- Mata-la -
- Eu acho que não ouvi bem...você disse me matar? - pergunto esperando ser uma brincadeira.
- Você ouviu bem...matar - ele diz com o mesmo olhar frio, parece até outra pessoa.
- Por que precisam me matar??! - pergunto "tentando" ficar calma, para ver se consigo negociar.
- Sacrifício de renascidos - ele diz como se fosse algo simples.
- Para que??
- Meu pai acha que o Reino anda um pouco...pobre, ele acabou encontrando com um viajante , ele disse para meu pai que havia um jeito...- ele diz passando a mão em meu rosto novamente, mas dessa vez sinto um arrepio diferente...medo. Esse homem não parece o mesmo que entrou pela porta a alguns minutos, tanto no jeito de olhar, quanto na postura.
Tiro sua mão do meu rosto.
- E matar pessoas que não eram desse mundo vai ajudar? - digo olhando em seus olhos.
- Sim - ele diz sorrindo frio - Não tem uma quantidade exata de pessoas renascidas...sendo uma já está bom.
- Vocês são loucos! Oque os moradores disseram? - ele fica em silêncio - Eles não sabem...
- E vão ficar sem saber...- ele diz sério.
- Se não oque? Vai me matar? Você já não vai fazer isso se qualquer jeito? - digo olhando desafiadora. Mesmo sem saber de onde tirei coragem.
Ele me olha surpreso.
- Você vai morrer...mais antes disso pode sofrer, e entre os dois é melhor escolher a morte - ele diz sério.
Ele não me conhece.
- Não me importo, não vou morrer nas mãos de um Rei e de um Príncipe psicopatas.
- Uhm...- ele me observa como se me estudasse - Então o que pretende fazer? Sair daqui e falar tudo para os moradores? Acha que acreditariam?
- Você até que não é burro - digo sarcástica - E sim acreditariam.
- Porque tanta certeza?
- Porque tenho.
Digo séria, mais me surpreendo quando ele segura meu braço me forçando na porta.
- Não importa pra onde você corra...eu vou achar você, e quando achar não vai ser nada bom, então não tenha tanta certeza que vai conseguir algo - diz ele alterado.
- Quem é você? - digo assustada.
- Eu já disse me chamo Balder hringhorni - ele diz como se eu fosse uma criança burra.
- Não, eu não perguntei o nome...quem diabos é você? sua personalidade...- digo tentando achar a palavra certa.
- Oque tem minha personalidade? - ele pergunta sem paciência.
- Qual o seu poder magico? - pergunto séria acho que eu sei oque tem de errado.
- Porque quer saber?
- Eu vou morrer certo? Então pelo menos mereço saber quem é o tipo de pessoa que vai fazer isso - digo séria tentando jogar verde.
- Luz, meu poder é a luz - ele diz me soltando e sentando na cama.
Luz. O poder que Apollon disse ser raro e carregar uma maldição . Será que a maldição é essa personalidade bipolar dele?
- Porque você ta fazendo isso? - pergunto me separando da parede e fico em pé na frente dele.
- Pelo reino...já não disse?
- Não parece ser só isso... - digo me sentando com as pernas cruzadas em sua frente.
- Oque mais seria?
- Por seu pai talvez, você não parece ser do tipo de pessoa que mataria alguém inocente por prosperidade e dinheiro.
Ele me olha e por um segundo é como se eu visse os olhos gentis e tranquilos novamente.
- Errada...eu sou assim - ele diz voltando ao olhar frio.
- Não é.
- Sim sou.
- Não.
- Sim.
- Quer morrer?! - ele diz sem paciência.
- Eu já vou segundo você, sendo assim não tenho nada a perder ~ digo sorrindo como uma criança.
- Mais isso pode acontecer mais cedo do que espera...- ele diz tentando me passar medo, antes eu sentiria.
Mais agora depois de saber sobre seu poder, sei que ele não tem culpa, ele não é do mal eu sei disso, e vou fazer ele ver isso também.
Alice Off/
Loki On/
Tortura, tortura,....Tortura, tortura....
Ah. E matar...
É isso que penso quando lembro do seqüestrador de Alice. Matar.
Mais fico na duvida de qual tortura, tenho tantas idéias...
Posso encher ele de agua por todos os buracos do corpo até...puf...ele explodir.
Posso cortar ele e deixar em uma vala até que morra de hemorragia.
Posso até mandar que meus soldados o joguem em uma caverna com os dragões do campo sul do reino de Athena.
Tantas idéias...
Posso fazer ele passar o dobro de sofrimento que minha coelhinha deve estar passando.
- Hey Loki? Loki? - saio dos meus pensamentos quando percebo que Apollon me chama.
- Sim? - pergunto perdido.
- Em que estava pensando? - ele pergunta curioso.
- Pensando que essa pessoa não é a pessoa que procuramos - digo me referindo a vigésima quarta pessoa da lista que acabamos de visitar.
- Também acho...uma criança não saberia abrir um portal de reinos daquele jeito. - ele diz calmo e sarcástico.
Estamos a caminho da vigésima terceira pessoa, eu disse para nos separarmos que ira mais rápido, mas Apollon insistiu em irmos juntos para ter certeza que eu não faça alguma "burrada".
Como se eu fosse fazer isso.
[.....]
- Acha que eu tô aqui de brincadeira seu idiota?! - digo empurrando ele na parede e colocando uma mão em seu pescoço - Não, eu não estou, e se você der mais um comentários engraçadinho eu vou arrancar todos os dentes da sua boca!
- Loki! Solta ele! - Apollon segura meus braços me fazendo soltar o imbecil que depois cai de joelhos tossindo.
- Me solta Apollon - digo sério olhando pra ele.
- Não! - ele diz serio me afastando mais ainda daquele inseto - Se eu te soltar você pode matar ele!
- Boa ideia - digo sorrindo tentando andar, mas Apollon me impedi.
- Isso é perder tempo, a gente precisa se concentrar, enquanto você mata ele pra aliviar sua raiva a Alice pode estar sofrendo - Ele diz acalmando o aperto nos meus ombros - Esse cara é só um idiota fazendo comentários idiotas, então se acalma.
Ele me solta e eu olho pro idiota que já ta em pé com um olhar assustado.
- Não faça brincadeiras com coisas sérias...você pode acabar morto por isso. - digo e saiu daquela casa.
Chego lá fora e respiro fundo.
Eu nunca fui uma pessoas muito calma.
Mais eu também nunca fui de enforcar alguém por conta de comentários sarcásticos.
Mais quando ouvi aquele cara fazendo piadinhas...
- Mais calmo? - Apollon me pergunta quando sai da casa - Ele pediu desculpas e disse que não vai falar nada do "incidente" aos oficiais.
- Sim, mais calmo - respondo sério - Qual o próximo nome?
Loki Of/
Balder On/
- Senhor descobri uma renascida, seu nome é Alice está na vila Nerywoo no reino se Éclair.
- Prepare uma carruagem Takeru. - digo tentando disfarçar a tristeza.
- Sim senhor. - ele diz e sai.
[.....]
- Chegamos - Takeru diz parando os cavalos.
Paramos na entrada da vila, deço e olho em volta.
- Vou esconder a carruagem - ele diz saindo.
Entro na vila e vejo que é bem organizada. Penso em como deve ser Alice. E fico triste novamente. Não quero mata-la. Mais tenho que salvar meu pai.
Se fosse pelo dinheiro não faria, mas ele disse que essa é a única forma de cura-lo, ele andava doente a algumas semanas.
Não quero perde-lo, ele e meu irmão mais novo são a única família que tenho.
Minha mãe foi morta por ladrões quando eu tinha quinze anos e meu irmão tinha treze, hoje tenho vinte dois.
- Pronto - Takeru diz chegando e parando ao meu lado.
Ele é o único além de mim e meu pai que sabe sobre o sacrifício.
- Onde ela está? - pergunto calmo.
- Pelo que eu ouvi ela deve estar aqui daqui a alguns minutos - ele diz me olhando - Balder você não precisa fazer isso, eu sei que não quer, você não é assassino.
Ele é meu amigo desde pequeno, mas como é algo entre gerações a família dele serve a minha, então isso faz dele meu "fiel escudeiro". Mas nunca vi ele desse jeito, e sim como um grande amigo.
- Eu sei, eu também não quero - olho pra ele serio - Mais eu preciso salvar meu pai Takeru.
Ouvimos conversas e nos afastamos. Dois homens estão discutindo sobre quem vai levar ela. Mais Alice não parece prestar atenção. Ela é linda. Cabelo preto, olhos pretos, baixinha, mais linda...
- Hey Balder cuidado pra não babar - Takeru diz rindo sarcástico do meu lado.
- Idiota - digo rindo também - A gente tem que chamar a atenção dela.
- Porque? É só a gente ir lá - ele diz confuso.
- Aqueles dois parecem gostar dela, não vão deixar a gente levar ela - digo sério.
- Certo...- ele diz e segura meu braço me fazendo ir para trás fazendo barulho nos arbustos - Pronto, chamada a atenção.
Ouvimos passos.
- Eu vou distrai-la e você chega por trás e coloca o saco na cabeça dela - digo rápido
- Okay - ele diz e se esconde.
Ando um pouco e ouço seus passos, quando vou me virar acabo tropeçando no chão. Beleza.
- Você está bem? - ela me pergunta com a voz doce. Linda até na voz. Não posso mata-la.
Me levando, mas takeru já cobriu seu rosto, ela se soltou e gritou, e ele usou seu poder nela.
[......]
Assim que entrei no quarto da renascida, Alice. Acabei caindo, já me acostumei com isso porque sei que sou desastrado. Pensei que ela iria rir como todos sempre fazem. Mais não riu. Ela até me ajudou. Não posso mata-la.
Ela tem um olhar doce.
Uma voz doce.
Não vou mata-la
"Sim, você vai" - diz a maldita voz na minha cabeça.
"Não posso, ela....eu não posso mata-la" - digo confiante.
"Tem certeza?" - a voz pergunta.
"Sim" - digo com toda coragem e sinceridade que pude.
" Okay...então eu assumo" - diz a voz como se estivesse feliz.
" Você não consegue assumir" - digo serio.
"Antes eu não podia...mas seu pai me deu poder Balder...agora eu posso!"
"Meu pai nunca faria isso!!" - digo dando um passo pra trás e fechando os olhos.
"Mas ele fez...agora eu controlo, sinta oque eu senti todos esses anos sendo um espectador Balder" - depois de dizer isso, eu não sinto mais o controle do meu corpo, é como se eu estivesse vendo tudo, sem poder fazer nada.
- Mata-la - Me ouço dizer para Alice e vejo seu rosto assustado.
Não. Não . Não.
Balder Off/
Alice On/
Balder e eu já devemos estar conversando á uma hora ou mais, sobre vários assuntos, ele continua frio, mas sinto que se soltou um pouco.
- Tenho que ir agora, tem roupas pra você no banheiro - ele diz se levantando, mas quando vai andar tropeça e cai em cima de mim.
Não me Machuco porque assim que ele caiu ele nos rodou, fazendo eu ficar em cima dele.
- Merda! - ele diz antes de abrir os olhos - Você ta bem?
- Sim...e você? - digo olhando em seus olhos que estão muito perto agora. Sinto sua respiração, e o aperto das mãos dele na minha cintura fica mais forte.
- Ótimo - diz sério me olhando.
Tento levantar mas ele segura e nos roda, dessa vez ficando por cima e com a perna direita entre as minhas.
Olho nos olhos dele e por um momento é como seu eu visse a frieza no formato de um garoto sozinho e assustado.
- Oque você está fazendo? - ele diz com a voz rouca. Eu coro.
- Como assim? - digo tentando me acalmar.
- Me olhando assim...oque vê? - ele pergunta com um olhar...
Curioso? Talvez.
Animado?. Não.
Triste?. isso.
Não tenho tempo de dizer oque penso, porque ele me beija.
Não sei explicar o beijo. Foi bom.
Mais não foi selvagem ou Apaixonado
Como o de Loki e Apollon.
Foi um beijo...necessitado.
Ele começa devagar e fica rápido como se o beijo fosse salva-lo.
Sua mão direita desse da minha cintura pra minha coxa, e começa a subir entrando pela minha saia.
A outra mão está na minha cintura apertando de um jeito quase...protetor.
Coloco minhas mãos em seu ombro e aperto, isso faz com que ele suba mais a mão até chegar na cintura encostando na minha calcinha.
O beijo termina por falta de ar, mas ele desce com a boca até meu pescoço beijando e deixando uma trilha de calor.
- Quero mais .....- ele diz com a voz rouca no meu ouvido me fazendo arrepiar , e dessa vez de prazer.
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