História Pacto de Sangue - Affrontare La Verità

Jessica ouviu a conversa e foi para o lado do marido.

- Meu marido depor? Mas por que, senhor delegado? – disse Jess.

- Temos uma intimação do juiz Claudio Marchisio? – disse Florenzi.

- Do Marchisio? – disse Jess, indignada.

Florenzi conduziu Pirlo até o carro da polícia.

- Isso é um absurdo! – disse Jess.

- Só falo na presença do meu advogado! – disse Pirlo.

Ao chegar na delegacia, Florenzi conduziu Pirlo até a sala em que Marchisio estava. Lá havia também um escrivão e dois policiais.

- Senhor Pirlo, sente-se. – disse Marchisio, sério e mexendo em documentos.

- Senhor Pirlo, qual o seu envolvimento com as apostas ilegais de jogos? Temos indícios de que o senhor e Gianluigi Buffon estão envolvidos nesse esquema e tem sido muito lucrativo. – disse Florenzi.

- Eu entendo esse “depoimento” como uma tentativa sórdida de me caluniar. Não vou me render a joguinhos. Sei dos meus direitos. Só falo na presença do meu advogado. – disse Pirlo.

- Não seja por isso, ligue para ele agora. – disse Marchisio, trazendo o telefone.

Pirlo pegou o telefone e ligou para Graziano Pellè, seu advogado, explicando a situação e pedindo pra que ele viesse.

O tempo passava e Pellè não chegava, deixando Marchisio irritado.

- Aonde está o seu advogado? Temos horários, ele não pode chegar a hora que quiser! – disse Marchisio.

- Excelência, o que eu posso fazer? Não foi o senhor que fez tanta questão que eu depusesse? – disse Pirlo.

Após horas aguardando o advogado que não chegava Marchisio se irritou e se levantou dizendo:

- Pra mim chega! Não vou mais esperar igual um palhaço!

Pirlo então se levantou e disse:

- Então boa noite a todos!

- Auto lá, senhor Pirlo! Florenzi, coloque Pirlo na cela! – disse Marchisio.

- O que? – disse Pirlo, indignado.

- É isso mesmo. Já que o senhor se recusa a depor e o seu advogado não chega, o senhor vai aguarda-lo no xilindró. – disse Marchisio, rindo ironicamente no final.

Apesar dos protestos de Pirlo, Florenzi o prendeu conforme Marchisio havia determinado.

Duas horas depois, Marchisio estava em casa brincando com as filhas quando o telefone tocou.

- Alô?

- Oi Marchisio! Sou eu, Florenzi. Venha pra delegacia urgente! O Pellè chegou e está fazendo um escândalo! – disse Florenzi.

Marchisio chegou na delegacia rapidamente e viu Pirlo já fora da cela, com Pellè ao lado.

- Mas o que é isso? Mandei prende-lo! De qualquer forma já que o advogado chegou, vamos fazer o depoimento agora. – disse Marchisio.

- Não haverá depoimento nenhum senhor Marchisio! – disse Pellè.

- Mas como o senhor se atreve a dizer isso? – disse Marchisio.

- Eu que lhe pergunto: como é que vossa excelência coloca meu cliente preso sem nenhuma ordem judicial? Isso é abuso de poder! – disse Pellè.

- Sou juiz, posso dar voz de prisão!

- Mas não pode prender ninguém sem motivo. Isso é abuso de poder! O senhor constrangeu meu cliente! Posso denuncia-lo por isso.

- Mas como? – disse Marchisio, indignado.

- Vamos embora, Pirlo. Sinto muito pelos momentos terríveis que esse juiz abusivo o fez passar. – disse Pellè saindo da delegacia com Pirlo.

Marchisio correu na rua atrás de Pellè e Pirlo.

- Mas e o depoimento? – disse Marchisio.

- Se houve algum depoimento vai ser sobre o seu abuso de poder contra meu cliente! – disse Pellè.

Pellè e Pirlo entraram no carro. Marchisio ficou parado olhando pro nada, sentindo-se um tolo.

Ao chegar em casa novamente, Marchisio recebeu o carinho de sua esposa, mas estava inconsolável.

- Esses mafiosos fazem eu parecer um idiota! – disse Marchisio.

- Calma, meu amor. Você vai conseguir desmascarar esses bandidos! – disse Eliane.

Eliane abraçou o marido e lhe deu um beijo.

Enquanto isso, Pirlo, Jess e Pellè brindaram com champagne no salão da mansão dos Pirlo. Todos riam de Marchisio.

- Eu não disse que esse Marchisio é um frouxo? – disse Jess.

- Ele ficou com uma cara de bobão com todas as respostas que eu dava! – disse Pellè.

- Pellè foi simplesmente genial! – disse Pirlo.

Gigi participava de diversas reuniões da máfia na Toscana, sempre acompanhando o pai, ajudando os negócios a seguirem depois da tragédia. Mas ele não conseguia tirar Maddalena da cabeça e não via a hora de vê-la novamente.

No quarto, Maddalena e Elisa conversavam sobre seus amados.

- Saudades do meu Ciro! – disse Elisa.

- E eu estou com tanta saudade do Gigi! E preocupada também. Ele deve estar sofrendo muito pela perda do amigo. – disse Maddalena.

Naquela noite, Bruno chegou na Azzurra assim que o local abriu. Ele ficou no bar, aguardando a chegada de Tiane, até ela finalmente aparecer. Bruno foi rapidamente em direção a Tiane e tropeçou no caminho, fazendo Tiane rir.

- Calma, rapaz. – disse Tiane.

Bruno deu um sorriso sem graça.

- É um prazer conhece-la, senhorita Endler. – disse Bruno, estendendo a mão para Tiane.

Tiane apertou a mão de Bruno, rindo.

- 100 euros. – disse Tiane.

- O que? – disse Bruno, sem entender.

- A minha hora custa 100 euros. É caro, mas eu te garanto que vai valer muito a pena!

Bruno ficou se boca aberta, sem saber o que dizer.

- Vamos pro quarto? – disse Tiane.

- Hhhmmm, vamos... – disse Bruno.

Tiane puxou a mão de Bruno e o levou até a quarto. Ela fechou a porta e antes que ele pudesse esboçar qualquer reação ela o emburrou na cama. Ela se sentou sob ele, tirou o vestido dela e percorreu os lábios pela nuca dele. Ela tirou o sutiã e ele passou as mãos pelos seios dela, ao mesmo tempo que os beijava, sentindo-os endurecer e se arrepiarem com seu toque. Em seguida ela tirou a camisa dele. Tiane descia com os lábios, dando pequenas mordidas no abdômen dele. Em seguida ela tirou a calça e cueca dele e sem cerimônias, levou seus lábios até o membro dele. Ele soltou um longo gemido e sentia o toque preciso dos lábios dela, indo e voltando, pra cima e pra baixo, o deixando em êxtase. Tiane chupava com tanta vontade que Bruno se esquecia que ela estava transando com ele por dinheiro.

Tiane tirou a calcinha e rapidamente se sentou sob ele. Ele sentiu seu membro preenchendo a úmida e apertada intimidade dela. Tiane controlava os movimentos. Ela se movimentava rapidamente, e depois devagar o deixando extasiado e totalmente entregue a ela. Ele observava o belo corpo dela e percorria as mãos pela cintura e as coxas de Tiane. Ela voltou a se movimentar rapidamente, e o deixou quase no ápice. Tiane encostou a cabeça na nuca de Bruno e ele abraçou, deixando-a colada nele, sentindo a pele macia dela grudada na sua e o cheiro dela se entranhado nele. Tudo em Tiane era apaixonante e deixava Bruno cada vez mais envolvido por ela.

Ele a girou na cama e ficou cima, se movimentando dentro dela, mas sem desviar o olhar do rosto dela, observando cada detalhe: o suor, os cabelos bagunçados, a boca gemendo, os belíssimos olhos verdes. E então ele chegou ao ápice.

Logo em seguida Bruno se deitou na cama ao lado de Tiane. Ele ainda estava hipnotizado por Tiane e por aquele momento que acabara de acontecer. Fora tudo tão perfeito que nem parecia real.

- O dinheiro!

- O que? – disse Bruno assustado, e reparando que Tiane já estava em pé e vestida.

- 100 euros a hora, lembra? – disse Tiane, séria.

- Ah sim! – disse Bruno

 Bruno se vestia rapidamente, abriu a carteira e entregou o dinheiro para Tiane. Ela colocou o dinheiro dentro de seu sutiã, esboçou um sorriso e disse:

- Obrigada. Tenha uma boa noite, Bruno!

Tiane saiu do quarto rapidamente e então Bruno disse:

- Está sendo a melhor noite da minha vida, senhorita Endler.

Bruno voltou para Turim naquela mesma noite, mas durante todo o caminho ele não conseguia tirar Tiane da cabeça. Ele sabia que precisava vê-la novamente, e planejava voltar para Milão o mais rápido possível.

Na manhã seguinte, na casa dos Rinaldi, Rocco, Fabio, Allegri e Ciro estavam reunidos na sala quando de repente adentrou uma pessoa na sala de reuniões. Rocco foi atender e ao abrir a porta viu uma mulher de aparentemente 40 anos ao lado de uma menina de aparência muito jovem. Ciro se apavorou ao ver quem era.

- Mas o que houve? Como a senhora entra assim sem ser anunciada? – disse Rocco.

- EU VIM AQUI POR CAUSA DESSE CANALHA DO CIRO IMMOBILE! – disse a mulher, falando mal italiano e com um sotaque turco carregado.

- O que? – disse Rocco.

- ESSE DESGRAÇADO ENGRAVIDOU MINHA FILHA DE 15 ANOS! TALYA É UMA CRIANÇA, NEM SABIA O QUE ESTAVA FAZENDO! – disse a mulher, chorando.

- O QUE? É VERDADE, IMMOBILE? – disse Rocco.

- É MENTIRA, É MENTIRA! – disse Ciro.

A mãe de Talya então mostrou cartas escritas por Ciro, seduzindo a jovem. Rocco viu pelo palavrear e pela letra que as cartas realmente haviam sido escritas por Ciro.

- Meu Deus, eu não acredito que você fez isso, Immobile! – disse Rocco.

- E agora? O que vai ser da minha menina? Ele desgraçou minha filha!

- Fique calma, minha senhora. Eu lhe prometo que ele vai assumir o que fez. Ele se casará com sua filha. – disse Rocco.

- O que? – disse Ciro.

- É exatamente isso que você vai fazer. Allegri vai conversar com você e a menina para pegarmos os seus dados, ajudarmos. Nós Rinaldi temos honra e responsabilidade. Se as senhoras nos dão licença, eu e Cannavaro temos que ter uma conversa particular com o senhor Immobile. – disse Rocco.

Allegri, a mãe de Talya e Talya se retiraram e Allegri foi conversar com elas.

Rocco puxou Ciro pela gravata e berrou:

- COMO É QUE VOCÊ ME FAZ ISSO? A MENINA NEM DEVIA SABER O QUE ESTAVA FAZENDO, NEM FALA ITALIANO DIREITO! E VOCÊ TRAIU MINHA MENINA! VOCÊ TRAIU A ELISA!

- Desculpa, padrinho! Eu não estava em meu juízo normal! Eu amo a Elisa, estou me sentindo tão mal! – disse Ciro, chorando.

- Se sentindo mal? Imagine o que a Elisa vai sentir quando descobrir da sua traição! – disse Fabio.

- Ela não precisa saber... – disse Ciro.

- NÃO PRECISA SABER? QUER DIZER QUE VOCÊ NÃO QUER ASSUMIR O FILHO QUE VOCÊ FEZ? VAI ASSUMIR SIM SENHOR! SENÃO TE METO A PORRADA ATÉ TE MATAR! – disse Fabio.

Ciro se acuava e chorava, aparavorado. Fabio segurou o rosto dele e disse:

- Como você teve coragem de trair a Elisa? Eu confiava em você! Eu achei que você respeitava minha menina!

- Eu amo a Elisa, eu juro! – disse Ciro.

- MAS QUE MERDA DE AMOR É ESSE? QUEM AMA NÃO TRAI, NÃO MENTE! EU E ROCCO JURAMOS AO PAI DA ELISA QUE CUIDARIAMOS DELA! Confiamos em você e permitimos o namoro porque achávamos você um rapaz sério, respeitador. MAS VOCÊ ENGANOU A TODOS NÓS! – disse Fabio.

Fabio deu um forte tapa na cara de Ciro, que se sentiu zonzo. Fabio deu mais três porradas no rosto de Ciro fazendo ele cair no chão. Ele então o chutou e socou o abdômen e o rosto de Ciro, fazendo-o choramingar de dor e sangrar muito. Depois de se cansar de tanto bater em Immobile, Cannavaro parou, ofegante.

- Você perdeu o cargo de contador! Você não merece a confiança dos Rinaldi! – disse Rocco.

Algumas horas depois Rocco e Fabio conversaram sozinhos. Eles se sentiam tristes por tudo que havia acontecido. Eles decidiram que viajariam para Milão no dia seguinte e dariam a notícia para Elisa pessoalmente.

Naquela tarde, Gigi chegou em seu apartamento em Milão. Ao chegar na portaria, o porteiro entregou para ele um recado. Gigi chegou em casa e abriu a carta:

Meu querido Gigi,

Recebi a notícia da morte de seu amigo. Quero dizer que lamento muito essa sua perda. Sei que deve ter sido um choque e você precisa de um tempo para se recuperar. Mas estarei do seu lado para apoia-lo também nos momentos tristes. Conte comigo! Veja me ver assim que puder. No verso dessa carta está o endereço do meu colégio. Sinto sua falta!

Beijos,

Maddalena

- Eu vou vê-la agora, meu anjo! – disse Gigi.

Empolgado, Gigi foi até a escola de Maddalena. Na recepção da escola, havia um mural com várias fotos de alunas. Gigi observou as fotos, até ver uma foto de Maddalena. Ele olhava a foto dela, admirado pela beleza dela e o lindo sorriso dela na foto. Abaixo da foto estava escrito:

Maddalena Rinaldi, 1º lugar no concurso de desenhos

- Rinaldi? – Gigi disse para si mesmo surpreso.

“Não pode ser... Ela não é daquela família mafiosa, não! Tem muito Rinaldi’s na Italia, é um sobrenome comum, não há ligação...”

Até que ao lado de Gigi apareceu um homem. Era Insigne.

- Olá!

- Oi. O senhor conhece essa jovem? – disse Gigi.

- Ah claro, a Maddalena é uma ótima garota. É minha aluna. – disse Insigne.

- Esse sobrenome me faz lembrar daquela família do sul da Itália. – disse Gigi, querendo a confirmação de que Maddalena não era parte daquela família.

- Pois é justo a família da Maddalena! Ela é filha do chefão! – disse Insigne.

- O QUE? – disse Gigi, estarrecido.

- Sim! Ela é filha do Rocco Emiddio Rinaldi.