não ouse me contrariar.
-Mas amor!
-Você tem duas opções. -Monique sugere. - Ou vem comigo e esquece de vez o que seu amigo babaca te falou da fotógrafa ou você finge que eu não existo. Você decide.
-Rafael conversamos em casa. -Michelly avisa o namorado.
-Uhum. . O fotógrafo diz baixinho.
-Dona Clara seu primo e a dona Barbara querem que a senhorita compareça naquela mesa. - Domenico diz ao chamar a chefe.
- Pode ir Clara e desculpe-nos por está atrapalhando o seu trabalho. - Rafael constata ao agradecer pelo funcionário ter interrompido aquela conversa.
- A satisfação dos meus clientes em primeiro lugar, só não entendi porque sua amiga insinua algo sobre minha esposa.
-Não dê ouvidos a minha amiga, nos traga a conta. - Rafael muda de assunto.
-Eu trago dona Clara, vá que o seu Laerte realmente precisa da sua ajuda.
- Me dê licença.
- Toda! - Michelly autoriza.
-Bianca vamos pra casa, e você que pense que eu não sei de tudo, espero que tenha uma boa explicação. -Monique fala ao sair do bistrô.
-Você falou Michelly? -A jornalista indaga a namorada do amigo.
-Monique não é besta, não subestime o faro de advogada da sua namorada, reze para ele te perdoar. -Michelly joga na cara da jornalista.
-Mi vou pagar a conta e já vamos.
-Te espero no carro. -A namorada do fotógrafo responde ao sair.
-Olha em que nos meteu. -Bianca acusa o amigo.
-Se você me ouvisse uma única vez, não estávamos nessa situação, me deixe e vá tentar se explicar pra sua namorada é o melhor que você faz. -Rafael bufa de raiva por ter que chamar atenção da amiga.
-Se controle, vá logo antes que a Monique volte. -Rafael interrompe a fala da amiga.
O fotógrafo pagou a conta, se desculpou pela cena e saiu do bistrô, entrou no carro da namorada da amiga que o esperava, sentiu o clima bélico entre as duas no banco da frente, olhou para a namorada e viu que dormiria no sofá por duas semanas. . Monique deu a partida no carro sem trocar uma palavra com a jornalista, ela evitava ao máximo para não discutir na frente de outras pessoas. Porém Bianca sabia que seu namoro poderia estar com as horas contadas depois do show que a namorada presenciou no bistrô, se praguejou mentalmente por ser tão idiota ao ponto de querer defender um amigo que àquela altura estava longe e vivendo a vida dele. Mais a morena não admitia que estava com o ego ferido por não ter levado a fotógrafa pra cama do jeito que queria, no máximo que conseguiu foi tirar a roupa da Meirelles ,pois a mesma havia dormido bem antes de chegar carregada por um dos funcionários do hotel. Agora se deparava com uma situação contrária, quem teria que se explicar para a pessoa que dizia amar era ela, e tinha ciência que o perdão da advogada ia demorar a conseguir.. Clara deixou o funcionário resolvendo a questão da conta e saiu para verificar o que o primo estava precisando, mas ficou encafifada com o que a cliente mencionou sobre a esposa..- A morena é tirada dos seus devaneios com a voz da esposa lhe chamando a realidade.
-Duzentas libras por seus pensamentos. - Marina sussurra no ouvido da morena.
- Sua boba, só digo se aumentar o valor. - A Fernandes sorrir.
- Um milhão de orgasmos múltiplos, minha última oferta.
- Oferta aceita!
Pronta para me acompanhar?
- Sempre!
- Então vamos antes de ficar tarde!
Marina deixou o quarto junto com a Fernandes, desceram a escada com cuidado e encontraram Joana carregando uma bolsa térmica com mantimentos na sala de jantar.
- Prontinha menina Marina.
- Você é um amor Joaninha. - A artista beija a bochecha da empregada.
- Só faço meu trabalho. Joana responde com um sorriso nos lábios.
- Você vale ouro.
- Fico feliz que gosta.
- As meninas já foram para o estúdio?
- Sim!
- Minha prima?
- Dona Branca ligou informando que a menina Giselle chega hoje.
- A Gi está voltando? - Clara indaga.
- Sim dona Clara.
-O Arthur vem?
-Dona Branca não informou.
-Joaninha a Van e Flávia vão ficar aqui em casa, o que elas precisarem.
-Pode ir tranquila. Joana interrompe a fala da patroa.
-Tchau.
-Bom passeio!
-Grata Joaninha, fique de olho no meu filhote. -Clara pede.
-Vá sossegada dona Clara.
Joana ficou feliz de ver suas patroas de bem novamente, pensou consigo mesma que não importa quantas desavenças as duas mulheres já passaram, mas para as pessoas que conviviam com ambas tinha certeza que o belo casal sempre buscava o diálogo para fazerem as pazes, mesmo que as duas fossem orgulhosas Marina e Clara se amavam. O trajeto feito pelo casal até a serra foi em um silêncio confortável, a morena fazia leve carinhos na nuca da esposa fazendo com que a branca sentisse leves arrepios pelo corpo.
-Minha mãe sabe que viemos pra cá? -A morena questiona a fotógrafa.
-Falei com minha sogra mais cedo, ela pediu pra mim pegar a chave com o caseiro.
-E vamos ficar quantos dias aqui?
-Dois.
-Só essa comida não vai dar.
-Não se preocupe amor, já providencie tudinho.
-Tem certeza?
-Tenho.
-Se concentre em só curtir o momento do meu lado.
-Quem deveria estar te mimando seria eu amor.
-Por que?
-Desde quando eu engravidei você tem redobrado o cuidado comigo, mas a três meses esqueceu um detalhe.
-Fazer amor com você?
-Exatamente, eu não estou doente, mesmo estando grávida eu sinto sua falta Mari.
-Eu sei que exagerei Clarinha, mas eu pensei que ia machucar os bebês.
-Não amor, você esqueceu que a doutora Márcia falou?
-Ela explicou tanta coisa, que eu juro que não lembro de quase nada. -Marina faz uma careta de culpada. -Desculpe por não ter conversado com você sobre suas necessidades na gravidez.
-Tudo bem Mari! -Mas por você não ter me procurado mais; eu cheguei a pensar que você estava tendo um caso na rua. - Clara enfim coloca para fora o que estava lhe angustiando.
-Que bom que estamos conversando sobre esse assunto. - A fotógrafa suspira resignada ao parar com o carro em frente à casa da sogra na serra.
-Parou o porquê?
- Chegamos amor! - A Meirelles afirma ao soltar o cinto. - Vamos continuar nossa conversa lá dentro da casa da sua mãe.
-OK! - Graças a Deus que chegamos, minhas pernas estão mais inchadas.
- Não se preocupe antes de dormimos faço massagem nelas.
- Vou cobrar. - A carioca diz ao depositar um selinho nos lábios da esposa antes sai do carro.
- Pode ir, que vou pedir para o seu Ailton me ajudar com as coisas. - A branca diz ao soltar o cinto de segurança da esposa.
- Só não demora.
- Pode deixar.
Ailton não tardou a aparecer para ajudar Marina com os mantimentos.
- Ailton você fez o que lhe pedir?
-Claro senhorita.
-Ótimo.
- Como foi a viagem.
- Tranquila.
- Dona Marina assim que terminamos de colocar tudo na dispensa eu e minha esposa vamos deixa a senhorita a sós com a dona Clara.
-Perfeito!
Clara e Marina almoçaram com leves implicâncias, depois foram descansar na rede que estava atada debaixo da árvore.
-Amor não entendi porque o Ailton e a dona Graça já foram para a fazenda deles. - A morena pergunta a esposa.
- Eu pedir e também o seu Ailton tem que levar um bezerro para tomar vacina.
- Hum.
- Amor você acha mesmo que eu poderia estar te traindo?
- Sim!
- O que levou a senhorita a duvidar de mim?
- As fofocas e suas atitudes.
- Entendi a parte da fofoca, me explique melhor meus atos?
-Ah amor! - Clara suspira ao procurar as melhores palavras para não desencadear uma nova discussão com a esposa.
- Não sinta medo de expor seus medos. - Marina incentiva a esposa ao afagar os cabelos da morena.
- É que eu estive lendo um livro do autor Gary Chapman cujo o nome “As cinco linguagens do amor”.
- Já li também esse livro amor.
- Continuando. Temos que ser coerentes em certos aspectos do nosso casamento.
- Como?
-Pensa comigo. -Clarinha pede. -No começo eu tinha medo de não ser o suficiente pra você e não tinha certeza se de fato eu poderia estar apaixonada por você ou se estava confundindo meus sentimentos em relação a nossa amizade. Tive certeza dos meus sentimentos quando você viajou.
-Compreendo amor, quando descobrir que não gostava de homens foi um baque pra mim mesma, o difícil é você se aceitar.
-Então a senhorita casou na velocidade da luz. -A morena ironiza ao fazer bicos. -Se não fosse pelo Ivan ter sumido não tínhamos nos encontrado.
-Clarinha eu não esqueci de você, entretanto concordo no ponto do Ivan ter nos ajudado, não que tenha ficado feliz na época, principalmente da forma que ele sumiu.
-Entendo Mari, se levarmos para o lado bom, descobrimos que havia uma rede de tráfico gigantesca e que seu pai era um dos cabeça.
-E que ele tentou me matar, por não ter aceitado o não que você deu a ele. -Não o julgo por ele ter se apaixonado por você amor, só não gostei da forma ardilosa que ele utilizou para te atingir.
-Aí você voltou pra São Paulo eu me contive para não meter os pés pelas mãos.
-Gostei muito da surpresa Clarinha, até hoje guardo o poema que escreveu.
-Minha mãe a Sam e a Paulinha ficaram zoando com a minha cara.
-Por que amor?
-Elas pensaram que tínhamos brigado e nos reconciliados com um sexo louco e selvagem.
-E naquele momento você cogitou a ideia?
-Um pouquinho.
- Tão safadinha.
- Só não me diz que a senhorita minha esposa não teve também a intenção?
-No escritório da Ni não, mas no quarto de hotel, tenha certeza que sim!
-Você ouviu o que eu falei pra você amor naquela noite?
- Cada palavrinha.
-Jurava que você estava dormindo.
- Mesmo estando sobre o efeito de bebida eu ouvi a música que você cantou, só não o nome da música.
-Uhum..O nome da música é da Ivete “Eu nunca amei alguém como eu te amei”.
- Oh amor eu também te amo muito. - Marina afirma ao tomar os lábios da esposa em um beijo arrebatador.
-Hum..Delicia!- Clara sussurra no meio do beijo.
As duas mulheres aprofundaram o beijo o tornando uma sincronia perfeita de línguas, mas a morena havia prometido para si mesma, que tinha que conversar com a esposa sobre uma tal jornalista que reapareceu como se não quisesse nada.- Clara então se desvencilhou do beijo lentamente deixando a branca um pouco confusa pelo ato da esposa repentino.
-Não me olhe assim? - Clara pede ao ver Marina franzi o cenho.
- O contato da gente estava tão gostoso.
- Não nego, mas lembrei um assunto que venho adiando há meses.
- Que assunto?
- Dando continuidade sobre os seus atos, você aprontou alguma coisa lá atrás, quem é Bianca?
Marina sentiu um frio na barriga ao ouvir o nome da jornalista. - A Meirelles pensou com seus botões; capotou de vez pro meu lado. - Pensou.
-Amor? - A Fernandes chama a artista sem elevar o tom de voz ao afagar o rosto da amada.
- Hum. - A artista faz um muxoxo ao abaixar a cabeça.
-Por que essa carinha triste?
-Estou com medo Clarinha. - A Meirelles deixa uma lagrima cair. - Acho que você não vai me perdoar.
Mesmo passando um milhão de ideias erradas sobre o que aconteceu para a fotógrafa está naquela situação de desespero, a Fernandes foi mais além, se ajeitou um pouquinho na rede para ficar de frente para a esposa mais uma vez depois do beijo.
- O que te atormenta minha linda? - A morena indaga a artista ao confortá-la em um abraço firme ao pedir para a branca contá-la o motivo do desespero.
- Clarinha não estou preocupada comigo, mas sim com você.
- Não se preocupe amor, estou bem!
- Não quero te causar nenhum estresse, pode te fazer mal.
- Eu juro que eu e os nossos filhos estamos bem! - Clara constata ao ver um pequeno sorriso brotar nos lábios da esposa. - Mari somos um casal, pode contar!
- Lembra da época em que discutimos muito?
- Tudo porque eu aceitei comprar a parte do Cadu no bistrô e você querendo que eu ficasse em casa.
- Uhum.- Marina afirma.- E você não me ouviu, achou que era seu dever de me ajudar as pagar as contas junto comigo sem haver necessidades.
-Eu sempre trabalhei Mari.
- Amor jamais foi minha intenção de te privar de nada, porém meu ponto sempre foi que seu trabalho ia aumentar exponencialmente!
-Só não flexibilizei o meu tempo Mari, mas não era justo eu sair com você e todas as vezes só você pagar a conta. - A morena é sincera em suas palavras.
- Resolvemos essa questão, você me convenceu e passamos a dividir as contas…
-Mas deixei o trabalho ser mais importante.
- Digamos que só invertemos as posições, eu reformulei toda a minha agenda para dar conta do trabalho e da gente.
- Eu me joguei de cabeça no trabalho amor, porque assim eu esquecia das nossas brigas e de todas as notícias ruins das revistas.
- Mas a senhorita minha esposa esqueceu de sentar comigo para conversar comigo, passou a dar mais credibilidade para as matérias sensacionalistas.
- Erro que quase quebrou nós. - Clara aperta a mão da esposa.
- Foi aí que a Bianca entrou. - Marina faz uma careta. - Hoje compreendo que o dever também é meu te chamar para dialogamos, querendo ou não eu deixei você no escuro.
- Cheguei ao ponto de não enxergar a verdade a minha frente, deixei que as fofocas interferissem na nossa relação e ontem vi que não precisamos de uma terceira pessoa para arruinar um casamento, nossa mente cria situações sem existirem.
- Exatamente, nossa mente nos mente, fazendo com que nos auto destruímos. - Por favor só me prometa que vai me ouvir.- Marina pede.
- Amor pode falar, não vamos brigar.
- Tudo aconteceu no primeiro mês que você passou a ficar mais no trabalho, teve uma noite que eu preparei o jantar e mais uma vez você chegou tarde.
- Tenha certeza que eu me martirizava mais, quando via sua frustração.
-E você sempre me explicava que era só mais uma noite e que ia acabar rápido.
- Infelizmente não aconteceu, eu cansei de tentar fazer você enxergar, não adiantou, depois da nossa discussão eu fui espairecer a cabeça no bar.
- Aí veio a cena clichê. - A morena ironiza.
-Exatamente.- Não sei o que aconteceu, só lembro que eu fui ao banheiro e quando voltei bibi mais uma dose de whisky e quando acordei estava na cama de um hotel junto da Bianca.- Marina suspira aliviada ao mesmo tempo temendo a reação da esposa ao descobrir que dormiu na cama de um hotel e com uma outra pessoa.
- De tudo que eu podia cogitar, jamais me passou que você iria me trair de verdade. - A morena se levanta da rede.
- Eu posso ser tonta as vezes Clarinha, te juro novamente que eu não te trair. A artista diz ao se segurar na rede para não cair devido a saída repentina da esposa.
-Por que não me contou assim que eu te liguei na manhã seguinte?
-Porque eu fiquei com medo do nosso casamento acabar.
-Agora tudo se encaixa. -Clara resmunga para si mesma.
-Só me deixa terminar a história.
-Me poupe dos detalhes. -A morena responde mais rápido que o flesch.
-Eu não vou voltar para a estaca zero com você, sinta-se à vontade para ter seu tempo. -Vou ligar para as meninas para saber como o Ivan está se comportando. -A fotógrafa expõe ao começar dar passos em direção a casa.
-Espera! -Clara pede ao ficar em frente a branca. Não vai embora, fica comigo.
-O tempo que você me quiser.
-Vamos voltar a deitar e ficar quietinha?
-Senti dor? -Marina retruca ao ver o semblante cansado da carioca.
-Não! -Quero pensar com você do meu lado.
-Tem certeza?
-Tenho! -Deixa só passar esse desconforto que estou sentindo, para depois terminamos esse assunto.
-No seu tempo.
Marina aceitou o pedido da carioca, voltou a se deitar com a morena na rede, ficaram se embalando abraçadas até que a morena adormeceu. A fotógrafa aproveitou o cochilo da esposa para conversar com filhos.
-Perdoa a mãe de vocês meus pequenos. A fotógrafa sente os bebês chutarem. -Eu voltei a magoar a momy de vocês.
-Mari não me deixa. -A morena resmunga ao se agitar nos braços da branca.
-Shiii! -Não vou a lugar nenhum sem você. Descanse meu bem. -Marina pede ao beijar a testa da esposa.
-Eu te amo.
-Eu também minha estrela.
A Fernandes voltou a dormir, tendo seu descanso devido após o almoço. -O que restou para a branca foi cantar para acalmar a mulher e as crianças.
My mother said I'm too romantic
(Minha mãe diz que sou muito romântico)
She said ‘You're dancing in the movies'
(Ela disse: "Você está dançando nos filmes")
I only started to believe her
(Comecei a acreditar nela)
Then I saw you and I knew
(Então, eu te vi e soube)
Maybe it's ‘cause I got a little bit older
(Talvez, seja porque fiquei um pouco mais velho)
Maybe it's all that I've been through
(Talvez, seja tudo que já passei)
I'd like to think it's how you lean on my shoulder
(Gostaria de pensar que é como você se apoia em meu ombro)
And how I see myself with you
(E como eu vejo a mim mesmo com você)
Marina começa a chorar por ver que mais uma vez magoou a esposa, mesmo que sem intenção nenhuma, a branca mesmo com a voz embargada continua cantando:
I don't say a word
(Eu não digo uma palavra)
But still you take my breath and steal the things I know
(Mas ainda assim você me tira ar e rouba as coisas que eu sei)
There you go
(Aí vai você)
Saving me from out of the cold
(Me salvando do frio)
Clarinha você e os meus filhos sempre vão continuar me salvando, quero que me perdoe, não só por mais essa dor que eu li causei e sim por todas as vezes que não fui complacente com você.
Fire on fire
(Fogo no fogo)
Would normally kill us
(Normalmente nos mataria)
But this much desire
(Mas esse desejo intenso)
Together we're winners
(Juntos, somos vencedores)
They say that we're out of control
(Eles dizem que estamos fora de controle)
And some say we're sinners
(E alguns dizem que somos pecadores)
But don't let them ruin
(Mas não deixe que arruínem)
Our beautiful rhythms
(Nosso lindo ritmo)
‘Cause when you unfold me
(Porque você me desdobra)
And tell me you love me
(E diz que me ama)
And look in my eye
(E olha nos meus olhos)
You are perfection
(Você é perfeição)
My only direction
(Minha única direção)
It's fire on fire
(É fogo no fogo)
It's fire on fire
(É fogo no fogo)
A Meirelles não se importa com a frequência das lágrimas sobre sua face e começa a chorar copiosamente, deixando que os medos e as incertezas fossem lavados e levados embora para bem longe de sua família. A fotógrafa não se deu conta, mas uma lágrima acabou acordando Clara do seu sono e começou a cantar junto com a esposa.
When we fight, we fight like lions
(Quando brigamos, brigamos como leões)
But then we love and feel the truth
(Mas aí, nós amamos e sentimos a verdade)
We lose our minds in a city of roses
(Perdemos nossas mentes em uma cidade de rosas)
We won't abide by any rules
(Não obedeceremos a nenhuma regra)
Amor por favor não chore! - A morena pede ao dar seguimento na a música, pois a fotógrafa viu nos olhos castanhos da esposa que a partir dali ela só ouviria a música.
I don't say a word
(Eu não digo uma palavra)
But still you take my breath and steal the things I know
(Mas ainda assim você me tira ar e rouba as coisas que eu sei)
There you go
(Aí vai você)
Saving me from out of the cold
(Me salvando do frio)
- Nós vamos vencer mais essa barreira, não vamos? - Clara indaga a branca.
- Prometo!
- Continue ouvindo.
Fire on fire
(Fogo no fogo)
Would normally kill us
(Normalmente nos mataria)
But this much desire
(Mas esse desejo intenso)
Together we're winners
(Juntos, somos vencedores)
They say that we're out of control
(Eles dizem que estamos fora de controle)
And some say we're sinners
(E alguns dizem que somos pecadores)
But don't let them ruin
(Mas não deixe que arruínem)
Our beautiful rhythms
(Nosso lindo ritmo)
‘Cause when you unfold me
(Porque você me desdobra)
And tell me you love me
(E diz que me ama)
And look in my eye
(E olha nos meus olhos)
You are perfection
(Você é perfeição)
My only direction
(Minha única direção)
It's fire on fire
(É fogo no fogo)
Oh
(oh)
It's fire on fire
(É fogo no fogo)
- Você é maravilhosa minha coisinha. - A artista sussurra.
-Juntas somos mais fortes. - A carioca diz ao abraça o corpo branco e prossegue no embalo da música:
Fire on fire
(Fogo no fogo)
Would normally kill us
(Normalmente nos mataria)
But this much desire
(Mas esse desejo intenso)
Together we're winners
(Juntos, somos vencedores)
They say that we're out of control
(Eles dizem que estamos fora de controle)
And some say we're sinners
(E alguns dizem que somos pecadores)
But don't let them ruin
(Mas não deixe que arruínem)
Our beautiful rhythms
(Nosso lindo ritmo)
- Nós três te amamos. - A morena sussurrou para a amada ao continuar a canção.
Fire on fire
(Fogo no fogo)
Would normally kill us
(Normalmente nos mataria)
But this much desire
(Mas esse desejo intenso)
Together we're winners
(Juntos, somos vencedores)
They say that we're out of control
(Eles dizem que estamos fora de controle)
And some say we're sinners
(E alguns dizem que somos pecadores)
But don't let them ruin
(Mas não deixe que arruínam)
Our beautiful rhythms
(Nosso lindo ritmo)
‘Cause when you unfold me
(Porque você me desdobra)
And tell me you love me
(E diz que me ama)
And look in my eye
(E olha nos meus olhos)
You are perfection
(Você é perfeição)
My only direction
(Minha única direção)
It's fire on fire
(É fogo no fogo)
- Vocês são os meus amores, posso afirmar com todas as letras que não tenho só o amor falado e nem a paixão escrita, tenho a sorte de ter te encontrado para dizer que não vivo um sonho, mas sim a pura realidade do casamento com seus altos e baixos, que erra para ter os incríveis acertos ao lado da pessoa que também tem medo mas que não desiste do principal o nosso amor.- A fotógrafa fala ao fazer um grande dueto a com a esposa que tanto venera e que não tem vergonha de gritar para todos aqueles que insistem em dizer o casamento tem que ser romantizado e não mostrado da forma que é na vida real.
You are perfection
(Você é perfeição)
My only direction
(Minha única direção)
It's fire on fire
(É fogo no fogo)
(..)
Enfim as duas mulheres finalizam a música ao se beijarem.
- Eu não sei mais viver sem você Mari, perdão se desconfiei de você!
- Só quero que saiba que eu não te contei logo, foi porque eu não tenho provas, a Bianca armou tudo, quando procurei o dono do hotel para ver as imagens, ele me disse que deu uma pane no circuito das câmera e naquela noite não gravou nada.
-Vamos esquecer tudo isso e seguir em frente.
-Só quero te explicar.
- Antes de dormi aqui, eu lembrei que Bianca e Cadu são amigos.
- Como?
- Juntei as peças e lembrei que dias atrás..- ela foi na bistrô comer algo ela e um amigo indicada pelo Carlos Eduardo.
- Eu vou matar o Cadu Clarinha.
- Ficou louca?
- Eu o avisei! - A fotógrafa começa a coçar a cabeça em sinal de impaciência.
- Não vale a pena Mari!
- Vale Clara!
- Calma amor! - A morena pede.
- Amor olha onde chegamos por causa dele.
- Nós duas sabemos que temos culpa do nosso casamento está em má fase.
- Ok!
- A Bianca falou que você não me merecia,blá,blá,blá..
-Os dois são um abutre, eu vou processá-la por calúnia.
-Você não vai, chega de Bianca, Cadu..- É isso que eles querem que nos desgastamos.
- Desculpe, mas o Cadu me tira do sério.
- Entendo! - A Bianca te ameaçou?
- Sim! - Disse que vai divulgar fotos minha e que vai acabar com o nosso casamento.
- Deixe-a divulgar.
- Não entendi?
- Vamos acionar nossos advogados, eles que vão responder tudo a respeito da mídia, declarações nossa só em último caso.
- Tem certeza?
-Absoluta, vamos cuidar da nossa família, a Bianca e o Cadu que lute, se estão pensando que vão nos separar.
- Como sentir saudades desse seu jeitinho protetor. - Marina murmura ao beijar a esposa.
- Uhum...Ficamos aqui um tempão que esquecemos de lanchar.
- Verdade, como esqueci que tenho três bocas para alimentar. - A fotógrafa sorri.
- Eles estão com fome.
- Vem.
- Pra onde sua louca?
- Irei alimentar meus três amores e depois vamos ficar no quarto.
-Pensei que hoje não ia ter mimo? - A morena diz ao se levantar da rede.
-Posso ter esquecido de nós, mas não esqueço dos nossos filhos.
- Somente nosso. - A carioca afirma ao beijar a esposa.
-E demais ninguém. - Marina constata ao corresponder.
- O que acha de prepararmos brigadeiro?
- Ótima ideia, antes você vai jantar.
-Ok.
A fotógrafa fez exatamente o que havia pensado, durante toda o percurso da viagem para a casa da sogra na serra, aproveitou para se entender com a mulher que tanto ama. Seguindo o roteiro que programou na sua mente, após o lanche a branca pediu para amada tomar banho que a mesma ia providenciar o jantar.
-Aprendeu a cozinha com quem amor? - Clara inquiriu a esposa.
-Estou brincando linda, a esposa do seu Ailton providenciou tudo.
- Logo imaginei que a dona Graça havia deixado
- Não tenho culpa da minha mãe não ter me ensinado a cozinhar. - A branca se defende.
-Não vejo problema! - Minha sogra te ensinou um dos ofícios mais lindos.
- Tá dizendo só para me agradar sua bandida.
- Apenas sou sincera.
-Para de enrolar e vai tomar banho.
- Eu sei que nossa refeição está pronta, me acompanhe até o quarto. - A Fernandes diz ao subir as escadas.
-Deixa eu pensar se vale a pena. - Marina brinca.
- Wow!- Clara expressa ao abrir a porta do quarto.- Tudo isso para mim?
- Tudinho! - A fotógrafa responde assim que chegar no cômodo.
Os olhos da carioca brilham com a visão que teve, assim que entrou no quarto ficou de boca aberta ao ver o cômodo cheio de rosas com variadas espécies.
-Essa caixinha é o que amor? - Clara pergunta ao ver o objeto em cima da cama.
- Abra. - Marina pede ao analisar a felicidade estampada na face da sua esposa.
- Que lindinho amor!
- São lindos mesmo!
-A Esther caprichou, ficou idêntico ao meu colar que você me deu em Bariloche.
- Só que agora são pingentes diferente, tem um sol e uma lua.
- Mari você pensou em tudo, os dois complementam o pingente da estrela.
- Exatamente.
- E se eu te disser que não esqueci do seu presente, a senhorita acredita?
-Lógico!
- Então sente, que ainda temos sintonia.
- Mesmo nos desentendo, nunca deixamos.
- Uhum.- Clara responde ao ir até sua bolsa pegar o presente que mandou confeccionar.
- É meu perfume amor?
- Não, é um colar!
-Com o nome dos nosso filhos. - A artista constata ao abrir a embrulho .- Então você está de acordo com os nomes que escolhemos?
-Uhum..
- Amei! - Agora é sério, vá tomar seu banho.
- Vem comigo! - Clara pede ao se despir rápido.
- Assim é impossível manter a coerência. - Marina diz o observar a audácia da esposa pelada e lhe deixar babando ao sair andando em direção ao banheiro.
- Não esqueça que a senhorita está me deixando literalmente na mão seis meses.
- Exagerada senhorita Meirelles, não é pra tanto.
- Contei nos dedos as vezes que transamos.
- Credo amor, foram só dois meses e meio e não meses.
-Pois para mim faz anos. - A morena debocha.
- Vou resolver seu problema agora! - A fotógrafa diz ao morder o lóbulo da orelha da sua morena favorita.
-Adoro, enfim minha implicância surtiu efeito. - Clara diz ao deixar que a costa tocasse na parede fria.
A fotógrafa parou de procrastinar e começou a realizar novamente os desejos da esposa no banheiro mesmo, só parou na cama, isso porque achou que a amada estava cansada devido aos orgasmos que teve debaixo do chuveiro, a branca podia jurar que a morena gosta de fazer amor sentindo as gotas d'água sobre sua pele.
- Prometo que daqui por diante serei fiel a momy e a vocês, mais do que já sou.- Marina surra sobre a barriga já enorme da esposa, antes de iniciar a massagem nas pernas da sua mulher.
- Amor você não se cansa de conversar com eles? - A morena pergunta ao sentir as mãos da esposa.
- Nunca, eles amam minha voz.
- Isso é verdade!
- Gostou da surpresa?
- Amei, mas gostei mais do amor que acabamos de fazer.
- Te cansei né safada?
- Não! - Clara afirma ao apertar o bumbum da branca.
- Jurando que você estava cansada.
- Minha libido está nas alturas.
- A se eu soubesse tinha me aproveitado.
- Perdeu patricinha.
- Ainda tira sarro.
- Não mando ser controladora.
- Mas agora vou recuperar o tempo perdido.
-Maravilha, amo quando está insaciável.
- Eu te amo sua safadinha.
- Também! - Marina sussurra ao parar de massagear as pernas da morena e começar a apalpar os seios fartos da carioca.
- Não tortura amor.
- Não é tortura coisinha implicante.
E no Clima confortável Clara e Marina passaram o primeiro dia na serra se amando, as duas mulheres precisavam de fato de um
tempinho juntinhas para preencher as lacunas da vida de casal delas, e ambas descobriram que para se ter um bom
relacionamento é necessário se manter um bom diálogo, não importa quantas tempestades elas vão ter que enfrentar juntas e da melhor forma possível...Na aurora do novo dia Clara e Marina custaram a se levantar, o dia estava um pouquinho nublado e o casal aproveitou para ficar na cama.
- Bom dia linda!
- Bom dia amo!
- Te acordei?
- Não! - Clara afirma ao se espreguiçar. - Como o tempo está chuvoso, vamos fazer o que hoje?
- Não faço a mínima ideia.
- Olhando para o colar agora, os nomes dos bebês fizeram uma junção perfeita.
-Concordo! - Mariah Meirelles Fernandes.
- Noah Meirelles Fernandes. - A morena sorri com a pronúncia.
-São dois nomes fortes.
- Exatamente, o significado dos nomes dos filhotes é perfeito.
- Estou tão feliz de estarmos compartilhando esse momento leve novamente.
-Sentir muita falta sua, por mais que ainda dormimos juntas, não era a mesma coisa.
- É uma sensação muito ruim amor, por favor não vamos chegar ao extremo novamente.
- Tem minha palavra!
(...)
Vanessa e Flávia aproveitaram para brincar com o pequeno Ivan enquanto Giselle e Arthur chegavam.
-Tia Vanessa cadê a mamãe e a Mari? -Ivan questiona a ruiva, pois não tinha visto as duas mulheres durante o dia.
-Sua mãe teve que sair com a Marina.
-Meus irmãos já vão nascer?
-Não meu amor, só daqui a quatro meses.
-Elas foram pra onde?
-Digamos que elas fizeram uma pequena viagem.
-E não me levaram? -Ivan constata emburrado.
-A Clarinha precisava de um momento a sós com a Mari.
-Papo de gente grande?
-Um pouquinho.
-A Mari aprontou né? -Ivan é objetivo.
-Porque? -Flávia indaga o sobrinho.
-Eu ouvi minha mãe discutindo ontem com a Mari.
-Hum..-Lindinho não é nada grave, as duas saíram justamente para se entenderem, e a Mari não aprontou nada.
-Quando elas voltam?
-Terça-feira!
O diálogo foi interrompido com a chegada do agente Arthur com a esposa Giselle.
-Onde está meu campeão? -Arthur questiona ao pegar Ivan no colo.
-Tio! -O loirinho diz ao abraçar o agente todo feliz.
-Que bom chegaram. -Flávia expõe.
-Saudades das minhas amigas, cadê minha irmã e a Mari? -Giselle pergunta ao abraçar Vanessa e Flávia.
-Estão na serra.
-Algo especial?
-Não Gi! -A ruiva explica ao piscar para amiga, que capta o sinal de imediato.
-Minha sogra nos informou que a Mari e minha afilhada estariam aqui. -Arthur expõe.
-Viagem de última hora. - Flávia explica. -Vamos nos sentar, estávamos só esperando vocês para almoçarmos.
-Amor! -Giselle repreende o ruivo antes dele querer indagar algo a mais, pois o agente está ansioso para saber dos bebês da afilhada.
-Entendi Gi. -Vanessa e Flávia gargalhando do policial intimidado só com olhar da jovem Meirelles.
-Vão rindo. -Arthur diz ao se encaminhar para a cozinha para lavar as mãos.
-Tio temos que ir pra mesa e não pra cozinha.
-Primeiro lavamos as mãos.
-A é, tinha esquecido!
-Ainda bem que suas mães não estão aqui.
-A mãe Mari ia me repreender igualzinho a Gi fez com o senhor. -Ivan gargalha do tio.
-"Até tu, Brutus?"
-Meu nome é Ivan Fernandes Siqueira.
-Não liga para as brincadeiras do seu tio. -Giselle pede ao se aproximar dos dois.
-Porque o tio Arthur me chamou de Brutus tia Gi?
-Pequeno é uma expressão forte para uma criança.
-Não sou mais criança, tenho 14 anos.
-Bem lembrado.
-Então me explique o motivo do "Brutus" .
-Seu tio quer dizer que você o traiu.
-Fale mais sobre isso tia, ainda tá confuso.
-São dois manés mesmo. -A ruiva debocha dos amigos. -Ivan Brutus.
-Vocês estão confundindo mais o garoto. -Flávia expõe. -Vamos almoçar, Ivan depois eu te expliquei.
-Tá boa tia Fla.
Joana chegou na cozinha e sorriu ao ver a interação dos amigos com o loirinho.
-Só faltou as donas da casa aí nesse time. -Joana se expressa ao ter os olhares voltados para si.
-Joaninha quantas saudades. -Giselle fala ao ver a senhora com seus tantos anos.
-Também sentir, só você para colocar ordem nesses três bagaceiros. -Joana aponta para Ivan, Vanessa e Flávia.
-Os bagaceiros que você ama Joana. -A ruiva mostra a língua.
-Nananinanão, gosto só das minhas patroas.
-Mas é puxa saco mesmo e nem disfarça. -O loirinho constata.
-Joaninha é fã de carteirinha das Meirelles Fernandes e não disfarça. -Flávia debocha.
-Nunca neguei. -Joana gargalha.
-Aí e nem disfarça.
-Mãe e Clara e a Mari compraram a Joana pro lado delas. -Ivan brinca.
-Se nós cinco nos juntarmos, podemos comprar a joaninha pro nosso time. -Arthur sugere.
-Nem adianta amor, Joana é fiel a minha prima. -Minha mãe já tentou levá-la para casa.
-Não brinca Gi.
-Verdade, me mãe colocou um valor bem mais alto para a senhorita e sabe que a Joana falou?
-Não!
-Que não há dinheiro no mundo para ela deixar a Mari, a não ser se a Mari dispensa-la, situação essa que não vai acontecer.
-Joaninha está sendo disputada.
-Até a Nina tentou levar ela pra Nova York.
-Como? -Vanessa indaga.
-Nina e Alex gostaram tanto dessa convencida aí, que falaram com a Marina. Minha prima disse que a Joana é uma pérola e que não está à venda.
-Igual a Rosinha na casa da Vovó Chica, já faz parte da família. -Ivan expõe.
-Verdade pequeno, então nem tente amor, que a Joana não vai hesitar em te dizer não.
-Eu iludindo pensando que poderia ter alguma chance.
-Não mesmo senhor Arthur, não deixo a menina Marina, agora com a chegada dos pequenos.
-Por falar nos bebês trouxemos presente para eles..
-Só para eles tio? -Ivan indaga ao fazer bicos.
-Todinho a Clarinha, por isso que a minha prima só se lasca.
-Lógico que trouxemos seu presente campeão.
No clima descontraído os amigos almoçaram, após a sobremesa todos se retiraram e foram tomar banho de piscina, aproveitaram que Ivan estava brincando com o novo presente que havia ganhado da Giselle e Arthur para introduzirem o assunto Clarina na conversa.
-Então Van, qual foi a boba da vez? -A prima da fotógrafa indaga a amiga.
-Ontem Clara e Marina se desentenderam.
-Motivo?
-Ciúmes, a Clara acabou dizendo que os bebês não são filhos da Mari.
-Fodeu! -Arthur se expressa.
-Amor olha palavreado. -Giselle repreende o esposo.
-Para piorar quem resolveu dar o ar da graça.
-Cara..Gi-Arthur chama a atenção da esposa ..Melhor. -Carvalho. -Giselle se corrige.
-Foco os dois.. Flávia pede!
-Você já sabe?
-Soube ontem, não acreditei.
-Vocês estão escondendo o que?
-Eu te contei sobre a Bianca?
-Uhum..-Arthur afirma.
-Ela voltou e tá ameaçando a Mari. -Vanessa expõe.
-Ameaçando a Mari Van? -Giselle toma um susto..
-Agora o caldo entornou de vez.
-Do que tá falando Arthur?
-A Mari me pediu para investigar essa jornalista eu descobrir que ela é amicíssima do ex da Clara.
-Ferrou de vez. -Flávia se expressa.
-Vamos por parte. -Giselle pede. -Amor quando minha prima falou com você?
-A Mari me mandou um e-mail. Três meses após nos casarmos, e explicando tudo.
-OK- Fla o que sabe?
-A Clarinha me confidenciou que uma jornalista deu a entender que a Mari não a merecia.
-Então a Clara já tem conhecimento sobre a Bianca?
-Sim!
-Minha irmã sabe que ela conhece o Cadu?
-Também.
-Temos que ir pra serra o quanto antes.
-Por que Van?
-Se a Clara sabe ela vai querer saber sobre a Bianca e todos nós sabemos que a Mari não tem provas.
-Van não vamos nos meter, combinamos com a Mari de tomar conta do Ivan, elas vão se entender.
-A Mari disse que se a Clara souber, o casamento dela já era.
-Nossa amiga não vai dar esse gostinho pra jornalista.
-Concordo com a Flávia Van, minha prima deve saber o que faz.
- A Mari está com medo.
- Minha prima é um humana Van, todo mundo erra e também faz parte dos relacionamentos perdoar e ser perdoado. A Mari vai ter que correr esse risco.
- Tudo bem me convenceram, só vamos torcer que as duas orgulhosas se deem uma nova chance.
-Relaxem as duas se amam demais para se separarem por bobagem. - Arthur pede às amigas da fotógrafa.
- E você teve sucesso na investigação? - Flavia indaga o agente.
- O Alexandre ficou emcubido de me passar os relatórios completos, assim que voltar a delegacia.
-Ótima notícia, espero que tenham conseguido encontrar as provas a favor da Mari.
- Na quarta quando eu voltar, o Alexandre me dará a resposta.
-Quem diria que o ruivo de olhos azuis iria fisgar uma Meirelles e viria a se tornar delegado da Polícia Federal aqui no Brasil. -Vanessa debocha do mais ruivo.
-As coisas mudam tão rápido Vanessinha. -O delegado ironiza. -Não ouse desacatar uma ordem da senhora sua esposa.
-Assim que se fala Arthur. -Flávia apoia o Delegado.
-Vai mexer com quem tá quieto. -Giselle ri da careta da amiga.
-Vocês são ridículos.
O grupo de amigos encerrou o dia entre brincadeira com o Ivan e jogando jogos de casal entre os quatro, pós Arthur preferiu ficar em na casa da afilhada naquele dia para matar a saudade do loirinho e das amigas. Branca não gostou muito quando Giselle avisou que iam ficar em Santa Teresa mesmo fazendo companhia para Vanessa e Flávia até Marina voltar. Antes de Ivan dormir Flávia fez questão de frisar ao pré-adolescente sobre o assunto inacabado de mais cedo. "Até tu, Brutus?" ou "e tu, Brutus?" - Segundo algumas pesquisas é uma expressão latina que teria sido proferida pelo ditador romano Júlio César, no momento de seu assassinato, ao seu filho adotivo Marco Bruto. -Amplamente utilizada para significar a inesperada traição de um amigo, essa frase é originalmente mencionada, com formulações semelhantes. Ainda segundo as pesquisas nos mostra que a história entre os dois protagonistas, pode ter vários significados, contudo, mais recentemente ela ganhou fama pela sua ocorrência na peça Júlio César do grande poeta William Shakespeare. Na peça Júlio César profere estas palavras no ato III, cena 2 da peça, quando está sendo esfaqueado até a morte e reconhece o seu amigo e protegido, Bruto, dentre os assassinos".. No entanto, não existem evidências de que o César histórico tenha dito essas palavras.
-Entendeu?
-Agora sim tia Flávia.
-Caso você venha se deparar com essa citação você já sabe o que responder.
-O Júlio César confiou demais nos seus súbitos. -Assim como a mama Mari confiou no pai dela.
-Você guarda alguma mágoa?
-Do Diogo não, só do meu pai.
-Por que?
-Por mais que ele diga que aceita a mãe Clara com a Mari, eu sei que não é verdade.
-Você sabe de algo?
-Antes dele viajar com a Sílvia, eu ouvir ele falando com uma tal jornalista.
-Ele falou o que?
-Que era pra a jornalista publicar algo sobre a Mari, que já tinha passado da hora.
-Não se preocupe, a sua mãe e a Marina não vão deixar nada acontecer.
-Só quero que ele fique bem longe da Mari.
-Mas o Cadu é o seu pai.
-Eu sei tia, meu pai se perdeu para a soberba, finge que ainda é o mesmo quando vivíamos juntos.
-Como chegou a essa conclusão?
-Quando fiquei com ele pela lua de mel da mamãe com a Mari, e também eu não esqueci que ele deixou de me procurar, preferiu dar atenção para o bistrô
-Resumindo você não sente falta dele?
-Não! -Vou continuar sendo filho dele. -Porém prefiro minha mãe que nunca fingiu e não deixou de me amar.
-Tente perdoar seu pai, seu coração vai ficar mais leve.
-Prometo pensar!
-Não faça por mim e nem pelas suas mães, sim por você mesmo.
-Meu vô Ricardo disse a mesma coisa.
-Deixe que a vida ensine seu pai.
-Fechado.
-Descanse.
-Minha mãe ligou?
-Não, tenha certeza que terça-feira à noite elas estão aqui.
-Quero mostrar pra ela a bola que ganhei do tio Arthur.
-Ela vai adorar.
-Boa noite!
-Boa!
Flavinha beijou a testa do sobrinho e desligou a luz do abajur, deixou a porta entre aberta como Marina e Clara faziam, era um meio de se sentirem segura para o caso do loirinho desperta na madrugada devido os pesadelos de vez em quando tinha. Ivan começou a chamar os amigos próximos de tio naturalmente, aconteceu em uma noite em que todos foram ao cinema com o garoto que na época completava seus onze anos, foi o primeiro aniversário que comemorou depois que foi resgatado, então o loirinho inquiriu a mãe se podia chamar Flávia, Vanessa, Giselle e Arthur de tios. A morena deu sinal positivo, desde que ele estivesse à vontade e que os demais não se opusessem na decisão tomada por ele. Os quatro ficaram surpresos quando ouviram pela primeira vez Ivan Chamá-los de tios, e a partir daquela data ele só os tratava daquela forma carinhosa. A família Fernandes não se opôs à decisão do garoto, ficaram alegres pelos agregados na família. - Marina no início ficou com ciúmes dos amigos que ganharam um carinho a mais de Ivan, e ela não passava da namorada da mãe dele. A fotógrafa compreendia que com os amigos era mais fácil, com ela ainda havia a questão do Cadu e ela não ia forçar nada, simplesmente ia deixar fluir da melhor maneira e foi o que aconteceu, no dia do seu aniversário Ivan lhe fez uma bela surpresa junto com Clara, os dois no início do dia lhe levaram café na cama.
-Feliz aniversário amor! -Clara deseja ao beijar a esposa. -Trouxemos seu café.
-Obrigada amor!
-Fui eu quem pediu para a Joaninha preparar mãe Mari! -Ivan soltou a palavra tão natural, que nem ele percebeu o que havia dito.
-Obrigada meu lindo! -Marina agradece ao beijar a bochecha do filho.
-Feliz aniversário mãe.
-Amor eu estou sonhando? -Marina indaga a esposa.
-Não meu anjo.
-Não gostou de ter lhe chamado de mãe? -Ivan questiona ao abaixar a cabeça.
-Super amei! - não imaginei que um dia me chamaria dessa forma.
-Desde quando você me salvou eu quis, fiquei receoso.
-Oh meu amorzinho! -A fotógrafa diz ao abraçar o garoto. -Posso te chamar de filho?
-Só se você deixar eu te chamar de coroa. -O loirinho retruca ao sugerir.
-Coroa seria o que?
-Minha mãe de forma resumida.
-Aceito, assim saberei quando estiver falando comigo e não com a Clarinha.
-Ótima ideia.
-Meus jovens também quero carinho! -Clara pede ao presenciar a cena fofa.
-Sabia que ia reclamar. -Marina expõe.
-Como você consegue mãe Mari, para aguentar a mamãe Clara?
-Muito amor!
A assistente sorrir com as memórias ao se juntar ao lado da esposa junto com os amigos na sala.
-Que sorrisinho é essa besta? -Vanessa pergunta a esposa.
-Só lembrei de quando Ivan começou a nos chamar de tios e da Mari me contando como ele passou a chamá-la de mãe.
-Uhum..- Nossa amiga ganhou um filho lindo.
-Verdade! -Arthur constata.
-Ele demorou a dormir Fla? -Giselle questiona.
-Não, só conversamos mesmo.
-Ainda bem!
-Mas o Ivan me contou que ouviu uma conversa do Cadu com a Bianca.
-Jura?
-De dedinho! -Flávia gargalha.
-Sem brincadeira amiga. -A Clarinha não vai gostar.
-Lamento, o Ivan é um ótimo menino, ele sabe o que o faz bem.
-Concordo com a Flávia Amor! - Desde quando conheci o Ivan, percebi que ele é esperto. -Minha afilhada que passou a minimizar certas situações do filho. -Arthur explica.
-Não podemos esquecer que tem um fator bem relevante em todo esse cuidado dobrado da Clarinha com o filho.
-E entendemos Gi! -Vanessa responde. -O sumiço do nosso sobrinho foi desgastante na época para Clara.
-Não tiramos a razão da Clara, qualquer um aqui se tivesse no lugar dela, ia proteger ou até mais o filho com unhas e dentes. Arthur acompanha o raciocínio da ruiva.
-O ponto crucial é que Ivan entende e a certo ponto ele gosta de toda essa proteção ao redor dele.- Flávia explica. -Clara e a Marina só não podem querer colocá-lo numa redoma.
-Não quero nem pensar quando os bebês nascerem. -Giselle expõe.
-Por falar nos pequenos, você acha que o Ivan vai ter ciúmes.
-Não há dúvida, ele fez bico só de pensar que eu e você trouxemos presente para os gêmeos e esquecemos dele. -O ruivo constata.
-Já vi que vamos ter trabalho para domar a ferinha. -Vanessa arqueia a sobrancelha só de imaginar Ivan encrencando por causa dos irmãos.
-Temos que ter fé e aproveitar o início, tudo pra ele vai ser novo e tenho certeza que Ivan vai paparicar os irmãos, que é capaz dele nem querer que chegamos perto dos pequenos.
-Deus te ouça Flavinha. -Todos levantam a mão para o céu em sinal de oração.
-O clima tá agradável, mas vamos descansar.
-Ótima sugestão Arthur.
-Verdade, amanhã começa tudo de novo. -Giselle expõe ao se levantar do tapete e se encaminhar ao quarto de hóspedes junto com o marido.
-Boa noite casal! -Vanessa e Flávia desejam ao ficarem de pé para ir a outro quarto de hóspedes.
-Boa noite! -Giselle e o marido respondem.
Os dois dias se Clara e Marina na mansão não foi muito de manter Ivan na linha, o mesmo ia para a escola, só chegava a tarde depois da aula de violão. Era o tempo que Vanessa e Flávia colocavam questões do estúdio em dia, enquanto Giselle e Arthur voltavam para sua residência com a promessa de a noite retornarem para visitar a fotógrafa. . Como foi planejado Marina chegaram em Santa Teresa por volta das 18: 00 horas.
-Chegamos família. -Marina grita ao passar pela porta e com Clara em seu encalço.
-Mães..- Ivan sai correndo as escadas ao ouvir a voz das duas mulheres.
-Cuidado Ivan ainda pode cair ao correr nas escadas. -Clara repreende o filho.
-Saudades mamãe. -O jovenzinho diz ao abraçar Clara.
-Ei velho, não ganho meu abraço? -Marina indaga.
-Lógico coroa do meu coração. -Ivan gargalha ao abraçar Marina.
-Que abraço gostoso. -Você a cada dia que passa está maior.
-Colocamos fermento na vitamina dele. -Vanessa e Flávia falam ao se aproximar das amigas.
-Quem deu ordem? -Clara questiona.
-Ninguém!
-Vejo que a viagem deu certo! -Flávia deduz ao analisar o semblante de suas amigas irradiando felicidade.
-Muito! -Obrigada por terem cuidado do nosso Ivan. -A fotógrafa agradece.
-É uma honra!
-Cadê a Gi e o Arthur?
-Tiveram conosco até ontem, hoje vão passar aqui para ver vocês e os bebês.
-Ei maninhos deixaram as mamães namorarem. -Ivan diz ao conversar com os irmãos pegando Clara e Marina de surpresa.
-Quando foi que você cresceu? -A fotógrafa indaga.
-Eu te avisei amor! - Clara implica com a mulher.
- Podem tentar de desviar o assunto que eu e a Flávia já sacamos que as duas querem desviar do assunto ‘namorar” - A ruiva chama a atenção das amigas.
-Deixa de implicar Vanessinha que iremos conversar quando a minha prima chegar.
- Sabia que iam postergar.
-E você Ivan não deu muito trabalho para suas tias né? - Clara questiona o filho.
-Nenhum pouquinho, fiz todas as minhas tarefas.
- Depois quero ver mesmo.
- Sem problema mamãe!
As duas mulheres esperam Giselle e o marido chegarem para contar só de uma vez e matar a curiosidade de todos...Durante a explanação Clara e Marina não economizaram nos sorrisos e nos gestos de carinhos e nos elogios positivos, foi notável para todos que estavam presente na mesa de jantar inclusive para Joana que estava servindo a mesa.
(...)
Três meses depois..
Sonhar é bem diferente de quando se tem sonhos para realizar, por essa ambiguidade existe uma linha tênue entre as duas situações as tornando bem diferentes. No entanto sonhar com algo e concretizar todos os objetivos que um dia idealizou; é uma grande conquista para os indivíduos. Para Marina dentre todos os sonhos que já teve ,jamais cogitou a ideia de fato que Clara viria a se tornar sua esposa, pois para ela sua coisinha havia se tornado algo inalcançável, havia tantos labirintos que para a fotógrafa não havia uma saída para chegar na atual situação que se encontrava. Hoje casada e com a espera dos seus primeiros herdeiros. -Se alguém dissesse isso a ela alguns anos atrás. Com certeza ela responderia educadamente que não havia possibilidade nenhuma de ser ter crianças correndo na sua casa. Porém nos dias atuais era uma verdade assustadora, depois de dois anos lá estava ela ajudando Clara a comprar o enxoval para o casal de gêmeos, não sabia de onde tiravam tanto tempo, mas tinham certeza que era devido as brigas que tiveram no início da gravidez. As duas mulheres aprenderam a conciliar suas tarefas, inclusive tirar tempo para se amarem as damas tiraram. As lindas mulheres aproveitavam da melhor maneira o novo ciclo que a vida de ambas estavam tomando. Entretanto Marina de fato havia encontrado a felicidade alegre que sua coisinha tanto falava, quando o procedimento de fertilização deu certo, a fotógrafa não acreditou. Clara queria ter um laço de sangue com a fotógrafa, fazendo-se assim, uniu o útil ao agradável; também realizou o desejo de Ivan. Faltando poucas dias para Mariah e Noah nascerem, a artista teve que ir a mais uma exposição na grande metrópole do País, para seu infortúnio os clientes exigiram sua presença no evento, Marina viajou com o coração na mão por ter de deixar a esposa nas condições que se encontrava, a branca só imaginava o pior cenário e a qualquer momento os pequenos quererem nascer antes da hora. Para o tormento da Meirelles em uma das consultas durante o pré-natal , a doutora Marcia havia lhe comunicado que na reta final da gestação Clara não poderia se pôr em risco, pois não só em gravidez de um bebê só, como de gêmeos pode acontecer o parto um pouquinho antes do tempo previsto. No dia da exposição Marina estava inquieta com algo, só se acalmou quando conseguiu falar com sua esposa.
- Oi amor, tudo bem com você?
-Tudo amor! -E por aí como estão preparativos para a exposição?
- Transcorrendo da melhor forma.
-Maravilha, assim você ainda volta hoje?
-Com as bênçãos de Jah.
-E nossos bebês como estão?
-Bom estamos bem, mas com saudades de você.
-Se fosse por mim eu não viria para São Paulo, as meninas poderiam dar uma desculpa para os clientes o motivo da minha ausência.
-Eu sei amor, mas a exposição sem você não tem o mesmo brilho.
-Você só fala isso por que é minha esposa.
-Nada disso, seu trabalho é maravilhoso.
-Amor a senhorita não está me escondendo nada né? o quem mais está aí com você?
- Não! - A morena fala de forma branda para tranquilizar a esposa do outro lado da linha. - Por que essa vozinha triste?
-Não sei, mas não estou cem por cento hoje.
-O que houve?
-Estou inquieta, ansiosa não sei definir ao certo.
-Você está preocupada comigo?
-Um pouquinho, você já completou as trinta e seis semanas, há qualquer momento nossos filhos nascem.
-Não se preocupe, estou aqui nosso quarto, organizando algumas roupas que você não usa mais..
-Nada de fazer esforço.
-Amor não estou fazendo.
-Acredito, assim que acabar o evento aqui eu volto pra casa.
-Tudo bem! - Vou fazer uma comidinha gostosa para nós duas.
-Não precisa, peça a Joana.
-Quero agradar você baby.
-Já entendi.
-Perfeito.
-Vou desligar amor, tenho que me arrumar.
-Certo, arrase.
-Pode deixar, te amo.
-Também!
Marina se despediu da esposa um pouco mais calma. Ao cair da noite foi para a galeria apresentar o seu magnífico trabalho aos lados das suas fiéis amigas e sua prima que também foi acompanhada do marido Arthur. A branca defendeu seu trabalho explicando cada parte das fotos e os detalhes que escolheu para cada cenário das modelos. Os críticos como sempre ficavam maravilhados com a explanação da artista e como se atentou no desenvolvimento tão bem do seu belo trabalho ao retratar diversos temas, ia de uma simples comemoração dos dias da mãe ao tráfico internacional de pessoas...Marina encerrou o seu trabalho ovacionada pelos colegas e pelo grande público, tirou algumas fotos para a revista, se despediu das amigas e foi para o heliporto com o seu fiel segurança Davi que lhe aguardava em frente a galeria para lhe acompanhar até o helicóptero que lhe levaria de volta para com para o Rio de Janeiro, a fotógrafa não sabia definir, mas algo a estava incomodando desde que saiu de sua casa ,mesmo insistindo com Clara que devia ficar em Santa Teresa para o caso de alguma emergência, mas a morena alegou que caso acontecesse ela pediria para Joana avisar a família Fernandes para lhe dar suporte necessário e que a fotografia poderia viajar tranquila para São Paulo… A morena preferiu ficar na sua casa repousando..- Infelizmente não saiu como havia planejado, a mesma quando foi pegar uma sacola de brinquedos que estava na última gaveta do guarda-roupa do Ivan, a morena ao se agachar acabou sentindo uma pequena pontada na barriga, mas não deu a devida atenção, sendo que era o início das contrações para entrar em trabalho de parto ...A morena após organizar tudo, tomou banho, arrumou a mesa do jeitinho que a esposa amasse sentou no sofá e esperou paciente a fotógrafa na sala com música ambiente e sobre a iluminação das luzes de velas aromáticas que colocou para clarear o ambiente.
-Surpresa! -Clara diz com o sorriso nos lábios ao ver Marina passando pela porta.
-Que susto amor! -A branca responde ao avistar a morena a sua frente trajando um lindo vestido florido um pouco curto.
-Desculpa, mas não resistir. -A carioca diz ao colar seu corpo no da fotógrafa.
-Uhum..Onde pensa que a senhorita vai vestida desse jeito linda e sexy?
-Não vou a lugar algum, a produção é exclusivamente para você.
-A senhorita não me convenceu.
-Posso saber por que? -A morena diz ao apertar o bumbum da branca.
-Porque você ama ficar à vontade em casa meu amor. -A artista cochicha ao sentir as mãos na sua bunda. -E você minha esposa está mais bela e digo ainda mais. ... -você deve está aprontando algo.
-Marina Fernandes levantando falso contra a sua pessoa.
-Não é falso minha moreninha.
-Chega desse papo, cadê o meu presente que eu ainda não ganhei até agora?
-Eu esqueci de alguma data especial? -Marina arqueia uma sobrancelha em dúvida.
-Meu Deus, hoje você tá lentinha.
-É sério amor?
-Vou te mostrar qual é o meu presente, que estou a mais de meia hora esperando. -Clara responde ao beijar os lábios da esposa, pedindo passagem para que sua língua fizesse reconhecimento daquela boca que jamais se cansaria de beijar.
Clara aproveitou que sua mulher correspondeu o beijo para levá-la até o sofá.
-Cuidado Clarinha, os bebês.
- A senhorita sabe que eu posso te amar né? -Clara questiona ao fazer uma careta.
-Sei amor, o que foi?
- Comecei a sentir as contrações.
-oh may god!
-Sinto muito amor te deixar na mão, os pequenos se adiantaram.
- Agora tá explicado minha agonia lá em São Paulo. - A branca afirma ao lembrar que não queria deixar a esposa sozinha por motivos óbvios, a Meirelles queria poder estar ao lado da esposa quando ela estivesse para dar à luz.
-Sento-ooo..-Clara morde os lábios ao fechar os olhos com mais uma contração.
- Respira e expira pela boca amor, faz o que a doutora te pediu.- Marina pede.
-Preciso que me ajude a subir.
-Dar conta de andar?
-Sim!
-Amor não é melhor seguirmos o plano B?
- Não Mari! -Nós concordamos com a sugestão da nossa médica e que meu parto seria aqui em casa e não no hospital.
-Concordei minha linda, estou super preocupada.
-Vai dar certo, nós arrumamos tudo para esse momento.
Felizmente a fotógrafa havia decidido em comum acordo com sua mulher que precisavam ter todos os planos em mente, para o caso dos bebês se apressarem. Durante as consultas médicas, Clara e Marina foram orientadas pela médica que o melhor era que Clara tivesse um parto humanizado, no começo a fotógrafa ficou confusa devido a esposa está grávida de gêmeos e um parto em casa seria arriscado para a vida dos filhos..- Doutora Marcia explicou que o parto humanizado é um conjunto de práticas e procedimentos que buscam readequar o processo de parto dentro de uma perspectiva menos medicalizada e hospitalar, entendendo tanto a mulher quanto o bebê numa visão que, segundo seus defensores, seria mais humana e acolhedora, por oposição ao modelo tradicional, seja natural ou via cesariana. Segundo seus defensores, no parto humanizado, os protagonistas de todo o processo são a gestante e nascituro. Sendo assim, tão importante quanto os procedimentos médicos também são entendidos como importantes a atenção e cuidado com a mãe e o filho que está nascendo. Após toda a explanação, a doutora afirmou que Clara só iria para a maternidade caso a morena não tivesse passagem ou ocorresse algum imprevisto no momento do parto. Marina voltou a realidade ao ver a expressão de dor na face da esposa. e vendo que a esposa já respirava com mais dificuldade, então a branca correu; ligou as lâmpadas, foi até a porta e gritou para o segurança Eriberto ir ajudá-la a colocar Clara na sua cama suíte.
-Amor não precisa chamar o segurança.
-É por precaução Clarinha.
-Caminhar ajuda nesse momento Mari.
-Por favor deixe ele te carregar, não consigo carrega-la como antes.
-Só vou aceitar porque estou vendo sua aflição.
-Obrigada amor.
-O segurança ajudou a morena a subir as escadas, não preciso ele carrega-la como Marina havia pedido, pois Clara se deu que de fato ela poderia subir as escadas. -Joana e Pedro ouvindo o grito da patroa correram para verificar o que havia acontecido.
-Menina Marina por que está gritando? - Joana indaga ao chegar na sala.
- A Clarinha vai entrar em trabalho de parto, estou desesperada Joana e não sei o que fazer. - A Meirelles expõe em prantos.
- Temos que levá-la ao hospital dona Marina. - Pedro expõe.
- Só em segundo plano Pedro.
- Liga para os familiares da Clarinha e diz que ela vai ter neném. - Marina pede ao empregado.
- Certo!
-Joana ligue para a doutora Marcia vim direto para cá.
- Ok!
-Eu vou subir e ficar com a Clara, vamos ter que seguir o que concordamos, mesmo querendo mudar de opinião nesse exato momento e querendo que a Clarinha vá para um hospital.
- Marina não é tão difícil, é parto normal!- Ainda bem que você se precaveu e conseguiu montar a estrutura adequada que sua mulher pediu com as recomendações médicas. Só ajude a dona Clara a relaxar e ficar o mais confortável e se possível dentro da banheira.
- E se der problema, não vou me perdoar se algo de ruim acontecer com minha mulher e os meus filhos.
- Só pense positivo, já fiz partos tem em minha vida, ainda lembro como é, te garanto que não vai dar problema Mari! - Joana tenta tranquilizar a patroa é o tempo que a doutora chega com outra enfermeira.
- Como vou ficar tranquila com gêmeos nascendo em casa?
- Não perca tempo, suba e vá ficar com sua esposa!
-Marina! Marina!- Clara grita pela esposa.
-Tenho que ir.
-Se certifique com a Clara como está a frequência das contrações.
- Ok!
- Mantenha a calma menina Marina, sua esposa precisa de todo conforto nesse momento. - A Clara só está tendo as contrações.
A Meirelles correu o mais rápido possível, chegou ao quarto e encontrou a esposa fazendo exercícios na bola que a médica pediu para ajudá-la na hora do parto.
- Amor estou aqui, aguente mais um pouquinho!
-Estou calma, são só as contrações que estão aumentando.
- Eriberto obrigada, qualquer imprevisto eu o chamo-a a fotógrafa agradece o segurança.
-Estarei ao seu dispor. - Eriberto responde ao deixar as patroas a sós.
- Amor vou colocar a banheira para encher, o tempo que encher a banheira conversamos. - Marina diz ao ir ao banheiro.
- Avisou a doutora?
- Pedir para a Joana.
- E minha família?
- Também.
- Ótimo, agora me ajuda a tirar essa roupa.
-Deixa só eu regular a temperatura da água amor, seu banho tem que ser um pouco quentinho.
-Uhum.
Marina ajudou a esposa a se despir e acompanhou ela a caminhar até a banheira.
-Senta devagar. - A Meirelles pede ao ajudar Clara a entrar na banheira.
- Eu sei Mari! - Você coloque uma roupa mais confortável.
-Farei! - Está confortável?
-Sim!
-Deseja trocar de posição, mas massagem nas costas, deitar na cama para relaxar?
- Não, só quero que fique aqui pertinho, de preferência contando para mim e nossos filhos.
- Vou fazer a minha higiene necessária que doutora recomendou, venho para ficar junto com você na banheira, fique quietinha.- A artista dar um beijo de esquimó nos lábios da esposa.
-Uhum..A morena resmunga no meio do beijo.- E quem vai abrir a porta para a doutora.
- Deixei aberto, não se preocupe Joana vem trazer ela aqui nosso quarto.
-Você sabe que não vai poder entrar tantas pessoas?
- Sei amor!
-Já volto!
Antes da branca se trocar para acompanhar a carioca, a mesma ligou o celular e colocou em uma música que as duas sempre ouviam quando estavam juntas no ateliê ou deitadas bem abraçadinhas curtindo uma a outra.
Só dá nós dois, eu e você
No nosso amor, ninguém vai se meter
Só dá nós dois, eu e você
No nosso amor, ninguém vai se meter
Tão falando que eu vou me dar mal
Se eu ficar com você
Já mandaram dizer (mandaram dizer)
Pra eu tomar cuidado
Tão falando aí que você não respeita ninguém
Que só quer se dar bem, mais não 'to preocupada
Pode vir do seu jeito com todos seus defeitos
Te quero assim, pois ninguém é perfeito
Que o mundo se exploda eu só quero te amar
Deixa o povo falar, ninguém tem nada a ver
É só uma gente que sofre, que mente
E não quer me ver feliz com você
Só dá nós dois, eu e você
No nosso amor, ninguém vai se meter
Só dá nós dois, eu e você
No nosso amor, ninguém
Tão falando que eu vou me dar mal
Se eu ficar com você
Já mandaram dizer
Pra eu tomar…
Conforme as horas se passavam, o ritmo das contrações ficavam mais forte, entre conversas aleatórias Clara foi se acalmando mais, quando acabou a música a doutora e mais uma enfermeira conhecidas pela Fernandes e a Meirelles chegaram para ajudar a morena em seu parto acompanhadas da Joana.
-Clara desculpe a demora vim mais rápido que pude.
- Tudo bem doutora Marcia.
-Como estão as dores?
- Na medida do possível bem, mas a bolsa acabou de romper.
- Então você está para ter os bebês, vou auscultar para verificar a batida do coração deles e ver como está sua pressão.
-Ótimo!
-Cadê a outra mamãe deles?
- Foi se trocar, a bichinha chegou de viagem e levou um baita susto.
- Entendo Clara!
- A Mari está toda preocupada, me faz um monte de pergunta.
- É normal a reação dela.
Os minutos se passavam e as dores ficavam mais forte, Marina ao voltar, não pode mais entrar na banheira, devido ao liquido da bolsa ter se misturado na água, a branca preferiu manter o cuidado, então preferiu ficar fazendo carinho na amada do lado de fora da banheira, em um momento de angustia por querer amenizar o desconforto da esposa, a artista fechou os olhos e começou a se pegar com o seu poderoso que não se sabe se os seres humanos se apegam de forma inconsciente nos momentos de dor ou por simplesmente de fato existir um ser que criou todo ser vivo que habita o mundo.
-Marina Meirelles orando? -A carioca questiona a esposa. -Nunca pensei que isso aconteceria, vindo de você amor que sempre disse que não tinha nenhuma religião.
-Não tenho, mas acredito posso dizer que exista um ser celestial maior regendo este planeta.
-Entendo seu ponto de vista! - Clara diz ao fazer uma pressão maior nas mãos da mulher.
-Amor por que essa força?
-Alguém nasceu. -A morena afirma ao sentir a primeira criança saído de dentro de si. sua pequena nascendo.
-Oh meu amor, nossa princesa nasceram. -Marina constata ao ver a doutora pegar a pequena desenrolar o cordão umbilical e coloca-la no colo da amada.
-Tão linda nossa pequena Mari. -Clara diz ao acalentar a filha nos braços e ouvir o primeiro choro da filha.
-Ela chorou assim que a doutora lhe entregou! -A morena solta um leve gemido ao dar a luz ao segundo filho.
A fotógrafa entendeu o murmúrio da esposa, mais que depressa fez o que viu a médica fazer, o seguiu seu primeiro instinto de mãe protetora, pegou o filho debaixo da água e o segurou nos braços.
Tanto Joana, como a enfermeira ficaram estarrecidas com cena que as presenciava, das duas mulheres cada uma segurando os filhos no colo. Márcia esperou dar os minutos para poder pegar as crianças e fazer todo procedimento adequado.
-wow.-Jackeline pegue minha luvas para mim ajudar as mamães aqui que o pequeno Noah não me esperou arrumar a irmãzinha dele. -A Doutora pede ao fala baixinho não querendo interromper a cena linda que acabara de presenciar.
-Pode deixar! -A enfermeira acena positivo com a cabeça para sua chefe.
-Os filhos de vocês são lindos..- Márcia elogia ao ver o semblante da parturiente de alegria por ter colocado dois seres pequenos ao mudo.
-Prontinha doutora! - Jackeline diz ao pegar as luvas pra médica.
-Preciso que me dê o material para cortar o cordão umbilical da Mariah primeiro.
- E o Noah? - A fotógrafa inquiriu a médica.
- Calma, ele tem que ficar no meu colo amor alguns minutos, é o tempo que você ajuda a doutora a vestir a pequena.
- Aí amor, desculpa, sabe que sou mãe de primeira viagem.
- Entendo, mas você viu que deu tudo certo, mesmo ter demorado umas cinco horas para nossos filhotes nascerem.
- E você está bem?
- Ótima, graças a Deus não ocorreu nenhum problema.
- Isso é muito bom, olha que quando a Joana me ligou, fiquei super preocupada de não chegar a tempo, principalmente quando ela me disse que a contrações haviam reduzido o tempo. - A médica expõe sua preocupação com a paciente.
- Acho que não demorou, porque já tive filho.
- Esse um fator importante, durante sua gravidez não tivemos muitas intercorrências, sua pressão estava estável, os bebês também, a não ser no início da gravidez e quando você completou seis meses..
-Tudo por minha culpa! - Marina confirma ao pegar cortar o umbigo da Mariah e pega-la no colo.
- Foi nossa culpa, e nada de querer se culpar!- A morena pede.
- Uhum.
-Desculpe gente.
- Tudo certa doutora, ao menos tudo que passamos nos ensinou pensar mais na gente e priorizar o nosso casamento do que está brigando. - A artista é sucinta em suas palavras acabando com qualquer desconforto da médica ao citar aquele assunto.
- A lindinha já mamou, agora vamos vesti-la e depois precisamos pesá-la.
-Que balança doutora?-Clara questiona.
-Eu ando com uma junto com meu material.
Enquanto Noah mamava e recebia os primeiros afetos da mamãe dele. O hall de entrada da casa, os demais familiares da Fernandes mais nova chegavam para parabenizá-la. A primeira a chegar em Santa Teresa foi Chica, Ricardo, Ivan, Helena, Virgílio e Luiza com o noivo André.
-Boa noite Pedro?
-Boa noite dona Chica!
-Onde estão minha filha e os meus netos?
-Dona Clara está lá em cima, em trabalho de parto!
- Meus irmãos já nasceram? - Ivan indaga meio sonolento, o mesmo só levantou da cama porque a avó alegou que seus irmão iam nascer dentro de algumas horas..
-Meu jovem creio que há uma hora dessa eles já nasceram. - Pedro diz ao olhar no seu relógio de pulso e constatar o ponteiro marcava uma hora da manhã do dia vinte e nove de julho.
-Então vou correr para vê-los.
-Nada disso mocinho. Helena para o sobrinho antes que ele desse mais um passo.
-Por que não tia?
-Suas mães ainda estão organizando tudo, quando a Joana descer você sobe.
-O melhor a se fazer é você esperarem na sala. -Pedro sugere.
-Verdade! -Ricardo concorda ao se encaminhar para a porta de entrada com os demais.
-Vovó posso ir ao meu quarto?
-Não meu amor! -Sei que seu quarto é desculpa para subir.
-Eu quero ver meus irmãos e a mamãe.
-Tenha paciência.
No andar de cima o clima era de puro amor das mães com os gêmeos. Mãe e filhos estavam bem, Maríah e Noah pesaram 2 quilos e setecentas gramas. Enquanto Marina vestia os filhos com a ajuda da Joana. Doutora Márcia e a doula ajudavam Clara a fazer os procedimentos de higiene fina. A fotografa era só sorrisos por poder vestir seus filhos pela primeira vez, vestiu a roupinha que pediu a Joana que fosse pegar no quarto dos bebês. Joana pegou dois macacõezinhos um de cor azul e outro rosa com o nome das crianças que Marina mandou bordar inclusivamente para aquele momento.
-A mamãe de vocês está tão feliz meus amores. Marina conversa com os filhos. -Eu espere tanto para poder os dois desse jeitinho auge estão aqui, todo lindinhos do jeitinho que sempre idealizei que seria, assim que sua outra mãe me confirmou que estava esperando vocês.
-Realmente nossos filhos são lindos amor! -Clara fala ao aparecer no quarto devidamente arrumada.
-Obrigada amor por ter me presenteado com essas duas dádivas. - Marina não se importa com os presente e beija a esposa.- Sente algum desconforto?
-Nenhum pouquinho!
-Mas vai precisar de repousar por algumas horas?
-Sim!
-Então deite aqui ao lado dos pequenos.
-ótima ideia! -A morena afirma ao romper o contato do beijo.
-Bom meninas preciso ir. -Márcia profere.
-Antes só me confirme que a minha esposa está bem! -A branca pede toda preocupada.
-Sua esposa não teve nenhum problema, só vou precisar que ela vá amanhã no meu consultório.
-Pra que?
- Para realizarmos alguns exames.
-Você acabou de me confirmar que a Clara está bem!
-Por fora sim, Clara até o momento não sentiu nenhum incomodo aparente, mas nunca é demais chegarmos para ver se estar tudo em ordem por dentro, são os exames de praxe Mari.
-Desculpe, tudo é muito novo, pode nos aguardar vamos estar lá na hora exata.
-Estarei esperando vocês lá.
-Lembranças ao meu médico favorito.
-É assim que me pagar?
-Deixa de ser ciumenta, você e o seu marido são meus amigos. -Obrigada por ter vindo. -A fotografa diz ao abraçar a medica.
-Meu trabalho Mari, amo o que faço.
-Mesmo assim obrigada.
-Não pense que irá se livrar de mim, sua jornada como mãe só está no começo.
-Nem eu quero que nos deixe, você e sua equipe são ótimos profissionais.
-Quando eu e meu esposo decidimos construir um hospital não foi só para ganhamos dinheiro e sim oferecer as pessoas atendimento dignos na aérea da saúde.
-Você e seu esposo são exceções nos dias de hoje!
-Fala isso porque nos conhece a um tempo.
-De fato sou suspeita, mas vocês da aérea da saúde são pérolas.
-Que infelizmente não são devidamente reconhecidos nesse país. -Clara expõe.
-Mari de fato tenho que ir, o papo está agradável, mas a mamãe ali e as crianças precisam descansar.
-Certo!
-Joana por favor as acompanhe até a porta.
-Pode deixar.
A doutora com a enfermeira deixara o casal com a sensação de deve cumprido. Marina foi até a cama e se deitou na outra lado da cama, deixando os filhos no meios das duas.
-Eles dormiram amor?
-Uhum..A morena diz meio sonolenta.
-Quer comer alguma coisa?
-Só quero descansar.
-Descanse amor, cuidarei dos baixinhos!
-Eu te amo! -A carioca expõe ao dormir.
-Eu também, sem você na minha vida não sei o que seria de mim. -A branca afaga os cabelos da esposa.
Clara dormiu sentindo o carinho da esposa na cabeça. Marina ficou admirando seus três amores dormindo, não podia está mais feliz, então aproveitou o ensejo pegou sua máquina fotografia e registou o momento mais lindo que a lente de sua câmara podia registar. Sem quer acabou adormecendo ao lado dos filhos que nem viu a entrada de Ivan no cômodo. Ivan pegou a câmera e tirou uma foto com a visão mais linda e sensação de paz no peito lhe invadindo por ver que naquele quarto havia nascido não só seus irmãos, mas sim o comprometo perfeito da sua família. Deixou o cômodo nostálgico, desceu e foi mostrar aos demais familiares, sendo que eles preferiram deixar o loirinho fazer superar para Clara e Marina, assim que Joana chegou na sala e a médica lhe dando a boa notícia que os gêmeos nasceram com saúde e que a paciente estava bem. Os Fernandes ficaram felizes pela notícia e foi quando Ivan saiu correndo para ver a família enfim completa.
-Ivan? -Chica o repreende.
-Deixe-o subir! -Joana interceder pelo garoto.
-Não tem problemas, sua filha está acordada junto com a Marina e os bebes.
-OK!
Chica e os demais familiares ficaram ansiosos esperando para ver os recém-nascido, entretanto não foi possível os verem ainda naquele dia, pois Ivan não demorou para voltar.
-Meu neto por que voltou?
-Estão dormindo vovô Ricardo.
-Hum..-Por que está com a câmera da sua mãe Ivan? -Luiza questiona.
-Peguei para tirar essa foto. -O loirinho constata ao mostrar a foto pra prima.
-Eles são lindos. -André expõe.
-São meu irmão André, tem que ser lindos.
-Deixa ver filha. -Helena pede.
-Acho melhor todos se juntarem. -Ivan sugere.
Todos os Fernandes se aproximaram do garoto para confirmar com seus próprios olhos a imagem dos gêmeos dormido e uma pegando na mão do outro, enquanto que as mães os protegiam ao redor com os braços. A família resolveu voltar para o Leblon e pediram a Joana que colocasse Ivan para dormir que no outro dia tidos restaram de volta.
(..)
Em Nova York o cenário atual, não era tão diferente do Brasil. Em Nova York Nina e Alex também estavam super felizes pelo procedimento da fertilização ter dado certo . Diferente de Clara e Marina que estavam eufóricas por terem que lidar com duas crianças recém nascidas em casa.- Nina e Alex aproveitaram cada etapa que a gravidez por dia proporcional a um casal que tanto planejou a vinda do primeiro herdeiro da família Madovisky Lombardo.. Alex agora diretora do FBI, cargo esse que teve que aceitar como muita insistência do próprio chefe, principalmente d primeira tentativa frustrada devido a recusa da a agente está encabeçada na inseminação para a realização do seu sonho com a esposa. O que Alex não esperava é que sugeria uma segunda oportunidade dela subir de cargo no departamento, devido a aposentadoria do chefe Brian e pelo amigo Arthur ter preferido ir morar no Brasil com a esposa.. Como nessa vida não são mar de rosas, Nina e a diretora tiveram sua primeira briga as levando a dormirem em casa separadas. Alex estava junto com a esposa procurando moveis para o quarto do filho ao ser tomada por lembranças da b perfeitas de como sucedeu o desentendimento entre as duas.
- Ni você lembra da proposta que o Brian me fez? - Alex questiona a mulher ao tomar o gole da sua bebida que o garçom havia acabado de servi-las.
- Você desistiu né? - A psicóloga inquiriu a esposa ao dar uma garfada na sua massa.
- Na primeira como sabe sim!- A ruiva suspirou ao deixar suas taça na mesa e pegar nas mãos da ativista.- Mas agora as coisas mudaram e o Arthur se recusou.
-Foi por isso que ele veio com a esposa pra cá?
- Exatamente!
- O Brian tem outros agentes Alex.
-Não há dúvidas enquanto a isso Ni, o problema que depois que o Brian conseguiu esse cargo, após o confronto que tivemos com sua família e passou a confiar, mas em mim e no Arthur devido estarmos com ele há muito tempo.
-Então foi por isso que me trouxe para jantar fora?
-Não!
-Só aproveitei para introduzir esse assunto, nunca escondemos nada uma da outra.
- Alex Lombardo se você retornou nesse assunto que eu não gosto, é porque já tomou sua decisão.- Nina foi enfática em suas palavras.
-Como ousa me julgar Nina, nunca fiz nada de caso pensado e você conhece.
- Fez de caso pensado sim!
-Se não queria sair comigo era só ter dito-a ruiva abaixa a cabeça para provar sua refeição.
- Não é bem assim é Alex!
-Não era Nina, mas estou vendo que vai se tornar se eu aceitar a proposta do Brian.
-Assim como recusou na primeira, recuse na segunda! - A ativista sugere.
-Na primeira eu recusei por causa que embarcamos juntas para fazer todo o procedimento e eu mesma pedir que tirássemos alguns dias para a realização do procedimento de inseminação.
-Agora que você não deveria aceitar, sendo que eu estou gravida de um mês.
-Por esse motivo Ni que eu devo aceitar, não vou te abandonar.
-Por mais que você não queira amor, vai chegar um dia que você não vai poder deixar o trabalho. - Nina explica ao se mexe na cadeira sentindo desconfortável no assunto sobre trabalho.
- Pela primeira vez vamos ter que discordar Nina, você só cumpriu o combinado de todo o procedimento, assim que descobriu que o procedimento foi um sucesso você em vez de ficar em cassa, preferiu voltar a sua rotina normal, por eu tenho só eu tenho me abnegar de alguma coisa que tanto quero?- Alex confronta a esposa.
-Agora vai me jogar na cara, só porque eu não seguir o que me pediu, sendo que concordamos em tirar os dias necessários e que se surgisse algo urgente na Ong eu iria resolver pessoalmente.
-Só quero que você entenda que nesse memento é a melhor chance de subir de cargo, não haverá outra oportunidade.
-E desde quando você quis se tornar diretora do FBI, que eu saiba você nunca me falou dessa sua vontade repentina. - Nina despeja sem nenhum remorso.
-E tem algum problema eu mudar de ideia? - A ruiva retruca.
-Nenhuma Alex, desde que não comprometa o que tanto queríamos.
-Prefiro terminar essa conversa em casa, por que eu já percebi que vamos longe.
-Tudo bem, pague a conta que eu te espero no carro. - A psicóloga diz ao se levantar da cadeira.
-Me espera, para as pessoas não pensarem mal.
-E desde quando eu me importo com que os outros pensam a meu respeito. - Nina pergunta ao deixar o restaurante, sem dar chance para a esposa responder. falando sozinha.
Assim que a esposa saiu do local, a agente foi até o caixa pagar a conta, não quis esperar mais nenhum minuto ali pelo garçom, pois sabia que o mesmo ia demorar devendo-se ao fato que o restaurante estava bem movimentado.
-Por favor a conta! - Alex pede a moça do caixa.
-Qual o número da mesa senhorita?
-Trinta e três!
-Deseja algo mais antes de fecha-la?
-Uma dose Jack Daniel's Heney por favor!
-Ótima escolha! - Vou pedir ao barista que a sirva.
-Posso terminar minha bebida aqui no balcão mesmo?
-Sem nenhum problema.
-Perfeito!
-Por favor me sirva uma garrafa da bebida mais forte que você tem! - Uma jovem de aparentemente vinte cinco anos pede ao barista ao se sentar ao lado da policial.
-Sai em dois minutos. - A caixa responde ao informar o barista s
-Seu Whisky senhorita! - o barista diz ao pôr o copo em frente a ruiva.
-Obrigado! - Alex diz ao virar o conteúdo do copo só de uma vez.
-Wow, tem alguém aqui com sede! - A jovem de cor morena, com olhos puxadinhos, cabelos castanhos expõe ao ver a cena da policial.
-E tem algum problema nisso? - A raiva indaga ríspida.
-Nenhum!
-Então fique quieta.
-Só acho que para a senhorita está bebendo assim é porque levou um fora. - A jovem não se intimida e deduz.
-Talvez não seja só eu na mesma situação. - Alex ironiza ao ver o barista trazer uma garrafa de Whisky John Walker & Sons Odyssey, o mais caro de fato daquele recinto.
-Não negarei!
-Você não parece ter idade para beber. - A policial constata ao reparar na jovem pela primeira vez e olhar para o barista e a caixa ficarem pálidos com o comentário.
-A senhorita é policial por um a caso? - A jovem não se contém na curiosidade.
-Se eu disse que sim, irá acreditar?
-Não!
-Por que?
-Com todo respeito a senhorita está mais para ser uma modelo do que uma policial.
-Obriga pelo elogio mocinha, mas não tentando flertar comigo que vai escapar de me mostrar os seus documentos.
-Mostrar os meus documentos nunca foi problema e não vai se agora.
-Ainda de ser baixinha ainda é respondona.
-Aqui meus documentos. - A jovem diz ao tira-los de sua carteira.
-E no é que ela é maior. - Alex debocha ao ver a data de nascimento.
-Não mandou a senhorita não acreditar, pensou que eu ia dar o gostinho da senhorita me levar para uma sela.
-Não sou do tipo de policial que vai levando as pessoas para uma delegacia sem ao menos investigar primeiro.
-Sinto muito, mas seu tom não me deixou outra opção.
-Desculpe pela má impressão senhorita Aila Ferreira Cortez. - Alex pede ao devolver os documentos a jovem.
-Desculpe-me sei fui inconveniente senhorita.
-Pode me chamar de Alex.
-Ok!
A atendente e o barista ficaram aliviados de tudo ter se resolvido, por um momento pensaram que teriam que chamar o gerente para apaziguar os ânimos das duas mulheres e reverter a situação caso a jovem fosse menor de idade e o seu chefe ter que ir preso por vender bebidas alcoólicas a menores de idade.
- Senhorita desculpe a intromissão, aqui está sua conta. - A caixa expõe ao entregar a conta para Alex.
-Quanto eu devo?
-Trezentos dólares.
-Só um momento que eu vou pegar o meu cartão.
-Não se preocupe!
A policial pegou sua carteira de dentro da bolsa, vasculhou por todos os cantos e não encontrou o cartão, procurou por dinheiro, só tinha a metade da conta, então lembrou que quem estava com o seu cartão era a esposa. Alex não tinha se dado conta que havia esquecido com a esposa.
-Algum problema Alex? - Aila questiona
-Esqueci o meu cartão!
-Deixa eu pago sua conta.
-Não é necessário.
-Eu pago, a senhorita bebeu só uma dose de whisky.
-Eu devo ter esquecido no meu carro, vou pegar! - Alex deduz.
-Não tem problema, fique e me acompanhe. - Aila pede ao pegar no braço da ruiva a impedindo de sair do seu lado.
-Agora vejo o motivo da sua demora. - Nina profere ao ver a jovem no lado esposa.
-Oh merda! - Alex se pragueja mentalmente ao ouvir a voz da esposa atrás de si.
-Acontece algo Alex? - Aila questiona ao ver a fisionomia da ruiva ao ver a morena por cima do ombro da policial.
-Eu tenho que ir buscar meu cartão! - A policial insiste ao se afastar da jovem.
-Procurando por isso. - Nina pergunta ao mostrar o cartão da esposa.
-Então ela o motivo da sua dose de bebida! - A jovem constata ao ver a aliança no dedo da Nina quando a mesma mostra o cartão.
-Ela é minha esposa! - Alex afirma sem rodeios.
-oh may god!- Aila resmunga ao se servir da sua bebida.
-Obrigada amor! -A psicóloga ironiza ao deixar o cartão da esposa em cima do balcão e sair pela mesma porta que entrou.
-Alex acho melhor você se apressar, porque sua esposa só faltou me fuzilar com os olhos. A jovem expõe ao ver a raiva nos olhos da morena.
-Senhorita a senha! - A caixa pede.
-Uhum..-A policial sussurra ao digitar sua senha.
-Sua via?
-Não precisa.
-Obrigada e tenha uma ótima noite!
-Pra você também!
Alex pega o cartão e o guarda na carteira ao olhar para garota, antes de ir vou precisar de uma dose da sua bebida.
-Fique à vontade para tomar quantas quiser.
-Aila até gostaria, mas eu estou encrencada. - A ruiva afirma ao pegar seu copo e servir.
-Sinto muito pelo transtorno Alex, mas acho que não sou eu que irei dormir no sofá!
-Por que está me falando isso?
-Acabei de brigar com minha namorada.
-Por que?
-Ela não quer me acompanhar até na Florida. - Aila explica ao se lembrar da briga que teve com a namorada duas horas atrás.
-Motivo?
-Trabalho.
-Oh céus..
-Disse alguma besteira?
-Não! - Alex suspira cansada. - Estamos no mesmo barco.
-Então sua esposa ficou com raiva não por mim e sim por conta de trabalho?
-Exatamente antes de você chegar eu e ela estávamos jantando aqui.
-E conversando sobre trabalho.
-O próprio, ela não quer que eu seja diretora do FBI.
-Show! - Aila resmunga nostálgica com a informação.
-Infelizmente minha esposa não ver dessa maneira.
-Que pena, mas vá e se acerte com ela.
-É o que eu mais quero, pelo jeito hoje não vai acontecer.
-Por que?
-A deixe esperando no carro.
-Nossa, desculpe por ter insistido para você ficar! - Aila pede. - Posso acompanhá-la e me desculpar com sua esposa.
-Não será necessário.
-Então vamos brindar a nossa má sorte! -A ruiva fala ao levantar o copo.
-Tim, Tim! - A jovem toca no copo da ruiva.
-Foi bom em conhece-la.
-Digo o mesmo.
-Te desejo sorte com sua esposa.
-Também desejo sorte com sua namorada.
-Pensando bem e vou voltar pra casa e resolver essa questão, não vou deixar o nosso trabalho nos impedir de estarmos juntas. - Aila constata ao pegar a garrafa da bebida. - Por favor peça ao gerente que mande a conta para minha casa. - A jovem pede ao se dirigir a atendente.
-Assim que se fala! -Não vai pagar? - A ruiva questiona.
-O gerente me conhece!
-Para você ter pedido a bebida mais cara, você é rica?
-Digamos que ganhou alguns dólares com o meu trabalho.
-Então seu trabalho é muito bom.
-Meio cansativo.
-Todo trabalho é cansativo.
-Não duvido, mas duplica quando se é promotora.
-Wow.-Agora explica tudo porque a bebida mais cara. Alex gargalha.
-Se posso me dar o luxo de beber, tenho que comprar a mais cara, pelo menos uma vez.
-Concordo! - A policial afirma ao deixar o copo no balcão e dar passos para deixar o restaurante.
-Eu te acompanho até o estacionamento.
-Ok!
Aila e Alex foram conversando até o estacionamento, a ruiva procurou pelo carro da esposa, mas não o encontrou.
-O que foi? - Aila indaga ao destravar o carro.
-Nina acaba de me deixar aqui.
-Posso leva-la até sua casa.
-Assim irei atrasa-la.
-Aceite como desculpa.
-Tem certeza?
-Tenho!
A policial aceitou meio relutante a carona da “desconhecida”, mesmo estando ciente que a jovem era promotora e ela uma policial, não haveria risco nenhum, mas pensou consigo mesma que não é apropriado andar com estranhos, mesmo no país que se mora.
-Em que está pensando? - Nina pergunta ao parar no sinal vermelho.
-Que eu não deviria aceitar carona de estranhos. - Alex é sincera.
-Concordo! - A jovem constata ao dar partida no carro novamente ao continuar. - De fato não devemos aceitar carona de ninguém que não conhecemos.
-As pessoas hoje em dia estão tão, mas.
-Já peguei um caso em que o suspeito estava sendo acusado de violentar duas mulheres ao oferecer carona.
-E o qual foi o veredito? - A ruiva se mexe no banco do passageiro levemente incomodada com o assunto ao pensar que havia prendido o mesmo cara de anos atrás traficando drogas.
-Que de fato o suspeito havia cometido os crimes e de forma cruel, não deu chance das vítimas se defenderem.
-São não me diga que foi a caso de Washington
-Esse mesmo, como sabe?
-Eu e meu amigo que prendemos o Frederico há oito anos.
-Quanta coincidência Alex.
-Muita, quantos anos ele pegou de prisão?
-Foi a prisão perpetua, o crime dele além de violentar mulheres, ele trafica drogas e traficava crianças.
-Que alivio! - A policial suspira. - Quando o prendemos ele foi suscinto ao dizer que tinha os melhores advogados e que tinha pai rico.
-Por esse motivo custamos encontrar as provas.
-Imagino, gente que tem dinheiro é mais complicado provar.
-Não comigo no caso, vou até os últimos minutos para comprovar.
-Fico feliz que é uma profissional que luta pelas vítimas e não pelos réus.
-Mas já tive muitas derrotas na corte.
-Não duvido.
Em torno de vinte minutos, a promotora parou com o carro na frente da casa da policial.
-Está entregue.
-Obrigada!
-Disponha.
-Boa noite! - Alex deseja ao sair do carro.
-Alex! - Aila chama a ruiva.
-Pode falar.
-Aceite um presente. - A promotora fala ao pegar a garrafa de whisky no banco traseiro.
-Não posso!
-Aceite com lembrança.
-Me converseu!
-Obrigada por ter me escutado mesmo eu ter atrapalhado você.
-Eu que agradeço, foi bom conversar com você.
-Foi bom mesmo, nos esbarramos por aí.
-Aposto que sim!
-Boa noite! - Aila deseja ao entregar a garrafa e o seu cartão.
-Vá com cuidado.
-Pode deixar, não estou bêbeda.
-Mesmo você sendo promotora está infringindo a lei de trânsito.
-Eu sei que quando bebemos não devemos dirigir, mesmo que a quantidade de álcool seja mínima.
-Verdade vá em paz.
-Fique em paz!
Alex viu a promotora ligar o carro e sair, a mesma pegou a cópia de chave que estava dentro do bolso da sua jaqueta e abriu a porta.
-Isso são horas Alex? - Nina pergunta ao acordar com a claridade da luz.
-Se você estivesse me esperado não tinha chegado tão tarde.
-Agora eu sou sua motorista para esperá-la? - A psicóloga debocha.
-Não é, mas tinha que ter pelos menos consideração.
-Consideração Alex?
-Você é minha esposa, não custava me esperar uns minutos a mais...
-Você sendo minha esposa me desconsiderou, eu te esperei muito, até que eu vi sua demora eu fui atrás de você, mas...
-Nem complete a frase! - A ruiva pede.
-Claro que não quer, mal virei as costas e já estava aos risos com outra. Nina não se intimida. - Que por sinal veio te trazer em casa.
-A Aila só me deu uma carona.
-E ainda por cima sabe o nome dela.
-E tem algum problema saber o nome dela? -Alex pergunta sem desviar o olhar da esposa.
-Não, desde que eu seja a primeira a saber que está me traindo.
-Agora está me dando amante, está igual a Clara.
-Não me compare com a esposa Mari.
-Logico que eu não devo, por que a Marina é santa.
-A Mari não é santa Alex, mas você sabe que eu não gosto que me compare com ninguém.
-Eu também não gosto Nina, e você não ver que está me comparando com a Clara ao pensar que eu tenho amante.
-Você quem está afirmando!
-Está certo! - Nunca vou ser quem nem Marina que te entende, por que a Marina vai ser sempre a ex- perfeita, boa demais. - A policial debocha ao se descontrolar.
-Quanta ironia. - Nina afirma ao se levantar do sofá. - Não gosta de ser comparada com a Clara, mas se compara com a Marina.
-Realmente você e Marina se merecem!
-Já vi que bebeu para ter coragem.
-Não estou bêbeda.
-Não é o que essa garrafa na sua mão me mostra.
-Isso aqui foi um presente.
-Está certo, você ter ido para a cama com a Aila não te serviu de consolo, ela te presenteou com uma das bebidas mais cara. - A psicóloga não mede as palavras.
-Chega Nina!
-Agora você vai me ouvir Alex!
-Não estou em condições, seu eu ficar aqui vamos brigar feio. - Alex diz ao se encaminhar para o quarto do casal.
-Comigo você não dorme!
-Seu não dormir com você, aqui eu não fico.
-Faça o que bem entender, hoje não durmo com você!
-Fui! - Alex sai ao pegar a chave de sua moto e deixar a esposa sozinha.
-Merda, Merda! - Nina bufa ao começar a chorar.
Alex foi até a garagem de sua casa, pegou sua moto e saiu rumo a casa de sua mãe que havia mudado junto com o pai, desde quando a ruiva havia contado que a inseminação havia dado certo e que sua esposa já estava com um mês de gravida. A ruiva chegou na casa dos pais com o rosto banhado em lágrimas, bateu na porta até que seu pai atendeu.
-Filha?
-Oi pai.
-O que houve?
-Nada pai!
-Está mentindo Alex.
-Quem é amor? -Kelly indaga o marido do andar de cima.
-Acho melhor descer.
-Poço dormir aqui hoje? -Alex pergunta mudando de assunto brevemente.
-Lógico filha.
-Obrigada pai.
-Quero que saiba que sempre pode confiar em mim. -Jemes diz ao confortar a filha em um abraço.
-No momento só preciso de colo.
-Entendi!
-Oh meu Deus! -Kelly resmunga ao ver o marido e a filha abraçados. -Tem espaço para mais um nesse abraço?
-Pode vim amor, nossa filha precisa de nós. -O ex comandar do FBI afirma ao abrir espaço para a esposa no sofá.
-Posso saber o que aconteceu?
-No momento Alex não quer falar.
-Compreendo, no tempo dela.
Sempre querida!
-Ei amo tanto ela pai! -Alex diz ao encostar a cabaça no colo do pai.
-Sabemos que sim filha!
-Mas a Ni não percebe.
-Meu amor ela te ama.
-Se ela me amasse não tínhamos brigado.
-Aí está o motivo, briga. A ex-professor expõe ao acariciar a cabeça da filha.
-Não é qualquer briga mãe.
-Percebo filha, nunca foram de brigar e por isso estranho você está a essa hora em casa.
-Sabia que a primeira briga de vocês ia ser assim, iam ter que se afastar. -Jemes expõe.
-Por que Jemes?
-Alex e Nina sempre foram procrastinando os maus entendimentos, agora que surgiu uma brecha, veio, contudo, e de uma vez só.
-Nina não quer que eu seja diretora do FBI.
-Que magnifico filha. -Jemes sorri só com a menção de um dia ver a filha como chefe e não subordina.
-Não é só isso né Alex?
-Meu falou a verdade, sempre proletamos, agora estamos pagando, justo quando ela está gravida.
-Mas o que aconteceu de verdade.
Alex por um momento pensou em não contar toda a histórias aos pais, mas viu se a melhor opção ao se sentir mesmos angustiada, esperou os pais absorverem a situação para ouvir o que veria a seguir.
-Bom minha filha, acho que devido toda a situação, de fato durma aqui.
-Estou preocupada mãe, Nina não tem ninguém.
-Sua esposa sabe se virar sozinha.
-Não mãe.
-Não interrompa sua mãe Alex.
-Desculpa.
-O que estou querendo dizer filha é que vocês duas precisam pôr as ideias no lugar, elas se magoaram mutuamente.
-E se a Nina me deixar?
-Aí ela vai ser burra.
-Não se desespere Alex, é a primeiras brigas de vocês, eu sei que está perdida e não sabe o que fazer.
-Não sei mesmo. -Alex sussurra.
-Aproveite para pensar em tudo sobre seu casamento.
-Seguirei seus conselhos, posso dormir?
-Pode, sabe o caminho filha.
-Licença pai, mãe!
-Toda! -Os pais da policial desejam.
Alex beijou seus pais e subiu, chegou no quarto apenas trocou de roupa escovou os dentes e se jogou na cama exausta pela conversa frustrada que teve com a esposa. A ruiva sabia que ia entrar em assunto que a psicóloga não gostava, mas não custava tentar convencer a esposa da proposta que havia recebido pela segunda vez. Cinco ruas a baixo se encontrava uma ativista pesaroso pelo conflito que sucedeu horas atrás, a mesma deitada na cama refletiu após ter chorado o que tinha para chorar naquela noite, durante sua reflexão que tanto ela como a agente não tinham conversado sobre questões de trabalho tão afundo e nem tocado que para Alex era um assunto proibido, mesmo que a policial afirmasse com todas as letras que Marina não era problema na relação delas, mas depois da discursão onde a esposa proferiu o nome da fotógrafa de forma ciumenta, naquele momento viu nos olhos da esposa que a ruiva tinha um certo resquício de ciúmes guardado da Marina, pela Nina sempre defende-la quando a fotografa ligava para desabafar sobre as brigas recorrentes que estava tendo com Clara. Nina se levantou da cama foi até a geladeira tomar água, ao voltar viu a garrafa de whisky em cima da mesa onde ficavam as outras bebidas. A ativista curiosa pegou a garrafa e quando levantou se deu conta que em baixo havia um cartão com o nome e o número de telefone da promotora. Deixou objeto com o cartão no mesmo lugar, desligou as luzes e voltou a se deitar. .Meu amorzinho, não sei se é menino ou menina, saiba que já te amo, prometo que eu vou resolver essa situação com sua outra mamãe, porque só com ela a família está completa, não fique agitado com esse pequeno estreasse que passamos, sua mãe aqui que não entendeu sua mãe quando ela só quis conversar, quero que saiba que te amamos que com você nossas vidas se tornou completa, te amamos até o infinito. No meio da conversa Nina pegou no sono novamente. Alex acordou no outro dia com a sensação de estar carregando o peso do mundo nas costas, tomou banho e desceu para tomar o café na companhia dos pais.
-Bom dia mãe! - A ruiva saúda a mãe ao sentar na cadeira.
-Bom daí filhota!
-Bom dia pai! - A agente deseja ao pai ao pegar o pão.
-Dormiu bem filha?-Jemes pergunta.
-Uhum.
-Vai trabalhar hoje?
-Estou de folga.
-Que bom, a Nina ligou.
-Uhum.- A ruiva afirma ao bocejar.
-Ela pediu para você retornar.
-Não vou poder!
-Oi? - A ex-professora questiona confusa.
-Se não tiver nenhuns problemas para vocês, vou ficar aqui por mais três dias..
-Tudo isso?-Jemes indaga quase se engasgando com o café.
-Se não puder eu super entendo pai, não quero tirar a privacidade de você.
-Nós adoramos quando vem filha, seu pai ficou confuso com sua decisão repentina. - Kelly explica.
-Não é repentina mãe, pensei ontem antes de dormir.
-Pensávamos que voltaria para sua casa hoje.
-Decidi que preciso de mais tempo para organizar as ideias.
-E a minha nora filha?
-Vai ter que esperar.
-Tem certeza?
-Tenho pai!
-Só queremos que se acerte com sua esposa Alex, não esqueça que ela está gravida.
-Por esse motivo que eu estou precisando de tempo, vai ser bom pra mim e pra Nina.
-Compreendemos Alex! - A ex-professora afirma ao apertar a mão da filha a confortando.
-Vocês são os melhores pais.
-Te amamos filha, por isso que te apoiamos em suas decisões, mesmo não concordando. - Jemes constata ao pegar também não mão da filha.
-Se a Nina ligar, digam a ela que estou tirei dois dias de plantão e que assim que estiver pronta para conversamos eu a procuro.
- A Nina não vai entender.
-Sinto muito, se chegamos a esse ponto foi por falta de compreensão dela.
-Vocês duas que deixaram, não foi só a Nina. - Jemes defende a nora.
-Concordo com seu pai querida!
-Agora vão defendê-la. - A ruiva pergunta ao ficar emburrada.
-Alex nem tudo é o que parece, a Nina nos explicou o ponto dela na história.
-Ela com o poder de persuasão convenceu os dois? - Alex não flexibiliza e se levanta com raiva.
-Com sua expressão de raiva, é melhor mesmo que fique aqui em casa. - Jemes sugere.
-Com licença, mas perdi o apetite.
-Sente Alex e espere terminamos o café.
- Não sou mais criança pai. - Alex desavia o pai.
-Mas está agindo como tal.
-Jemes!- kelly chama atenção do marido- Pode sair filha, vá tomar um ar fresco.
A futura diretora aceitou a sugestão da mãe, saiu para correr, naquele dia não ligou para a esposa mesmo estando tentada a fazer. Nina por outro lado ligou para a secretaria e pediu que remarcasse todas as reuniões e que enviasse um e-mail para Christian confirmando a presença dele na conferência da California. Ao finalizar a ligação, se pegou pensando no motivo da espoa não ter retonado sua chamadas. Estando com o celular em mãos discou o número da a agente mais uma vez, caiu na caixa postal, então aproveitou para ligar para sua fiel amiga.
-Alô Mari!
-Não é a Marina, posso ajuda-la Nina!
-Desculpe Clara, a Marina está?
-Está tirando algumas fotos, por que?
-Assim que ela terminar peça para ela me ligar.
-Se você quiser eu levo o celular pra ela, daqui apouco ela para o almoço. Clara sugere.
-Se não foi incomoda-la.
-Imagina! - A carioca responde ao se encaminhar para levar o celular para a esposa.
-E como vai a gestação?
-Ótima!
-Está sentido muitos enjoos?
-Só um pouquinho.
-Esse desejo de gravida acontece sempre no começo?
-Depende de cada mulher Nina, do Ivan eu tive nas primeiras semanas, nessa está durando bem mais.
-Bom saber!
-Amor a Nina deseja falar com você! - Clara entra no ateliê chamando pela amada.
-Peça a ela que aguarde, estou terminando aqui.
-Uhum.
-Nina ela vem falar com você.
-Aguardo!
-Meus parabéns pelo herdeiro Nina.
-Obrigada Clara!
-Imagino que você e Alex estão felizes pela benção que está a caminho.
-Estamos...- A psicóloga omite.
-Foi bom falar com você, mas o dever me chama, vou passar pra Mari.
-Meus parabéns também pelos bebes.
-Grata, tchau.
-Tchau.
A morena entregou o telefone a fotografa e se retirou para dar privacidade para a mesma, apenas pediu para que não demorasse muito para almoçar.
-Pode deixar amor!
-Te amo!
-Eu te amo mais. - Clara afirma ao beijar a esposa nos lábios.
-Realmente shippo muito vocês. - Uma da modelo expõe antes de acompanhar as demais até a sala de estar para almoçar.
-Grata pelo elogio!
-Mari está me ouvindo? - Nina indaga.
-Desculpe Mi!
-Está podendo falar?
-Agora sim! - Onde é o incêndio?- A fotografa pergunta sabendo que para a amiga ter insistindo para falar com ela, é porque algo aconteceu.
-Me desentendi com a Alex, e não estou sabendo resolver. - A psicóloga é direta.
-Isso é uma grande novidade! - Marina gargalha da amiga.
-Não ri Mari! - Nina revira os olhos.
-Sério Ni, pensei que jamais teríamos uma conversa sobre briga sua com a Alex. - A artista sorrir novamente. Vocês parecem que são o único casal que não entram em atritos.
-Hahahaha...- Pura ilusão da sua cabeça Mari.
-Não estou mentido.
-Tão engraçadinha você.
-Qual a cachaça que beberam para acabar em desastre? -Marina não se aguenta e debocha da amiga.
-Como sabe que bêbeda também está inclusa? - Nina retruca.
-Porque sei que você e a Alex gostam de beber.
-Gostamos não nego, mas parei de beber faz tempo.
-Então se não é bebida é trabalho?
-Tem bola cristal é?
-Vi na borra de café. - A fotografa brinca de novo com a situação da psicóloga.
-É sério Mari, estou desesperada. - A ativista é firme no seu tom de voz ao chamar a amiga.
-Foi mal Ni, de fato pensei que só eu ligaria para você desabafar com você sobre briga com a Clara.
-Eu sei eu poderia resolver a situação pro ser psicóloga, mas você sabe que quando estamos dentro do relacionamento parece que não sabemos agir.
-Super entendo, mas você sendo psicóloga não te exime de errar, lembre-se sempre disso.
-Uhum.
-Me conte o que aconteceu?
-Eu e Alex saímos para jantar e nesse jantar ela me informou que surgiu de novo a oportunidade de ser diretora do FBI.
-Espera! - Marina pede. - Então o grande problema é trabalho?
-Também!
-Ni bater de frente é pior.
-Percebi ontem que não é a melhor solução, mas nosso jantar não terminou bem, deixei a Alex pagando a conta e a esperei no carro, ela demorou e eu voltei para ver o que havia acontecido e a encontrei com uma outra mulher.
-Aí meu pai, lavem o assunto traição.
-Exatamente, não a ouvi a acabei falando o que eu não queria.
- E ela não levou numa boa?
-Sim, devido a bebida acabou dizendo que ela não é você!
-Puta merda Nina. - E você jurando de pés juntos que ela não ficava irritada com a minha presença.
-Eu não errei Marina, ele escondeu os sentimentos muito bem.
-Sei como é, tenho a Clara que as vezes acha de me esconder as coisas, quando percebemos a merda já transbordou o pinico.
-Ontem jogamos tudo no ventilador.
-Sei que esse momento é difícil, e por você está me ligando a Alex não dormiu no sofá?
-Foi pior, ela foi dormir na casa dos pais e até agora não voltou.
-Ligou pra ela?
-Mais de dez vezes.
-Presumo que ela não te retornou?
-Também!
-Ni nessa situação eu sugiro que você de tempo para ela, se ela não aparecer você vai atrás dela, esse tempinho é bom pra vocês.
-Enquanto ela não volta?
-Foque na sua gravidez, e faça coisas para se distrair, sei que dói.
-Se eu atropelar as coisas.
-É compreensível Nina, eu e a Clara já brigamos e com cinco minutos depois nos entendemos na cama, nesse caso não aconselho. Marina sorrir.
-Não preciso de detalhes sua pervertida. -Nina pede ao gargalhar.
-Fazer sexo para se conciliar é gostoso, é libertador, mas nem todas as vezes funciona.
-Entendi!
-Que bom, agora você vai ficar calma e se preparar para ter uma boa conversa com sua mulher quando ela voltar.
-Que diria Marina Meirelles sendo psicóloga. - Nina sorrir ao debocha da amiga.
-Daria uma boa psicóloga, mas prefiro minhas fotos.
-É assim que você se sente quando conversa com alguém sobre seus problemas.
-Uhum.- nos sentimos mais leve.
-Obrigada por me ouvir.
-De nada Ni, e mais uma vez parabéns pelos bebês.
-Obrigada Mari.
-Tenho que ir.
-Pode ir, se não daqui apouco a Clara te puxa pelos cabelos por passar da hora de almoçar.
-Verdade!
-Se cuida e cuide da sua esposa e dos bebes.
-Você também, não pense que não vai dar conta, por mais que casamento as vezes pareça uma tremenda loucura, mas no final sempre é bom chegar em casa nos finais de dias e encontrarmos nossa razão de viverem esperando por nos.
-Não troco Mari!
-Também não!
-Beijos.
-Beijos, qualquer coisa só me ligar.
-Digo o mesmo.
Nina encerrou a ligação e foi seguir o conselho da amiga. Os dois dias se passaram e Nina acatou o pedido da esposa, ao ser comunicada pelos sogros que a filha estava de plantão no trabalho, a psicóloga não argumentou entende que a mulher a estava evitando e não trabalhando de fato. Depois dos dois dias, a ativista desistiu de esperar e foi procurar pela esposa para se desculpar com a esposa e pedir que ela voltasse para casa, onde era o verdadeiro lá. Alex no primeiro momento hesitou ao ver a esposa, mas sabia que estava sendo radical e que sentia falta da esposa, mas admitiu também que errou e que precisavam dialogar sobre seus medos para evitarem futuros problemas no casamento das duas. Nina aceitou ao compreendendo que por mais que o as pessoas se desdobre para evitar possíveis problemas no relacionamento, de alguma maneira eles vão surgir e que os casais tem que estar preparado para vencê-los..- A diretora é trazida de volta aos dias atuais, quando a psicóloga lhe chama.
-Amor olha esse berço é lindo! - Nina constata ao apontar o dedo na direção da tela do notebook.
-O que você disse?
-Disse que o berço da esquerda é perfeito.
-Bonito mesmo amor.
-Aconteceu alguma coisa no seu trabalho, ficou tão distante.
-Não, só lembrei dos dias que fiquei longe de vocês.
-Não gosto ne de lembrar.
-Foi uma barra mesmo, foram os dias mais tristes da minha vida.
-Os meus também. - A psicóloga suspira ao mudar de assunto. - Vamos comprar esse não?
-Vamos, ele tem tudo que estamos procurando para o bebê.
-Por falar em bebe, hoje é quando?
-Vinte e nove de julho porquê?
-Acho que os gêmeos já nasceram.
-Verdade, a Marina comentou que seria no finalzinho desse mês.
-Amanhã mandou mensagem pra ela.
-Faça isso!
-Vamos dormir amor?
-O pequeno Kauê te cansou?
-Uhum, fui ao trabalho depois fui a clínica falar com o médico junto dos seus pais.
-E como você e o nosso filhão estão?
-Perfeitamente.
-Maravilha. - Alex desliga o notebook e o deixa em cima da escrivaninha e volta a se ditar ao lado da esposa.
-Boa noite amo! -Nina deseja.
-Boa noite mamãe mais linda!
-Eu te amo!
-Também!
(..)
Não pense para ser você mesmo
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
(Clarice Lispector)
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