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História Paint Me (Wheesa, Moonsun) - Desculpas aceitas? - História escrita por HarmonizerAna - Spirit Fanfics e Histórias
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História Paint Me (Wheesa, Moonsun) - Desculpas aceitas?


Escrita por: HarmonizerAna

Notas do Autor


Hey Gays!
Não sei o que dizer, SÓ SENTIR!

Quem já assistiu os Eps de Secret Unnie com wheein e Hyoyeon vai notar uma chuva de referências.


Boa leitura!!!

Capítulo 12 - Desculpas aceitas?


Fanfic / Fanfiction Paint Me (Wheesa, Moonsun) - Desculpas aceitas?

Sentada confortavelmente em seu sofá marrom. Acompanhada de Ggomo. Uma xícara de chá e seu Sketchbook. Wheein desenhava obsessivamente. Querendo convencer a si mesma que aquele fluxo de pensamentos se dava ao seu ego ferido pelas palavras que ouvira aquela manhã.

Nunca soube lidar direito com algumas emoções e isso a tornava uma pessoa extremamente insegura e negativa quando não conseguia filtrar o que sentia, fazendo com que a sua auto-estima fosse afetada em cheio.

Porém os tracejos em grafite na folha branca revelavam aos poucos a verdadeira razão para sua inquietação. Formando a imagem em 3D que mesclava a realidade à imaginação, chamuscadas com tons de decepção.

Não achava que tinha direito de estar assim, de cobrar algo, mas não podia evitar, era mais forte do que ela.

- O que você faz da vida?

Desvia o olhar de sua tigela de cereais para fitar a mulher.

- Perdão?

- Qual a sua formação?

O café da manhã transcorria bem. Apesar de estar extremamente incomodada com a presença de Tae-yeon e por estar sendo ignorada por hye-jin. Tentava ao máximo não demonstrar seus descontentamento e deixar passar a implicância gratuita da mais velha consigo.

- Artes.

- Oh. Sempre tive curiosidade em saber como é se manter nesse... Ramo? Deve ser difícil.

- Na verdade, não.

- Vamos lá não precisa mentir.Quantos Wons consegue ao ano?

- Tae-yeon, não seja inapropriada – Solar rebate.

- Não é sobre dinheiro. Pessoas como você não entenderiam.

Wheein mantinha-se firme. Não entraria naquela discussão. Estava acostumada a lidar com pessoas como Tae-yeon. Esse tipo de comentário externo não a abalava mais. Amava o que fazia e tinha consciência do valor de seu trabalho não precisava provar isto para ninguém.

- Porque pessoas como eu nasceram para estar no topo. Tudo é sobre dinheiro. A própria arte é comercial – Diz ganhando olhares atravessados em sua direção – Estou errada? – Pergunta virando-se para Hye-jin que apenas desvia o olhar, mordendo os lábios nervosamente.

- Já deixei Ggomo sozinho por tempo demais. Vou terminar meu desjejum em casa – Levanta-se lançando um ultimo olhar a morena antes de sair.

Fecha os olhos massageando as têmporas. Tinha noção de seu talento, mas naquela manhã sentiu-se estupidamente inferior. Uma pé-rapada. E saber que Hye-jin possivelmente pensava aquilo sobre ela, fazia um incômodo crescer dentro de si de tal forma que acabou por trasbordar.

Desde quando havia adquirido a necessidade de ter a aprovação de alguém? De hye-jin?

Sente o líquido descendo por sua face antes de entrar em um sono profundo e merecido.

(...)

Hye-jin observa o carro de sua melhor amiga se distanciar e suspira em alívio. A presença dela havia a alegrado, mas seu estado de espírito mudou drasticamente após o café da manhã e após ver o olhar decepcionado lançando por Wheein em sua direção antes de sair.

Senta-se nos degraus de entrada e encara o céu. Não sabia por que não havia rebatido os insultos que Tae-yeon despejou sob a mais nova, mas se sentia um lixo por isso. Não suportava a idéia de tê-la magoado de alguma forma. Precisava se redimir, no entanto, tampouco sabia o que fazer naquela situação.

- Se continuar mordendo o dedo desse jeito vai acabar o arrancando – Acorda de seus pensamentos com a voz de Moonbyul que logo senta ao seu lado – O que foi? – Hye-jin desvia o olhar suspirando – Já entendi.

- Estou me sentindo mal por hoje mais cedo e não sei o que fazer.

- Posso te dar um conselho? Vai para cima!

- O que?

- Não lhe dê espaço, se quiser se desculpar apenas vá e faça. Wheein é muito emotiva. Quando mais fica reclusa, é quando mais precisa de atenção – Hye-jin absorve o peso daquelas palavras – Ah! Ela gosta de frango – Pisca se levantando, caminhando em direção ao táxi que acabara de chegar, deixando a outra sozinha com seus devaneios.

Seguindo o conselho da amiga, decide reverter aquela situação da forma que aparentava ser a melhor possível... Agindo. Sorri em ansiedade, partiria para o ataque, recheado a molho e frango frito.

(...)

Checa seu reflexo na tela do celular mais uma vez antes de tocar a campanhinha. As mãos suavam. Aperta a embalagem marrom em suas mãos em nervosismo. Será que ela não estava em casa? Deveria ter ligado antes.

Sem resposta alguma do lado de dentro, aperta novamente podendo ouvir um “já vai” da voz rouca e logo depois um “Quem é?” enquanto se aproximava da porta. Coloca a embalagem em frente ao rosto.

- Entrega!

A fechadura é destrancada e a porta se abre. Não podia ver suas expressões, mas pode perceber em seu tom de voz que estava confusa.

- Desculpe... Acho que você se enganou... Não pedi nada.

A morena abaixa a sacola revelando seu rosto. Lançando um sorriso sem graça em direção a Wheein que a encara surpresa. Só agora pode contemplar aqueles olhos intensos, o cenho franzido, o rosto inchado e os cabelos levemente desgrenhados. Adorável.

- Hye-jin... O que faz aqui?

Não pode negar que essa não era a recepção que esperava, mas tinha vencido uma luta interna indo até ali, não se deixaria desanimar tão facilmente.

- Posso entrar? – Responde com outra indagação.

A loira abre espaço para que a outra entrasse. Guiando-a até o sofá onde estava repousando minutos antes. Elas sentam uma ao lado da outra e assim ficam por longos e arrastados segundos. Wheein faz menção de dizer algo, mas acaba desistindo. Elas se encaram até que as palavras escorregam pela boca de Hye-jin, quebrando o momento de constrangimento.

Ou talvez o estendendo.

- O quão boas são suas habilidades com os lábios?

O coração de Wheein se acelera. Arregala os olhos encarando a morena que sorria como se não tivesse dito tal frase. Desce o olhar notando a sacola para onde ela apontava. Só então percebendo a ambigüidade da pergunta.

- O-o que é isso?

- Chicken Feet – Sorri – Eu... Vim te levar para... Jantar – Se enrola – Bom... Mais ou menos isso? – Faz uma careta, se pondo a tirar as embalagens descartáveis de dentro da sacola, juntamente as bebidas. Distribuindo sob a mesinha de centro.

(N/A: Sim, eu sei que “Pé de galinha” soa estranho – hashtag choque Cultural – Mas aparentemente é um prato típico oriental e que dá muito trabalho para comer)

- Oh – Suspira em alívio – Certo – Coloca umas das mãos sob o peito. Ainda estava atordoada.

- Está tudo bem? Não gostou? – Para o que fazia para encará-la.

- G-Gostei – Responde de imediato – Adorei. É um dos meus pratos favoritos. Aliás, tudo de que seja de frango – Ri sendo acompanha por Hye-jin.

Elas sentam-se no chão e começam a comer concentradas em destrinchar todos aqueles ossinhos.  O que acabava não deixando espaço para que prestassem atenção em outra coisa que não fosse a refeição. Hye-jin agradecia por isso. Ainda não sabia por onde começar a se desculpar... Quais palavras usar. Mesmo sabendo que teria que abordar aquele assunto em algum momento.

Vez ou outra sorriam com os olhos quando esses se encontravam. Wheein é a primeira a terminar lambendo os dedos de forma atrapalhada e inocente... Mal se dando conta dos olhos felinos que a encaravam. Hye-jin estremece quando se dá conta que estava encarando os lábios da morena deliberadamente. Lampejos da noite passada passam por sua mente. A ansiedade. A frustração.

De repente tudo em Wheein havia passada a chamar sua atenção.

- Vou levar esse lixo para cozinha – A loira diz recolhendo as embalagens.

- Quer ajuda?

- Não precisa – Sorri se levantando – Já volto.

Hye-jin acena com a cabeça em concordância. Observando-a se afastar. Ela usava uma camiseta estampada no seu mais autêntico estilo “hippie” e um short Jeans parecido com o de Hye-jin, que deixava metade das coxas a mostra. Não consegue conter o impulso de descer seus olhos por ali. O que estava acontecendo consigo afinal? Deveria ser o sentimento de culpa.

Suspira voltando a pensar em como entraria no assunto café da manhã. Tomba a cabeça para trás, apoiando no estofado atrás de si, sentindo-a colidir com algo. Vira-se para pegar o objeto que descobriu ser um pequeno caderno. Senta-se no sofá começando a observá-lo despreocupadamente.

Fita o desenho que parecia inacabado, não era um desenho comum, uma simples caricatura, tinha traços geometrizados, mas dava para ser perfeitamente reconhecido. Um olhar desenhado com tal realismo que parecia prestes a saltar da folha. Mas o que fez seu coração saltar não foi a genuinidade com os quais os traços eram feitos ou a intensidade que conseguiam transmitir, mas a surpresa ao reconhecer traços que encarava todos os dias em frente ao espelho.

Eram os seus olhos desenhados ali.

Wheein volta para a sala. Trazendo duas taças de sorvete em suas mãos. Estava perdida em meio aquela visita repentina e as sensações que a morena causava em si. Porém não perderia a hospitalidade.

- Flocos ou chiclete? – Senta-se ao lado de Hye-jin – Espero que gost... - Paralisa ao ver o que ela segurava – Ai meu Deus – Cobre o rosto com as mãos – Não era para você ver isso.

- Prefiro chiclete – Pega a taça de sua mão. Segurando o riso – Wheein... – Chama – Olhe para mim – A loira o faz devagar como se temesse – Ficou incrível. Eu adorei. Estão muito mais bonitos que a versão original.

- São apenas alguns... Rabiscos – Diz envergonhada.

- Posso? – Pergunta pedindo permissão para olhar o resto dos desenhos. Wheein afirma com a cabeça colocando uma porção generosa de sorvete em sua boca.

Hye-jin começa a folhear o caderno de desenhos. A maioria deles pessoas, sorrindo, olhando para o horizonte, correndo, sentadas, retratadas despreocupadamente, pegas de surpresa nos mais diversos momentos. Ficava maravilhada a cada página que virava, passando os dedos pelos traços incomuns e que, todavia geravam uma incrível harmonia. O jeito que Wheein se expressava era encantador.

- Esses desenhos... Essas pessoas... Você as faz parecer arte.

- Tudo pode ser arte. É só uma questão de perspectiva. De observar com outros olhos. Sabe... Ir além dos padrões e das associações que se fazem geralmente em primeiro plano.

-- Você as conhece?

- Na verdade não – Ri sem graça – Boa parte é desconhecida por mim. Vejo aleatoriamente e pesco referências – Faz aspas com as mãos – Tento registrar tudo que me pareça interessante, de uma forma peculiar.

Hye-jin estava ainda mais encantada com a delicadeza a qual Wheein se expressava. A baixinha era dona de uma magna sensibilidade e isso a tornava ainda mais especial.

Novamente o que havia feito aquela manhã volta com tudo. Como pôde?

- Isso é magnífico Wheein. Você é muito talentosa. – Deixa a taça sob a mesinha de centro para que pudesse se aproximar, envolvendo seu rosto com as mãos. Queria deixar transparecer tudo o que sentia.

Aquelas frases simples invadem os ouvidos da loira como música, refletindo diretamente no seu íntimo, apreço e estima. Fazendo o coração bombear mais rápido. O que talvez, esse fato se desse por conta da proximidade.

- Me desculpa se deixei Tae-yeon falar o contrário – Hye-jin cola suas testas – Ela tem uma personalidade forte e pode soar rude às vezes. Não penso como ela.

As respirações se misturavam e os olhos percorriam o caminho entre os olhos e as bocas. Como que para selar a delicadeza do momento e a veracidade de suas palavras Hye-jin se aproxima em um leve encostar de Lábios.

Roça suas bocas podendo sentir a temperatura alterada por conta do sorvete.

Wheein parecia entorpecida demais para tomar qualquer atitude. Fecha os olhos passando a ponta da língua pelo lábio inferior.

Aquele gesto foi a gota D’água para a morena que acatou o convite avançando sobre os lábios da outra, colando-os em um beijo gelado, mas que aqueceu todo o seu corpo de fora para dentro.

Pede passagem com a língua, invadindo a boca de Wheein ao ser correspondida. Elas iniciam uma dança coordenada.

Hye-jin se inclina para frente e as mãos vão até a cintura da loira que entrelaça as mãos ao redor de seu pescoço, deitando-se lentamente no sofá com a mais nova por cima de si.

A morena apoia as mãos no estofado. O ar finalmente se faz necessário. Elas separam suas bocas, finalizando o momento com alguns selinhos.

- Isso... – Tenta recuperar o ar – Quer dizer... Que você aceita minhas desculpas? – Se inclina para encarar Wheein que abre os olhos e sorri largamente.

- Todas!


Notas Finais


Até mais!


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