Já haviam se passado dois meses desde que Law e Luffy assumiram seu relacionamento. Rosi não podia estar mais feliz, afinal, Luffy o mimava 24 horas por dia e tudo piorou quando ele começou a morar com eles dois.
Luffy e Rosi passavam a maior parte do tempo juntos, tirando quando estavam no trabalho ou escola, e gastavam suas energias brincando e pulando por toda a casa. Law não reclamava, ele não iria confessar, mas gostava de ouvir os dois idiotinhas se divertindo por aí.
Às vezes Law era puxado à força para participar de alguma brincadeira e era o único que acabava se machucando.
No fim do dia, os dois colocavam Rosi para dormir e iam fazer suas próprias brincadeiras na cama.
Law acordou incomodado. Não eram despertadores ou qualquer outra coisa que fizessem barulho, e sim duas criaturas que pareciam lutar UFC no lugar de dormir.
Empurrou o corpo de Luffy para o outro lado e colocou Rosi um pouco mais pra lá, os dois estavam grudados um no outro do outro lado da cama e Law tinha o outro lado só para ele agora.
Virou-se para o outro lado e fechou os olhos novamente. Já estava de dia, mas ele aproveitaria cada segundo que conseguisse para continuar dormindo.
Bom, os segundos já haviam se encerrado.
Não demorou muito e um som alto ecoou pelo quarto, Law se levantou rapidamente e olhou para trás.
Era só Luffy que havia caído e bateu a cabeça no chão, agora murmurando coisas enquanto passava a mão na cabeça.
Law estalou a língua e o ignorou, voltando a se deitar sem nem perguntar se o namorado estava bem.
Foda-se ele, o importante é dormir!
— Hmm… Hm? Luffy? — A voz de Rosinante se fez presente, ele se apoiou em seus bracinhos e viu o outro sentado no chão. — O que foi? — Bocejou em seguida.
— Eu caí e bati a cabeça. — Sentou na cama ainda com a palma sobre a cabeça.
— Eita, tá doendo?
— Ah, não muito. — Olhou para a janela. — Que horas são?
Rosi se virou e pulou em cima do pai, esticando seu braço para pegar o celular ali do lado.
— Nove e quarenta e dois. Ah! Não tá quase na hora da gente ir?!
— É verdade! Oe, Tral! Acordaaa!! — Luffy balançou o mais velho e Rosi o ajudou.
— Papai! A gente tem que ir ver o filho do tio Sanji e do tio Zoro!! — Falou manhoso tocando no rosto alheio sem parar!
— Aah! Tá! Já acordei! Satisfeitos? — Berrou Trafalgar se levantando e arrancando o cobertor de cima de si.
— Ishishishi! Tô morrendo de fome! Vamo comer! — Luffy levantou seus braços e saiu da cama.
Rosinante pulou nas costas do Mugiwara e segurou o pescoço para não cair, Luffy caminhou até o seu namorado e segurou suas pernas e costas, tirando ele do chão.
— Oe! Que porra cê tá fazendo?! Me coloca no chão! — Gritou o tatuado.
— Para de ser chato, Tral! Vamos descer! — E caminhou para fora do quarto carregando os dois homens de sua vida consigo.
— Mugiwara-ya, você não pretende descer a escada assim, né?!
Luffy sorriu para ele, o famoso sorriso que dizia “O que você acha?” Law entrou em desespero por completo.
No fim, por muito pouco, eles não caíram da escada.
Os três estavam no banho, mais precisamente na banheira, molhados e
e cheios de espumas pelo corpo todo.
Rosi estava no meio da banheira e Luffy brincava com ele movendo alguns brinquedos enquanto Law lavava o cabelo do pequeno.
— Oohh!! — Luffy cessou a brincadeira, sua boca estava aberta e ele parecia encantado com o que viu em sua frente. — OOOHHH!!! Co-Corazón tem olhos??!!
Law revirou os olhos e se segurou para não tacar o pote de shampoo na cara do Mugiwara.
O loiro riu.
— Tenho, ué!
— Eu nunca tinha visto, poxa! — Colocou as mãos molhadas no rosto de Rosinante e apertou suas bochechas. — Ishishishishi! Que bonitinho você assim!
As bochechas de Corazón ficaram vermelhas e ele sorriu largo juntamente a Luffy.
Law sorriu também, voltando a esfregar o cabelo do outro.
— Pronto. Agora só enxaguar. — Falou o tatuado procurando por algo ao seu redor.
— Papai, pega o chuveirinho ali. — Pediu Rosi para Luffy, apontando para o algo ao lado dele.
— Hm? — Luffy olhou para o seu lado, vendo a mangueira bem ali e entregando para o menor. — Tá aqui.
Enquanto Law tirava o shampoo da cabeça do filho, Luffy voltou a abrir sua boca, surpreso.
— QUEE??!!! P-PA-PA-PAPAI??!! — Gritou ele. Não dava para saber se estava feliz ou triste. — VOCÊ ME CHAMOU DE- ME CHAMOU DE PAPAI??!!!
Rosi, que estava de cabeça baixa, sorriu e riu enquanto Law só achava aquela reação um exagero.
Se bem que, quando Rosi o chamou de pai pela primeira vez, só faltou o cirurgião ter um infarto no meio da sala.
Luffy e Corazón saíram da banheira e se vestiram na velocidade da luz, depois ficaram apressando Trafalgar para que ele se arrumasse rápido também!
Enquanto Rosi calçava os tênis e usava o banheiro pela última vez antes de sair, Law conferia se já havia pegado tudo que era necessário:
— Chave, uma blusa de frio pro Rosi e… — Olhou para Luffy pensando se deveria se preocupar em pegar uma roupa a mais pra ele também, afinal, ele era como uma criança em algumas questões. Mas o que viu foi só um sorriso assustadoramente satisfeito nos lábios do Mugiwara. — O-o que foi?
— Hehehe… Eu sou papai… — Respondeu ele com uma voz esquista.
Law revirou seus olhos e sorriu para o mais baixo, se aproximando dele e dando um beijinho em seus lábios.
Law se afastou e Luffy o impediu segurando um de seus pulsos e o puxando para mais perto, selando um beijo um pouco mais quente.
Monkey se jogou no sofá e colocou Law sobre suas coxas, ficando entre suas pernas e segurando suas costas.
Luffy já estava beijando seu pescoço quando Law passou a hesitar.
— L-Luffy… O Rosi já vai descer…
Luffy não ligou e continuou lambendo e chupando seu pescoço. Deslizou sua mão sobre as costas do mais velho e apertou ambas as nádegas com força, Law gemeu baixinho e mordeu o lábio inferior.
Olha a hora que esse cara resolve dar uma de safado!
E quando o membro de Law roçou sobre o de Luffy…
— Papais! Terminei!
Luffy nunca empurrou ninguém com tanta brutalidade na vida!
— Ah, q-que bom! — O Mugiwara se levantou do sofá com um sorriso cínico. — Vamos então!
— Uhum! — Rosi desceu as escadas correndo e notou o homem que foi parar quase do outro lado da sala com as costas no chão e pernas pro ar. — Que foi, papai? Por que tá no chão?
— N-não é nada. — Levantou-se xingando Luffy de todos os nomes existentes na terra.
°°°
Zoro bocejou pela décima vez no dia. Ainda estava morrendo de sono, afinal, odiava acordar cedo em um dia de folga.
— Oe, quando que esses dois vão chegar?! Eu acordei cedo pra nada, é? — Reclamou o esverdeado se jogando no sofá.
— Ah, para de reclamar, Marimo! O Luffy me mandou mensagem e disse que já estão vindo. — Respondeu Sanji com uma das mãos na cintura e segurando uma xícara de chá com a outra. — E pare de ser tão preguiçoso! Lembre-se que foi você quem quis fazer assim!
— Ah, mas eu não pensei que ia ser tão cedo. — Retrucou.
— Como se onze horas fosse cedo. — O loiro revirou os olhos e bebericou seu chá novamente, ignorando os protestos do marido. — E onde está aquele moleque? Você arrumou ele como eu pedi?
— Arrumei, sim. Por que diferente de você, ele me obedece. — Sorriu convencido e uma veia saltou para fora da cabeça de Sanji.
Era verdade. O garoto que adotaram não ia muito com a cara de Sanji, apesar de gostar dos abraços e dos mimos do pai cozinheiro, mas ele gostava ainda mais de Zoro e nem fazia questão de esconder isso. Agora Sanji teria duas pessoas para lhe irritar durante o dia.
— Oe, Yonji! Vem pra sala! Os outros já estão vindo!
Não obteve respostas. Nada de anormal.
Zoro soltou uma risada irritante.
— Vem cá, Yonji! Não se bagunçou, né? — Roronoa chamou e rapidamente o menino de sobrancelhas enroladas apareceu na sala com um sorriso!
— Não! Eu tô limpo, ó! — Mostrou sua roupa e Zoro sorriu para ele.
— E os fones que eu te dei? Está gostando? — Indaga o pai ajeitando a coluna no sofá e passando a mão sobre a cabeça do menor.
— Uhum! Eles funcionam muito bem! Obrigada, pai!
Zoro riu e sorriu ainda acariciando a cabeça de Yonji.
E Sanji observava a cena com as sobrancelhas de espiral franzidas.
— Cê não acha que tá mimando muito esse garoto, não?
— Ah, para com isso! — Zoro sorriu maldoso. — Você só está assim porque ele gosta mais de mim!
— Hunf, até parece!
— É verdade! — Yonji riu alto. — Sanji ta com ciúmes!
— Ora, seu…! Eu não tô com ciúmes e me chame de pai também! — Sanji pediu cruzando os braços e desviando o olhar.
Zoro riu baixinho e se levantou do sofá, caminhou até o marido e lhe deu um selinho.
— Pronto, pronto. — Passou a mão na cabeça dele. — Não precisa chorar. Tem Zoro pra todo mundo.
Sanji se segurou, mas acabou rindo dessa palhaçada toda.
Era incrível como Zoro conseguia ser tão idiota em momentos assim.
— Como se eu precisasse de você! — Empurrou o rosto do esverdeado sem muita força.
— Ah, eu fico com ele então. Já que o senhor não precisa! — Yonji abraçou uma das pernas de Zoro e mostrou a língua para Sanji.
— Ah, mudei de ideia! Eu quero o Zoro, sim! — Sanji abraçou o tronco do maior e puxou para si.
— Que?! Sai! Você não pode recusar algo e querer depois! — Yonji puxou a perna de volta!
— Solta ele, moleque!
— Não! O pai é meu!
— Ele é meu marido!
E nesse puxa-puxa, Zoro estava sorrindo igual um idiota de orelha a orelha.
— Não briguem por mim~ Tudo bem que é impossível já que sou irresistível mesmo. — Se gabou passando a mão entre seus fios, tentando parecer sexy.
Os dois de sobrancelhas enroladas largaram o Marimo.
— Pode ficar pra você. — Disse Yonji.
— Não. Estou bem. — Falou Sanji.
— Oe! Não me recusem assim!! — Reclamou Zoro, mas sua raiva não durou muito já que no mesmo momento alguém bateu na porta.
— Zoro!! Sanji!! Cheguei!! — Gritou o Mugiwara lá de fora.
— Ah, finalmente, hein! Eu já tava ficando com rugas aqui! — Berrou Zoro.
— Cala boca, Marimo! — Sanji abriu a porta e sorriu para os três recém chegados.
— Oe, Sanji! Como cê tá? — Perguntou Luffy que segurava Rosinante nas costas.
— Estou bem. — Deu espaço para que passassem. — Oi, Corazón! Oi, Law.
— Oi!! — Rosi sorriu largo e desceu para o chão.
— Olá. — Law respondeu.
— Então, pessoal esse é o Yonji. — Zoro apresentou. — E Yonji, esse é o Luffy e o Rosi.
— Não vai nem falar meu nome? — Law perguntou colocando as mãos na cintura.
— Não! Você fez o Luffy sofrer! — Roronoa cruzou os braços e virou o rosto com um bico nos lábios.
Ele conseguia ser mais criança do que Rosi e Yonji juntos.
— Zoro! Isso já passou! — Falou Luffy.
— Tá, tá. — O esverdeado riu. — E o cara gigante é o Law.
Desde que Luffy e Law começaram a namorar, Zoro e Sanji também acabaram ficando amigos dele, afinal, sempre que Luffy ia os visitar, ou vice-versa, Law estava com ele e os quatro acabavam se divertindo juntos.
— Oohh! Oi, Yonji! Eu sou o Luffy! E você… Ishishishishi! Você parece um Zoro de fone.
Todos riram com a fala idiota do Mugiwara, menos Yonji que estava paralisado e boquiaberto desde que viu Luffy.
— Hm? O que foi, Yonji? — O cozinheiro perguntou preocupado.
— Ah… É que… Eu já vi esse cara. — Respondeu o menor se referindo a Luffy.
— Já me viu? Onde? Ah, eu costumo ir bastante em parque de diversões, então pode ser q-... Espera… OOOHH!! É… É O MENINO DAQUELA VEZ!! — Exclamou com o queixo caído.
— Sim? Você é aquele cara que entrou e me tirou de lá! — Yonji sorria e parecia animado.
— Que? Não tô entendendo nada. — Comentou Zoro coçando a cabeça, confuso.
— Eu salvei o Yonji naquele incêndio, lembram? — Apontou para a sua cicatriz do peito.
— Oh, então esse foi o garoto que você salvou…? Uau, como o mundo é pequeno. — Sanji sorriu passando a mão sobre os cabelos verdes do filho, recebendo alguns resmungos em resposta.
— Ishishishi! Estou feliz que você esteja bem, Yonji.
O menino sorriu convencido e estufou o peito.
— Mas é claro que estou! Eu sou muito forte, sabia? Hehehe!
— Ah, beleza! A coincidência foi incrível e tal, mas que tal bebermos um pouco agora?! — Zoro cortou todo o clima. Animado, correu para a cozinha e foi direto para a geladeira.
Yonji e Rosinante ficaram brincando no quintal enquanto seus pais conversavam e bebiam na sala. Eles almoçaram juntos e passaram o resto da tarde conversando aleatoriedades e fazendo brincadeiras.
— Yonji! Não corre aí! Pode vir algum carro e passar por cima de você! — Zoro avisou ao filho e ele o obedeceu rapidamente.
— Hm, igual você passou por cima do meu namorado? — Law brincou colocando suas mãos dentro dos bolsos da calça e com um sorriso irritante nos lábios.
— Vamos, Luffy! Você tem que dizer que já passou também!
— Ishishishi! De qualquer jeito, obrigada por hoje, pessoal. Foi divertido.
— Eu sei. Sou ótimo com isso. — Zoro se gabou.
— Hunf, é só dar carne para o Luffy que tudo para ele fica divertido. Então não conta. — Sanji retrucou.
— Corazón! Vem! Nós já estamos indo! — Chamou Luffy e o menino loirinho veio correndo após colocar de volta seu tênis.
— Tô aqui, papai! — Disse ele abraçando uma das pernas de Luffy.
E o Mugiwara, que ainda não estava acostumado a ser chamado desse jeito, voltou a sorrir feito um idiota e suas bochechas coraram!
— Yonji! Vem se despedir das visitas! — Gritou o de sobrancelhas enroladas e o pequeno esverdeado veio correndo.
— Tô indo, pai! — Respondeu ele correndo. — Tchau Luffy! Tchau Corazón! Tchau cara que o pai não gosta!
Law estalou a língua e Zoro riu.
Roronoa olhou para o seu lado e ficou confuso no mesmo instante.
— Hm? Por que você tá chorando, Cook? — Ele… Ele… — Soluçou. — Ele me chamou de pai….
Luffy abraçou Sanji.
— Te entendo, Sanji…
Zoro e Law reviraram os olhos juntos.
Depois de toda choradeira, todos se despediram mais uma vez e os Law, Luffy e Corazón foram embora para sua casa.
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