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História Os lobos também amam - Just What I Needed - História escrita por swagalaxy - Spirit Fanfics e Histórias
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História Os lobos também amam - Just What I Needed


Escrita por: swagalaxy

Notas do Autor


VOLTEI, BARAIO! gente, meu Deus, vocês são literalmente o amor da minha vida, chegamos a 165 favoritos e o último capítulo teve 25 comentários, vocês não sabem o quanto isso me deixa feliz!!!
esse capítulo tá curto mas eu juro que vocês vão ficar com o coração quentinho! pra parte do parque, eu recomendaria vocês escutarem essas músicas pra conectá-las ainda mais ao momento:
-just what i needed (the cars)
-your love (the outfield)
-does your mother know (abba

BOA LEITURA!

Capítulo 20 - Just What I Needed


Fanfic / Fanfiction Os lobos também amam - Just What I Needed

POV HENRY

Ao sair do elevador no andar do escritório, logo recebi atenção de todos os funcionários e os cumprimentei acenando a cabeça a cada “boa tarde” que recebia. Havia chegado de viagem naquela manhã só a tempo de organizar algumas coisas com o gerente do Grand Palais e então eu estava de volta ao meu lar: a Cavill & Hammer Law Firm.

Por onde passava, meus funcionários me reverenciavam e me olhavam ou com admiração ou com temor. Talvez os dois. Já ouvi um ou outro burburinho de que sou um pé no saco, mas isso não é verdade. Sou sério com quem trabalha comigo, sim. Contudo, isso não significa que eu seja ruim com eles. O fato é que eu sou muito perfeccionista e exijo o máximo de todos que trabalham para mim, principalmente os estagiários. Afinal, eles estavam ali para aprender, certo?

No fim das contas, todos me respeitavam e sabiam que eu queria o melhor para eles. Ninguém saía falando mal da firma, muito pelo contrário, era um dos lugares onde os estudantes de Direito e advogados formados mais queriam estar. Sabiam que teriam uma experiência extraordinária e que também seriam bem remunerados, sem contar com os brindes e as comemorações em datas festivas. Mas quem era adorado como chefe mesmo era o Armie, já que era mais falante e costumava ser mais próximo dos que trabalhavam com ele.

Quando estou prestes a entrar em minha sala, ouço uma voz feminina trêmula murmurar um “senhor” atrás de mim. E lá estava ela: Bárbara. Sorri de imediato. Com seus 1,65 de altura, a menina tinha a pele esbranquiçada, os cabelos castanhos e os olhos da mesma cor, que se encontravam atrás dos óculos de grau. Era evidente que Bárbara tinha uma queda muito, muito profunda por mim. Era uma estagiária excelente, mas quando chegava perto de mim, parecia que esquecia até de respirar. Ficava extremamente nervosa, gaguejava, se atrapalhava toda. Eu adorava, claro. Achava uma graça o fato de ela ficar desse jeito por minha causa. Às vezes era bom para o ego. Apesar disso, jamais me envolveria com uma garota tão nova. Nesses 2 meses aqui, eu ainda não tinha perguntado sua idade, mas não deveria ter mais de 20 anos. Comparada a mim, ela era um bebê.

– Sim, Bárbara?

– Eu, é... – o peito dela subia e descia. – Isso. – me entregou uma pasta. – Isso é pro senhor.

Franzi levemente o cenho e abri os papéis, analisando-os.

– Quem fez isso?

– E-eu. Eu fiz, senhor Cavill. – ela mal tinha coragem de me olhar nos olhos.

Enquanto eu viajava, Bárbara havia adiantado muitas pesquisas sobre o novo caso que pegamos. Sua proatividade era impressionante perto de alguns palermas que achavam que era só passar no processo seletivo e chegar aqui em cima da hora reclamando que tinha muita coisa para fazer.

– Obrigada, senhorita Mckenzie. Continue assim e você será uma profissional incrível. – ela me olhou enquanto eu sorria de forma orgulhosa.

Suas bochechas arderam e ela desviou o olhar, pedindo licença e logo saindo dali.

 

Próximo das 18h decidi que seria legal ligar para Florence, já que não nos mandávamos mensagens há uns quatro dias. As aulas dela haviam começado essa semana e antes disso ela com a Merida tinham aproveitado para fazer coisas que praticamente todo adolescente um dia faz: pintar o cabelo de colorido e se tatuar. Me mandou foto de uma mecha rosa que fez na nuca e disse que a tatuagem estava num lugar onde eu não podia ver. Fico feliz que ela esteja tendo a liberdade que por muito tempo não teve.

Após alguns bipes, ela atendeu.

– Alô?

– Oi, Florence. – sorri. – Está na clínica?

– Estou, Henry. Daqui a pouco já vou entrar.

Franzi o cenho. Ela não parecia animada como das outras vezes que nos falamos.

– Ah, sim... Como você vai para casa?

Ouvi o suspiro de Flora e senti que ela verificava alguma coisa.

– Não sei, minha mãe tinha muito trabalho pra fazer hoje. Se o tempo não ficar ruim, eu vou até a estação de metrô... senão eu pego um uber mesmo.

– Quer que eu te leve? Estou saindo do escritório.

– Pode ser.

Pela sua voz, pude perceber que ela não estava bem. Talvez não tenha sido coincidência eu ter ligado justo naquela hora.

– Tudo bem, então. Em meia hora eu to aí.

 

Depois de ter passado em casa para tomar um banho, me sentei na sala de espera da clínica e fiquei mexendo no celular enquanto esperava Florence sair da sala da Dra. Abigail. Em poucos minutos, percebi que uma porta havia sido aberta e ergui a cabeça, me deparando com uma menina de um pequeno sorriso amarelo.

De imediato, pus meu celular no bolso e me levantei, encarando-a com um meio sorriso enquanto ela se aproximava de mim.

– Tudo bem? – ergui as sobrancelhas pedindo uma resposta, e o que obtive foi um aceno com a cabeça, sendo que Florence evitava olhar em meus olhos.

Aquele não parecia ser um bom dia.

Indiquei onde o carro estava e comecei a andar certo de que estava sendo seguido por Florence. Ao nos aproximarmos do veículo, destravei as portas e fui até a porta do passageiro abri-la para a garota. Flora agradeceu baixinho e entrou.

Estava muito intrigado com o modo de agir dela. Ela não é de ficar calada desse jeito, com certeza alguma coisa havia acontecido. Portanto, sentei-me no banco do motorista e ao invés de ligar o carro, fitei Florence. Aos poucos ela começou a ficar corada e desconfortável.

– Não vai me contar o que tá acontecendo?

A menina balançou a cabeça negativamente.

Suspirei.

– Ei... – pousei minha mão em cima da sua, agarrando-a de leve. – Sabe que pode contar comigo, não sabe?

Talvez esse gesto pudesse ter sido visto como algo ameaçador se fosse feito por outro homem, mas como havia sido eu e ela realmente parecia vulnerável e necessitada de carinho, Florence permitiu que minha mão continuasse ali. Ela levantou a cabeça e me olhou triste.

– Hoje faz sete anos que meu pai morreu.

Travei o maxilar e apertei sua mão. Eu não podia ressuscitar o seu pai ou algo do tipo, e sabia o quão doloroso era perder alguém importante. O máximo que eu podia fazer era ouvi-la desabafar e depois distraí-la com alguma atividade interessante.

Florence voltou a fitar seu colo e após alguns segundos tornou a falar, agora com a voz embargada.

– Ele nem teve a oportunidade de dançar comigo nos meus 16 anos... de me ver entrando na faculdade, me formando... – riu sem graça, tentando controlar as lágrimas que caíam. – De entrar numa igreja comigo enquanto meu noivo me espera, de segurar os netos dele...

Tirei minha mão de cima da dela e lhe dei liberdade para que enxugasse as lágrimas. Encarei o volante e minha mente foi longe.

– Eu entendo muito bem isso, Florence. Não com relação a um pai, claro. Mas... perder alguém próximo. O sorriso dela causava nas pessoas o mesmo efeito do seu... de iluminar o ambiente, sabe? – sorri comigo mesmo. – E no meu caso, fui eu que não tive a oportunidade de vê-la se formando, ou trocando de curso, ou trancando a faculdade... – ri fraco. Ela era uma alma totalmente livre e parecia não se encaixar nessas coisas.

Meu Deus, que droga eu to fazendo? Eu disse que não faria mais isso!

Voltei em mim e direcionei a conversa para o ponto certo. Ela não me perguntou nada e eu já estava falando igual um tagarela enquanto deveria aconselhá-la.

– O ponto é que a gente precisa lidar com as perdas, Florence. Com o tempo eu aprendi isso.

– É, Henry, mas... Agora eu só tenho a minha mãe! – o choro dela se tornou um pouco mais intenso. Eu sabia que ela estava se referindo ao tio, e me doía vê-la daquela forma.

Levantei o queixo de Florence e a encarei nos olhos.

– Você tem a mim.

Então passei a enxugar suas lágrimas com meus polegares.

– Florence, eu não sou seu pai, seu tio, seu irmão, ou mesmo da sua família. Mas tenho um carinho enorme por você e odeio te ver assim. Se você quiser me contar algo, pode me contar. Se você precisar de algo, pode me pedir. Eu também to aqui.

Quando percebi, tinha beijado sua testa e estava envolvendo-a em um abraço que foi correspondido na mesma intensidade. Ela ficou ali, quieta, parecendo aproveitar o momento. Após alguns segundos, nos desvencilhamos.

– Conheci seu pai quando eu tinha uns 17 anos, sabia?

Ela deu um sorrisinho, com o choro já acalmado.

– Sério?

Eu assenti.

– Você tem muito dele. – ela corou e acho que ficou orgulhosa. – Richard era cristão, não era? – Flora acenou. – Então que a fé dele te inspire, flor. A dor que você sente é por enquanto, e a despedida de vocês não foi um “tchau”, foi um “até logo”.

Aquelas palavras pareciam tê-la confortado, e meu coração se alegrou porque consegui atingir meu objetivo.

– Obrigada, Henry. Você sempre melhora o meu dia. – ela pegou em minha mão e os olhos dela brilharam de gratidão. Não me contive e sorri como um bobo.

– Só estou fazendo o que um amigo faria, Flora.

Após me certificar de que ela estava melhor, voltei minha atenção para o carro e girei as chaves para que então eu pudesse deixar a menina na casa dela. Contudo, no caminho acabamos passando na frente de um parque de diversões e percebi que dessa vez ela olhava para a janela não com indiferença, mas com admiração. Parecia surpresa e feliz pelo parque estar ali, mesmo que ela o contemplasse somente de dentro do veículo.

Então eu tive uma ideia. Uma dessas loucas que vez ou outra aparecem, incrivelmente quando estou com Florence.

– Quer ir ao parque?

Eu precisava terminar um projeto do hotel, mas também queria estar ali com ela. O “não vai dar” não existia quando a pessoa era Flora. A verdade era que quando ela aparecia na minha frente, eu deixava minhas responsabilidades de lado e ela podia gastar o tempo que quisesse da minha agenda já ocupada.

Florence primeiro me olhou surpresa e depois abriu um sorriso.

– Sim!

E após sua resposta, virei a esquina e estacionei o carro. Vários brinquedos se erguiam diante de nós e os olhos de Florence brilhavam de alegria como se minutos atrás ela não estivesse chorando. Nossa vista era colorida tanto pelos brinquedos quanto pelas luzes, e as barracas de comida também chamavam atenção de muitas pessoas que estavam ali. Podíamos enxergar alguns casais andando de mãos dadas, amigas tirando foto com algodões coloridos e famílias guiando suas crianças por brinquedos nos quais elas pudessem se aventurar. Era muita informação e Florence parecia que ia pirar. Além disso, hits dos anos 70 e 80 preenchiam nossos ouvidos e foi inevitável sorrir.

Fazia tanto, tanto, tanto tempo que eu não ia a um parque de diversões que eu mal lembrava como era aquele ambiente. E eu me senti feliz de estar ali, tanto pela energia que fazia eu me sentir um jovem de novo quanto pela companhia de Florence. Não via a hora de rir ao vê-la gritando nos brinquedos mais radicais.

Nos dirigimos até a bilheteria e Flora ficou assustada com a quantidade de bilhetes que comprei. Tudo bem, eu sou um pouco exagerado quando faço as coisas. Mas era só uma vez, certo? Estávamos ali para aproveitar, então Flora logo avisou à mãe que estava comigo no parque de diversões.

– E aí, aonde vamos primeiro?

– Kamikaze!

E aquele foi o começo do nosso “entra e sai” de brinquedos. Para a minha surpresa, Florence era muito corajosa e me puxava para ir nas atrações mais insanas possíveis, e quem saía de lá meio tonto e querendo ir em coisas tranquilas era eu. A menina morria de rir me vendo ficar esquisito depois de sair dos brinquedos, mas eu não iria perder para ela!

Entre um e outro nós comprávamos todas as besteiras possíveis e por pouco eu quase acreditei ter voltado para os meus 15 anos. Aquilo muito provavelmente não ia dar certo mais tarde...

Após sairmos da montanha-russa, avistamos uma barraquinha de tiro no alvo e eu quis dar uma de cavalheiro e acertar algo para ela. Na primeira tentativa eu errei e tudo que ela fazia era rir, o que provocou certa irritação da minha parte e assim eu acertei. Era competitivo demais para não ganhar aquilo.

A funcionária que tomava conta da barraca pediu para que Florence escolhesse o prêmio dela, e ela saiu de lá segurando um Stitch gigante. Era a cara dela!

Então fomos até a roda-gigante e eu dei passagem para que ela entrasse primeiro com o bicho de pelúcia. O brinquedo começou a funcionar e de lá de cima a vista era incrível. O momento que passei com ela havia sido tão bom que eu me perguntei o que andava fazendo da vida que perdia esse tipo de prazer.

Tirando-me de meus devaneios, sinto uma mão macia se entrelaçar na minha enquanto observo o movimento do parque. Florence concentra seu olhar em mim.

– Você é o melhor, Henry.

E ela apoiou sua cabeça em meu ombro, agora olhando para onde eu olhava antes. Sorri e fiz um carinho em sua mão.

Se eu me divertir tanto toda vez que deixar minhas tarefas de lado por sua causa... Menina, meus colegas de trabalho talvez passem a sentir minha falta.


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAFDHASKJDHASK O QUE ACHARAM DO PONTO DE VISTA DO HENRY? ESSE CAPÍTULO FOI TÃO PEQUENO E AINDA ASSIM TÃO GOSTOSINHO, TO SOFT DEMAIS!
pontos a comentar:
-o relacionamento do henry com os funcionários e a bárbara toda se tremendo perto dele, EU TE ENTENDO, MENINA!
-henry todo supportive quando ela tava triste, meu Deus, eu só preciso desse homem e uma cesta básica KKKKKKKK
-henry se sentindo um jovi de novo, amooo
-eles dois super fofinhos no parque, não aguento

gente, também peço perdão se o pov não ficou tão bom. acontece que: eu me acostumei tanto a escrever em terceira pessoa e num tempo verbal x que quando eu vou pra narração em primeira pessoa eu juro que acabo me perdendo nos tempos verbais (eu so... burra? akjhdakhd). vou tentar melhorar.
E TENHO BOAS NOTÍCIAS! lembram que eu disse que eu só precisava fazer um planejamento pra que tudo fosse se conectando? então, ele tá pronto e nós teremos 30 capítulos até o final da história! (fogos de artifício) o que vocês me dizem sobre isso? felizes ou tristes? ahueahue tudo que eu preciso fazer é sentar minha bunda na cadeira e escrever, CONTUDO, ainda que pareça simples na minha cabeça, escrever demora >muito<! então pra eu não ficar tanto tempo na frente do notebook nessas férias, eu vou postar a cada quatro dias.
last but not least, algumas pessoas sugeriram que eu fizesse um grupo no zap com as leitoras pra gente discutir algumas coisas por lá, o que acham? se tiverem interesse, me falem que eu crio, ok? BEIJOOOOO


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