handporn.net
História Os Herdeiros dos Marotos em: o Epílogo. - Final IV: Draco e Neville Longbottom. - História escrita por RompanteSecreto - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Os Herdeiros dos Marotos em: o Epílogo. >
  3. Final IV: Draco e Neville Longbottom.

História Os Herdeiros dos Marotos em: o Epílogo. - Final IV: Draco e Neville Longbottom.


Escrita por: RompanteSecreto

Notas do Autor


Boa leitura ♥️

Capítulo 41 - Final IV: Draco e Neville Longbottom.


12/09/2002.


-Como estão as aulas?-Draco perguntou, desenhando círculos com o dedo no torso nu de seu marido.

-Bem....Desde que Sprout me largou com aqueles pirralhos, tudo anda bem. Ainda não matei nenhum deles. -Disse Neville, com os braços atrás da cabeça enquanto olhava para Draco.


No dedo anelar pálido de Draco estava um anel dourado, que fazia par com o de Neville, que brilhava levemente ao alcançar a luz do sol. Eles haviam se casado. Havia sido um evento bem íntimo e bonito, com a presença de seus amigos mais próximos e familiares, haviam unido suas magias. 

Draco não teve nem dúvida na hora de largar o nome de sua família, preferindo tornar-se um Longbottom a manter os Malfoys como lembrança podre do que fizeram, tanto com ele quanto contra o mundo. Além disso, ele se sentia bem com aquele sobrenome, de uma família que havia o recebido e recebido sua mãe com tanta gentileza, esquecendo de seus pecados passados.


-Tenho certeza que você estava tão ansioso quanto Sprout. Você adora aqueles pirralhos. -Draco se ergueu e beijou os lábios de Neville. O grifinório sorriu, tirando os braços de trás da cabeça, e segurando o rosto de Draco para beija-lo com vontade.


A vida estava indo relativamente bem para eles. No entanto, havia um problema...


-Neville! Já acordou? O café está pronto, queridos. -Era a voz de Augusta Longbottom.


Draco se jogou pro lado na cama, resmungando contra o travesseiro, enquanto ouvia Neville rir.


-Já vamos, vovó!-Neville respondeu.

E ouviram os passos dela se distanciarem.


-Eu me pergunto como que ela quer ter netos desse jeito. -Draco perguntou e Neville riu. -É sério. Eu amo a sua avó e gosto que ela tenha se oferecido em mudar pra cá para me ajudar, mas Merlin! Não há casal que tenha paz.

-Draco...São meio dia. -Disse Neville olhando a hora.

-E estamos atrasados!-Draco pulou da cama, pegando sua bengala pendurada na cama e correu para o banheiro.


Neville fez um simples feitiço convocatório e vestiu suas roupas. Logo, abriu a porta para gritar:

-Vó! Estamos atrasados! Não vamos tomar café!-Disse ele alto.

-Vocês vão ficar doentes desse jeito. -Augusta respondeu.

-Deixe-os, Gusta. -Narcisa riu na cozinha. -A juventude é uma coisa preciosa.


-Fique tranquila, Lady Longbottom, eu me alimento muito bem durante a noite. -Draco disse e Neville jogou a capa dele na cara dele.-Jantar, Nev! Eu estava me referindo ao jantar!

-Sei, Dray. -Neville sorriu e foi ajuda-lo a se vestir. 


Draco sorria bobo vendo seu marido fazer aquilo. Ele não precisava, havia criado feitiços para o vestir sem problemas ou ajuda, mas era bom ver Neville cuidando de si, pelo menos um pouco.


Neville deu um selinho nele.

-A perna está doendo?-Perguntou ele.

-Tomei uma poção, mas vou ver um médico no St.Mungus. As horas de trabalho tem piorado a dor. -Disse Draco apoiando-se na bengala. Neville o olhou preocupado e Draco fez carinho no rosto dele. -Não se preocupe, é só dor.

-Eu odeio te ver com dor. -Neville suspirou. -Te vejo a noite?

-Hogwarts ou aqui?-Perguntou.

-Hogwarts. -Neville sorriu.


Os dois trocaram mais um beijo e se despediram, então, Neville foi para o castelo via lareira.


Draco respirou fundo e andou mancando até a porta do quarto. 


Com um feitiço, a porta abriu para ele e pode continuar andando até o quarto mais próximo. Ele havia pedido para que fosse o mais perto para que pudesse ajudar caso eles precisassem.


Entrando no quarto, movimentou sua varinha para que as cortinas também se abrissem.


-Bom dia, Alice! Frank!-Draco disse em tom alegre.


Já fazia dois anos que o casal havia sido liberado para ir para casa e essa era maior alegria de Neville e Augusta.


Alice se sentou com preguiça na cama e olhou em volta, procurando Draco. Ela sorriu e acenou, como uma criança feliz. Frank continuou deitado, preocupando o médico.


Draco se aproximou dele e tocou em sua testa, sem febre.


-Mal?-Perguntou, sempre com palavras simples para que eles entendessem.

Frank assentiu fraco.

-Poção?-Perguntou de novo, mas ele não respondeu.


Alice se levantou em silêncio e cutucou Draco, ele se virou. Ela segurava um dos cartões de comunicação que ele havia feito.


Inicialmente, Draco havia tentado usar os doces Weasley de comunicação, os que Evan usava para transmitir o que queria dizer. Mas o problema era que não era que eles não conseguiam falar, era a mente deles que estava confusa e não conseguia controlar nada além de gemidos e sons simples. Então, os doces formulavam nada.


Assim, o médico desenhou a mão cartões que eles poderiam pegar e tentar mostrar o que sentiam ou queriam.


Alice segurava um cartão que mostrava um ponto de interrogação, o que não ajudava muito.


-O que?-Draco perguntou e ela negou. -Qual?-Mais uma negativa. -Quando? -E ela assentiu. -Quando que vão melhorar?


Ela e Frank assentiram. E Draco suspirou.


Todos os seus pacientes haviam melhorado, em diferentes graus, mas todos controlavam bem a sua magia, conseguiam falar e se mexer normalmente. Alguns tinham pânico, medo, ansiedade, mas, estavam felizes, podendo voltar a viver da melhor forma que conseguiam. E o visitavam para agradecer por tê-los salvo.


Mas os Longbottom tinham esse caso complicado em que a magia deles parecia estar lutando contra eles e a mente deles não permitia que eles respondessem com clareza, nem com movimentos, nem com falas.


Draco sentou na beirada da cama de Frank. 

"Eu estou tentando" Pensou. 


Neville dizia que estava tudo bem. Mas não estava, os pais dele ainda esqueciam quem ele era. Talvez lembrassem mais de Draco, a figura médica que viam todos os dias, do que dele. E isso, destruía o platinado, que havia prometido sucesso naquele projeto.


Frank pegou a mão dele.


-Logo, eu juro, senhor Longbottom. Eu irei fazer a mente e magia dos senhores voltarem ao normal. -Draco respondeu e ofereceu sua outra mão para Alice. -Vamos começar....


Ouviu alguém bater na porta, vendo sua mãe segurando um prato com pão e ovos mexidos.


-Bom dia, Lice, Frank...-Narcissa sorriu para eles. Alice andou até ela e olhou para o prato. -É para o Draco, ele não comeu ainda.


Alice olhou feio para Draco.

-Eu ia comer mais tarde. -Draco andou até ela, mas Alice pegou o prato nas mãos de Narcisa e esticou pra ele. Draco suspirou, pegando o prato, fazendo Alice voltar a sorrir. -Você fez de propósito. -Disse para Narcisa.

-Eu?-Narcisa perguntou pegando a mão de Alice. -Nunca. -E caminhou até a janela. -Como se sente, Lice, querida?


Alice a puxou pra perto dos cartões, pra tentar dizer o que Narcisa queria saber. Enquanto Draco se sentou na cama de Frank, oferecendo uma torrada a ele.

Frank sorriu e se sentou, pegando a torrada.


Draco fez sinal de silêncio e Frank o imitou.


XxX


Chegando no St.Mungus, foi diretamente para o seu escritório, onde sentou em sua cadeira giratória e ficou observando os quadros pretos cheios de riscos brancos, mostrando suas ideias e evoluções.


Ele passou as mãos pelo rosto. Faltava tão pouco, por que eles ainda não estavam curados?


-Chefe?-Ouviu alguém lhe chamar e sorriu ao ver a mulher de tranças na porta.

-Ludwig. Bom dia. -Ele ajeitou a postura. -Algum problema?

-Auror Zabini está aqui...Aconteceu alguma coisa? Você raramente se atrasa. -Ela disse enquanto o via se levantar, fazendo careta de dor. -Está com dor?

-Só pouquinho. -Ele se apoiou em sua bengala.-Zabini, é? Ele estava sério? -E começou a sair da sala.

-Sim. Acha que é um caso?-Nina Ludwig o seguia.

-Provavelmente. Ele costuma ir direto para minha sala quando só quer conversar...-Draco disse. 


-Doutor Longbottom, mas se for um caso, o senhor quer que cancele o seu compromisso de hoje com a Doutora Brown?-Perguntou Nina olhando a prancheta.

-Sim. Eu posso ver essa perna velha outro dia. E não acho que a Carly vai sentir a minha falta. -Disse Draco sorrindo.

-Doutor...-Nina disse em tom preocupado.


-Blaise. -Draco foi até seu amigo, que estava encostado no balcão de entrada, interrompendo a fala da enfermeira de tranças.

-Ei Dray. -Blaise sorriu. -Como está?

-Bem. -Draco o abraçou. -Tem algo pra mim?


Blaise assentiu e estalou os dedos.

-Temos um novo caso. Difícil.-Blaise disse e ofereceu o arquivo. Draco foi tentar pegar e ele puxou. -Tem certeza?

-Eu estou bem, Zabini. Vamos, estou entediado aqui no hospital. -Draco sorriu.

-Abuso infantil, maus tratos, suspeita de violência doméstica, roubo e homicídio doloso. Isso te diverte?-Entregou o arquivo.

-Você não faz ideia. -Draco disse irônico e deixou a bengala no balcão para folhear a pasta do caso. -Diana Parker. -Leu.

-Tinha 30 anos. Mãe de dois filhos, Frank Simon e Jane Alice Parker. Morreu no parto da mais nova por causa de uma hemorragia. -Explicou Blaise.

-Ela fez parto em casa?-Perguntou Draco levantou uma sobrancelha. -Sem um medi bruxo?

-Ela é trouxa. Foi casada com Eros Parker, um bruxo que lutou ao lado da luz na guerra. Ela se mudou para Irlanda durante à gravidez. Eros morreu aos vinte e um, corpo nunca encontrado. -Blaise disse.

-E Jane? Filha de quem?-Perguntou Draco.

-Edmund Falcon. Bruxo sangue puro, sem formação. Diana o acusou por agressão e ameaça, mas tirou a denúncia antes que os aurores fossem até lá. -Disse Blaise.


-Então, o que fez os aurores voltarem a investigar?-Perguntou Draco confuso.

-Como Frank estuda na Escola dos Marotos, Sirius acabou denunciando. Ele achou que o Parker está muito magro e estranhou algumas manchas roxas. Tentamos ir até casa do tal Edmund, mas ninguém atendia, mas ouvíamos o choro de um bebê. -Explicou Blaise.


Draco engoliu seco, vendo a fofo do garotinho no arquivo, parecia que o menino tinha quase a mesma idade que a sua priminha, Margareth Lupin. Ele tinha os cabelos loiros escuros e grandes olhos azuis, parecia muito magro e sério.


-Mas por que me chamar? Não sou pediatra. -Draco disse.

-Mas é um médico confiável. O Williams acha que esse cara pode ter envolvimento com Robards e, se ele estiver certo, podem haver diversos objetos amaldiçoados no lugar. Um risco pros aurores e para as crianças, principalmente. -Blaise disse.

Draco engoliu seco e fechou o arquivo.

-Estão indo pra lá agora?-Perguntou e Blaise assentiu. -Vou pegar meu equipamento. Me siga, podemos usar a lareira da minha sala. 


-Doutor Longbottom, tem certeza que...-Nina começou.

-Eu estou bem. -Draco repetiu e continuou andando de volta a sua sala, segurando sua bengala com força.


XxX


Chegando lá, dois aurores já estavam na porta, prontos para arrombar. Já Ronald, o parceiro de Zabini, estava baixo da janela, ele iria entrar furtivo. E Draco sabia que essa entrada era a melhor para o seu papel na missão, por isso foi até o ruivo e se abaixou, segurando sua maleta e sua bengala.


-Ei Longbottom. -Ronald sorriu. -Que bom que aceitou o caso.

-E desde quando deixo a diversão só pra vocês? -Perguntou de brincadeira, mas logo ficou sério. -Onde estão as crianças?

-Andar de cima. Nós dois entraremos escondidos sob feitiços desilusorios. As crianças são a prioridade. Você as pega e tenta aparatar imediatamente pro St.Mungus. -Ronald explicou.

-Se elas estiverem feridas, não posso fazer isso, muito menos com duas. -Disse Draco, contestando.

-É arriscado tentar chegar até a lareira, eu já identifiquei três itens amaldiçoados na casa. -Ronald explicou.

-Melhor que eu fique no quarto com as crianças. Eu as protejo e espero que você acabem com a ameaça. -Draco disse.

-Confio em você. -O Weasley assentiu.


Blaise foi para perto da porta e Ronald fez sinal, fazendo os feitiços em Draco e nele. Assim, Zabini chutou a porta de uma vez só.


Enquanto isso, o Weasley abriu a janela e junto a Draco, entraram na casa. Os aurores entraram na casa pela frente, andando com cuidado a procura de Edmund Falcon. O lugar estava fedida e cheia de cacos de vidro no chão.


A reação imediata de Draco era querer tapar o seu nariz, já tudo fedia a xixi e álcool. Um péssimo sinal.


Ronald e ele subiram as escadas com cuidado e silêncio. Suas varinhas em mãos e olhos a procura de qualquer movimento ou barulho suspeito.


Ao chegarem no hall do segundo andar, o ruivo fez sinal e eles se dividiram. Rony seguiu pra suíte e Draco pro quarto ao lado.


E mais uma vez, o platinado quis tapar seu nariz. Na sua frente estava uma criancinha de nove anos com sua roupa ensanguentada e seu corpo cheio de manchas roxas. Frank estava ajoelhado ao lado do berço de sua irmã, mas parecia dormir.


Draco soltou sua varinha no chão e se ajoelhou:

-Frank...-Tocou no ombro do pequeno e tentou o acordar. Não era seguro tentar usar magia no garoto sem saber quão instável ele estava.

-Hum...-A criança apertou os olhos e logo, os abriu. Mas, rapidamente, prendeu a respiração tendo medo de Draco.

-Respira...-Draco tentou sorriu calmo, embora seu coração batesse rápido. Sua mente percorria todos os machucados do menininho a sua frente. Seria uma noite longa. Passou as mãos pelos cabelos finos de Frank, com carinho e delicadeza. -O meu nome é Draco Longbottom, sou médico do St.Mungus. Eu vim te ajudar, Frank.

-Mesmo...?-Frank sussurrou.

-Mesmo. -Draco continuou sorrindo. -Vou te tirar daqui.

-Precisa tirar a Jane. O homem mau a machucou. -A criança respondeu e Draco olhou pro berço. A bebezinha estava respirando, mas realmente parecia muito pequena e pálida.

-Irei salvar os dois. -Draco disse. -Vai ficar tudo bem...


Os olhinhos azuis da criança logo se encheram,  sorrindo para Draco, com alivio e felicidade.


O médico foi se levantar devagar, para verificar a bebê, mas não demorou para se arrepender, pois sentiu alguém o segurar pela parte de trás do pescoço. Frank arregalou os olhos e se encolheu com medo, caindo sentado no chão, isso fez o médico saber exatamente quem estava atrás de si.


De repente, foi jogado no chão com força, e isso o fez gemer de dor, sentindo sua perna arder como fogo. Draco repetia vários palavrões em sua cabeça. Então, abriu os olhos e prendeu a respiração, vendo o homem na sua frente. Era um grandalhão. Ombros largos, barba por fazer e blusa suja de vômito, e álcool. Nojento.

O platinado sentiu raiva, vendo nos punhos do homem marcas de sangue, claramente de Frank. Além disso, Edmund apontava sua varinha na direção do rosto do platinado.


-Ora, ora...Um comensal da morte. -O homem pisou na perna machucada de Draco, que tentou não berrar de dor, mordendo a própria língua. -Achei que o Ministério tivesse matado todos eles.


Draco olhou em volta e viu sua varinha no chão, nos pés de Frank, que estava sentado e encolhido no chão. Ele fez aceno com a mão, pedindo que a criança lhe dê-se a ferramenta.


-Eles deixaram os mais bonitos vivos. Sabe como é. -Draco sorriu de lado.


E o homem apertou a sua perna mais uma vez, fazendo com ele gemesse de dor. 


"Merda, onde você está, Ronald?!" Draco pensou. 


Frank, vendo a dor daquele rapaz que havia vindo o ajudar, pegou a varinha no chão.


-Está se achando o engraçadinho, é?!-Edmund perguntou alto. 

-Engraçadinho não é bem como eu me descreveria. Lindo, rico, divertido, gostoso e muito bom de cama seriam adjetivos melhores. -Draco respondeu.

-Quero ver quantas piadas irá contar quando eu cortar a sua língua! -Da varinha de Edmund saíram faíscas verdes e Draco fechou os olhos, com leve medo.


-Solta ele, Edmund!-Frank gritou e Draco abriu os olhos, vendo a criança de pé, segurando a varinha do platinado e a apontando para o homem. -Agora!


Edmund soltou a perna de Draco e se virou, vendo a criança, talvez pela primeira vez, se colocar a sua frente. Isso pareceu muito engraçado, já que ele começou a gargalhar.


-Vai fazer o que com isso, moleque? Me espetar?-Edmund perguntou.


Draco sorriu e com um movimento rápido, antes que Falcon voltasse a olha-lo, o derrubou no chão com um chute nas pernas. Logo, ficou em pé, sem apoiar a perna machucada no chão E pegou a sua varinha na mão de Frank, a apontando pro rosto de Edmund: -Estupefaça! -E o desmaiou, fazendo com o seu corpo fizesse um grande baque contra o chão.


E esse barulho finalmente chamou atenção dos aurores, tanto que Ronald entrou correndo no quarto, arfando. 


-O que aconteceu?-O ruivo perguntou.

-Onde você estava?-Draco questionou irritado e com dor. -Eu fui atacado por esse desgraçado.

-Eu tive que descer, Blaise me chamou. Achamos vários vidros de poção do sono vazios. -Explicou o ruivo.


E Draco olhou pro berço, aquele era um péssimo sinal, porque a bebê não tinha acordado com nenhum dos barulhos que eles haviam feito.


-Precisamos ir pro St.Mungus. Agora!-Disse com tom de desespero.


XxX


Quando Neville estava indo para seus aposentos, ele não se surpreendeu com o patrono de seu esposo aparecer na sua frente. Era um belo tigre prateado, que, quando Draco finalmente conseguiu criar um patrono, fez par com o de Neville.


" -Estou preso no St.Mungus. Fui para uma missão de campo e acabei ferindo a minha perna. Eu estou bem! Mas estou preocupado com meus dois novos pacientes. São crianças. 

Gostaria que viesse aqui."


Imediatamente, o professor de Herbologia correu para a lareira que ficava nos seus aposentos.


XxX


Draco estava na maternidade, observando a bebezinha adormecida. Em seu colo estava Frank, a criança de nove anos que estava com o punho enfaixado e molenga por causa das poções. A cabeça do pequeno jazia no ombro de Draco, quase dormindo depois do longo dia que ele teve ao lado do médico.


-Dray?-Neville se aproximou e o loiro fez sinal para que ele ficasse em silêncio. -O que aconteceu?


Draco estava em uma cadeira de rodas. Todos os médicos do St.Mungus entraram em combustão praticamente quando viram o mais jovem deles sangrando com duas crianças em seus braços. Não demorou muito para que prendessem o sonserino em uma cadeira de rodas e começaram a tratar o ferimento com atenção, assim como tomaram os devidos cuidados com as crianças.


-Esse é Frank. -Draco disse e Neville se sentou ao lado deles, no banco. Frank acenou para Neville, e o rapaz respondeu, achando a criança adorável. -Aquela ali é a Jane....-Neville se virou, vendo a neném em um dos berços atrás do vidro. -O padrasto deles os maltratava. Fui chamado para ajuda-los...

-E está tudo bem?-Neville perguntou, preocupado.

-Sim. O punho de Frank está quebrado, mas eu cuidei do resto. Jane quase morreu por causa de uma overdose de poção do sono, mas conseguimos retirar a maior parte de seu sangue...-Draco fez carinho nos cabelos de Frank.

-E por que você está em uma cadeira de rodas?-Neville sussurrou ao ver os olhinhos de Frank se fechando, com sono.

-O padrasto me atacou, pisou na minha perna. Eu já estava mal, então, não ajudou muito ele pisar no ferimento. -Draco respirou fundo, cansado. -Enfim, os médicos me prenderam nessa cadeira até eles conseguirem acabar com a minha dor, ou pelo menos diminui-la.

-Me diga qual deles te prendeu, preciso agradecer pessoalmente. -Neville disse sorrindo e Draco lhe deu língua. 


-Eu preciso da sua ajuda. Sei que você tem que dar aula amanhã, mas...Pode me ajudar a cuidar deles hoje?- Pediu Draco e Neville sorriu, se aproximando e beijando a testa do platinado.

-Vou adorar. -Respondeu.


E naquele dia, ao invés de um jantar romântico, eles cuidaram daquela criança tão frágil que parecia tanto precisar deles. Isso, sem saber, que no dia seguinte, já não conseguiriam se ver sem aquelas duas crianças.


XxX


24/12/2005


Três anos depois, Draco não podia acreditar. 

Era natal na Mansão Longbottom e era o quarto do qual os seus filhos adotivos passavam em casa. Jane estava com dois aninhos e já dormia em um cama similar a uma casa na árvore. Ela tinha cabelos castanhos e olhos de avelã e era uma pimentinha, sempre cantando, girando e brincando. 

Enquanto, Frank, agora com doze anos, era tímido e extremamente apegado aos pais. Dormia no quarto mais próximos do deles, pois vivia tendo pesadelos e chamando por eles. Ambos eram muito mimados pela sua bisa Augusta e pela avó Narcisa, que os amavam com de todo coração.


Draco estava encostado na porta do quarto de seu filho, o observando se arrumar pra dormir. Ficava tão admirado pensando que tinha uma família. Uma de verdade que fazia jantares em uma mesa e perguntava sobre o dia para os mais novos. Ele amava ter isso.


Então, vendo a dificuldade de Frank para se ajeitar na cama, se aproximou, o acomodando entre as cobertas macias.


-Já deveria estar na cama, pai. -Frank disse.

-Scorpio não vai se importar se eu demorar um pouquinho mais pra ir pra cama. -Draco disse e Frank colocou a mão na barriga dele, sorrindo fraco ao sentir o bebê se mexendo. -Você parecia um pouco ansioso no jantar. Aconteceu alguma coisa em Hogwarts?

-Não...Não é nada. -Frank desviou o olhar, se encolhendo.

-Meu amor. -Draco o chamou.


Frank o olhou e respirou fundo. Então, ele sentou na cama e abraçou as próprias pernas.


-É..Que...Eu não quero mais que vocês me chamem de Frank. -Disse a criança.

-Tudo bem. -Draco não se importou. -Mas quer me explicar o porquê?

-Eu não me sinto como Frank....Eu acho...Eu tenho certeza que eu sou uma bruxa, pai. -E ela manteve a sua cabeça baixa até que Draco levantou seu rosto com o dedo indicar no seu queixinho. 

-Se é como você se sente, é quem você é. -Ele disse com carinho. -O meu amor não é tão frágil, querida. Eu te amo, porque você é a minha filha, sendo você do jeito que for. Porque você é aquela menininha corajosa que se colocou na minha frente quando mais ninguém podia. E eu irei te apoiar no que você precisar, sempre. -Draco sorriu e a garota devolveu o sorriso, emocionada e feliz. -Que nome você quer? Falarei com seu pai para que só te chamemos assim a partir de agora.

-Eu queria um nome de estrela ou constelação, como o do senhor e do Scorp. -Ela disse, sorridente. Seus olhos brilhavam, feliz.


Draco riu e ficou pensativo. Havia um nome que ele havia pensado para dar pro bebê, mas como havia optado por Scorpio, poderia ser esse o de sua filha.


-Que tal Lyra? Gosta?-Draco perguntou.

E a loira abriu um enorme sorriso e abraçou seu pai.

-É perfeito!-Respondeu ela.


Draco fez cafuné nos cabelos dela e beijou-lhe na testa.


-Então, Lyra Longbottom, é hora de dormir. Amanhã temos muitos presentes para abrir. -Disse Draco.

-Eu posso falar com o vovô e com a vovó amanhã?-Perguntou Lyra, se deitando novamente na cama e se aconchegando. Draco suspirou.


Apesar dos anos terem passado, pouco havia evoluído no caso de Alice e Frank Longbottom, os pais de Neville. Eles ainda se perdiam e se esqueciam de quem eles eram. Pareciam não estar presentes e não falavam qualquer coisa. Os feitiços pareciam funcionar, mas Draco não pensava que as coisas poderiam estar evoluindo, pois estavam naquela mesma posição há anos.


-Eu não sei, meu amor. Depende de como eles estejam. -E ele beijou a testa dela. -Eu te amo.

-Também te amo. Boa noite, papai. -Ela respondeu e Draco levantou.


Depois de desligar as luzes, seguiu para o outro quarto mais perto do seu, o de seus sogros. Neville estava lá, dando jantar para eles e conversando sobre seu dia.


Draco os olhou e sorriu. Seu marido estava com a barba por fazer, deixando ainda mais com aquele ar de professor que ele tinha. Usava um suéter de natal e tinha os cabelos loiros escuros bagunçados, graças o longo dia.


-Ei...-Chamou e os três o olharam.

-Ei. -Neville sorriu e colocou o prato vazio de sopa na cômoda, logo um elfo apareceu e levou o prato embora. -Ele dormiu fácil?

-Ela. -Draco corrigiu. -Frank se identifica como uma bruxa, não como bruxo. Ela me pediu para  a chamarmos de Lyra.

-Oh. Tudo bem, mandarei uma carta para Hogwarts amanhã. Isso se resolve fácil. -Neville deu de ombros. E Draco se aproximou, fazendo cafuné nos cabelos dele. -Lyra é um nome bonito.

-Era o que você queria dar pro Scorpio. -Disse Draco sentindo seu marido fazer carinho em sua barriga. Neville sorriu bobo.


Alice esticou a mão e tocou na barriga de Draco. Ela abriu um grande sorriso.

-Bebê. -Draco disse e Alice assentiu.

-Fico tão feliz quando eles tem essas reações...-Neville disse, sorrindo com carinho para a sua mãe.


Draco assentiu e bocejou.

-Vamos?-Perguntou ele e Neville levantou da beirada da cama, assentindo. 


O Lorde Longbottom se aproximou da testa de seus pais, que agora dormiam em uma cama só de casal, e deixou um beijo em cada. Enquanto isso, Draco fazia um feitiço de cura, que ele sempre fazia por causa do tratamento que Frank e Alice estavam levando.


-Boa noite, pai. Boa noite, mãe. -Neville sorriu.


Draco abaixou a varinha e o seu marido pegou a sua mão. Então, quando eles estavam saindo, ouviram:


-Boa noite. -E eles se viraram assustados.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...