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História Othertales - Final feliz e um por todos - História escrita por Estacao0Tres03 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Othertales - Final feliz e um por todos


Escrita por: Estacao0Tres03 e TenkiDreem

Notas do Autor


Muito bom dia para todos, olá. Essa é uma história que eu já tinha feito muito tempo atrás, sendo mais exato, ao final de 2019, e eu adorei fazê-la. Claro que aquela merda tinha uma escrita bem porca comparada à minha de agora, pois então resolvi adaptar ela e fazer uma remasterização, e claro, dar continuidade aquilo que eu nunca prestei a terminar. Estou feliz com essa decisão que tomei e espero que me divirta tanto quanto me diverti escrevendo a original! :p
Assim como eu espero que vocês se divirtam lendo ela, e é isso.
Avisos inúteis: Chara e Frisk são do gênero masculino, ambos são meninos.
• Aparentemente eu sempre fui narcisista;
• A história original sofrerá algumas alterações para melhor desempenho do roteiro;
• A adaptação tende a alterar cenas de calibre duvidoso;
• Eu não costumo ter data para lançar capítulo, mas sempre que puder eu tentarei lançar um;
• Chega de avisos, cansei.

Capítulo 1 - Final feliz e um por todos


Fanfic / Fanfiction Othertales - Final feliz e um por todos

Asriel escorregava do carpete enquanto tentava bloquear a passagem de seu irmão que ferozmente tentava tomar a barra de chocolate. Chara, com água na boca, deu chutes e socos no ombro do mais novo, seus olhos brilhavam carmesim furiosos. 

— VOLTA AQUI! QUANDO EU PEGAR VOCÊ EU VOU TE ESTRAÇALHAR, POMPOM AMBULANTE...!! - rosnou um irritado Chara

— ALGUÉM ME AJUDA, POR FAVOR...! - suplicou enquanto corria do animal selvagem. 

"Muito obrigado por tudo, pessoal" — Frisk escreveu no final de sua carta de pergaminho amarelado e com bordas douradas, acariciou para deixar o papel plano e então o enrolou com muito cuidado. Abriu sua gaveta que ficava no criado mudo ao lado de sua cama e abriu o Fundo falso que tinha preparado anteriormente, colocou esse pergaminho enrolado lá e fechou o fundo e em seguida a gaveta. 

Os passos apressados lá em baixo chamaram a atenção do jovem pacifista. Então, trouxe o corpo para o chão amadeirado para escutar melhor a situação. Enquanto isso, Asriel era perseguido diversas vezes por Chara por motivos até então desconhecidos, mas que parecia ter deixado o garoto humano de olhos vermelhos extremamente furioso. 

— ME DEIXE EM PAZ, POR FAVOR! - gritou a cabra e também o filho mais velho da família Dreemurr. 

Asriel Dreemurr, usava um suéter listrado da cor verde e amarelo e uma calção marrom, nada mais era do que se não um monstro bode, cujo chifres ainda eram tão pequenos que mal tiveram tempo para se revelar, também é o príncipe e herdeiro do trono. Muito gentil e dificilmente age de maneira ofensiva ou de tentar diminuir o próximo, em resumo, é um doce de monstro mesmo você sendo ruim a ele. 

— DEVOLVA MEU CHOCOLATE, SEU SAFADO! - rosnou enfurecido enquanto perseguia o irmão mais velho feito um cachorro com raiva avançada. Asriel conseguiu escapar de mais um ataque do Chara - VOLTA AQUI, LADRÃO DE DOCES! 

Chara Dreemurr, o primeiro humano caído. Trajando quase das mesmas roupas de Asriel, com diferença que seu suéter estava sujo de chocolate. Já fora um garoto muito rebelde e audacioso. Hoje descansa junto de sua família numa confortável casa, mudado.

O garoto de olhos cerrados, Frisk, desceu as escadas e se deparou com aquela situação deplorável de guerra. Asriel caído no chão enquanto Chara o agarrava pelo pescoço. 

— Piedade... piedade...! 

— Devolva meu chocolate, seu ladrãozinho! — soltou a gola do suéter do menino, ele caiu no chão com os olhos lacrimejando. Chara estendeu a mão e abriu a palma dela. 

— Mas você me deu... — choramingou a cabra que se encolheu mais para o canto da parede, muito relutante em entregar o chocolate. 

— MUDEI DE IDEIA! ME DÁ! — gritou alto, Frisk fitou ele por breves momentos por conta do volume — o que foi?! 

— Você respeita muito a vizinhança, Charazitos — proclamou Frisk, tirando sarro do garoto. Asriel olhou para Frisk com os olhos pedintes, um pedido de ajuda visual. 

— Frisk... 

— Chara, olhe nos meus olhos. Deve haver outra... huh, solução, afinal somos todos civilizados. Asriel, Chara? Conhecem uma palavra chamada... dividir? Talvez? 

Asriel balançou a cabeça positivamente e olhou para Chara, em seguida olhou para Frisk balançando desesperado negativamente. O bode foi segurado pela gola mais uma vez pelo irmão dos olhos vermelhos, que tinha a expressão neutra. 

— Okey. Última vez. Dê-meu-chocolate-agora-se-não-eu-te-mato — Chara soletrou com o semblante calmo, mas apertando a gola. 

— Não dou! — bufou Asriel. 

Os olhos de Chara brilham e ele também abre um sorriso largo. 

— Toma. 

Asriel entrega o chocolate e Chara agarra. Finalmente o garoto chocolatra sai de cima do irmão depois de Frisk intervir. 

— Enfim, eu tenho uma novidade para vocês. 

— Ah, é mermo? Que novidade é? - diz enquanto degustava o seu chocolate calorosamente. 

— Eu vou chorar — Asriel se levanta e vai para a cozinha — estou escutando daqui — aumenta o volume da voz após desaparecer entre paredes da casa. 

Ding ding. O celular de Frisk começa a tocar. 

— Pera ae... — atende o telefone e o leva para a orelha — sim, sim. Pode vir. 

Click. Ele desliga e volta o celular ao bolso esquerdo da bermuda. 

— Hmmmm safadinho, cheio dos contatinhos - o garoto faz aquela carinha com o chocolate na boca. 

— Come logo essa coisa, fazendo favor? — comenta o bode com outro chocolate na mão. Era de uma marca mais razoável, julgou Chara. 

— Isso é seu? — perguntou Frisk levantando a sombrancelha muito intrigado. Asriel acena que sim com a mão desocupada. O garoto de olhos cerrados bate na própria cara, decepcionado — se você já tinha um chocolate, qual foi o motivo dessa briga? Por favor, me expliquem pois ainda estou confuso. 

— Espera aí... isso é seu, mesmo? — os olhos de Chara brilham ao dizer as palavras maldosas. 

— Eu vou chorar mesmo... — Asriel lamenta, estendendo a mão e entregando o chocolate. Então o bode suspira e olha cabisbaixo para Frisk — quem era? 

— Sans, mas isso não importa muito — Friso estava sem jeito para falar — ele disse que bateria aqui pra dar um oi de esqueleto. 

— Nossa, quanta emoção. Vou ver aquele saco de lixo sorridente agora com um corpo físico, uhuuuuuu — gritou o garoto chocolatra levantando os braços num deboche que só.

— Do que você está falando? Vimos ele ontem, Chara. Tá esquecido? — perguntou inclinando a cabeça e fazendo careta — ah sim, você quer esquecer o que aconteceu ontem, não é?

— Eu vou matar aquele bosta na primeira oportunidade — Chara silibou afortunado enquanto tinha as pernas trêmulas.

Os dois garotos se viraram para Frisk, que ainda fitava ambos. Os dois abriram a boca mostrando a língua.

— O que é? — rosnou Chara.

— Nada, só estou perdido no assunto mesmo. O QUE EU QUERIA DIZER MESMO MEU DEUS? Bem, a reforma no Core terminou, vão fazer uma festa de reinauguração, quem tá cuidando do marketing é o Metra, vejam só! 

Tirou dos bolsos, o menino, panfletos rosas com glitter e entregou aos irmãos.

— Exagerado como sempre — Chara disse sorrindo enquanto lia o panfleto.

— Nossa, que demais! Vamos ir né? 

— Calma, menino cabra, vai demorar um pouco ainda, estão dando os toques finais!

Toc toc toc toc toc. Alguém bate na porta da sala principal, a atenção de Chara é roubada instantaneamente e suas mãos coçam cheias de euforia, ele então parte até a porta e Asriel e Frisk trocam olhares mórbidos. 

— E lá vai ele aprontar... — disse um Frisk muito descontente. 

— Eu notei que ultimamente você e o Sans estão conversando bastante, até. 

— É à trabalho. Estamos prestando um serviço juntos, digamos que é um pequeno projeto - cochichou no ouvido de Asriel

Chara foi na frente abrir a porta, enquanto Asriel e Frisk cochicham, ambos soltam risadinhas abafadas. O garoto dos olhos escarlates pega uma faca de brinquedo na gaveta de uma escrivaninha ao lado da porta e segura como se fosse atacar alguém assim que a porta fosse aberta, com um sorriso estranho no rosto. 

— C-chara, mas o que você pretende-... — o bode branco pergunta ansioso hesitando em intervir e encara seu irmão Frisk com um olhar apavorado. O sorriso de Chara poderia significar muitas coisas e ninguém sabia disso melhor do que eles. Frisk, por outro lado, não parecia preocupado e fez um sinal para o garoto Azzy não se movimentar 

— Calma, está sob controle.

— Quem baaaate? - pergunta Chara cantarolando para a pessoa atrás da porta. 

— eita preula — diz Frisk considerando seus próximos movimentos. 

— MAS NÃO ESTAVA SOB CONTROLE, FRISK?? — Asriel questiona com sangue nos olhos. 

O garoto Chara gira a maçaneta antes de esperar a resposta, mas não abriria por completo até receber tal. Então esperou duradouros segundos, a resposta não veio. Antes de questionar de novo quem era? Chara sentiu a sua mão pesar, seu corpo suar e enjôo, esses sentimento repentinos ele conhecia bem, quando olhou para baixo pode confirmar o que era, a maçaneta havia ficado com uma borda azul transparente. 

— hehehe qual foi...? — Chara choramingou enquanto retirava lentamente sua mão da maçaneta e deixava a faca de brinquedo ao lado, mas a porta se abriu com tudo, bateu na face dele e o fez sair cambaleando até encostar na parede, completamente derrotado e indisposto. 

Na entrada está um baixo esqueleto de pantufas rosas e bermuda preta com uma única listra branca na vertical, trajando de um casaco azul e blusa branca. Seu olhar foi de Chara até Asriel e Frisk, com sorriso estampado na careta. 

— Era a porta, hehe — o esqueleto deu de ombros sorrindo de forma espontânea ou forçada, não dava para discutir qual dos dois ele fazia. 

— Sans! — gritou Frisk que logo foi acompanhado de um grito de seu irmão Asriel. 

— SANS!! — gritou junto e acompanhou o seu irmão até o visitante. 

Ambos deram um abraço apertado no esqueleto, que ficou sem graça e sem saber o que fazer, apenas retribuiu o abraço até decidirem se soltar. 

— Maaaldiitooo... Sans... ~. Disse um Chara, tremendo para se levantar, com a cabeça doendo, a batida foi forte. 

— Eu decidi passar aqui, já que o meu irmão está no seu treinamento especial. Nada pra' fazer, saca? — disse entrando na residência, indo até Chara que estava levantando aos poucos — machucou, pivetinho? — perguntou estendendo a mão esquelética, Chara encarou com certo desprezo, mas aceitou a ajuda e pegou na sua mão — sem ressentimentos então, acredito. 

Sans, o esqueleto. Também é um péssimo comediante em potencial. Tem uma forte amizade com Frisk. 

Do outro lado da casa, Toriel estava preparando lado recheio de uma torta com cautela, até escutar a voz do esqueleto. Ela, então, instantaneamente abre um sorriso é vai até a entrada, e alí estava todos os três, menos Chara, por algum motivo. A cabra mãe se virou para o monstro esqueleto e levantou os braços e desferiu um abraço forte e quente no mais baixo. 

— Yap. Cês' tão querendo me matar, só pode. 

Após um forte e quente abração, Toriel o deixa no chão. 

— Como você consegue sumir assim, rapazinho? — a cabra pergunta, arqueando a sombrancelha ainda surpresa dele estar alí. Sans boceja e dá de ombros sem saber o que dizer. 

— De qualquer forma. É bom te ver de novo, Sans — diz Frisk num tom amigável é prestativo. 

— Sempre. Se quiser entrar e pegar alguma coisa para comer, toda — complementa Asriel, que em seguida é atacado por Chara que usa o ataque cosquinhas na pequena cabra. Azzy foi nocauteado também. 

— Entre e fique a vontade. Fiz torta, em um instante estará pronta — a Toriel avisa-os ansiosa, esfregando ambas as mãos, adentrou a cozinha outra vez. 

Asriel dava fortes gargalhadas. Frisk aproveitou a ausência de Toriel e até pensou em ajudar a pobre cabra, mas mudou repentinamente de ideia assim que notou Sans se aproximando. Encarou o esqueleto com um sorriso e coluna ereta, esperando algum comentário. 

— Tsc. Bora papear eem particular? — perguntou Sans já se retirando do recinto e indo para outros cômodos da casa. 

— Hum, tá bom...? — confirmou Frisk porém confuso. 

O esqueleto foi até o quarto de Frisk, segundo andar, abriu a porta e esperou o garoto, que subiu as escadas numa paciência. Ao chegar no topo, pôde encontrar um Sans calmo e sereno, porém seus fixos pontos brancos o encarando fizeram Frisk ficar levemente com medo, e pareceu que estava fazendo a caminhada direto ao próprio inferno. Entrando no quarto, Frisk deixou Sans passar e fechou a porta. 

— Um mês desde o nosso "Happy end", né não? Tudo deu certo no final... — o esqueleto analisou o quarto, e arfou — Hm... quarto bacana.

— Então, o que dejesa assim tão entocado? O Asriel eu até acho que não, mas tenho certeza que o Chara vai tentar escutar de qualquer maneira o que vamos conversar — cruzou os braços pensativo. Frisk foi até a janela e a abriu — um pouco de ar no quarto. Enfim, qual é a sua? 

— Não estou nem aí se Chara ou fulano vai escutar. Meu único problema é com Toriel — Frisk arqueou a sombrancelha ao escutar o amigo. 

"Ela não deixa ninguém te contar. Talvez seja para o seu próprio bem" Sans completava enquanto se jogava na cama dos olhos cerrados. Frisk chegou mais perto é escutava atentamente "não estou aqui para discutir se é certo ou não. Estou aqui para esclarecer algumas coisas. Quero que responda com sim ou não, entendido?" 

— Não — Frisk brincou rindo, um pouco nervoso com o que se iria desenvolver à próxima etapa do diálogo. 

— Acredito que conheça Wind Ding Gaster. Sim ou não? 

— Sim — diz enquanto assentiu com a cabeça. O esqueleto riu um pouco e debruçou-se na cama, Frisk chegou mais perto e riu baixo — e o que que tem, maluco? — a pergunta tinha um tom de pavor, afinal, o garoto de olhos cerrados sonhou com algo relacionado. 

— Então, eu ressuscitei ele e agora quer a sua alma. Papo de vilão malvadão e afins, mas não se assuste. 

— O que...? Mas o que você tá dizendo...? — perguntou assustado. Suas mãos foram até a nuca, as informações tentavam processar no seu cérebro, até que a ficha caiu. 

— É, ele voltou. 

O diálogo pendurou no quarto acima. Chara e Asriel só não estavam interessados porque nem viram o irmão subir com o esqueleto, muito menos ouvir que era uma conversa particular. O bode estava à arrumar o quarto quando Chara entrou e decidiu o encarar enquanto estava encostado na parede.

— Aconteceu algo, Chara? — perguntou o bode dobrando a sua coberta. Chara olhou para cima pensativo e depois olhou para Asriel. 

— Eu recebi uma mensagem da Undyne e eu te dou um tablet do meu chocolate se você adivinhar. 

— Ela vai nos levar para um passeio exótico? 

— QUE? Claro que não! — Mas o que isso diabos isso significa. Pensou Chara — ela vai dar uma festa na casa dela, comemorar o um mês de paz entre humanos e monstros 

Asriel bocejou e balançou a cabeça em positivo. Iria fazer um mês desde que os dois voltaram à vida, era muito tempo. Azzy pensava que se nada até agora tinha acontecido de errado, nada mais poderia acontecer. Chara continuou encarando o mais velho com um sorriso um pouco bobo no rosto, Asriel encarou Chara e sorriu de volta. 

— É bom estar de volta... — Asriel diz terminando de arrumar a sua cama. Ele deixa o seu colar na sua prateleira de livros. 

É nada bom ele estar de volta! — exclamou um desesperado Frisk. 

— Hey, pivete. Continua dizendo essas coisas nessa altura e a sua mãe vai acabar escutando. 

— Okey. Eu só quero entender uma coisa, como? 

— Acredito que você é burro demais para entender, na boa.

— E você tem razão, não entendo nada de tecnologia monstro. Mas se você ao menos pudesse explicar como e porquê você o trouxe de volta do mundo da escuridão, eu ficaria grato. 

— Magia e Saudades. 

Frisk encarou Sans e se os olhos do garoto soltassem raios e trovões provavelmente o esqueleto estaria eletrocutado no chão de tão perfurante seus olhos o penetraram. Com um suspiro, baixou a cabeça e encarou o carpete sujo. 

— Eu quero uma recapitulação — pediu num tom de voz neutro, fugindo da raiva que sentiu ao saber o que o amigo fez de maneira banal. 

— ok — começou Sans ao mesmo tempo que levantava. O esqueleto se permitiu andar pelo cômodo super organizado — Gaster é o cientista real e pra variar, muito importante para mim. Essa parte é muito crucial, garoto. Temos especulações, que Gaster fazia experimentos com determinação. 

— E claro, era sádico — complementou o garoto, que deixou Sans incomodado, mas fingiu não estar. O esqueleto lançou um olhar sereno em Frisk e se aproximou também. 

— E também especulamos que ele era um grande de um babaca, especulamos. — complementou.

— Quem mais sabe? 

— Basicamente só o Rei e a Rainha, e claro, euzinho. O motivo eu já disse que não sei — Sans colocou uma das mãos no ombro de Frisk — ele comentou várias vezes de você para aqueles dois, não me surpreende dela ficar com medo e querer proteger o filho dela. 

— Mas... se não tem perigo, para que me proteger dele? — perguntou intrigado e com os olhos fixos nos olhos de Sans, o esqueleto outra vez dá de ombros. 

— Apenas não se envolva em assuntos que não são da sua conta, foi o que eles disseram. Dito isso, percebi que estavam negligenciando a sua inteligência, eu não te devo nada, mas simplesmente não concordo com isso. Gaster tá com papo torto e você pode estar sim em perigo— bateu no ombro do amigo e depois saiu pela porta sem dizer mais nada. 

Frisk permaneceu no quarto e sentou-se na beira da cama, com as mãos na cabeça, segurou o seu cabelo suavemente. Estava difícil pensar em algo, o que tinha acabado de acontecer aqui? Ele se perguntava sem parar, mas manteve a calma. Talvez tudo o que precisasse fosse mais tempo para formular uma resposta satisfatória em sua mente. 

Um baque se escutou do lado de fora da casa e Frisk se virou assustado, mas não era nada demais além do seu amigo Monster Kid na janela. 

O garoto caminhou até ela e a abriu. 

— Ei. Tudo bem, MK? — chamou ele pelo apelido, mais fácil de pronunciar. Mas Monster Kid se sentia muito maneiro quando chamado por esse. 

— Sim! Eu estou ótimo, você pode me ajudar com uma tarefa? — disse com um sorriso largo. 

— Sempre, carinha. 

Asriel lia um livro deitado na sua cama, o nome desse livro era: "Canarinho e Samambaia", escrito pelo filósofo e historiador Gerson Boom. Cada página o garoto se aprofundava cada vez mais no mundo e na sociologia do subsolo, era interessante e a cabra tinha um interesse sério nesse assunto. Infelizmente, boa parte estava escrito em runas antigas que Asriel ainda não chegou a estudar. 

Na realidade, Azzy estava enrolando suas aulas de runas antigas por conta do seu irmão, Chara. Chara gosta muito de matar aula, e ele acaba levando o irmão mais velho respectivamente, e isso acabava prejudicando muito Asriel, que dormia até tarde estudando o que tinha matado. Antes de perceber, a cabra derrubou o livro no seu peito e adormeceu, mesmo sendo teoricamente de dia. 

O garoto de olhos carmesim entrou no quarto olhando para todos os lados, mas nem viu o mais velho dormindo na cama. 

— Ei, Asriel. Você viu meu colar? — Chara perguntou inocentemente, esperando que o irmão respondesse enquanto vasculha de baixo da própria cama, que ficava do outro do quarto, espelhando a cama de Asriel. 

— Hã... que? Oi? — a cabra diz acordando repentinamente. Chara parou o que estava fazendo e olhou para trás. 

— Espera aí. Eu sei que a moda dos monstros não são das melhores, principalmente em Waterfall. Mas você vai com esse suéter aí para a festa? — perguntou encostando na cabeceira da própria cama. 

— Que? Foi a nossa mãe que fez pra' gente... — argumentou a cabra baqueada enquanto limpava os olhos e a baba. 

— Sim, tem um valor sentimental nele, eu concordo. Mas não acha melhor sairmos para comprar algo novo e que combine com Asriel Dreemurr numa festa? — Chara disse e Asriel se irritou levemente. 

— Eu não preciso de roupa nova, obrigado — Asriel disse sentando-se na cama com uma cara de poucos amigos. 

— E quem disse que você tá no controle? — argumentou contra e Asriel ficou espantado ao sentir o seu braço ser puxado pelo garoto. 

— E-ei! Calma aí...! 

Na sala, Sans, MK e Frisk debatiam sobre um livro de piadas ao mesmo tempo que, Frisk corrigia algumas questões de álgebra do monstro mais jovem. 

— Enfim, tenho que voltar aos meus afazeres, tipo, fazer nada no meu sofá. Até mais criançada — disse Sans calmo se levantando da cadeira. 

Aos lamentos de Monster Kid que queria que Sans ficasse, o esqueleto saiu pela mesma porta que usou para bater em Chara.

— Se bem que eu esqueci de regar meus cactos. Já volto, Monster — disse Frisk levantando rápido da mesa e indo para fora com uma pressa até que anormal. Mas MK nem ligou, apenas pegou o lápis com a boca e voltou a fazer suas atividades. 

"Eu não vou resetar mais, não importa o que aconteça" disse Frisk repentinamente, Sans, que já estava fora da casa se virou. O esqueleto não disse nada, apenas observou o garoto de maneira mórbida. 

"Vamos passar por isso. Vamos fazer nosso trato valer e render muito. Eu juro."

— Você? — perguntou Sans apontando para o amigo. Frisk ficou sem reação. O esqueleto só se virou e adentrou o jardim real, rindo gostoso. 

Toriel estava na entrada do jardim, vindo da feira depois de ter feito algumas compras por lá, trajada de um chapéu de sol e um vestido mais rosado. Sans passou por ela fazendo uma reverência com a mão, Toriel acena para o esqueleto e volta para o seu caminho. Frisk não se saiu do lugar que estava. 

— Olá, querido. Comprei bastante caramelo, depois da nossa última experiência com caracóis,  optei por uma opção mais viável. Imagino que humanos não gostem tanto assim de comer eles — disse Toriel amigavelmente enquanto mostrava as compras levantando elas. 

— Toriel. Podemos conversar no porão? — perguntou Frisk calmo. 

— Hum? Mas é claro, querido — estranhou Frisk chama-la pelo nome. 

O garoto de olhos cerrados desceu as escadas da casa, essas levariam para um porão vazio, que sempre serviu como atalho para a sala do rei. Alí era calmo, mas o semblante de Frisk estava muito sério para a conversa calma. 

— Eu... não sei direito por onde começar — disse Frisk coçando o queixo de costas para Toriel. 

— Filho, o melhor que podemos fazer é colocar tudo para fora, apenas comece por onde achar mais satisfatório para você — disse uma Toriel sorrindo e descendo as escadas já sem as compras. 

— Sans abriu a boca, contou tudo — disse ainda muito calmo. 

Toriel perdeu todo o brilho que possuía em seu semblante, que foi fechando aos poucos. 

— Não sei do que você está falando, minha criança. 

— Gaster e afins. Por que você me quer deixar longe dele? 

— Frisk, querido. Eu amo você, mais do que tudo nesse mundo, mas que você tem que entender que o que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta. Imagino que você queira explicações — Toriel disse firme, parada na escada, não prestou a continuar — é completamente cabível, infelizmente, você ainda é muito novo para entender que o que eu faço e é para o seu bem... 

Ela então desceu rapidamente e se aproximou de Frisk, abrindo os braços lhe deu um abraço. 

— Você me entende, Frisk? — disse sonhadoramente. 

— Mas Toriel, entenda, eu posso aguentar o que for que esteja acontecendo. Eu sou forte, sabe disso — disse Frisk e então Toriel se afastou do abraço e colocou ambas as mãos sob os ombros do garoto. 

— Eu não vou dizer nada a você, meu Deus . — disse espantada — voltaremos para cima e você vai me ajudar a guardar as compras, que tal?

— Somos família, mas devemos respeitar um ao outro. Agora eu me pergunto, que tipo de respeito você está querendo ensinar aqui? 

Toriel baixou a cabeça. Frisk nunca tinha a tratada assim antes, era perceptível sua mudança de voz e de postura. Talvez, Toriel estivesse convencida um pouco que estava fazendo um mal para o filho escondendo a verdade. Sentiu o próprio rosto molhar, um choro leve, pequeno e curto mas que atingiu a cabra mãe como um baque. Ela não se segurou, abraçou seu filho outra vez

Frisk ficou sem reação. Segundos depois, ele apenas aceitou e abraçou também, começando a lacrimejar, odiava ver a sua mãe assim. 

— Acho que fui grosso contigo, me perdoa...

— Gaster, ele quer tomar posse da sua alma — gemeu Toriel triste e acabada. 

— O que? — Frisk perguntou espantado.

— Ele quer... — os seus corpos se separaram e Toriel o encarou diretamente nos olhos — ele quer a sua alma. Eu só não sei mais como te proteger, minha criança — seus dedos enxugaram as lágrimas de Frisk, que nem se comparavam às lágrimas da própria. 

 


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Asriel e Chara experimentavam roupas numa loja MTT qualquer. O exuberante catálogo deixou a cabra e o castanho com muitas escolhas em mãos. Eles testaram todas as combinações possíveis e compraram algumas peças para os dois mas principalmente para Asriel. 

— Bora, malinha...! — Azzy gemeu enquanto puxava uma mala de roupas. 

O motivo do seu gemido era a mala que não queria sair do lugar depois de tanto perambularem com ela, Chara investigou a parte traseira dela e notou algo de diferente

Click

— A trava estava solta e acabou travando as rodinhas — disse Chara. 

— Hã... sério? Obrigado Chara — Asriel agradeceu. 

Chara aponta para o meio da loja, alguns monstros estavam em volta de um monstro maior. Ele usava longas vestes pretas e uma pele pálida. 

— O que será que tá acontecendo alí? — perguntou o castanho curioso enquanto Asriel abaixava o braço levantado do garoto. 

— Talvez seja o Mettaton — respondeu Asriel não dando muita atenção. 

— Não... está muito diferente para ser o Mettaton... — Chara cerra os olhos para ver melhor 

— Tá parecendo o Frisk assim, Chara. Vamos logo pra casa — protestou a cabra branca. 

— Minha nossa senhora — disse Chara espantado. 

A figura entre a roda de pessoas tinha uma aparência muito familiar, Chara só não sabia ainda que era. 

— O que foi? 

— Gaster! 


Notas Finais


Me responsabilizo por erros de português, então se tiver um, me avise!

A primeira versão dela está no meu perfil perdido @TenkiDreemurr
Não me responsabilizo por cringe time.


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